domingo, 16 de outubro de 2022

Vista do Bairro Bacacheri, Curitiba, Paraná, Brasil


Vista do Bairro Bacacheri, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
N. 460
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Na época, era considerado "arredores de Curitiba".

 

Vista do Bairro Mercês, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Vista do Bairro Mercês, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
N. 169B
Fotografia - Cartão Postal

Juvevê, Curitiba, Paraná, Brasil





Juvevê, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
AW N. 173D
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida / Fotografia de Arthur Wischral.

Fonte da Memória / "Cavalo Babão", Curitiba, Paraná, Brasil

 





Fonte da Memória / "Cavalo Babão", Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Texto 1:
Originalmente batizada de Fonte da Memória, o vertedouro da Praça Garibaldi, no Largo da Ordem, foi rebatizada pelo povo de “Cavalo Babão”. A obra em bronze e granito é do artista Ricardo Tod. Foi inaugurada em 1995, para resgatar a história dos colonos que levavam seus cavalos para beber água na região.
Desde então a escultura divide opiniões e chegou a ser colocada numa lista de sete monumentos bizarros de Curitiba.
Texto 2:
Construído em 1995 a estátua do cavalo é de autoria de Ricardo Tod, saudoso escultor curitibano. A obra fica na Praça Garibaldi, sua frente está voltada para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário; em uma de suas laterais, está o Palacete Wolf e atrás, o Palácio Garibaldi, símbolo da força e união dos imigrantes italianos. A Fonte da Memória remete a uma época em que aquela região era tomada de carroças dos colonos, em sua maioria italianos, poloneses e tropeiros que vinham até o local vender sua produção. Há quem diga também que a fonte simboliza o último cavalo que bebeu no Bebedouro do Largo.

Propaganda "Por Que Abrir o Vidro Para Fechar a Porta", 1962, Volkswagen Fusca, Volkswagen, Brasil





 

Propaganda "Por Que Abrir o Vidro Para Fechar a Porta", 1962, Volkswagen Fusca, Volkswagen, Brasil
Propaganda

Nota do blog: Data 1962 / Crédito para Volkswagen.

Estação Central da Viação Férrea, Circa 1910, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Estação Central da Viação Férrea, Circa 1910, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


A estação original de Porto Alegre era um prédio de madeira e foi inaugurada em 1874 para atender à linha Porto Alegre-São Leopoldo, aberta nesse ano. Acabou sendo demolida em 1910, mesmo ano em que foi entregue a segunda estação, o "Castelinho", aqui chamada de Porto Alegre-velha.
No início do século XX é inaugurada a segunda Estação Central da Viação Férrea de Porto Alegre era uma estação maior, de alvenaria próxima a estação original.
A frente da estação era para a Rua Voluntários da Pátria, esquina com Rua da Conceição. e era recortado, com dois andares mais uma torre.
O prédio era recortado, com dois andares mais uma torre em destaque.
No térreo, à direita a bilheteria e um quarto de bagagem; à esquerda o buffet, a sala para senhoras e o toilette, a descrição do prédio é de 1907, de um relatório de entrega da já criada VFRGS ao Governo Federal.
A estação, apelidada de Castelinho, por causa de sua torre de castelo medieval, é mostrada na mesma área da primeira estação, os trilhos avançavam para bem depois da estação, em frente ao prédio as plataformas seguiam em direção das avenidas Mauá e o rio Guaíba até o final da rua Coronel Genuíno, depois os trilhos seguiam no leito lateral da Rua Voluntários da Pátria, que após o aterro da margem da Rua Voluntários, os trilhos foram transferidos em linha paralela da atual Avenida Castelo Branco.
O jornal Correio do Povo publica em 09/11/1909:
- "Noticiamos, há dias, que teriam de ser feitas judicialmente, pelo Governo Federal, quase todas as desapropriações dos terrenos de marinha destinados, no Caminho Novo (atual Rua Voluntários da Pátria) à construção da estação central da Viação Férrea. Com efeito, parece que somente um dos interessados aceitou, a desapropriação amigável proposta pelo governo da União, o qual oferece apenas 225$000 e 250$000 por metro de terreno, quando são muito mais elevados os preços pedidos pelos proprietários".
A partir da desativação do Castelinho, os trens para Uruguaiana e os de subúrbio para São Leopoldo passaram a partir de uma estação um pouco mais adiante, construída num prédio da RFFSA entre as avenidas Castelo Branco e a rua Voluntários da Pátria, perto da esquina da rua Garibaldi.

sábado, 15 de outubro de 2022

Palacete Wolf, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Palacete Wolf, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Localizado na frente da Igreja do Rosário, está o recém restaurado Palacete Wolf. Este sobrado amarelo foi construído, ao que tudo indica, em 1880, a pedido do imigrante austríaco Fredolin Wolf. Fredolin era o segundo filho do casal Joseph e Thereze Wolf, que haviam chegado ao Brasil entre 1856 e 1862. A família Wolf era proprietária de muitos imóveis e lotes de terra, incluindo uma grande chácara na região do Barigui - possuíam também serraria, olaria e moinhos.
Sabe-se que em 1875 José requereu ao município de Curitiba um lote de terra em frente à Igreja do Rosário, onde construiu uma casa. Possivelmente essa casa tenha sido demolida - ou ampliada -, dando origem ao belo sobrado que conhecemos, que mistura a arquitetura colonial, germânica e neoclássica.
Ao que parece, nunca foi interesse dos Wolf residir no sobrado, mas sim alugá-lo. Não à toa, o Palacete Wolf já foi sede da câmara de vereadores e da prefeitura de Curitiba; foi o quartel-general do exército, onde o temido Ewerton de Quadros decretou a morte do Barão do Serro Azul e de mais cinco companheiros seus em 1895, no contexto da Revolução Federalista (1893-1985); e já funcionou como ateliê, livraria e unidade escolar. Em 1974, o município desapropriou o imóvel, tornando-o sede da Fundação Cultural de Curitiba até 2006. Atualmente, abriga uma pasta de turismo do município. Desde 1981, é tombado como patrimônio cultural do Paraná.
Pela sua relação com a morte do Barão do Serro Azul, muitos enxergam o Palacete Wolf como um local mal-assombrado ou de energia negativa. Vale ressaltar, porém, que o Barão não ficou preso ali.
Origens:
A chegada da família Wolf ao Brasil se deu em demoradas etapas. Joseph Wolf veio sozinho e desembarcou na cidade de Joinville/SC em 6 de janeiro de 1856. Sua esposa, Thereze, e seu filho, Fredolin, chegaram somente seis anos depois, em 27 de julho de 1862. Em documentos de época, consta que eram originários da cidade de Buron, Morávia. Dando uma rápida pesquisada, descobri que essa cidade não existe. Entretanto, sua pronúncia é quase idêntica à de “Brno”, que, por sinal, é a capital da Morávia do Sul (hoje, República Tcheca e, na época, parte do Império Austro-Húngaro). É muito provável que Joseph tenha trabalhado no Brasil como agricultor para financiar a vinda de sua família.
A chegada a Curitiba:
Não se sabe ao certo quando os Wolf migraram para Curitiba, possivelmente ainda na década de 1860. A família Schaffer, por exemplo, chegara a Joinville em 1863, vinda da Morávia, e no ano seguinte já se encontrava em Curitiba. Anos depois, Francisco Schaffer se casaria com Gabriela Wolf, filha de Joseph e Thereza.
Estabilizados em Curitiba, os Wolf tiveram os seus demais filhos: Alfredo, Hugo, Francisco, Gabriela, Sofhia e Thereza. Tinham uma chácara na região do Barigui, onde, além da agricultura e da pecuária, desenvolveram olaria, serraria e moinhos. A prosperidade econômica possibilitou a aquisição de novas propriedades, dentre elas um terreno de 100 palmos no Largo do Rosário, em frente à Igreja do Rosário. Ali foi construída uma casa, que já em 1877 servia como sede da Loja Maçônica Concórdia IV. Ao que tudo indica, o espaço era destinado a reuniões sociais, aluguéis e outras finalidades urbanas, mas não para moradia da própria família, que se mantinha na zona rural da cidade.
O palacete:
De acordo com Marilena Wolf de Mello Braga, trineta de Joseph, foi o mais velho, Fredolin, quem construiu o Palacete Wolf. As pessoas que já pesquisaram e escreveram sobre o tema tendem a uma mesma versão: o palacete é de 1880, e teria sido construído no mesmo local da casa (o que implica, portanto, numa demolição ou ampliação desta). Fredolin era sócio de seu pai, que na época se dedicava, entre outras coisas, a incentivar, financiar e a dar suporte logístico à vinda de mais famílias alemãs. O Palacete Wolf parece, portanto, ter sido planejado para servir de acomodação temporária aos imigrantes.
O que se sabe, porém, é que pouco tempo depois a família já tinha interesse em alugar ou até vender o imóvel.
Até hoje (bem) preservado, muito por conta de seu tombamento como patrimônio cultural do Paraná em 1981, o Palacete Wolf se destaca no cenário curitibano. Isso porque é um dos apenas 5 (cinco!) imóveis de estilo arquitetônico colonial que restaram em Curitiba. É também nítida a presença dos traços neoclássicos (simetria) e germânicos (telhas de cerâmica em forma de escamas e paredes dos fundos em enxaimel). O casarão é em formato de L e há um pequeno pátio interno nos fundos.
Usos do Palacete:
A família Wolf foi proprietária do palacete até 1974, quando o vendeu à prefeitura de Curitiba. Nesses quase 100 anos, diversas instituições passaram pelo casarão.
No final dos anos 60 e início dos 70, o Palacete Wolf se encontrava em mau estado de conservação. Ele havia se tornado uma casa de cômodos, abrigando dezenas de famílias locatárias em precárias condições de sobrevivência. Por isso, o município decidiu comprá-lo e, logo em seguida, definiu um projeto de restauro, que se concretizou e acabou por resgatar várias das características originais do edifício. Como sede da Fundação Cultural de Curitiba, abrigou a Livraria Dario Vellozo, o Teatro do Piá e uma sala de exposições.
Segundo a prefeitura, em 2006 a mudança da Fundação Cultural rumo ao Rebouças foi necessária devido às condições estruturais:
No Palacete Wolf, somente 45 por cento dos funcionários tinham computador. Os servidores também terão melhores condições de trabalho. Muitos deles ocupavam o sótão e o subsolo do prédio da Praça Garibaldi por falta de espaço físico, ficando expostos em demasia a calor, frio, barulho e até proximidade com pombos no telhado junto ao sótão.
Atualmente, o Palacete Wolf segue sendo um patrimônio público bem preservado, embora não tão vinculado a atividades culturais como outrora.
Quanto aos Wolf, ramificaram-se em Curitiba e outras cidades. Alguns tornaram-se prefeitos, outros, jornalistas, e um virou até nome de rua: Fredolin Wolf. Ele é filho do Fredolin (o Sênior), aquele que construiu o Palacete.
Os usos do Palacete Wolf:
1880: Colégio Curitibano, fundado por Nivaldo Braga e que teve entre seus alunos Romário Martins.
1886: Colégio Parthenon Paranaense de Laurentino Azambuja [do qual Dario Vellozo foi aluno]
1886 - 1891: Corpo policial da Província.
1891: Residência de Joaquim Monteiro de Carvalho.
1892: manteve-se como residência de Monteiro de Carvalho, mas abrigou a Junta Governativa, da qual o proprietário participava [isto é, foi sede do governo do Estado].
1894: Sedia o Quartel General do 5º Distrito, onde "imperava" o General Ewerton, o Sinistro.
1897 - 1905: Quartel da Força Policial.
1907 - 1911: Seção Masculina do Colégio Bom Jesus.
1912 - 1913: Sede da Prefeitura de Curitiba e Câmara.
1914 - 1956: portanto, por 42 anos foi moradia da família Bianchi, que sublocava salas. Gina Bianchi mantinha ali um ateliê de pintura e um de seus alunos foi Theodoro de Bona.
1956 - 1974: ocupado pela Livraria [Otto] Braun.
1974: o Palacete Wolf é adquirido pela Prefeitura de Curitiba.
5 de março de 1975: uma vez restaurado, passou a ser sede da Fundação Cultural de Curitiba, que ali permaneceu até 2006, quando a mesma foi para o Engenho Rebouças.
2006: Funcionou como Casa da Literatura [Dario Vellozo].
2017: Passou a sediar a área de Turismo da PMC. Texto do Turistória.
Nota do blog: Data e autoria da imagem desconhecida.

Curitiba, Paraná, Brasil





Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog 1: Destaque para o Palacete Wolf (à direita), Igreja da Ordem (ao fundo), Igreja do Rosário (à esquerda).
Nota do blog 2: Cartão postal circulado em 24/11/1900.
 

Cobrador "Vermelhinho", Década 50/60, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil





Cobrador "Vermelhinho", Década 50/60, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


Porto Alegre teve muitos deles. Causaram uma revolução quando apareceram, viraram notícia de jornal, eram criticados, alguns apanhavam quando faziam seu trabalho, um ofício evidentemente para corajosos ou seduzidos pelos ganhos relativamente bons. Os Homens de Vermelho eram cobradores na Capital gaúcha de 1959.
Naquele tempo, uma empresa de cobranças teve a ideia de contratar funcionários vestidos de vermelho da cabeça aos pés. Nas costas, tinham o logotipo da empresa e em letras garrafais se lia “Cobrador”. Todos que tinham parentes, amigos ou clientes que lhes deviam dinheiro contrataram os cobradores.
Quando toda a cidade sabia dos Homens de Vermelho, os devedores tratavam de correr para o escritório de cobrança para evitar o vexame. Quando batiam numa porta, tanto quanto resgatar uma dívida atrasada, queriam expor o morador daquele endereço à execração pública. Denunciar o caloteiro. Desmoralizar o vivente. Eram coercitivos ao limite. Quando um deles aparecia num bairro, ou num lugar qualquer, seus passos eram acompanhados com curiosidade pelos bisbilhoteiros para saber qual seria seu destino fatal. 

A "Placa da Vergonha", Câmara Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






A "Placa da Vergonha", Câmara Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Essa placa de inauguração da "abertura do estacionamento aos finais de semana e feriados e do acesso ao Parque Maurílio Biagi" é uma vergonha, um completo desperdício de dinheiro público, e serve para demonstrar à população da cidade que o legislativo local parece não ter nada de bom para divulgar.
Primeiro vamos a notícia e depois termino de comentar.
A Câmara de Ribeirão Preto inaugurou em 11/12/2021, a passarela que liga o estacionamento do Legislativo ao Parque Maurílio Biagi. O estacionamento pode ser usado pelos frequentadores do parque aos sábados, domingos e feriados, entre 8h e 20h.
Os moradores já podiam deixar os carros no local desde outubro, quando foi inaugurada a nova pista de skate, mas precisavam dar a volta por fora do estacionamento para acessar o Parque Maurílio Biagi. 
Com a nova passarela, o trajeto pode ser feito internamente.
O estacionamento conta com 71 vagas, incluindo as áreas demarcadas para idosos, gestantes e pessoas com deficiência. A medida é uma das promessas feitas pelo presidente do legislativo, Alessandro Maraca (MDB), no início do mandato.
Colocada a notícia, vamos continuar o comentário.
É uma boa coisa permitir que a população utilize o estacionamento da Câmara e não tenha que dar uma volta enorme, pela rua, para acessar o Parque Maurílio Biagi. 
Ainda mais se pensarmos que o próprio poder público não é capaz de garantir a segurança das pessoas e dos veículos na cidade (inclusive, não conseguem cuidar do próprio parque, que fica ao lado da Câmara Municipal e se encontra vandalizado e pichado).
É uma ideia tão boa que não dá para entender como não foi implementada antes pelos nobres vereadores, aliás, só foi implementada por ser "promessa de campanha" do atual presidente da Câmara Municipal (pasmem, "promessa de campanha"). Não parece, nem de longe, uma ideia fantástica, inovadora. Deveriam sentir vergonha por não terem feito isso (bem) antes.
Estive no local e percebi que a "obra" inaugurada consiste em um pequeno caminho de cimento para acessar um caminho maior já existente, que passa pela lateral do prédio da Câmara e de seu anexo, além de um portão feito na cerca de tela metálica também já existente (não sei dizer se o portão também já existia e apenas tiraram o cadeado), para que as pessoas acessem o parque. Inclusive, sendo sincero, tal atitude deveria ter sido tomada sem nenhum estardalhaço ou como "obra". Bastava informar que houve uma simples manutenção do local, melhorando-o em prol da coletividade, com o menor gasto possível. Inaugurar uma "obra" desse (pequeno) porte, é como inaugurar um banco de praça...
Mas nossos vereadores não pensam assim: mesmo sendo um serviço pequeno (óbvio até), mandaram fabricar, com uso de dinheiro público, uma placa para fazer propaganda, bem como um suporte de alvenaria para abrigá-la. É a "placa da vergonha", vocês podem ver nas fotos, tem o nome de todos eles e do prefeito (aquele dos corredores de ônibus absurdos e dos cortes indiscriminados de árvores).
Assim, fica o meu protesto e o de vários outros munícipes que gostariam de ver o dinheiro público melhor empregado, gasto em obras que beneficiam a população, não em propagandas desnecessárias. Só resta concluir que a Câmara Municipal de Ribeirão Preto não anda tendo boas novidades para divulgar à população. Talvez esse seja o motivo que a leva a divulgar pequenos serviços como "obra"...