sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Criação das Nações Unidas / ONU - Artigo

 


Criação das Nações Unidas / ONU - Artigo
Artigo


Em 24 de outubro de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) no ímpeto de promover a cooperação internacional, os direitos humanos e o desenvolvimento econômico e social. Como substituta da extinta Liga das Nações (1919 - 1945), um dos principais objetivos da organização intergovernamental é a promoção da paz, de modo a evitar conflitos de grandes proporções como a Segunda Guerra.
As negociações para criação da ONU foram feitas na Conferência de Dumbarton Oaks em 1944, por delegações da União Soviética, Reino Unido, Estados Unidos e China. Posteriormente, após o fim da guerra, a França aderiu aos estados fundadores, formando o grupo de 5 países membros permanentes do Conselho de Segurança da entidade.
O Brasil se juntou à organização rapidamente, em 1946, e teve atuações importantes a partir de 1947, ano da assembleia que possibilitou a criação do Estado de Israel, presidida por Osvaldo Aranha (1894-1960). Desde então, o Brasil participa ativamente no funcionamento da entidade, como na resolução de conflitos e operações de paz; ao todo, o país já participou de 50 missões de paz das Nações Unidas.
A organização teve um papel chave na segunda metade do século 20, promovendo a descolonização na África, Ásia e Oceania, também se envolveu em conflitos regionais para impedir sua escalada como, por exemplo, na Guerra Irã-Iraque em 1980. Atualmente a Organização das Nações Unidas conta com 193 países, entre estados-membros e outros que atuam como observadores da Assembleia Geral.

Praça Pedro Ludovico Teixeira, 1949, Goiânia, Goiás, Brasil


 

Praça Pedro Ludovico Teixeira, 1949, Goiânia, Goiás, Brasil
Goiânia - GO
Fotografia

Teatro Amazonas, 1972, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Teatro Amazonas, 1972, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia

Praça Atílio Correia Lima / Praça do Bandeirante, Goiânia, Goiás, Brasil

 


Praça Atílio Correia Lima / Praça do Bandeirante, Goiânia, Goiás, Brasil
Goiânia - GO
Fotografia


Praça Atílio Correia Lima, também conhecida como Praça do Bandeirante, situada nos cruzamentos da avenida Anhanguera e da avenida Goiás, setor central de Goiânia (GO). Nela, pode ser observado o Monumento ao Bandeirante, inaugurado em 9 de novembro de 1942, em um pedestal menor que o atual.

Vista Aérea, 1970, Manaus, Amazonas, Brasil

 


Vista Aérea, 1970, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia


Destaque para o Teatro Amazonas, ao centro, e o rio Negro, ao fundo, setembro de 1970.

Os Primórdios do Sistema de Transporte da Nova Capital / Brasília, Distrito Federal, Brasil - Artigo

 







Os Primórdios do Sistema de Transporte da Nova Capital / Brasília, Distrito Federal, Brasil - Artigo
Brasília - DF
Artigo


A mudança da capital para o interior do Brasil era assunto recorrente nos círculos de poder desde os tempos do império. O argumento dos defensores da ideia era que as antigas capitais, Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), por se localizarem na costa, desestimulavam a interiorização do país, além de deixarem os centros administrativos vulneráveis a ataques pelo mar.
Foi José Bonifácio (1763-1838) um dos primeiros a sugerir a transferência da capital para o planalto central. Embora sempre revisitada como ideia, a mudança só ficou determinada, sem prazo para execução, na primeira constituição do Brasil republicano. A construção da nova capital seria iniciada apenas em 1957, no governo de Juscelino Kubitschek, 66 anos depois da constituição de 1891.
A cidade foi construída em tempo recorde, sendo inaugurada em 1960, porém boa parte da estrutura governamental só começou a migrar de fato nos governos militares, a partir da década de 70. Quem chegava em Brasília com a esperança de uma vida nova se deparava com uma infraestrutura deficiente. No início, o governo tinha dificuldades para alocar os novos moradores que chegavam de todos os cantos do país, ao ponto em que foi necessário ir além do planejamento original de Lúcio Costa e instituir diversas regiões administrativas, conhecidas como cidades-satélites, para organizar o crescimento vertiginoso.
Nas imagens, podemos ver o cotidiano dos brasilienses nos primórdios da capital, o serviço de transporte público ainda precário somava-se a má qualidade das estradas, especialmente nas cidades-satélites mais distantes do Plano Piloto.

Mapa "Carta do Império do Brasil Indicando um Plano Geral Para Base da Rede de Viação", 1883, Brasil - Honório Bicalho

 


Mapa "Carta do Império do Brasil Indicando um Plano Geral Para Base da Rede de Viação", 1883, Brasil - Honório Bicalho
Mapa

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Planta Parcial do Distrito Industrial de Manaus, 1983 / Zona Franca de Manaus, Amazonas, Brasil

 


Planta Parcial do Distrito Industrial de Manaus, 1983 / Zona Franca de Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Mapa


Por ter sido considerada “vazia” e distante dos centros consumidores do país, na década de 1960, foi criada na região amazônica, por meio do decreto-lei nº 288/67, a Zona Franca de Manaus. O intuito era promover a integração da área do Amazonas ao processo de modernização e desenvolvimento econômico e social do país.
Segundo o texto do decreto-lei, a Zona Franca de Manaus é “uma área de livre comércio de importação e exportação”. Para estimular a vinda das empresas para o local, foram instituídos incentivos fiscais especiais que permanecem ativos até os dias de hoje.
A implementação de uma zona industrial possibilitou o desenvolvimento econômico da região e promoveu certa descentralização dos polos industrializados, concentrados na região sudeste. Também gerou novos empregos, o que resultou em um novo perfil de trabalhador nas localidades afetadas, visto que muitos saíram do trabalho rural para ocupar as vagas nas fábricas.

Embarque de Café no Porto, Agosto de 1931, Rio de Janeiro, Brasil


 

Embarque de Café no Porto, Agosto de 1931, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia


O café foi o principal produto da economia brasileira durante mais de um século, especialmente no período entre as décadas de 1830 e 1930. Ao longo do chamado “Ciclo do Café”, a cafeicultura foi o motor econômico e principal artigo de exportação do nosso país. Ainda hoje, o Brasil exporta o grão para mais de cem países e continua a ser o maior produtor e exportador do mundo.
Em quase todo o século XIX, Rio de Janeiro e São Paulo foram os grandes produtores do país. O café das fazendas paulistas e fluminenses era escoado pelos portos do Rio de Janeiro e de Santos. E até a década de 1870, o grão foi produzido majoritariamente por mão de obra escravizada. Com a iminência da abolição, um grande contingente de trabalhadores livres ingressou na produção cafeeira, muitos deles imigrantes.

Hotel JK / O “Alvoradinha”, Brasília, Distrito Federal, Brasil

 


Hotel JK / O “Alvoradinha”, Brasília, Distrito Federal, Brasil
Brasília - DF
Fotografia


A Marcha para o Oeste, movimento iniciado pelo governo de Getúlio Vargas entre os anos 1940 e 1950, tinha como objetivo a promoção do povoamento e desenvolvimento econômico da região central brasileira. É nesse intuito que o governo instituiu, em 1943, a expedição Roncador-Xingú, gerenciada pela recém-criada Fundação Brasil Central (FBC), responsável pelo planejamento e execução do ambicioso projeto.
O sucesso dos trabalhos da FBC continuou nos anos seguintes e atingiu seu ápice no governo de Juscelino Kubistchek (1956-1961), quando a capital foi transferida para Brasília. Na ideia de alargar o território ocupado, foi lançada a Operação Bananal, que construiria uma cidade para estimular o povoamento da Ilha do Bananal, na região do antigo Goiás.
Nesse contexto nasceu o “Alvoradinha”, em referência ao Palácio da Alvorada em Brasília. A construção teria sido projetada por Oscar Niemeyer e inicialmente seria uma residência presidencial. Posteriormente, o local foi transformado no Hotel JK.
O presidente tinha a intenção de transformar a área em um balneário turístico para atender à “demanda internacional”. O hotel foi palco de jantares gloriosos, recepções, pescaria e caçadas, promovidos pela elite política do país, eventos muitas vezes desfrutados por chefes de Estado que visitavam o Brasil, dentre eles líderes da Rússia, da Itália e de países vizinhos da América do Sul.
Nos governos militares houve a tentativa de apagar o legado de JK e, como efeito, o Hotel JK foi renomeado John Kennedy. Atitude talvez desnecessária, já que o local já estava em franco processo de esquecimento, pois os governos seguintes não continuaram os investimentos. O hotel foi fechado passou a ser alvo de vandalismo. O pouco que ainda restava da construção pegou fogo em 1990, deixando apenas escombros e ruínas.