terça-feira, 8 de novembro de 2022

Monumento ao Dr. Rubem Cione, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






Monumento ao Dr. Rubem Cione, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

A herma foi feita quando o Rubem Cione ainda estava vivo, pois o mesmo faleceu em 27/04/2007. Nascido 30/08/1918 em Monte Azul/SP. Vereador na 21.ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 01/01/1948 a 31/12/1951. Professor, advogado, jornalista, escritor e incansável pesquisador da história de Ribeirão Preto. Foi redator dos jornais "A Cidade", "A Tarde" e "Diário de Notícias". Foi secretário do primeiro Centro de Imprensa de Ribeirão Preto e presidente da Ordem dos Velhos Jornalistas. Em 1937 iniciou suas atividades no magistério no 2.º Grupo Fábio Barreto. Lecionou também na Escola Profissional José Martimiano da Silva, na Faculdade de Direito Laudo de Camargo (UNAERP) e na Faculdade de Odontologia da USP Ribeirão Preto. Bacharel e Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Ribeirão Preto. Publicou a obra "História de Ribeirão Preto" em 5 volumes.
Originalmente a herma tinha óculos, furtados em data desconhecida.
Monumento instalado em 15/12/2005.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Dr. Joaquim Camilo de Mattos, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







 

Monumento ao Dr. Joaquim Camilo de Mattos, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Camilo de Mattos nasceu em Rio Novo, MG, em 13/12/1892. Filho de Joaquim de Oliveira Mattos e Ambrosina de Mattos. Foi prefeito municipal e vereador em Ribeirão Preto. Ocupou o cargo de presidente da Câmara, foi suplente de deputado pelo Partido Republicano Paulista. Afastado da política exerceu o cargo de consultor jurídico das "Usinas Junqueira" e diretor presidente do Educandário "Cel. Quito Junqueira". Faleceu em Ribeirão Preto, em 24/08/1945.
Monumento de autoria de Arlindo Castelani de Carli, instalado em 10/10/1976.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Dr. João Rodrigues Guião, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







 

Monumento ao Dr. João Rodrigues Guião, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

João Baptista da Cruz Rodrigues Guião nasceu na cidade de Valença, Rio de Janeiro, em 03/05/1866. Filho de Manoel Antônio Rodrigues Guião e Iria Umbelina Vieira Guião. Formou-se em Direito e foi Promotor Público de Santa Rita do Passa Quatro e de Cajuru. Chegou à cidade de Ribeirão Preto em 1905 e trabalhou como advogado; juiz de paz; Procurador da Prefeitura; vereador e Prefeito Municipal (1920 a 1923 e 1923 a 1926). Foi Deputado Estadual; diretor proprietário do “Diário da Manhã”; presidente da Sociedade Legião Brasileira e presidente do Diretório do Partido Constitucionalista. Foi ainda escritor e escreveu: “Organizações das Câmaras Municipais” e o almanaque “O Município e a cidade de Ribeirão Preto no 1° Centenário da Independência". Casou-se com Umbelina Vieira de Andrade Palma, com quem teve nove filhos. Faleceu em 10/03/1957, na cidade de Ribeirão Preto.
Monumento instalado no final da década de 1950.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Senador Roberto Simonsen, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







Monumento ao Senador Roberto Simonsen, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Era filho de Sidney Martins Simonsen e Robertina da Gama Cochrane Simonsen, esta última de família nobre. [...] Trabalhou na companhia ferroviária Southern Brazil Railway (Ferrovia do Sul do Brasil). Logo saiu para ocupar por dois anos o cargo de diretor-geral de obras na Prefeitura de Santos. Ali foi também engenheiro-chefe da Comissão de Melhoramentos de Santos. No ano seguinte fundou a Companhia Construtora de Santos, fato que foi o início de seu ofício de empresário. Em 1919 iniciou-se na diplomacia. Em 1933 ingressa na política, sendo eleito deputado constituinte por São Paulo; exerce o mandato de deputado federal na legislatura de 1933 a 37. Também foi idealizador do Sesi e do Senac. Foi o segundo ocupante da cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 9 de agosto de 1945 na sucessão de Filinto de Almeida, e recebido pelo acadêmico José Carlos de Macedo Soares em 7 de outubro de 1946. Simonsen veio a falecer em pleno salão nobre da Academia, quando proferia um discurso de saudação ao primeiro-ministro belga, Paul van Zeeland, que visitava o país.
Monumento instalado em 12/08/1962.
Nota do blog: Imagem de 2022.

Propaganda "É Realmente Notável a Ação da Tricomicina no Combate à Calvíce e Suas Diversas Manifestações!", 1955, Tricomicina, Brasil


 

Propaganda "É Realmente Notável a Ação da Tricomicina no Combate à Calvíce e Suas Diversas Manifestações!", 1955, Tricomicina, Brasil
Propaganda


Texto do anúncio: "Se o senhor é calvo e deseja realmente restaurar os cabelos perdidos, não hesite mais: comece a usar, ainda hoje, a loção Tricomicina e recupere seu lugar no mundo alegre dos cabeleiras".
Nota do blog: Pena que não existe mais...rs.

Monumento ao Dr. João Alves Meira Júnior, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 








Monumento ao Dr. João Alves Meira Júnior, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


A estátua tinha uma bengala que, segundo informações da Prefeitura, fora furtada e substituída por três vezes. Aparentemente, como a estátua está novamente sem a bengala, houve um quarto furto, agora sem a reposição da bengala.
Reparem a altura do mato no monumento, zeladoria nota zero.
Monumento instalado entre os anos 1955-1956.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Fonte Luminosa, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






Fonte Luminosa, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Nota do blog: Imagem de 2022.

Parque Sul - Roberto Francói, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil











 

Parque Sul - Roberto Francói, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Ribeirão Preto ganhou oficialmente no dia 14/06/2017 o Parque Sul “Roberto Francói”. 
Construído pelas empresas Bild Desenvolvimento Imobiliário, Perplan Urbanização e Empreendimentos e CP Construplan, o parque está localizado na Rua Cezário Gonçalves, no perímetro das avenidas Wladimir Meirelles e Carlos Consoni, na zona sul da cidade. 
Estará aberto à população das 6h às 20 horas todos os dias. Durante cinco anos, a manutenção do local ficará por conta das três empresas responsáveis pela construção.
Este é o primeiro parque design do Estado de São Paulo, inspirado nos maiores parques do mundo, com mais de 14 mil m² de área verde em todo o seu entorno e assinatura do arquiteto Marcus Cotrim. 
O parque oferece lazer para os moradores da região e visitantes em um espaço aconchegante, moderno e único na cidade, graças ao desenvolvimento inteligente das áreas verdes e do paisagismo inovador, baseado nas últimas tendências mundiais.
São vários espaços de bem-estar: mirante com vista para a região, wi-fi gratuito em todo o parque, miniteatro de arena, espaços para caminhada e corrida com 450 metros, área própria para passeio com animais (com bebedouro), aparelhos de ginástica, circuito de bike kids, espelhos d’água e parque infantil com brinquedos inclusivos, além de outros atrativos.
“Trata-se de um parque construído com recursos da iniciativa privada, aberto à população e com várias novidades para a diversão de toda a família, rodeado por muito verde e conforto”, explica Rodrigo Saccarelli, diretor da Bild.
Nota do blog 1: Um dos raros parques em bom estado de conservação na cidade.
Nota do blog 2: O problema é que neste ano (2022), a responsabilidade de conservação do parque será transferida das empresas construtoras para a Prefeitura de Ribeirão Preto. Tomando por base a situação de conservação lamentável dos demais parques da cidade, prevejo dias complicados para o Parque Sul - Roberto Francói...

Selo "Ulysses 100 Anos", 2022, Brasil


 

Selo "Ulysses 100 Anos", 2022, Brasil
Selo


Sobre o Selo:
A arte do selo teve como ponto de inspiração as localidades onde ocorrem os episódios da obra de James Joyce, empregando o mapa da cidade de Dublin, na Irlanda, como fundo. Em destaque, em jogo tipográfico, "Ulysses 100 Anos" cruza com os dizeres "Yes", (Sim) característico da obra, e "James Joyce", aproveitando o posicionamento das letras. No intuito de reforçar a identidade irlandesa para este selo, foi utilizado largamente o verde com alguns toques de laranja. A técnica utilizada foi ilustração vetorial.
100 anos de Ulysses, de James Joyce:
É graças ao escritor irlandês James Joyce (1882-1941) que celebramos, em 2022, cem anos de leituras e discussões a respeito de Ulysses, uma das mais impactantes obras do século XX. Publicado em dois de fevereiro de 1922, quadragésimo aniversário do autor, o romance marcou o modernismo literário e se consagrou como uma das mais relevantes composições em prosa de língua inglesa de todos os tempos.
Apesar de decidir, aos vinte e dois anos, deixar a Irlanda, James Joyce escreveu incessantemente sobre seu país natal e, em especial, sobre Dublin. Em Ulysses, testemunhamos um dia — dezesseis de junho de 1904 — em que as personagens passam por diferentes pontos da capital irlandesa, e Joyce os mapeou usando localizações reais da cidade. Esses deslocamentos são relembrados nas comemorações anuais do Bloomsday, evento batizado em homenagem ao protagonista Leopold Bloom. A celebração do romance de Joyce ocorre não apenas em Dublin, mas em diversas cidades no Brasil e no mundo. Podemos dizer, portanto, que Ulysses continua a mobilizar, literal e figurativamente, leitores e lectures em inúmeros países.
Ulysses tem sua estrutura inspirada em episódios da Odisseia de Homero, obra da qual derivam inúmeros paralelos mais variegados do que diretos. O título do romance é, afinal, a versão latina do nome do personagem homérico, Odisseu, o que já aponta o caminho tortuoso da tradição cultural que Joyce percorre. Ulysses subverte a fonte homérica ao ter como protagonista, no lugar de um herói épico, um cidadão simultaneamente comum e outsider, até mesmo vítima de preconceito e maldizer, mas também mais pacifista do que bélico, mais solidário do que combativo. A odisseia joyciana não é centrada em glória, mas abraça o humano com suas belezas, estranhezas e imperfeições. Mostra que a literatura e a vida podem ser repletas de humor improvável, bem como nostalgia e melancolia, sem fronteiras claras entre esses aspectos. Como diz Richard Ellmann, biógrafo de Joyce, Ulysses tem, em muitos sentidos, o amor como centro, e o que Bloom tem de divino é sua própria humanidade. Nada disso diminui a índole crítica e mesmo radical do romance — ao contrário, é o que a constitui.
Apesar de Ulysses ter sido lançado há cem anos, seus episódios começaram a circular em revistas literárias a partir de 1918. Com abundantes relações intertextuais e linguagem progressivamente mais inventiva, sua fama se consolidou antes mesmo da conclusão. Houve críticas e até censura no mundo anglófono (exceto na Irlanda), com resistência ao experimentalismo de Joyce e à sua proposta de escrever um romance demasiado humano a partir do épico.
No conjunto de sua prosa, Joyce compôs uma obra particularmente coesa. Ulysses sucede Um Retrato do Artista Quando Jovem, de 1916, cujo protagonista é Stephen Dedalus, um dos personagens principais no romance de 1922. A coletânea de contos Dublinenses, de 1914, também inclui personagens que reaparecem em Ulysses. Mais ainda, há um claro crescendo literário. Em conferência para promover o romance de Joyce em Paris, em 1921, o escritor francés Valéry Larbaud mencionou o quanto cada uma das obras anteriores contribuiu para a composição de Ulysses ou prenunciava algumas de suas qualidades. Os poemas de Joyce em Música de Câmara (Chamber Music, 1907) continham o lirismo; Dublinenses, a atmosfera específica da capital irlandesa; Um Retrato, por sua vez, as imagens, analogias e símbolos que integrariam o romance posterior. A combinação dessas características e das inovações de Ulysses resultou em um texto com “a complexidade de um mosaico” (caleidoscópico, certamente).
O mapa que acompanha os selos comemorativos indica lugares mais relevantes dentre os citados nos episódios de Ulysses (cujos nomes advêm da Odisseia). Uma lista exaustiva seria longa: na caminhada de Leopold Bloom, são mencionados muitos locais, por exemplo, em Os Lestrígones/Lestrigões (como é chamado o oitavo episódio nas traduções de Bernardina Pinheiro e Caetano Galindo, respectivamente), mas a loja de doces aparece já no início e o ponto principal é o pub Davy Byrne’s. Há, ainda, múltiplos percursos no episódio As Rochas Ondulantes/Rochedos Errantes, do qual se destaca a região onde encontramos o protagonista, Bloom, comprando livros no Merchant’s Arch.
O endereço do quarto episódio, por sua vez, é retomado nos últimos três — o casal Bloom reside em 7 Eccles Street. É nesse endereço que o romance termina. O grande arco narrativo que Ulysses de Joyce compartilha com a Odisseia de Homero é, portanto, o tema do retorno para casa. No romance, contudo, as últimas palavras são da mulher, Molly Bloom. Seu monólogo, permeado por lembranças, termina em reiteradas respostas afirmativas: «e sim eu disse sim eu quero Sim» («and yes I said yes I will Yes”). Essa famosa palavra final compõe a arte do selo.
Em 2022, não celebramos apenas a publicação de Ulysses, ocorrida há cem anos. Celebramos, acima de tudo, o fato de que continuamos a ler e reler a obra conjuntamente. É razão de festejo perceber quantos diálogos em torno dessas palavras — com seus diversos monólogos solitários — permanecem acesos. Nosso privilégio compartilhado é o de comemorar um século de leituras de Ulysses enquanto tecemos o começo de mais cem anos.
A palavra do embaixador Seán Hoy:
2022 marca o 100º aniversário da publicação do romance Ulysses, do escritor irlandês James Joyce. Publicado em 2 de fevereiro de 1922, o livro conta os eventos de um único dia na capital da Irlanda, Dublin, e o que acontece com os personagens Stephen Dedalus, Leopold Bloom e sua esposa Molly Bloom. O romance foi construído como um paralelo moderno à Odisseia de Homero, com os três personagens centrais destinados a serem contrapartes modernas de Telêmaco, Ulisses e Penélope.
Ulysses captura a atmosfera e as estruturas de Dublin em detalhes tão surpreendentes e meticulosos que Joyce disse uma vez que, se a cidade de Dublin fosse destruída, Ulysses poderia ser usado para reconstruí-la tijolo por tijolo. O romance sobreviveu à censura e à controvérsia, incluindo alegações de blasfêmia, para se tornar um clássico moderno indiscutível. T. S. Eliot descreveu Ulysses como a “expressão mais importante que a época atual encontrou; é um livro ao qual todos estamos em dívida e do qual nenhum de nós pode escapar”.
Embora Ulysses seja anunciado como um dos textos definidores da literatura modernista e seja famoso por seu uso da técnica de “fluxo-de-consciência” e mudanças de estilos literários, a sua complexidade também deu a Ulysses a reputação de ser difícil de ler. Há aqueles que sugerem que o livro deve ser lido em voz alta, que você deve pular certos capítulos, e muitos acham difícil ler o livro de 783 páginas de uma só vez. No entanto, aqueles que persistem e se permitem mergulhar no romance são recompensados por seu humor irreverente, seu estudo cuidadoso do cotidiano de seus personagens e os muitos enigmas e quebra-cabeças escondidos em suas páginas que ocuparam estudiosos ao longo do último século. Há algo em Ulysses para todos: o homem comum que aposta em cavalos, as mulheres solitárias em busca de amor, os perdidos que não sabem chorar. Esta história é tão relevante hoje, como era há cem anos.
Ulysses agora é comemorado em todo o mundo como Bloomsday, em 16 de junho, e acredita-se ser o único dia de festa internacional dedicado a uma obra de arte. Na Irlanda, no Bloomsday, as pessoas se vestem à moda Eduardiana, há leituras dramáticas e encenações do texto, as pessoas comem pratos Joyceanos, como fígado e rins de porco, e caminham por Dublin seguindo os passos do romance.
As comemorações do Bloomsday também se espalharam pelo Brasil, com o primeiro evento ocorrendo em São Paulo, em 1967. Hoje, os eventos acontecem anualmente em mais de 14 cidades do Brasil, incluindo comemorações em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. O Brasil também é o lar de muitos eminentes estudiosos Joyceanos, e até agora três traduções portuguesas de Ulysses foram publicadas: a primeira, pelo ex-diplomata Antônio Houaiss em 1966, a segunda, por Bernardina da Silveira Pinheiro em 2005, e a mais recente, por Caetano Galindo em 2012. Este ano, uma nova tradução ‘multi- voz’ será publicada para comemorar o centenário de Ulysses, com traduções dos 18 capítulos por 18 acadêmicos brasileiros.
O centenário da publicação de Ulysses coincide também com o nascimento do Estado irlandês independente, que ocorreu após a transferência simbólica de poder do Governo Britânico para a Irlanda, em 16 de janeiro de 1922, duas semanas antes da publicação de Ulysses. Este ano, o Brasil também comemora o bicentenário de sua independência. Tanto para a Irlanda quanto para o Brasil, os legados de nossas histórias coloniais compartilhadas, moldaram nossas jornadas como Estados independentes, e continuamos a examinar as ideias de Estado e identidade nacional que Joyce explorou em Ulysses.
Há muitos vínculos históricos entre a Irlanda e o Brasil, que são relevantes nas comemorações deste ano de independência, como o casamento entre a irlandesa Narcisa Emília O’Leary e José Bonafácio de Andrada, um dos fundadores da independência brasileira; a visita de Dom Pedro II à Irlanda em 1877; o trabalho do irlandês Roger Casement, que fez campanha pelos direitos das comunidades indígenas na região Amazônica; e a dedicação de décadas de missionários irlandeses, que continuam servindo e apoiando comunidades em todo o Brasil. Hoje, a amizade que existe entre a Irlanda e o Brasil, embora fisicamente dividida pelo Oceano Atlântico, está cada vez mais próxima, devido aos fortes vínculos de pessoa- pra- -pessoa, e a Irlanda se orgulha agora de abrigar uma comunidade de mais de 70.000 brasileiros. A Irlanda também se orgulha de ter se tornado um Observador Associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em 2021 e de apoiar o desenvolvimento de intercâmbios linguísticos, acadêmicos e culturais mais fortes, com países de língua portuguesa como o Brasil.
Inspirados pelo legado das comemorações do Bloomsday no Brasil, estamos realizando uma série de projetos culturais no Brasil para marcar a ocasião do centenário da publicação de Ulysses. Isso inclui um projeto realizado em parceria com 18 universidades de todo o país, que resultará na elaboração de um mural interpretando um capítulo do romance em cada uma das 18 instituições. O objetivo é explorar como os jovens brasileiros interpretam o romance 100 anos depois sua publicação e apoiar interpretações visuais de Ulysses com uma identidade brasileira.
A publicação deste selo comemorativo do centenário da publicação de Ulysses, representa mais um marco na relação entre a Irlanda e o Brasil, e estamos extremamente satisfeitos pelo selo ter sido desenhado por um artista brasileiro e por representar uma interpretação visual brasileira do romance. Somos imensamente gratos aos Correios pela parceria com a Embaixada nesta emocionante iniciativa e pelo entusiasmo e apoio em dar vida ao projeto.
Esperamos que este selo inspire uma nova geração de brasileiros a pensar em mergulhar no emocionante e único mundo de Ulysses, e que eles digam, como Molly Bloom proclamou nas últimas palavras do romance: (...) sim eu disse sim eu quero sim. Texto dos Correios.