domingo, 14 de janeiro de 2024

Ruínas do Splash Beach Park, 2023, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






 

Ruínas do Splash Beach Park, 2023, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


O Splash Beach Park operou no período de 2003-2008.
O parque aquático que vendeu a imagem de "praia em Ribeirão", fechou em 2008 por ordem judicial e está abandonado. A área, que tinha até piscina com ondas, está em ruínas, completamente vandalizada/degradada.
Nota do blog: Data 2023 / Imagem de Lucas Moraes.

Shopping Novo Batel, Década de 80, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Shopping Novo Batel, Década de 80, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Inaugurado em 1979.

Cenas de Peroguarda, 1958-1959, Alentejo, Portugal

 






















Cenas de Peroguarda, Alentejo, Portugal
Peroguarda - Portugal
Fotografia



“A minha voz está muito fraca, não está?”, pergunta o fotógrafo, do outro lado do ecrã, ao dar início à entrevista. Aos 83 anos não é fraca a voz, a memória ou a emoção com que o fotógrafo Luís Ferreira Alves revive aquela que guarda como uma aventura inesquecível. O seu olhar ilumina-se ao recordar os dias que passou em Peroguarda, no Alentejo, nas férias da Páscoa de 1959. “Eu era um rapaz de 18 ou 19 anos, apaixonado pelo cinema do real, que tinha, já na altura, uma forte consciência política”, refere.
Em plena ditadura fascista, Luís Ferreira Alves não foi ao Alentejo “fazer reportagem”. O então jovem fotógrafo amador portuense (que trabalhava, na altura, no banco fundado pelo seu pai), a sua esposa Helena Cardoso e o amigo Alexandre Alves Costa chegaram a Peroguarda no seu automóvel. A estadia na pacata aldeia do concelho de Ferreira do Alentejo estava longe de ser fortuita – era, na verdade, fruto de um convite que teve por base a amizade improvável que floresceu durante um festival de folclore, no Porto, entre eles e os membros do grupo coral de Peroguarda. “O clima de amizade que se formou foi de tal ordem que, nessa mesma noite em que nos conhecemos, passámos a ponte Ponte Luiz I de braços dados a entoar cante alentejano”, recorda o fotógrafo, sorridente, de olhar distante. “Quando eles regressaram a Peroguarda, convidaram-nos para ir lá. Davam-nos alojamento e comida.” Assim foi.
Num contexto de pobreza extrema, a presença dos três forasteiros, “meninos bem da burguesia nortenha”, como descreve o fotógrafo, destoava grandemente. “Fomos muito bem recebidos”, refere Luís. “De manhã, saíamos para acompanhar os trabalhos no campo.” Era o tempo da monda. “O objectivo era fotografar e recolher as emoções.”
E emoções encontraram. “Vivemos na aldeia, vivemos as gentes, vivemos as crianças”, refere o fotógrafo nas páginas do fotolivro Peroguarda 58/59, que resultou da viagem que ocorreu há mais de 60 anos. As imagens descrevem as duras condições de vida no final da década de 1950 “de uma aldeia alentejana mergulhada na pobreza”. Os trajes de época ou os objectos modestos do interior das casas são suficientes para prender longamente o olhar, porém, quem se demora um pouco mais na leitura poderá ver muito para além da superfície. Crianças descalças que carregam fardos de palha, mulheres vergadas em ângulos agudos (que prometem infligir dores igualmente agudas) sorriem para a câmara com uma inocência inexplicável.
“A monda era um trabalho de mulheres”, explica o fotógrafo. “Era violentíssimo, doloroso, absolutamente desgastante. O que mais me impressionou foi como mantinham aquele sorriso, aquela raia.” Nas fotografias, as mondadeiras têm as caras mergulhadas nas searas e os homens permanecem na posição vertical. “Eles eram enviados do patrão para fiscalizar o ritmo de trabalho delas. Apenas.” Existe uma crítica implícita, refere; a legenda, original, de 1959, confirma: “O rebanho — num país de machos. O mando é masculino e vertical. A servidão é feminina e horizontal.” Uma crítica política? Em pleno Estado Novo?
A pouco discreta e algo inusitada presença dos três portuenses não passaria despercebida à Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). “Nós não estávamos ali a fazer política, embora fôssemos os três de esquerda”, refere o fotógrafo. Numa das noites, Luís acordou com uma pancada no peito e uma pistola apontada. “Levaram-nos presos.” Foram interrogados separadamente. “Como é que aquilo podia estar a acontecer?”, questiona o fotógrafo, ainda indignado. “Prenderam-nos e ficámos ali a secar.” O episódio acabou quando um dos agentes entrou na sala de interrogatório e exclamou que o pai de Luís deveria estar contente com os resultados do último jogo do Futebol Clube do Porto. Após averiguação, o agente concluiu que tinha detido o filho do dirigente do clube. À saída, os três recusaram apertar a mão de quem acabava de libertá-los. “Foi um momento perigoso”, recorda, satisfeito. Regressaram a Peroguarda, onde foram recebidos por todos com enorme alegria. “Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida”, conta o fotógrafo, com um sorriso estampado no rosto. “Havia chapéus pelo ar!”
O fotolivro Peroguarda 58/59 seria um livro diferente se a história que lhe deu origem não estivesse impressa nas suas páginas, em conjunto com as fotografias que foram realizadas no mesmo período. As duas dimensões expostas fazem o retrato do mesmo país a partir de dois pontos de vista muito distantes; essas acrescentam camadas à leitura do contexto histórico em causa. “No final, conseguimos passar por cima de todos os formalismos e ser aceites pelos habitantes de Peroguarda como irmãos”, conclui o único fotógrafo que é membro honorário da Ordem dos Arquitectos. “Conseguimos abrir a porta daqueles corações fortes, sólidos.” Sente, por isso, gratidão.
O conjunto de imagens estará, brevemente, em itinerância pelo Alentejo. A primeira exposição, na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, terminou a 31 de Setembro 2021. Sem data prevista, a que se segue irá decorrer em Serpa. Luís Ferreira Alves, um pioneiro e uma referência da fotografia de arquitectura, espera poder expor, quanto antes, na aldeia de Peroguarda. Texto do Público PT.
Nota do blog: A "monda" consistia no trabalho de arrancar ervas daninhas de uma plantação, cortar galhos velhos de árvores, etc.


Edifício Diederichsen, 1948, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil





 

Edifício Diederichsen, 1948, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
 
Vista do edifício Diederichsen na esquina das ruas Álvares Cabral e São Sebastião. 
É possível observar as instalações da "A Única Cafeteria" no térreo.
Nota do blog: Imagem de 21/10/1948 / Crédito para J. Gullaci.

sábado, 13 de janeiro de 2024

Propaganda "Escolha o que Você vai Colocar nas Mãos do seu Filho", 1972, Instrumentos Musicais Giannini, Giannini, Brasil


 

Propaganda "Escolha o que Você vai Colocar nas Mãos do seu Filho", 1972, Instrumentos Musicais Giannini, Giannini, Brasil
Propaganda

Propaganda "É Por Isso que Você Pode Pegar seu Volkswagen e Sumir do Mapa", 1971, Serviço Autorizado Volkswagen, Volkswagen, Brasil


 

Propaganda "É Por Isso que Você Pode Pegar seu Volkswagen e Sumir do Mapa", 1971, Serviço Autorizado Volkswagen, Volkswagen, Brasil
Propaganda

Propaganda "Quando Perguntaram ao Fuscão se Ele Gostaria de Fazer a Belém - Brasília, Ele Sorriu: - Quantas Vezes?", 1971, Volkswagen Fusca 1500, Volkswagen, Brasil


 

Propaganda "Quando Perguntaram ao Fuscão se Ele Gostaria de Fazer a Belém - Brasília, Ele Sorriu: - Quantas Vezes?", 1971, Volkswagen Fusca 1500, Volkswagen, Brasil
Propaganda

Propaganda "Boeing Agora é Privilégio de Todo Mundo", 1970, Vasp, Brasil





 

Propaganda "Boeing Agora é Privilégio de Todo Mundo", 1970, Vasp, Brasil
Propaganda

Obras de Construção do Edifício Marumby, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Obras de Construção do Edifício Marumby, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Fábrica da Plymouth, 1941, Detroit, Michigan, Estados Unidos

 






Fábrica da Plymouth, 1941, Detroit, Michigan, Estados Unidos
Detroit - Michigan - Estados Unidos
Fotografia


In 1941, before wartime production had begun, many men and women from the Detroit area worked in one of the largest automotive manufacturing plants in the world that was not part of Ford and General Motors.
During the early days, the Plymouth plant was recognized as one of the world’s most modern automobile facilities. The factory was in the Detroit area with 26 acres of manufacturing floor space. The advertising slogan at the time said, “You’ll see Plymouths built from start to finish.”
All of the bodies were made of steel and later fitted with instruments and other appointments that made an automobile complete. In 1941, labor strikes hampered the manufacturing process of some parts, but production was not effectively interrupted. That year, the Plymouth still held its position as the third biggest producer in the industry based on sales.
The 1940-41 Plymouth models were an instant success with the buying consumer. At the start of the manufacturing process, workers would telegraph parts orders to stations along the assembly line for a car’s frame and body. The bodies would travel on many conveyors for the next assembly operation. In 1941, Plymouth had several lines that carried the frames with the body hardware installed, across to the main assembly line where the bodies would receive fenders, batteries and additional trim parts. Then, instrument panels, shock absorbers and headlamps were added, and the 1941 Plymouths took shape.
One of the main features of the Plymouth manufacturing process was engine testing. Plymouth engines were tested for their required horsepower. The engine testing was called a “running in,” and after being “run in,” each engine was tested for horsepower, which the workers called a dynamometer test. From frame to a finished product, it took 50 minutes to manufacture a Plymouth product in 1941. Today, automakers have factory computers that reduce assembly time.
The chassis assembly was another important part of the manufacturing process. It took 12 minutes for the painted chassis to pass through an oven where the paint was thoroughly baked before further assembly line operations. From shaping brake tubing to mounting wheels and tires each consisting of wheel, tire and brake drum were assembled as single units before being mounted on the car. Installing steering and shift columns included steering gear mechanism along with a steering wheel gearshift were installed.
In 1941, before a new car was driven off the assembly line, Plymouth models would go through a series of tests before they were sold to the public. Even before moving off the assembly line under its own power for the first time, each model would be tested and inspected. For example, the “roller test” was a floor machine that held the front blocks in place while the rear wheels would drive on heavy rollers set in the floor. The factory employee could shift through low, second and high gears, testing the transmission and rear axle, and finally the hydraulic and braking systems. Other tests included sealed beam headlights, upholstery, paint, hinges and locks.
In conclusion, the 1941 Plymouths were assembled under one roof, and the men and women of Michigan helped put America on wheels.