domingo, 24 de setembro de 2017

Vista de Delft, Holanda (Gezicht op Delft) - Johannes Vermeer


Vista de Delft, Holanda (Gezicht op Delft) - Johannes Vermeer
Delft - Holanda
Museu Mauritshuis Haia Holanda
OST - 96x115 - 1660-1661


A Vista de Delft e A Viela (ou Rua de Delft) são as duas únicas pinturas do gênero de paisagem conhecidas, feitas pelo pintor holandês Jan Vermeer, sendo esta considerada a mais fenomenal das paisagens urbanas na história da pintura europeia. O pintor holandês preferia as cenas domésticas com poucas personagens, geralmente mulheres simples, de modo que esta é a única grande paisagem pintada pelo artista. Trata-se de uma vista da cidade de Delft topograficamente exata, sendo que o canal divide a composição em duas partes. De um lado está Nieuwe Kerk, sob densas nuvens. Torres octogonais despontam em direção à dupla ponte levadiça, que leva até aos estaleiros. Do outro lado, um grupo de pessoas parece conversar animadamente. O rio, por sua vez, flui calma e imperceptivelmente.
A cidade de Delft é vista do sul, majestosamente iluminada pelo sol da tarde. Parece silenciosa, bem-sucedida e calma. Há nela uma grande quantidade de pormenores, coisa não muito comum ao trabalho do artista. Embora a paisagem nos passe uma sensação de calma e monotonia, vemos acima das nuvens brancas, pesadas nuvens de chuva. O horizonte não se encontra visível, o que dimensiona a distância e o tamanho do céu sobre a cidade, que também espelha na água suas torres, telhados, igrejas e casas, com toda a sensação atmosférica da genuína paisagem holandesa.
Em 1696, aproximadamente 20 anos após a morte do pintor, esta composição foi leiloada, obtendo um bom preço. A partir daí, tanto o quadro quanto o artista foram esquecidos. Mesmo no século seguinte, o nome de Vermeer só foi lembrado pelos historiadores de arte, como um dos discípulos e imitadores dos pintores Gabriel Metsu e Pieter de Hooch. Mas em 1828, A Vista de Delft reapareceu, sendo comprada pelo governo holandês e doada ao Mauritshuis. E ali ficou em silêncio. Porém, trinta anos depois, Vermeer e sua composição foram “descobertos” pelo famoso crítico francês ThéophileT horé, que se apaixonou pela obra do artista, catapultando-o para um lugar de honra entre os mestres da Idade de Ouro holandesa.
O quadro A Vista de Delft foi restaurado em 1994, quando se descobriu que o pintor usou na sua obra grandes massas de chumbo branco, misturado com areia, para fazer a base primária da composição, dando à superfície uma estrutura de relevo.
O escritor Marcel Proust foi outro apaixonado por esta composição de Vermeer. Tanto é que faz menção à pintura em uma das passagens de sua obra mais conhecida, Em Busca do Tempo Perdido, que foi publicada em sete partes entre 1913 e 1927.
View of Delft (Dutch: Gezicht op Delft) is an oil painting by Johannes Vermeer, painted ca. 1660–1661. The painting of the Dutch artist's hometown is among his most popular, painted at a time when cityscapes were uncommon. It is one of three known paintings of Delft by Vermeer, along with The Little Street and the lost painting House Standing in Delft. The use of pointillism in the work suggests that it postdates The Little Street, and the absence of bells in the tower of the New Church dates it to 1660–1661. Vermeer's View of Delft has been held in the Dutch Royal Cabinet of Paintings at the Mauritshuis in The Hague since its establishment in 1822.
The landscape was painted from an elevated position to the southeast of Delft, possibly the upper floor of a house on the quayside across the river Schie. The artist is looking back to the city to the northwest, with the Schiedam Gate [nl] in the middle of the composition, and the Rotterdam Gate [nl] and its barbican to the right, all reflected in the water of the harbour created in 1616–1620. Behind the Schiedam Gate is the long red-roofed arsenal (the Armamentarium).
It is a morning scene, with the sun to the east (viewer's right) illuminating the Protestant Nieuwe Kerk ("New Church", right of centre) before its bells were replaced in 1660. The New Church in Delft is the burial place of William the Silent and other members of the House of Orange-Nassau.
To the left is the tower the "De Papegaey" (Parrot) brewery (since demolished) and, to its left, the top of the tower of the Oude Kerk ("Old Church"). Some barges are drawn up on the quayside, with a few people passing by. The top half of the painting is dominated by a cloudy sky, with a dark cloud suggesting a rain shower has just passed.
It is believed that Vermeer created this painting using an optical device—possibly a camera obscura, or a telescope—to capture the detail.
The technical analysis shows that Vermeer used a limited choice of pigments for this painting: calcitelead whiteyellow ochre, natural ultramarine and madder lake are the main painting materials. His painting technique, on the other hand, is very elaborate and meticulous.
The painting may have been bought by Pieter van Ruijven and inherited by his daughter Magdalena. It is known to have passed through the collection of her husband Jacob Dissius. It was auctioned in 1822, and bought for 2,900 guilders for the new Dutch Royal Cabinet of Paintings established at the Mauritshuis.
The painting features in Marcel Proust's novel In Search of Lost Time, in the death scene of the writer Bergotte in The Captive. Bergotte takes inspiration from Vermeer's technique: "That's how I ought to have written.... My last books are too dry, I ought to have...made my language precious in itself, like this little patch of yellow wall." Proust himself greatly admired Vermeer, particularly this painting. When seeing the work for the first time, Proust is quoted as saying:
Ever since I saw the View of Delft in the museum in The Hague, I have known that I had seen the most beautiful painting in the world.
In 2011, the painting was featured on gold and silver commemorative coins issued by the Royal Dutch Mint.


Nota do blog: Uma fotografia tirada em 2019 aproximadamente do ponto em que Vermeer pintou a tela.

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