Nova Friburgo, Colônia Suíça, Morro Queimado, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil (Nova Friburgo, Colônia Suíça, Morro Queimado) - Friedrich Salathé
Nova Friburgo - RJ
Livro "Souvenirs do Rio de Janeiro", Gravura 03, 1835
Gravura
No dia 16 de maio de 1818, D. João VI, o recém coroado rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, ansioso por desenvolver a agricultura e intensificar a colonização no interior do Brasil, assinou um decreto em que autorizava o agente do Cantão de Friburg, na Suíça, estabelecer uma colônia de cem famílias na antiga Fazenda do Morro Queimado, no alto da serra. Acreditava-se que o clima da região seria mais favorável para os imigrantes suíços apesar do terreno escolhido não ser o mais apropriado para a agricultura. A sede da colônia recebeu o nome de Nova Friburgo em função da procedência dos seus primeiros colonizadores.
O grupo de suíços acometidos pela fome em sua região, no início do século XIX,
acreditava que a vinda para o Brasil era uma opção por dias melhores e mais
fartos. D. João VI ofereceu inicialmente para cerca de cem famílias, lotes e
sementes para o plantio na região Serrana do Rio, mas especificamente, na
antiga vila de São Pedro de Cantagalo, pouco acima do rio Macacu. Partiram de
suas terras muito mais imigrantes suíços do que fora combinado e muitos desses
perderam a sua vida ainda no trajeto.
No entanto, ao chegarem às terras se depararam com vales pantanosos e terrenos íngremes que eram impróprios para o cultivo de café e por isso foi necessário a transferência para outros lotes que tinham ficado na reserva por serem menores. Apesar de produzirem outros gêneros alimentícios e praticarem a criação de gado, a região não prosperou como o esperado, já que muitos preferiram migrar para a área vizinha de Cantagalo, que possuía uma forte produção cafeeira e que, até meados de 1829, continuou atraindo outras centenas de imigrantes.
O cultivo do café foi à primeira atividade econômica de Nova Friburgo que se desenvolveu a partir de Cantagalo. Inicialmente, foi praticada pelos imigrantes portugueses que trouxeram os escravos africanos para trabalhar tanto na lavoura quando nos serviços caseiros. A produção de inúmeras variedades de frutas, legumes, verduras e até flores foi que transformou a cidade em referência estadual da agroindústria.
Atualmente, comemorando 202 anos, a cidade detém o título de maior produtora de morango, couve-flor e flores de corte do estado, e ainda destacam-se as culturas de tomate, inhame, truta, oleiriculturas, entre outros no cenário nacional. Há evidências culturais de quilombos formados por negros e suas famílias, foragidos das fazendas de Cantagalo e da Baixada Fluminense nos distritos de Lumiar, Benfica e em São Pedro da Serra.
No entanto, ao chegarem às terras se depararam com vales pantanosos e terrenos íngremes que eram impróprios para o cultivo de café e por isso foi necessário a transferência para outros lotes que tinham ficado na reserva por serem menores. Apesar de produzirem outros gêneros alimentícios e praticarem a criação de gado, a região não prosperou como o esperado, já que muitos preferiram migrar para a área vizinha de Cantagalo, que possuía uma forte produção cafeeira e que, até meados de 1829, continuou atraindo outras centenas de imigrantes.
O cultivo do café foi à primeira atividade econômica de Nova Friburgo que se desenvolveu a partir de Cantagalo. Inicialmente, foi praticada pelos imigrantes portugueses que trouxeram os escravos africanos para trabalhar tanto na lavoura quando nos serviços caseiros. A produção de inúmeras variedades de frutas, legumes, verduras e até flores foi que transformou a cidade em referência estadual da agroindústria.
Atualmente, comemorando 202 anos, a cidade detém o título de maior produtora de morango, couve-flor e flores de corte do estado, e ainda destacam-se as culturas de tomate, inhame, truta, oleiriculturas, entre outros no cenário nacional. Há evidências culturais de quilombos formados por negros e suas famílias, foragidos das fazendas de Cantagalo e da Baixada Fluminense nos distritos de Lumiar, Benfica e em São Pedro da Serra.
A gravura do texto faz parte do álbum Souvenirs de Rio de Janeiro que possui um
total de nove gravuras a água-tinta do suíço Johann Jakob Steinmann (1800-1844).
Em 1825, ainda jovem, foi contratado pelo governo brasileiro com a missão de
criar uma oficina litográfica na escola de impressão da Academia Militar. Em
1833, depois de voltar para a Europa, publicou o seu próprio álbum.
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