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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Beco do Pinto, São Paulo, Brasil
Beco do Pinto, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
O Beco do Pinto, antiga passagem entre o Solar da Marquesa de Santos e a Casa nº 1, atualmente destinado a abrigar projetos de artistas contemporâneos desenvolvidos especialmente para o espaço.
O Beco do Pinto, conhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um significativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural, e integra o Museu da Cidade de São Paulo.
Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome oficial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi definitivamente desativado.
Vestígios de calçadas do século XVIII em dolomita, tijolo e paralelepípedo, assim como fragmentos de louça, vidro, cerâmica, ossos e grafite e, também, material usado para autópsia como estiletes e facas pertencentes à delegacia de polícia que funcionou no local no início do século XX, foram coletados durantes as prospecções arqueológicas executadas pelo convênio de 1979, firmado entre a Prefeitura e o Museu Paulista. As escadas, grades e portões foram executados de forma a implementar uma versão moderna, sem perder as características anteriores. Vitrines com vestígios dos antigos calçamentos foram montadas no local nas obras de restauro da década de 1990, quando passou a integrar o circuito cultural da cidade de São Paulo.
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