quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Vista Aérea da Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua / Igreja Santo Antônio, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Vista Aérea da Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua / Igreja Santo Antônio, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia




A Paróquia Basílica Santo Antônio de Pádua (Igreja Santo Antônio), sob a direção dos Monges Beneditinos Olivetanos, em Ribeirão Preto, possui diversos movimentos, pastorais e serviços que desenvolvem o trabalho apostólico para o povo de Deus presente na arquidiocese de Ribeirão Pret
Embora, inicialmente, nos idos de 1912, os Monges Beneditinos Olivetanos pisaram o solo brasileiro temporariamente, com esperança de grandes promessas e desenvolvimento, foi no Ano Santo do Senhor de 1919 que o Abade Dom Luigi Perego, temendo uma nova supressão das ordens religiosas que assolavam a Europa no pós-guerra e, assim, pensando num mosteiro que fora dali desse futuro à vida monástica olivetana, instala-se no Brasil.
Sem muitos recursos, em São Paulo, pela Graça de Deus, encontra apoio dos scalabrinianos, que para aumentar o número de padres no Rio Grande do Sul, planejavam deixar a Capela de Santo Antônio dos Pobres em Ribeirão Preto. Padre Preti, provincial dos scalabrinianos, apresentou então o Abade Perego ao bispo Dom Alberto José Gonçalves para que esse substituísse os padres que saiam.
E foi na manhã de 22 de novembro de 1919 que o Abade Perego chegou a Ribeirão Preto. Na mesma hora, Dom Alberto o nomeou reitor de Santo Antônio dos Pobres e Capelão do hospital. No dia seguinte, ele celebrava, pela primeira vez, o santo sacrifício da missa, pregando em italiano. Nesse tempo, Ribeirão Preto contava com, mais ou menos, 30.000 italianos.
Havia nessa Capela uma Associação em honra a Santo Antônio de Pádua, que pretendia efetuar a construção de um santuário no Morro dos Cipós, um hospital e um abrigo para idosos e órfãos. De fato, a respeito da igreja, pensavam numa nova “São Pedro” em terras brasileiras!
Na semana santa de 1920, Dom Silvestre Asconati e Dom Filipe Garzoni chegam ao Brasil. Haviam partido de Gênova no dia 13 de março, chegando em Santos em 2 de abril e em Ribeirão no dia 7 do mesmo mês. Em 16 de abril de 1920, Dom Alberto José Gonçalves escreve – de próprio punho – sabendo do Capítulo Geral em que Dom Perego participaria, quais eram as obrigações dos olivetanos em Ribeirão Preto, a saber:
a) Tratar dos interesses espirituais dos italianos aqui residentes, de acordo com os vigários (o que limitava a liberdade e as iniciativas dos Padres);
b) prestar socorros espirituais no Hospital de Misericórdia da cidade;
c) dirigir a Associação de Santo Antônio de Pádua na parte do culto e na construção do Hospital e da Igreja, de acordo com os Estatutos da mesma (o que de igual modo os limitava);
d) dirigir uma escola profissional para os meninos pobres;
e) fundar um convento de sua Ordem, perto dos edifícios constantes da letra “c”, com a Diocese lhes fornecendo o terreno necessário;
f) auxiliar o serviço religioso nas Paróquias em confissões, missões, etc.
Em 21 de setembro de 1920, o Abade Geral constitui Dom Perego primeiro abade do Mosteiro de Santa Maria de Monte Oliveto e seu Comissário – com plenos poderes – diante da Cúria episcopal de Ribeirão Preto. No ano seguinte, Dom Perego retorna do Capítulo Geral na Itália, trazendo consigo Dom Michelangelo Biondi e mais dois jovens: Giovanni Garzoni e Vitorio Viganò.
Aos 18 de junho de 1922, depois que o engenheiro César Formenti desenhou uma igreja de 57 metros de comprimento por 29 de largura, os monges começaram sozinhos a construção. Nesse dia foi lançada a primeira pedra: “Às 9 horas da manhã em procissão: crianças da catequese ou doutrina cristã, as moças com a estátua de Santa Luzia, os jovens com estandartes, os homens carregando a estátua de Santo Antônio e por último o abade paramentado, juntamente com os padres. Benzida a pedra fundamental, junto aos alicerces, Dom Michelangelo cantou a Santa Missa sendo que Dom Silvestre acompanhava com música e cantos. O Cônego Carlos Cerqueira, cura da Catedral, fez o sermão”. 
Ainda em 1922, Dom João Ogno substitui o pároco de Cajuru e Dom Silvestre Asconati o de Tambaú. Depois, Dom João foi para Santa Rita dos Coqueiros e a Santo Antônio da Alegria (pela morte do pároco). Dom João consegue três altares para a Igreja de Cajuru e Dom Filipe junto, com o engenheiro César Formenti, preparam o desenho de uma igreja de tijolos para Santo Antônio da Alegria. Por três anos, Dom Filipe e depois Dom Michelangelo Biondi trabalham também na Catedral de Ribeirão Preto.
Em 1923, os olivetanos obtêm de Dom Alberto uma circular que lhes facilitava o trabalho com os “vigários” (párocos), e, assim, começam a visitar os associados em Bonfim, São Simão, Tambaú, Batatais, diversas fazendas, entre outros locais. Em 1924 Dom Alberto aprova a Pia União dos Oblatos e Oblatas de São Bento.
No Ano Santo do Senhor de 1928, com a eleição de Dom Luigi Perego como Abade Geral da Congregação Beneditina Olivetana na Itália, a comunidade monástica de Ribeirão Preto, cada vez mais numerosa pela agregação de monges italianos e vocações brasileiras, elegem Dom Michelangelo Biondi como Superior.
Em 1930, apenas coberta, a igreja foi aberta aos fiéis. Já nos princípios de 1934, os padres se transferem da casa dos fundos da Santo Antoninho dos Pobres para o convento anexo à Igreja de Santo Antônio; no mês de janeiro de 1935, Santo Antônio torna-se o centro diocesano da Cruzada Eucarística Infantil, por sugestão do Diretor Geral, o Cônego Fabiano de Barros. No mesmo ano, nasce a Congregação Mariana do Barracão, sob a direção de Dom Filipe Garzoni. E em 1936, é fundada em Santo Antônio a Pia União das Filhas de Maria.
Em 1938, o Abade Geral anuncia ao Prior Dom Michelangelo a elevação do mosteiro à dignidade de Abadia, e em 1939, com a sua a sua eleição e bênção abacial, doado pela Pia União, o trono abacial é executado pela Casa Rigon.
No ano seguinte, em 1940, o revestimento da Igreja Santo Antônio está quase concluído. Em 11 de julho do mesmo ano, Dom Michelangelo benze o altar-mor oferecido por Dona Theolina Junqueira em memória do esposo Quito Junqueira; Altar de Nossa Senhora Aparecida, doado por Dona Francisca Frazão Pinto; Altar de Santa Francisca Romana, doado pelas Oblatas olivetanas e imagem da mesma Santa, doação de Dona Tereza Giardulli.
Em 1947, morria Dom Luigi Perego, o fundador. Dias antes, repetia para dois monges do Brasil em visita a Monte Oliveto Maggiore: “Se não estivesse tão velho, voltaria para o Brasil…”.
Aos 15 de março do mesmo ano, Dom Manuel da Silveira D’Elboux erige e canonicamente institui a Paróquia Santo Antônio de Pádua que, conforme Rescrito nº 5065/946 da Sagrada Congregação do Concílio, vem unida “ad nutum SanctaeSedis”, conforme o cânon 1425 2 (mil…) do Código de Direito Canônico (de 1917) e dos nºs 468-473 das Constituições da Congregação Beneditina Olivetana de então à Abadia de Santa Maria de Monte Oliveto, e em 13 de abril, presente o bispo e o delegado deste, Monsenhor Dr. João Laureano, foi lido o Decreto de criação da Paróquia e da Provisão do primeiro pároco, Dom Suitberto M. Bucci, além de empossado o mesmo sacerdote.
No primeiro ano da Paróquia foram celebrados 404 batizados, 83 matrimônios, 65.320 comunhões (com as da Santa Casa), 240 primeiras comunhões, 270 extremas unções, 175 viáticos e 176 encomendações.
Aos 03 de agosto de 1949, às 15h30min, falece Dom Abade Michelangelo Maria Biondi. É sepultado na Igreja abacial em vestes prelatícias, depois de licença concedida por Ademar de Barros, governador do Estado. Em outubro de 1950, iniciam-se os trabalhos para o acabamento da frente da Igreja. E em 1951, a volta de Dom Suitberto como pároco da Santo Antônio e Dom Marco Fiorello como vigário cooperador.
Em julho de 1956, na festa de São Bento, o bispo abençoa e inaugura a torre campanário da Igreja Paroquial. Edgard Colombini foi o engenheiro e a construtora foi a firma de Francisco Faggion.
Em 22 de junho de 1959, instala-se a Legião de Maria (Nossa Senhora das Graças); em 05 de agosto, acontece a primeira reunião do Movimento Familiar Cristão (5 famílias); em 04 de setembro, Dom Osvaldo Longo morre na Santa Casa às 16h, depois de ter sido atropelado por um caminhão na avenida da Saudade, e em 25 de outubro, 188 crianças fazem a primeira comunhão “trajando pela primeira vez a túnica branca para evitar duma vez diferença entre ricos e pobres”.
Aos 23 de outubro de 1961, aparece na Igreja de Santo Antônio o órgão elétrico “Diatron”. E em 1963, Dom Hipólito aparece como pároco da Santo Antônio, com quatro vigários cooperadores: Dom Filipe, Dom Bento, Dom Isaías e Dom Simone.
No mesmo Ano Santo do Senhor de 1963, o Abade Geral sagra a igreja e o altar-mor, enquanto Dom Sabatini, Abade local, sagrava os altares laterais do Sagrado Coração de Jesus e de Santo Antônio. As relíquias foram as dos mártires São Simplício, Santa Venusta e Santa Fortunata. Sob as explicações de Dom Camilo Cavalheiro, a celebração iniciou-se às 16h30min e foi concluída às 19h15min.
Aos 07 de março de 1965, a Igreja Santo Antônio ganha um altar-mor em mármore. Foi excluída a última procissão da Semana Santa, a de Cristo Morto, substituída por vias-sacras nas ruas da cidade.
Em 1969 o “batistério” é colocado no presbitério. Na Campanha da Fraternidade os leigos pregam. Neste Ano Santo: Batismo de 340 meninos e 319 meninas; Casamentos 279; Viáticos 132 para homens e 132 para mulheres; Unções 257 para homens e 214 para mulheres; Encomendações 263 homens e 213 mulheres; Primeira Comunhão 100 meninos e 124 meninas.
Aos 13 de junho de 1972, 25º aniversário da instituição da Paróquia de Santo Antônio. Dom Hipólito, e os outros monges preparam uma trezena, na qual pregam. Já em 1977, é Dom Rodolfo Michelassiquem que aparece como pároco da Santo Antônio, com os seguintes vigários: Dom Abade, Dom Bento, Dom Fortunato e Dom Agostinho. No mesmo ano, Antônio Del Lama é ordenado diácono e, na paróquia, inicia-se o Movimento Carismático, sob a direção de Dom Rodolfo. E em 1979, depois de 15 anos, a Paróquia consegue organizar uma quermesse.
Muitos outros são os fatos históricos e personagens que se seguem dos períodos contados até o tempo presente, dos quais fazem parte vivas gerações que, perseverantes, escrevem a história da querida Paróquia de Santo Antônio de Pádua, em Ribeirão Preto. São eles os padres, os monges, os membros de pastorais e todo o povo santo de Deus que a nossa comunidade pertencem.
Nota do blog: Texto da internet sem menção de autoria, mas certamente produzido por um membro da igreja em razão das informações fornecidas. Adaptado para o blog por mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário