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quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Lance da Partida Final da Copa Roca 1960 / Argentina 1 x 4 Brasil, 29/05/1960, Buenos Aires, Argentina
Lance da Partida Final da Copa Roca 1960 / Argentina 1 x 4 Brasil, 29/05/1960, Buenos Aires, Argentina
Buenos Aires - Argentina
Fotografia
Texto 1:
O jogo foi em 29 de maio de 1960. E não foi uma partida qualquer. Ao contrário, um confronto para entrar para a história das grandes vitórias e conquistas da Seleção Brasileira, já que superar os argentinos dentro do Monumental de Nuñez, em Buenos aires, era tarefa muito complicada. No ano anterior, por exemplo, em 1959, a Seleção Brasileira campeã mundial empatou com a Argentina em 1 a 1 no Monumental - o empate favorecia os hermanos - e acabou vice do Campeonato Sul-Americano.
Não foi naquele dia, em jogo válido pela decisão da Copa Roca de 1960. Delém, atacante do Vasco da Gama, marcou dois gols que o levaram a se transferir no mesmo ano para o River Plate, o dono do Estádio Monumental de Nuñez - e ele se tornou um ídolo do grande clube argentino.
Julinho e Servílio, da Academia do Palmeiras, completaram o placar de 4 a 1 com que o Brasil venceu a Argentina e se sagrou campeão da Copa Roca de 1960.
Ficha técnica da partida:
29/05/1960 (15.30)
Argentina 1 x 4 Brasil
Competição: Copa Roca.
Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina). Público: 29.618 espectadores.
Árbitro: Carlos Robles (Chile). Assistentes: Carlos Nai Foino (Argentina), Juan Regis Brozzi (Argentina).
Gols: Delém, aos 15; Delém, aos 57; Rubén Sosa, aos 92; Julinho, aos 104; Servílio, aos 110.
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Aldemar e Geraldo Scotto; Dino Sani e Chinesinho; Julinho, Décio Esteves (Servílio, aos 58), Delém e Roberto (Sabará, aos 76). Treinador: Vicente Ítalo Feola.
Argentina: Ayala, Álvarez, Navarro, Nazionale e Murúa; Guidi e Nardiello; Pando (Beron, aos 78), Carceo (Jiménez, aos 65), D’Ascenso (Rubén Sosa, aos 78) e Belén.Treinador: Guillermo Stábile.
Texto 2:
Em 1960 o Brasil atravessava um melhor momento futebolístico que a Argentina. Conquistou a Copa do Mundo dois anos antes, revelou excepcionais jogadores como Pelé, Garrincha, Didi e Nilton Santos e seus clubes faziam grande sucesso na América do Sul e na Europa. Os argentinos vinham de uma conquista do Sul-Americano e queriam a Copa Roca de volta após 15 anos. Mesmo com todo o cartaz, o Brasil mandou à capital argentina uma seleção sem os jogadores de Santos, Fluminense e Botafogo, que eram a base da seleção campeã mundial na Suécia.
Na noite de 26 de maio, uma quinta-feira, mais de 50 mil pessoas foram ao Monumental de Núñez prestigiar mais um encontro entre argentinos e brasileiros. Jogando em casa, a Argentina impôs seu ritmo e fez 1 a 0 logo aos 13 minutos, com Nardiello. Aos 25, novamente Nardiello marcou. Cobrou uma falta pela direita, bem próxima à linha de fundo. O cruzamento saiu fechado, Gilmar não conseguiu interceptar a bola entrou diretamente no gol. 2 a 0 e a Argentina jogava melhor.
No segundo tempo, Djalma Santos diminuiu cobrando pênalti. Mas D´Ascenzo, aos 15 minutos, marcou o terceiro gol argentino. Com um 3 a 1 adverso, o Brasil foi ao ataque e conseguiu diminuir. Depois de grande jogada de Julinho Botelho pela direita, Delém recebeu o passe e fez o segundo gol do Brasil. Quando se esperava que o Brasil viesse com tudo para tentar o empate, o ritmo do jogo caiu e a Argentina marcou o quatro gol no final, com Belén. Bela vitória argentina e dali a três dias a decisão da Copa Roca de 1960.
Argentina e Brasil novamente entraram no campo do Monumental de Núñez. O técnico brasileiro realizou algumas alterações para melhorar a marcação e dar mais velocidade à equipe. Com isso, o Brasil dominou desde o início. Já aos cinco minutos o endiabrado Julinho Botelho foi à linha de fundo na direita e cruzou na medida para Delém, que marcou 1 a 0. Mesmo após o gol, o Brasil seguiu pressionando e parou na boa atuação do goleiro Ayala. No segundo tempo, Delém marcou mais um para o Brasil, após rebote de Ayala. O 2 a 0 para o Brasil forçou a realização da prorrogação.
No começo da prorrogação, a Argentina saiu na frente com Sosa. Mas o Brasil não se intimidou e seguiu no ataque. Faltando um minuto para o término do primeiro tempo, Julinho tabelou com Delém pela direita e chutou forte para o gol. A bola desviou em um zagueiro argentino e enganou Ayala. Era o empate brasileiro. Na segunda etapa da prorrogação, o Brasil marcou o segundo gol. Sabará arrancou do meio-campo e foi até a linha de fundo pelo lado esquerdo, onde viu Servílio. O ponta fez um cruzamento na medida e o Brasil chegava ao seu quarto gol, vencendo a prorrogação e retendo por mais uma vez a Copa Roca.
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