quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Dassault-Breguet Mirage 2000, Força Aérea Brasileira, Brasil

 





Dassault-Breguet Mirage 2000, Força Aérea Brasileira, Brasil
Fotografia

Texto 1:No fim da década de 90, a Força Aérea Brasileira criou o projeto FX, que consistia na escolha de um novo caça que substituísse os Mirage IIIE, baseados em Anápolis. Foram então pré-selecionados os seguintes modelos: Lockheed Martin F-16 C/D, JAS-39 Gripen A/B, MIG 29, Sukhoi Su-27, Eurofighter 2000 e o Mirage 2000-5.
A Embraer apoiou o Mirage 2000-5, projetando em conjunto com a Dassault Aviation uma versão que atendesse aos requisitos da Força Aérea Brasileira, batizada de Mirage 2000Br.
Um consórcio da Embraer com a Dassault ofereceu a aeronave.
Devido à demora da decisão na concorrência da Índia, a Dassault anunciou o fechamento da linha de produção do Mirage 2000. Com o novo programa aberto com o nome de FX-2 para a compra inicial de 36 caças, o concorrente francês passou a ser o Rafale F3; o governo decidiu comprar 12 caças Mirage 2000 B/C usados da França, a fim de solucionar provisoriamente a defasagem aérea brasileira enquanto não concluía o FX-2.
Pelo acordo de 80 milhões de euros, a França forneceu 12 aviões de caça que operavam na AdA, além de peças, armamentos, treinamento e serviços. Todas as aeronaves passaram por revisão antes da entrega, ocorrida entre 2005 e 2008. O contrato de manutenção encerrou em dezembro de 2013, quando as aeronaves foram aposentadas.
Texto 2:
Após três anos, a Força Aérea Brasileira (FAB) finalmente conseguiu vender nove dos 11 caças Mirage 2000 que foram retirados de serviço em 2013. Segundo informações publicadas pela Comissão Aeronáutica Brasileira, localizada em Washington, nos EUA, os aviões da Dassault foram adquiridos pela empresa francesa Procor pelo preço de US$ 452 mil, cerca de R$ 1,8 milhão.
Embora os nove caças não estejam em condições de voo por terem ultrapassado o limite de 10.000 horas, acredita-se que a compradora pretenda usá-los como aviões agressores. A atividade de treinamento em combate avançado de pilotos tem sido alvo de um movimento de “terceirização” nos últimos anos. Em vez de manter uma frota de caças para fazerem o papel de inimigos, algumas forças aéreas como a dos Estados Unidos têm contratado empresas para essa função, daí talvez o interesse em utilizar os Mirage 2000 brasileiros.
Os 12 caças Mirage 2000 das versões C e B (de dois lugares) foram comprados usados pelo governo Lula em 2005 de um excedente da Força Aérea da França. Na época, a FAB estava prestes a aposentar os velhos Mirage III recebidos na década de 70 e a perspectiva de contar com o futuro caça da concorrência F-X2 ainda era distante. Pelo lote, o Brasil pagou 60 milhões de euros, cerca de R$ 270 milhões (R$ 22,5 milhões por unidade) em valores atuais.
Quando colocou os caças à venda, a FAB pedia US$ 2,5 milhões por oito unidades, mas a falta de interessados fez o governo baixar o preço no ano passado para US$ 508,6 mil e ampliar o número de aviões para onze – até então, a Aeronáutica pretendia preservar quatro jatos, mas decidiu reter apenas um.
Não se sabe ainda porque a Procor preferiu arrematar apenas nove Mirage 2000 e nem o que a FAB fará com os dois exemplares restantes.
O Mirage 2000 é até hoje o caça mais potente que já operou na FAB, entre 2005 e 2013. Os caças franceses usados no Brasil podiam voar a mais de 2.500 km/h, mais de duas vezes a velocidade do som.
Nota do blog 1: Mais uma vez o Brasil adquiriu equipamentos militares usados e ultrapassados da França, pagando caro e vendendo pouco tempo depois por uma ninharia. Desta vez pagamos 270 milhões de reais em 2005, usamos por apenas 8 anos (até 2013) e vendemos (em 2021) por menos de 2 milhões. Foi um "baita negócio", só que para a França...
Nota do blog 2: Pelo valor que a Força Aérea vendeu, era melhor ter doado as aeronaves para as prefeituras das grandes cidades brasileiras, com a obrigação de colocarem as aeronaves em museus, praças, construções públicas, parques, entre outros lugares. Certamente se tornariam atrações turísticas, pontos de fotos, visitas de escolares, etc. 

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