sábado, 24 de setembro de 2022

Cartaz "United States of Brasil National Exhibition" 1922, Exposição Nacional de Comemoração do Centenário da Independência do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil


 


Cartaz "United States of Brasil National Exhibition" 1922, Exposição Nacional de Comemoração do Centenário da Independência do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Cartaz - Poster

"Celebrating 1st centenary of independence, all nations are invited to participate, Rio de Janeiro, september 7th 1922".
Entre setembro de 1922 e julho do ano seguinte, a então Capital Federal (Rio de Janeiro) sediou uma grande Exposição Internacional, a Exposição Internacional do Centenário da Independência. Expositores de 14 países marcaram presença, além de mais de seis mil expositores brasileiros representando todos os estados da federação. Calcula-se que mais de 3 milhões de pessoas tenham circulado pela Feira. Concentrando variadas atividades ligadas à indústria, comércio e cultura, a Exposição Nacional exibiu 25 seções relacionadas a educação, letras e artes, mecânica, eletricidade, engenharia civil, transporte, agricultura, indústria alimentar, metalurgia, decoração e mobiliário, fios, tecidos e vestuários, indústria química, higiene e assistência social, ensino prático e trabalho manual da mulher, comércio, estatística, esportes, para citar alguns exemplos. Também foram oferecidas atividades como exibição de filmes e conferências sobre história, direito, engenharia, química, educação e outros temas.
Além dos grandes pavilhões, duas portas monumentais foram construídas para o evento: a principal localizava-se na avenida Rio Branco, ao lado do Palácio Monroe e tinha 33 metros de altura. E foi neste Palácio que a Comissão Executiva da Comemoração do Centenário da Independência se instalou, funcionando como quartel-general da equipe do prefeito Carlos Sampaio.
Criada pelo decreto n. 4175, de 11/11/1920, a Comissão Executiva da Comemoração do Centenário da Independência era diretamente subordinada ao presidente da República, embora integrasse a estrutura do Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Competia-lhe organizar o programa das comemorações do Centenário da Independência, o que incluía uma exposição internacional no Rio de Janeiro. Era constituída pelo ministro da Justiça e Negócios Interiores, ministro da Agricultura, Indústria e Comércio e prefeito do Distrito Federal.
A Exposição começou a ser concebida em junho de 1920, quando Ralph de Cobham, representante de um grupo de investidores estrangeiros no Brasil, sugeriu ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio a realização de uma “exposição internacional de comércio e indústria” para a comemoração do Centenário da Independência. Aderindo à ideia, o senador Paulo de Frontin, propõe a emissão de cem mil contos para financiar o evento, provocando acirrado debate no Congresso Nacional, diante da crise financeira pela qual passava o Brasil. Mas o decreto nº 4.175, de 11 de novembro de 1920 determinou a realização da exposição dentro do programa de comemorações do Centenário, que incluiu conferências, emissão de selos e medalhas, e a publicação de dicionários, mapas e livros comemorativos. Sua organização foi responsabilidade do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, então chefiado pelo engenheiro João Pires do Rio. O presidente Epitácio Pessoa indicou o engenheiro Carlos Sampaio para liderar as obras de saneamento e embelezamento da então Capital Federal, o Rio de Janeiro.
Das 15 construções erguidas para o evento, sobraram apenas o pavilhão da Administração (Museu da Imagem e do Som), o palácio da França (Academia Brasileira de Letras), o palácio das Indústrias (Museu Histórico Nacional) e o pavilhão de Estatística (órgão do Ministério da Saúde).

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