sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Ônibus Trólebus, Anos 80, Transerp, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



Ônibus Trólebus, Anos 80, Transerp, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Texto 1:
Foi um meio de transporte existente na cidade entre 1982 e 1999. Com uma frota composta por 22 veículos e 53,4 km de extensão, transportou mais de 65 milhões de passageiros até ser desativado pela Prefeitura de Ribeirão Preto.
Após tentativa malsucedida de implantar bondes elétricos em Ribeirão Preto, no período 1912-1914, a cidade só retomou o projeto de transportes elétricos na década de 1970. Com o apoio da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), a Prefeitura de Ribeirão Preto criou em 1978 a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) com o intuito de implantar uma rede de trólebus na cidade. Através de convênio assinado com a EBTU em agosto de 1979, foi aprovado um projeto para a implantação de uma rede de 33 quilômetros de extensão com duas linhas (Centro-Ipiranga e Campos Elíseos), 33 trólebus e previsão de transporte diário inicial de 24 mil passageiros.
Característica de tudo que é gerido pelo poder público, o projeto acabou estourando o orçamento inicial, gastando quase o dobro do previsto inicialmente apenas na primeira linha.
O trólebus teve seu primeiro trecho inaugurado pela Prefeitura de Ribeirão Preto e pelo ministro dos Transportes Cloraldino Soares Severo em 30 de abril de 1982. Até 1989, novos trechos foram acrescentados à rede, alcançando a extensão máxima de 53,4 quilômetros.
Após dezessete anos de operação, o sistema de trólebus foi desativado em 3 julho de 1999 pela gestão de Luiz Roberto Jábali. A justificativa de Jábali era que o sistema encontrava-se obsoleto e sua desativação iria contribuir para a fluidez do trânsito. Os terminais do sistema Antônio Achê e Carlos Gomes foram demolidos e os 22 veículos foram leiloados.
Texto 2:
Até o final da década de 1990, Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) tinha em seu sistema de transporte público 22 trólebus - ônibus movido a eletricidade -, além de dois terminais de ônibus na região central.
Ônibus e terminais foram eliminados no governo do tucano Luiz Roberto Jábali (1937-2004) por terem se tornados "obsoletos" e para supostamente melhorar a fluidez no trânsito. 
Em 1999, Jábali desativou os terminais Antônio Achê - onde foi construído o CPC (Centro Popular de Compras), que custou R$ 1,2 milhão à época, em valor nominal - e o Carlos Gomes, onde foi criada uma praça que custou R$ 394,45 mil à prefeitura.
A justificativa era de que a desativação faria o trânsito "andar", como preconizava o plano de modernização da Transerp (gerenciadora do transporte urbano). 
No dia 3 de julho daquele mesmo ano, os trólebus, que circulavam como uma opção a mais para o transporte público, encerraram as atividades em Ribeirão Preto.
Para a empresa, a tecnologia dos veículos elétricos que circulavam ligados por uma rede aérea de cabos de energia tornou-se ultrapassada.
Esse transporte gastava muita energia elétrica e tinha se tornado quase um transtorno no trânsito, já que os trólebus seguiam obrigatoriamente o mesmo percurso por causa da rede de energia aérea, e não conseguiam desviar caso algum obstáculo surgisse no caminho.
Os 22 trólebus, avaliados em cerca de R$ 700 mil, foram usados para pagar dívidas da própria Transerp.
Nota do blog: Deveriam ter preservado pelo menos um para a história da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário