Veja abaixo posts históricos, curiosidades, gols marcantes e conteúdo sobre o centenário do clube.
Em 1925, um ano após a fundação, o clube chegou ao domínio completo do futebol paranaense. Além de faturar o campeonato estadual, conquistou também o torneio dos Segundos Quadros, os aspirantes da época.
Numa época em que os primeiros times do Estado representavam colônias de imigrantes e descendentes, nasceu um clube aberto a todas as nacionalidades. O Internacional Foot-Ball Club foi fundado no dia 22 de maio de 1912, por Joaquim Américo. Maior força dos primórdios do nosso futebol, seria, em 1915, o primeiro campeão paranaense, com uma campanha de 10 vitórias em 10 jogos.
O Internacional organizava competições internas, entre equipes formadas por seus sócios. E no dia 24 de maio de 1914, um desses grupos fundou o América Foot-Ball Club. O novo clube logo passou a rivalizar com o Internacional e os demais times da época. E em 1917, conquistou o seu título de campeão estadual.
Em 1924, os dirigentes do Internacional e do América decidiram unir os clubes novamente, agora com uma nova identidade. Assim, no dia 26 de março, nasceu o Club Athletico Paranaense! O time entrou em campo pela primeira vez no dia 6 de abril de 1924, na Baixada. O adversário foi o Universal FC, vitória do Athletico por 4 a 2. Tapyr Lopes foi o primeiro goleiro. O zagueiro Marrecão foi o primeiro capitão. O primeiro gol só poderia ter sido marcado por ele: o implacável artilheiro Marreco!
Já no ano seguinte à fundação, o time chegou ao topo do futebol estadual. O título de campeão paranaense de 1925 veio em uma decisão emocionante, em dois jogos extras contra o Savóia. E ficou marcado pela incrível saga do goleiro Tapyr. Esta taça veio com uma vitória de 3 a 1, com gols dos artilheiros Urbino e Marreco.
Em 1929 e 1930, o timeu conseguiu o domínio absoluto nos campos do Paraná. Foram dois anos sem derrotas no Campeonato Estadual e a conquista do bicampeonato.
As façanhas rubro-negras nos anos de 1929 e 1930 inspiraram o meia-atacante Zinder Lins, que escreveu alguns versos em homenagem ao clube. O poema de Zinder logo ficaria conhecido entre a torcida e daria origem, anos depois, ao hino do Athletico Paranaense. Nos anos 1960, a letra ganharia uma melodia original, composta por outro ex-jogador rubro-negro: o meia Genésio Ramalho.
Em 1933, um goleiro de 17 anos fez sua estreia com a camisa do Athletico. Alfredo Gottardi, o Caju, assumiu a posição que era de seu irmão, Alberto, e escreveu uma história inigualável. Caju defendeu a meta rubro-negra até 1950 e conquistou seis vezes o Campeonato Paranaense. O auge aconteceu em 1942, quando a Majestade do Arco chegou à Seleção Brasileira.
O ano de 1943 é um dos marcos da história do clube. Sob o comando do presidente Manoel Aranha, contratou grandes craques e trouxe os primeiros estrangeiros para o futebol paranaense: os paraguaios Ruben Aveiros e Gorgônio Ibarrola. O resultado foi uma grande campanha no Estadual e a conquista do título, em uma final histórica: duas vitórias de 3 a 2 sobre o Coritiba.
Em 1929 e 1930, o time dominava o futebol paranaense. Foi bicampeão invicto. Mas ficava a pergunta de como o time se sairia contra as forças dos outros estados. A dúvida acabou em 21 de julho de 1930. O Corinthians, também campeão invicto em São Paulo, enfrentou o Rubro-Negro, na antiga Baixada. Marreco marcou um golaço, no jogo vencido pelo Athletico por 1 a 0, que acabou lhe valendo a taça acima.
Ruy Castro dos Santos, o famoso "Motorzinho", foi contratado para ser o treinador do Athletico em 1948. Visionário e inovador, ele armou o time que arrasou todos os adversários em 1949.
Ele marcou o primeiro gol da história do clube. Balançou as redes duas vezes no jogo que rendeu o primeiro título da história do Athletico. Entre 1924 e 1933, anotou tentos históricos que se tornaram verdadeiras lendas. É até hoje o terceiro maior artilheiro do Furacão, com 125 gols. Seu nome era Leônidas Gonçalves. Mas entrou para a história como Marreco.
Ele defendeu o Furacão durante 13 temporadas. E escreveu uma das mais belas histórias com a camisa. Jackson Nascimento jogou entre 1944 e 1957. Era um craque de talento refinado, domínio de bola excepcional e implacável ímpeto goleador. Marcou 145 gols e foi campeão em 1945 e 1949, no time que marcou para sempre a identidade como o Furacão. Foi campeão também como técnico, em 1958, e integrou diversas vezes a diretoria. No ano do centenário, Jackson também completa 100 anos de vida.
A Taça Luís Leão foi o primeiro troféu conquistado pelo time que ficaria imortalizado como o Furacão. Em um torneio triangular, derrotou o Ferroviário, por 4 a 2, e o Coritiba, por 3 a 1. O time que venceu o Athletiba tinha Caju; Nillo e Waldemiro; Valdir, Wilson e Sanguinetti; Viana, Rui, Neno, Jackson e Cireno. O jogo foi disputado na Vila Capanema. No primeiro tempo, Jackson abriu o placar e Cireno ampliou com um golaço. Na etapa final, Jackson marcou de novo, após driblar toda a defesa adversária. "Um tento que foi um colosso e ficará marcado na história do maior clássico da cidade", descreveu o Diário da Tarde.
Em 1968, o presidente Jofre Cabral e Silva balançou as estruturas do futebol paranaense. Não bastava recolocar o Athletico entre os grandes. Com craques de fama mundial, como Bellini e Djalma Santos, ele montou um time lendário. Jofre faleceu no mesmo ano de 1968. Seu coração parou enquanto estava na arquibancada, torcendo pelo nosso Furacão. Hoje, sua frase mais famosa foi totalmente atendida.
Duas lendas do futebol mundial com a camisa rubro-negra! Em 1968, eles foram a grande vitrine e o ápice da gestão do presidente Jofre Cabral e Silva. Bellini, o eterno capitão do Brasil, e Djalma Santos, o maior lateral de todos os tempos. Duas contratações que foram um verdadeiro terremoto no futebol paranaense. Além da fama, os grandes craques jogaram muita bola pelo nosso Furacão e marcaram uma era da nossa história.
Alfredo Gottardi Júnior, o filho do Caju, também foi jogador do Furacão. E foi muito além disso... Entre 1963 e 1979, ele se tornou um dos maiores zagueiros da nossa história e um dos atletas com mais jogos disputados com a camisa rubro-negra. Em 1970, foi fundamental para o time que conquistou o Campeonato Estadual.
Em 1972, na véspera de aniversário de 48 anos, o time enfrentou o Jandaia, na Baixada. O grande time rubro-negro daquela temporada, que contava com Alfredo, Sicupira, Nilson Borges e outras feras, deu um verdadeiro passeio: 6 a 0. Mas o jogo fico marcado mesmo pela invasão de um enxame de abelhas ao gramado, que obrigou todos a correr ou se atirarem no chão.
Ninguém fez o athleticano comemorar tantas vezes. Entre 1968 e 1976, foram 158 gols marcados com a camisa. Mas a importância de Sicupira para a história não se resume a um número ou a um troféu. Mais do que um ídolo, ele foi um símbolo. E será, para sempre, uma bandeira tremulando na alma rubro-negra.
Em 1970, o time conquistou o troféu estadual em Paranaguá, com uma vitória de 4 a 1 sobre o Seleto.
A bola do jogo, assinada por todos os jogadores daquele time histórico, foi preservada.
Ao longo da história dos clubes, jogadores se tornaram ídolos por uma boa temporada, por jogos decisivos ou mesmo por um único gol. O que dizer, então, de alguém que se dedicou por mais de 50 anos ao clube, dentro e fora dos gramados? Com a camisa rubro-negra, Nilson Borges foi atleta entre 1968 e 1974. Depois, foi observador, auxiliar técnico, treinador, revelador de talentos. Mais do que isso, foi exemplo, referência, companheiro e amigo. Nestes 100 anos de Furacão, seu nome é um dos maiores.
O título estadual de 1970 encerrou um jejum de 12 anos. A taça foi levantada após uma goleada de 4 a 1 sobre o Seleto, em Paranaguá. E, não por acaso, o povo athleticano fez uma grande festa, que começou no litoral, subiu a Serra do Mar e inundou Curitiba com um mar vermelho e preto.
Um dos troféus mais diferentes da galeria do clube. Em 1985, a conquista do título estadual foi confirmada com uma vitória de 3 a 0 sobre o Londrina, em uma grande festa na antiga Baixada. Como prêmio, o Athletico recebeu essa escultura, que está na Ligga Arena.
Ao longo da história, grandes duplas marcaram época, levando o Furacão a grandes campanhas e conquistas inesquecíveis. Jackson e Cireno, Washington e Assis, Paulo Rink e Oséas, Kléber e Alex Mineiro.
Um Furacão que mostrou sua força para todo o Brasil. Após a grande campanha no Estadual de 1982, com a conquista do título após 12 anos de fila, a equipe rubro-negra brilhou também no Brasileirão de 1983. Com a dupla Assis e Washington, chegamos à semifinal e por muito pouco não garantimos uma vaga na decisão. A torcida athleticana também fez a sua parte e bateu todos os recordes de público em estádios do Paraná.
A Páscoa de 1995 marcou o fim de uma era e o nascimento de um novo tempo na história do clube. Um clássico foi o ponto de partida para a maior revolução já vivida por um clube de futebol. Dias depois, a comissão gestora liderada por Mario Celso Petraglia assumiu a direção do Athletico. E o futebol do clube nunca mais foi o mesmo.
No dia 17 de junho de 2000, pouco antes de completar um ano de sua inauguração, a Ligga Arena recebeu a final do Campeonato Paranaense. Em um clássico disputadíssimo, o zagueiro Gustavo marcou um gol inesquecível e fez o Caldeirão explodir.
Em 1996, o clube adquiriu a área onde ficava a Estância João XXIII. E em três anos, construíu o melhor e mais moderno Centro Administrativo e Técnico do Brasil. O eterno goleiro Caju, a Majestade do Arco, participou da inauguração do complexo, que foi batizado com seu nome. Desde então, o CAT Caju não parou de crescer e se tornou um símbolo e um motor da transformação vivida pelo clube.
Em 1997, uma grande decisão mudou a história do clube. A antiga Baixada, que havia sido reformada pouco tempo antes, foi totalmente demolida. Em seu lugar, surgiu o estádio mais moderno do continente. A inauguração da nova casa, em 1999, é um dia que estará para sempre nas melhores lembranças de todo torcedor rubro-negro.
Em 2001, o Natal veio antes para a torcida rubro-negra. Uma campanha histórica chegava ao final com o melhor desfecho possível. A vitória em São Caetano do Sul foi o último capítulo de uma verdadeira epopeia. O Furacão se tornava o primeiro campeão brasileiro do novo milênio.
O primeiro título internacional foi conquistado em uma noite mágica! Completamente lotada, a Ligga Arena foi ao delírio com um jogo sensacional, que teve reviravoltas, milagre na prorrogação e vitória nos pênaltis. A taça foi garantida com uma cobrança imortal do general Thiago Heleno.
Um lance de cinema encerrou uma das mais belas campanhas da história do clube. A conquista da Copa do Brasil, em 2019, teve triunfo no Maracanã, remontada épica na semifinal e duas ótimas atuações na grande decisão. Mas o melhor ficou para o último instante, com uma verdadeira pintura do Marcelo Cirino, finalizada pelo Rony.
A tampa do Caldeirão está fazendo aniversário! Há nove anos, no dia 5 de abril de 2015, foi inaugurado o teto retrátil da Ligga Arena. Foi em uma vitória de 2 a 0 sobre o Prudentópolis, pelo Campeonato Paranaense. Mais uma inovação do Furacão, que continua única na América Latina.
Totem comemorativo do centenário do Club Athletico Paranaense.
Emissão de selo comemorativo do centenário do Club Athletico Paranaense por parte dos Correios.
Durante as comemorações do centenário, foi lançada uma campanha para a escolha do "lanche do centenário". O vencedor foi o "pão com costela".
Imagens comemorativas do centenário do clube.
Foto do time campeão do Campeonato Paranaense de 2024.
Elenco do time campeão do Campeonato Paranaense de 2024.
Em 6 abril de 1924, entramos no campo da antiga Baixada para um amistoso contra o Universal.
A vitória por 4 a 2 está registrada em um documento histórico, que está preservado em nosso acervo: a Ata da 1ª Sessão de Diretoria do Club Athletico Paranaense, realizada no dia 15 de abril.
Jogamos com a camisa do Internacional, pois as rubro-negras não tinham ficado prontas. Nossa primeira escalação contou com: Tapyr; Marrecão e Ferrario; Franico, Laurival e Malello; Smythe, Ary, Marreco, Maneco e Motta. Marreco marcou nosso primeiro gol. Ary, por duas vezes, e Malello completaram o placar.
No dia 8 de maio de 2016, levantamos a taça do Paranaense 2016, com 5 a 0 no placar agregado contra o Coritiba! Thiago Heleno, Ewandro (2), Hernani e Walter marcaram os gols nas duas partidas finais.
Um vinho especial para celebrar o athleticanismo. As garrafas são numeradas.
Inauguração de escultura em homenagem aos 80 anos do nascimento de Barcímio Sicupira Júnior na praça Afonso Botelho. Natural da Lapa (PR), Sicupira iniciou sua carreira no antigo clube Ferroviário, em 1962, e posteriormente ingressou no Botafogo, onde atuou ao lado de craques como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos e Jairzinho. Sua jornada no Athletico começou em 1968 e logo em sua estreia, em uma partida contra o São Paulo, Sicupira demonstrou seu talento com um gol memorável de bicicleta, uma das jogadas que se tornaram sua marca registrada. Foi artilheiro nos Campeonatos Paranaenses de 1970 e 1972. Encerrando sua carreira em 1975, aos 31 anos, Sicupira deixou um legado inigualável, com 158 gols pelo Furacão, mantendo-se como o maior artilheiro da história do clube até os dias atuais.
O eterno capitão do Brasil defendeu o Furacão em 1968 e 1969, encerrando a carreira com a camisa rubro-negra.
Neste ano completam 25 anos de uma noite inesquecível em 24/06/1999, com uma vitória por 2x1 sobre o Cerro Porteño.
História e Destaques do Centenário, 2024, Club Athletico Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
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