Mostrando postagens com marcador Petit Pavé. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Petit Pavé. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de maio de 2024

Trecho de Calçamento em Pedra Portuguesa / Petit Pavé, Avenida Nove de Julho, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil












 

Trecho de Calçamento em Pedra Portuguesa / Petit Pavé, Avenida Nove de Julho, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

O trecho de calçamento retratado fica na avenida Nove de Julho, entre as avenidas Independência e Presidente Vargas. Talvez seja o que esteja em melhor condição naquela avenida em matéria de integridade, embora tenha sofrido algumas alterações em virtude das obras viárias realizadas no local. Torço para que continue assim, é um belo desenho e deixa um aspecto bonito no local, diferente do atual que estão instalando, meio rosado.
Nota do blog: Imagens de 2024.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Calçadas em Petit Pavé / Pedra Portuguesa, Matinhos, Paraná, Brasil




 

Calçadas em Petit Pavé / Pedra Portuguesa, Matinhos, Paraná, Brasil
Matinhos - PR
Fotografia

Nota do blog: Aspecto das calçadas de Matinhos/PR / Imagens de 2024.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Primeira "Calçada Portuguesa" / Petit Pavé, Castelo de São Jorge, Lisboa, Portugal

 


Primeira "Calçada Portuguesa" / Petit Pavé, Castelo de São Jorge, Lisboa, Portugal
Lisboa - Portugal
Fotografia




A chamada "calçada portuguesa", conforme a conhecemos, em calcário branco e negro, foi empregada pela primeira vez em Lisboa no ano de 1842, por presidiários, então chamados "grilhetas".
A iniciativa partiu do Governador de Armas do Castelo de S. Jorge, Tenente-general Eusébio Cândido Furtado. O desenho foi uma aplicação simples, tipo zig-zag. Para a época foi uma obra de certa forma insólita que motivou versos satíricos dos cronistas portugueses e levou o escritor Almeida Garrett a mencioná-la no romance "O Arco de Sant'Anna".
O sucesso foi tanto que proporcionou ao Tenente-general novas verbas para pavimentar toda a área do Rossio - seguramente a região mais conhecida, mais central de Lisboa - numa extensão de 8.712 metros quadrados.
Com isso a pavimentação se espalhou por toda a cidade e pelo país. As jazidas estavam disponíveis nos maciços na periferia da capital portuguesa.A preferência pelas pedras confere uma espécie de atualização ao uso comum, até pouco antes, de seixos nos átrios das casas, dos conventos e palácios.
Curiosidade: a pedra preta que normalmente as pessoas tratam como basalto, é na realidade calcário negro, apesar de também se utilizar basalto para calcetar, nomeadamente nos Açores, é um tipo de pedra completamente diferente com um mais difícil corte e aparelhamento.

Petit Pavé em Curitiba, Paraná, Brasil




 

Petit Pavé em Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Texto 1:
Sobre o petit-pavé, termo de origem francesa, significa pequeno pavimento. Em 1842, no Castelo de São Jorge, uma prisão de Lisboa, o comandante militar Eusébio Furtado ordenou aos presos que cobrissem o pátio com um zigue-zague de pedras. O resultado foi tão fantástico que atraiu a atenção não só dos portugueses. E, consta, foi objeto de uma das primeiras fotografias do mundo, feita por Louis Daguerre.
Batizado de mosaico português, o trabalho deu origem a uma profissão, a de calceteiro. Vai daí que, em Portugal, surgiria em 1986 uma escola para certificação desses profissionais.
Rio de Janeiro e Manaus, em 1905, foram brindados com a chegada do mosaico, graças aos portugueses que para lá imigraram.
A calçada com mosaicos passou a fazer parte da história de Curitiba na década de 1920. Temos como exemplo um trecho da Rua Conselheiro Laurindo, em frente ao Teatro Guaíra, e que remete a ondas do mar, lembrando calçadas de Copacabana. Não demorou e os pinheiros, pinhas e pinhões, estilizados pelo pintor e desenhista Lange de Morretes, ganharam seu devido espaço.
Na Praça Tiradentes, inclusive, encontramos temas indígenas. E, a alguns passos dali, imagens modernistas, com motivos geométricos criados pelo arquiteto Osvaldo Navaro.
Segundo o dicionário, calceteiro, substantivo masculino, é o operário que trabalha no calçamento de ruas ou de outras superfícies com pedras ou paralelepípedos. Trabalhador que faz o revestimento de calçadas com pedras portuguesas, pedras em forma de cubos que formam mosaicos.
O dicionário deveria acrescentar que é mais do que um trabalhador, é também um artista.
Texto 2:
Tanto quanto permitem saber minhas viagens terrenas e astrais, as calçadas e pavimentos executados com pequenas pedras remontam ao Império Romano. Na verdade, é uma prática muito óbvia para que ninguém a tenha pensado antes —mas, como pedigree para uma ideia, o Império Romano já está ótimo.
Embora esses calçamentos possam ser vistos em logradouros anteriores à cisão que deu origem ao Império Romano do Oriente — por exemplo, Óstia — e respectiva cultura bizantina, temos nesse momento um apogeu de formulações espaciais adjacentes: exemplo maior, o mosaico. 
Herdeiros da civilização romana, os portugueses — e não só eles — vão aplicar a estética do mosaico, devidamente adaptada, às suas calçadas. Há uma perda na capacidade de detalhar, que se compensa na estilização.
As calçadas portuguesas rodaram o mundo, onde se desejava um piso com trabalho mais refinado e elegante. No Brasil, são famosas as calçadas da Avenida Atlântica, com desenho lisboeta, mas o encontramos em muitas cidades com distritos históricos.
No caso de Curitiba, esse calçamento é particularmente importante: iniciou-se seu uso na cidade na década de vinte do século 20. Era um momento de preocupação, em vários estados brasileiros, com as identidades regionais. Na falta de figuras emblemáticas como o bandeirante, o gaúcho ou o cangaceiro, os paranaenses vão buscar na natureza — na então dominante floresta de araucárias — formas para alimentar o movimento que veio a se chamar “Paranismo”.
Esta crônica não é o momento para desenvolver a questão, já trabalhada dentro e fora da Academia. Diremos apenas que não durou o quanto merecia — ou deveria. E, entre as muito poucas marcas que deixou, os padrões decorativos no que chamamos de petit-pavé são os mais importantes. São uma presença marcante dentro das nossas paisagens urbanas mais tradicionais do centro da cidade.
Nem todos os desenhos das “calçadas portuguesas curitibanas” remetem ao Paranismo — mas, como bem demonstrou a arquiteta Lucia Vasconcelos, são diversas as origens que resultaram nas estilizações que conhecemos.
Mas — enfatizando — ainda que aviltados, maltratados e denegridos, são a última testemunha daqueles tempos que se aproximam do centenário. Ótimo momento para uma ação de resgate, valorização e até, retomada com novas propostas estéticas — mesmo porque, há muita calçada insípida, culturalmente inexpressiva, na cidade. Nem dá gosto de pisar…

Petit Pavé / Técnica de Pavimentação - Artigo

 


Petit Pavé / Técnica de Pavimentação - Artigo
Artigo

Um clássico português que ganhou as calçadas de diversas cidades brasileiras, o "petit pavé" conhecido como "pedra portuguesa", é um estilo de revestimento de piso utilizado especialmente na pavimentação de passeios, praças e espaços públicos.
"Petit pavé" é um termo francês que significa "pequeno pavimento".
Mas sua história teve início em Lisboa, capital de Portugal, no ano de 1842 quando o então comandante militar Eusébio Furtado determinou que os presos do Castelo de São Jorge cobrissem o chão do pátio com um zig-zag de pedras de formas mais ou menos regulares, em cores brancas e pretas.
Na época o layout diferenciado atraiu os olhares de quem passava por ali e acabou conquistando uma popularidade que foi além das fronteiras portuguesas.
No Brasil o "petit pavé" chegou por volta de 1905, trazido pelos colonizadores portugueses.
De acordo com os registros, as primeiras obras calceteiras foram realizadas em Manaus e no Rio de Janeiro, as quais deram origem a um dos cartões-postais mais famosos da cidade maravilhosa.
O "petit pavé" é popularmente conhecido como "calçada portuguesa". Esse estilo de calçamento é feito com pedras – geralmente calcário e basalto - em formato irregular, e costumam ser constituídas por padrões decorativos com pedras de cores distintas.
A criação e desenvolvimento do "petit pavé" foi tão importante para a sociedade portuguesa que em 1986 foi criada pela Câmara de Lisboa uma escola de calcetaria com o objetivo de divulgar as calçadas artísticas portuguesas.
Por suas características funcionais e estéticas, o estilo de calçamento português ganhou fama e alargou sua utilização.
Na época, a utilização do "petit pavé" estava diretamente ligada ao desenvolvimento da cidade, como por exemplo em Manaus, quando a cidade estava no auge da extração da borracha, e em São Paulo, com o mercado cafeeiro.