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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Edifício Chaves Barcelos, Circa 1915, Rua dos Andradas e General Câmara, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Edifício Chaves Barcelos, Circa 1915, Rua dos Andradas e General Câmara, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


Este belíssimo edifício, construído no final do Século XIX pelo Com. Chaves Barcellos, ficou conhecido como "Palacete Chaves" apesar de nunca ter sido moradia de nenhuma família. Abrigou na parte térrea a "Equitativa", que comercializava seguros, e nos andares superiores funcionava o Hotel Vienna. O Palacete Chaves foi construído no local onde funcionou a escola de José Joaquim de Campos Leão, o "Qorpo Santo". Fotógrafo Virgílio Calegari.

Rua General Câmara Quase Esquina com Rua dos Andradas, Enchente de 1941, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Rua General Câmara Quase Esquina com Rua dos Andradas, Enchente de 1941, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


Em maio de 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, todo o estado do Rio Grande do Sul foi castigado por uma enchente sem precedentes. As chuvas iniciaram em abril e se estenderam por mais de três semanas, deixando 25 mil quilômetros quadrados do Estado submersos e um contigente de 80 mil flagelados somente na Capital. Dezenas de cidades ficaram isoladas, faltaram alimentos, energia e água potável e praticamente todos os meios de transporte terrestre pararam.
O auge da cheia, a "quinta-feira negra", aconteceu a 8 de maio, quando o nível do Guaíba passou dos 4,70 metros no cais do porto de Porto Alegre. Os jornais - Correio do Povo, Diário de Notícias, Folha da Tarde e mais uma meia dúzia de publicações menores - tiveram suas oficinas inundadas e deixaram de circular.
Se andava de barco pelo centro da cidade e a avenida Farrapos transformou-se em uma pista aquática. Bancos, repartições públicas, comércio, indústria, serviços - quase tudo (pelo menos na parte inundada) deixou de funcionar e milhares de pessoas de uma cidade que contava menos de 300 mil habitantes permaneceu ilhada em suas casas ou acolhida em abrigos públicos.
Os rios continuaram a subir depois que a chuva parou. Os ventos impediam que as águas corressem para a Lagoa dos Patos.
Os dias eram de solidariedade, humildade e simplicidade. Ninguém se importava em sair pelas ruas e andar nos bondes com roupas encharcadas, mal-arrumados. Os ladrões também deram uma trégua. Não foram registrados saques, roubos, assaltos, mortes. Quem morava nas partes mais altas da cidade, acolhia parentes, amigos e desconhecidos. Dividia não só a casa, mas a comida, difícil de encontrar por aqueles dias. Os clubes náuticos se encarregavam de andar pelas Ilhas, recolhendo os flagelados. As Igrejas, clubes, cinemas, como as escolas, recebiam os desabrigados.
Os prejuízos causados pela enchente de 1941 foram calculados em 50 milhões de dólares.
Após esta data, o Arroio Dilúvio foi canalizado, o Muro da Mauá foi construído e um sistema de drenagem foi instalado, para evitar a repetição do problema. Desde então, a cidade não teve mais enchentes de tais proporções.

Rua dos Andradas / Praça Senador Florêncio / Praça da Alfândega, Década 20/30, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Rua dos Andradas / Praça Senador Florêncio / Praça da Alfândega, Década 20/30, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


Em 1866, iniciou-se a arborização da Praça da Alfândega pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense, de início apenas com nove árvores plantadas por empreitada, mas acabou-se permitindo que moradores do entorno adornassem e ajardinassem a praça, seguindo a orientação da engenharia pública. Em 14 de março de 1883, o nome foi alterado para Praça Senador Florêncio, em homenagem a Florêncio Carlos de Abreu e Silva.
Em 1912, visando atender à política de aprimoramento do porto e do saneamento da cidade, a demolição do antigo prédio da Alfândega e um aterro de cem metros de largura adentro do rio Guaíba consolidaram a configuração atual da praça e possibilitaram a construção dos prédios da Delegacia Fiscal (atual MARGS) e dos Correios e Telégrafos (atual Memorial do Rio Grande do Sul), bem como a do Cais, transformado no principal entreposto comercial entre o interior do estado e o exterior.
Em 1920, abateu-se uma série de paineiras que prejudicavam o crescimento de árvores vizinhas e o ajardinamento local.
A presença dos bondes, primeiramente puxados por burros, depois movidos pela eletricidade, foi responsável pela grande circulação de transeuntes na Praça da Alfândega, atraídos pela proximidade com cafés, restaurantes, cinemas, clubes e hotéis. Desses pontos conhecidos destacavam-se o Grande Hotel (destruído em um incêndio em 1967), o Clube do Comércio, o Cine Guarany e o Cinema Central.

domingo, 2 de outubro de 2022

Cinema Central, Décadas 20/30, Rua dos Andradas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 


Cinema Central, Décadas 20/30, Rua dos Andradas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal



O Cinema Central, de propriedade dos Irmãos Sirângelo, foi inaugurado em 5 de março de 1921, na rua da Praia, número 343, próximo à praça da Alfândega, atual rua dos Andradas, número1162. Localizado numa das esquinas mais valorizadas do centro da cidade, no mesmo local do antigo Cinema Variedades, inaugurado em 1908, também localizado ao lado do Café América.
O local chamava-se “Largo dos Medeiros”, onde também se localizava a Confeitaria Central, dos Irmãos Medeiros, que deram nome ao largo. Qualificado de “elegante” pelos jornais da época, foi inaugurado numa época de filmes mudos, maxixe e charleston, damas melindrosas, homens com figurino dândi e chapéus picareta, exigindo gravata do público masculino, era o mais amplo e confortá vel dos cinemas de sua época, contando com 1350 poltronas distribuídas em “três platéias” e nas galerias com gradís de ferro batido. Pouco anos depois de inaugurado passa por reformas que o dotam de palco e estrutura cênica para apresentações teatrais e espetáculos de variedades, quando sua capacidade foi reduzida para 920 lugares.
Os irmãos Pasqual, Francisco e Salvador Sirângelo , apó s fecharem o elegante Café Gioconda, resolveram aventurar-se no ramo cinematográfico, construindo um pequeno impé rio familiar, incorporando novas casas à empresa, como o Carlos Gomes, o Guarany, o Garibaldi, o Coliseu, o Palácio e o Colombo.
Durante muitos anos o Central foi considerado o principal cinema de Porto Alegre. Em 12 de março de 1930,o jornal Correio do Povo publicava:
“Central continua ‘leader’ dos cinemas da capital. Para isso contribuíram, em grande parte, a excelente programação que sempre tem apresentado aos seus habitués; programaçâo essa constituída dos maiores filmes das mais reputadas produtoras norte-americanas e européias; a estréia, em seu proscênio, seguidamente, dos melhores números de teatro, assim como, também, a escolha de seus funcionários, sempre solícitos em atenderem à altura, os freqüentadores dessa casa de diversões. Outro motivo do agrado com que nosso público tem sabido distinguir o Central, está na sua orquestra, formada pelos professores, sob regência do maestro Milton de Calazans, merecedora de elogios, pela sabida escolha de seus programas musicais, que dã o ao filme uma perfeita sincronização.”
Funcionou até os anos sessenta, quando foi demolido para dar lugar a um banco, o que foi bastante lamentado pela população.