sexta-feira, 31 de maio de 2019

Telhados de São Paulo, Brasil - Konrad Voppel

Telhados de São Paulo, Brasil - Konrad Voppel
São Paulo - SP
Fotografia

Em 1938, ao registrar esta belíssima cena, o fotógrafo alemão Konrad Voppel certamente não imaginava a radical transformação que haveria em menos de uma década. No plano médio, o Palácio dos Correios inaugurado em 1922; à extrema esquerda, parte da "mal localizada" Delegacia Fiscal e ao fundo, no Viaduto do Chá, o Edifício Alexander Mackenzie de 1929. Em 1º plano, o casario entre as ruas Anhangabaú e do Seminário — tudo viria ao chão para a execução do "Sistema Y" no Plano das Avenidas do prefeito Prestes Maia. 

A História do Símbolo da Shell - Artigo

A História do Símbolo da Shell - Artigo
Curiosidade / História


Para entender um pouco mais sobre o título da matéria que elaboramos, vamos voltar um pouco no tempo e conhecer um pouco da história petrolífera brasileira. A primeira multinacional a trabalhar com derivados do recurso no Brasil foi a Standard Oil Company of Brazil, anos depois a Esso Brasileira do Petróleo Limitada.
Suas atividades começaram em 17 de janeiro de 1912 com a autorização do Marechal Hermes da Fonseca, então presidente do país. Um ano depois, a The Anglo Mexican Petroleum Products Company Limited, atual Shell, também veio para o nosso território através do Decreto 10.168 do mesmo presidente.
Nesse período da nossa história, éramos um pouco mais de 22 milhões de habitantes e a nossa frota de veículos era de 3.000, todos importados. Apesar disso, o consumo de gasolina, lubrificantes e óleos crescia. Com essa necessidade, o mercado foi se abrindo e a concorrência aumentando.


No dia 5 de maio de 1914, a Anglo-Mexican inaugurou seu primeiro depósito no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, capital do país. Assim, era o momento de começar a propagar a marca da nova empresa.
No dia 18 de abril de 1920, em vários jornais do Brasil, inclusive os de São Paulo, surgiu a primeira publicação.
Se fosse publicado nos dias de hoje, este anúncio causaria repulsa e indignação, mas na época causou muita curiosidade. Afinal, o que representava aquele emblema ?
A segunda veio no dia 22 do mesmo mês, explicando o que tal desenho representava ao redor do mundo. O texto, bastante curioso, dava explicações da origem histórica do símbolo, mas nada ainda de dar detalhes ainda do que viria a ser a razão daqueles anúncios.




E o mistério continuou mais alguns dias (será que alguém comprava o jornal diariamente só para saber o desfecho desta campanha publicitaria?) até que no dia 27 de abril foi revelado aos leitores do que se tratava aquele emblema.




Não se tratava de crença religiosa ou algo do gênero, mas sim a marca (ou emblema como dizia no anúncio) da empresa Anglo-Mexican Petroleum Company ou, como conhecemos hoje, a Shell. A empresa estava no Brasil desde 1913, mas foi na década de 20 que ela realmente se expandiu por aqui, instalando bombas de gasolina de rua e em garagens de São Paulo e no restante do país. A publicidade com a suástica era para fazer os produtos da empresa ainda mais conhecidos por aqui.
O símbolo não se restringia a publicidade. Estava também presente nos papéis timbrados da empresa, nas embalagens e também em seu maquinário, como as bombas de gasolina. Na imagem abaixo, junto a outras marcas, podemos observar alguns dos produtos da Anglo-Mexican que ostentavam a suástica.



E nas duas imagens a seguir, o símbolo presente em duas bombas de combustíveis. A primeira, em uma rua de Fortaleza, no Ceará, é a bomba de rua, que hoje ficam nos postos de abastecimento. A segunda, menor, é a bomba que ficava em garagens particulares espalhadas por São Paulo e pelo Brasil.







O leitor pode estar se perguntando: A Anglo-Mexican era simpatizante do nazismo ? A resposta é não!
Em 1920 o símbolo ainda não era ligado ao regime nazista. Naquele momento a suástica não tinha recebido a associação a algo tão terrível e negativo para a humanidade e era até simpático adota-lo como um emblema. Porém alguns anos mais tarde, com a crise da Alemanha pós Primeira Guerra Mundial, o nazismo começaria a crescer e o símbolo adotado por Adolf Hitler era justamente a suástica, que já estava disseminada também pela empresa. Embora idêntica, a suástica nazista tinha a orientação diferente desta, apontando pro lado oposto.
Mesmo com os nazistas utilizando largamente a suástica desde a segunda metade dos anos 20, a Anglo-Mexican manteve-a como emblema da empresa. O símbolo só seria descartado com a ascensão no nazismo ao poder, na Alemanha, em 1933. Neste mesmo ano, a empresa voltaria aos principais jornais do Brasil para anunciar a adoção de um novo símbolo, hoje também mundialmente conhecido: a concha.



Era o fim da linha para a suástica na empresa e apenas o início como símbolo marcante do nazismo e dos horrores que viriam com a Segunda Guerra Mundial. O emblema antigo é tão tabu que não há qualquer menção a ele no site da empresa. Porém, acredito que a história foi feita para ser contada e não escondida.
Fica a pergunta: Se não tivessem os nazistas adotado a suástica, será que o símbolo estaria sendo utilizado até hoje pela empresa?
Veja abaixo mais duas publicidades antigas da Anglo-Mexican, respectivamente de 1931 e 1933:






Avenida São João, São Paulo, Brasil

Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Avenida Ipiranga, São Paulo, Brasil - Francisco Albuquerque

Avenida Ipiranga, São Paulo, Brasil - Francisco Albuquerque
São Paulo - SP
Acervo IMS
Fotografia

Quem a viu na época, não a reconhece mais. À esquerda, o fim da Rua Barão de Itapetininga e mais ao fundo, os edifícios Esther (de 1938) e São Thomaz (de 1943) — outrora, o sonho de consumo de muitos.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Colheita de Café, Estado de São Paulo, Brasil

Colheita de Café, Estado de São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Banco do Brasil, Guaxupé, Minas Gerais, Brasil

Banco do Brasil, Guaxupé, Minas Gerais, Brasil
Guaxupé - MG
Fotografia - Cartão Postal

Avenida 9 de Julho, São Paulo, Brasil


Avenida 9 de Julho, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Helicônias (Eliconia) - Jean Baptiste Debret



Helicônias (Eliconia) - Jean Baptiste Debret
Brasil
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 1", P. 55
Gravura

Bananeira 2 (Le Bananier 2) - Jean Baptiste Debret


Bananeira 2 (Le Bananier 2) - Jean Baptiste Debret
Brasil
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 1", P. 54
Gravura

Plantas do Brasil (Végétation du Brésil) - Jean Baptiste Debret


Plantas do Brasil (Végétation du Brésil) - Jean Baptiste Debret
Brasil
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 1", P. 53
Gravura