quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Castelo do Barão de Itaipava, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil


Castelo do Barão de Itaipava, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
Petrópolis - RJ
R. Haack
Fotografia - Cartão Postal

Foi construído na primeira metade do século XX, por volta de 1922-24, por um aristocrata anglo-brasileiroRodolfo Smith de Vasconcellos, o segundo Barão de Vasconcellos, no bairro de Itaipava, na cidade de Petrópolis. É uma reprodução de um castelo europeu. Foi projetado pelo arquiteto Fernando Valentim (Lúcio Costa creditava a responsabilidade pelo projeto totalmente ao seu antigo sócio).
A construção foi realizada por vinte famílias trazidas da Europa, com material totalmente europeu: de Portugal, vieram os blocos de pedras que foram talhadas por artesãos portugueses; da França, o telhado de ardósia; da Itália, o mármore de Carrara, que compõe o piso de vários salões, inclusive o do famoso Salão do Zodíaco. As portas e janelas são de jacarandá, com ferragens inglesas; os vitrais são austríacos e, finalizando os principais detalhes, cada porta dos quartos de seus filhos tinha seus nomes gravados em ouro.
Esta construção levou em torno de cinco anos. São 42 cômodos distribuídos em dezenove quartos, sete banheiros, diversos salões, bibliotecas, sala de música, halls, duas torres, diversos terraços, dependências para hóspedes, ala dos serviçais e galerias que abrigam interessantes histórias que permeiam a vida dos Smith de Vasconcellos no Brasil. O hall com as escadarias e o teto de jacarandá é finamente trabalhado. Há vitrais com as armas da família, biblioteca com estantes esculpidas em relevo, livros raros e um vasto parque cercando a mansão.
Jaime Smith de Vasconcellos, o terceiro barão de Vasconcellos, na primeira metade do século XX, encomendou à fábrica inglesa Rolls Royce uma limusine com onze lugares onde passou a acomodar seus sete filhos, a baronesa Anna Teresa Siciliano (filha do conde Alessandro Siciliano, a babá e o motorista. Esse automóvel tão especial também tinha, em suas portas, gravado em ouro, o brasão de armas da família. O castelo mantém, ainda, uma torre onde está uma cópia do batistério da Catedral de São Pedro.
Personalidades como Adhemar de BarrosGetúlio VargasAmaral Peixoto e várias pessoas das sociedades carioca e paulista frequentavam o local.

Ponte São João, Estrada de Ferro do Paraná, Morretes, Paraná, Brasil


Ponte São João, Estrada de Ferro do Paraná, Morretes, Paraná, Brasil
Morretes - PR
Fotografia - Cartão Postal


Obra de arte da engenharia brasileira do Século XIX integra o conjunto de viadutos da ferrovia Paranaguá-Curitiba. A ponte foi projetada no Brasil e construída na Bélgica, sendo transportada em pedaços e montada no local pelos trabalhadores da obra.
Possui 112 metros de extensão, divididos em 4 vão, o maior com 70 m, sendo a ponte mais longa da ferrovia e também a mais alta pois seu vão central está a 55 metros de altura em relação ao fundo da grota do Rio São João, o equivalente a um edifício de 24 andares. É a ponte mais longa e também a mais alta da ferrovia.
O livro "Uma viagem de 100 anos: Ferrovia Paranaguá-Curitiba, 1885 – 2 de fevereiro – 1985", contém nas páginas 139-140 a explicação seguinte do engenheiro Teixeira Soares: “Os três vãos pequenos são vencidos com vigas de alma cheia. Só o vão central é de treliça. Assenta sobre pilares de ferro batido, apoiados em base de alvenaria de pedra. A estrutura metálica é fabricada na Bélgica. Fornecemos os perfis do terreno natural e do greide. Eles projetam cada ponte ou viaduto de acordo com o trem de carga especificado. Aqui fazemos a montagem, que não é fácil. Para muita gente pode parecer desperdício pilares metálicos, se estamos rodeados de granito e de gnaisse em abundância. Acontece que a experiência europeia concluiu que, a partir de 30 metros, o ferro torna-se mais econômico do que a alvenaria de pedra. O alojamento e a manutenção do numeroso pessoal necessário à execução de importantes maciços de alvenaria acarretam dificuldades. Embora isso, os pilares metálicos devem ser embutidos em bases de alvenaria, com certa altura. Não só impedem que a unidade provoque a corrosão do metal, como evitam que suba até a estrutura metálica. Para vãos inferiores a 15 metros, os europeus recomendam vigas de alma cheia. Mais afoitos, os americanos as empregam até vãos de 35 metros. Seu inconveniente é a rebitagem. Trabalho insano. Como estamos sujeitos ao mercado europeu, acima de 15 metros usamos vigas em treliça, a exemplo do vão central. As treliças simples são três. Em “V”, conhecidas por vigas ‘Warren’, do nome do engenheiro inglês que primeiro as usou no seu país. Em “N”, ou Monier, nome do engenheiro belga que as patenteou em 1858, na Alemanha. Finalmente as Neville, nome tirado do engenheiro americano que as inventou, mas que não passam de um tipo misto das anteriores. Aqui, dada a extensão do vão, os belgas projetaram uma treliça múltipla dupla. Nesta ponte foram consumidos 3.242 metros cúbicos de alvenaria de pedra e 442 toneladas de ferro."
A ponte foi o último desafio da ferrovia, pois intensas chuvas paralisavam as obras. Começou a ser construída no início de 1882, foi inaugurada em 26 de junho de 1884. Em 1944 ela recebeu um cavalete de reforço no maior dos vãos.
O Paraná da segunda metade do século 19 encarava dois desafios: garantir que a economia mantivesse o ritmo crescente e assegurar uma comunicação eficiente com o interior da província. A erva-mate foi a força motriz que contribuiu para que o Paraná conquistasse sua emancipação em 1853. Na época, um dos grandes desafios foi assegurar o escoamento adequado do produto para os portos do litoral. A solução apareceu com a ferrovia.
A linha de Paranaguá a Curitiba da Estrada de Ferro do Paraná, no Brasil, foi construída entre 1880 e 1884. A obra foi dividida em três partes: de Paranaguá a Morretes, de Morretes a Roça Nova, e de Roça Nova a Curitiba. A equipe de construção foi chefiada pelo engenheiro João Teixeira Soares. A construção foi um marco na engenharia brasileira, pois envolvia cruzar a Serra do Mar. Em 1917 um escritor britânico descreveu essa linha: “O ponto mais alto chega a 3.122 pés (952 metros), após uma subida de 40 quilômetros. Com bitola de 1 metro, o trilho serpenteia engenhosamente uma série de contrafortes e espigões laterais, terminando num arriscado espetáculo ao longo dos penhascos da parte superior da Serra sobre viadutos que se destacam sobre precipícios de 1.000 pés (305 metros). São raros os trechos com 50 metros de trilhos sem uma curva, e as vistas para o mar são particularmente magníficas”.
Em 1870, o Império recebeu um pedido de concessão para a construção de uma ferrovia que ligasse o Litoral ao planalto curitibano. Francisco Monteiro Tourinho, Antônio Pereira Rebouças Filho e Maurício Schwartz, que tinham construído a Estrada da Graciosa, eram os responsáveis pela solicitação da concessão. A ideia era que a linha partisse de Antonina rumo à capital da província. O decreto de 10 de janeiro de 1871 deferiu o pedido de concessão. Mas, a decisão acirrou os ânimos de outra importante cidade litorânea. Paranaguá não aceitava a decisão. O Visconde de Nacar e a família Correia, influentes politicamente, desejavam que o quilômetro zero estivesse em terras parnanguaras. A pressão política não tardaria a surtir efeito. Os embates e disputas entre as cidades, a província e a Corte se arrastaram por quase quatro anos, até que um decreto imperial de 1.º de maio de 1875 pôs fim à discussão: o trem partiria de Paranaguá. O argumento utilizado para renegar Antonina foi a profundidade de sua baía, que não comportaria navios de grande porte. Quando tudo parecia pronto para que as obras finalmente andassem, o recurso financeiro pesou contra. Vale destacar que o orçamento do governo imperial estava comprometido devido à participação do Brasil na Guerra do Paraguai. A conclusão do Império foi que os capitais nacionais seriam insuficientes. A Corte solicitou uma nova análise do traçado, que havia sido feita por Antônio Rebouças. A ideia era verificar outra opção que fosse mais negociável com empresas estrangeiras. Em 1877 foi aprovado um novo traçado baseado nos originais de Rebouças e com adaptações dos engenheiros Rodolpho Alexandre Helh e Luiz da Rocha Dias. Em 12 de agosto de 1879 foi autorizada a transferência da concessão para a Compagnie Générale de Chemins de Fer Brésiliens, de capital francês. Por não ser da área de engenharia, ela contratou uma empresa especializada, a belga Societé Anonyme des Travaux Dyle et Bacalan.
Em 5 de junho de 1880, Dom Pedro II lançou, em Paranaguá, a pedra fundamental da construção, mas as obras estavam em andamento desde 20 de janeiro. Diversos desafios tiveram de ser superados, principalmente os sete quilômetros entre os rios Itupava e Ipiranga, que costeavam os paredões íngremes dos conjuntos Marumbi e Cadeado. Ao longo do trecho da Serra do Mar, ao menos três obras merecem destaque: o Túnel de Roça Nova, o Viaduto do Carvalho e a Ponte São João. O último grande desafio foi a ponte, inaugurada em 26 de junho de 1884. Com a estrutura concluída, foi possível levar de trem o resto do material para terminar o restante da ferrovia.
Nessa época, as obras estavam atrasadas e o governo imperial prorrogou a data de conclusão por mais um ano: 30 de junho de 1885. A companhia francesa conseguiu terminar a ferrovia antes da nova data limite, possibilitando a inauguração da estrada de ferro em 2 de fevereiro de 1885.
Inaugurada há mais de 130 anos, a ferrovia Paranaguá-Curitiba deve sua existência às manobras políticas do governo imperial, que driblou interesses divergentes e a falta de recursos para destravar a ligação definitiva entre a capital e o Litoral da então província do Paraná. Foram quinze anos de espera até que as primeiras marias-fumaças dessem o ar da graça. A hoje centenária estrada de ferro continua sendo uma referência por sua engenharia ousada, importância econômica e pela beleza de suas estruturas, que rasgam a Serra do Mar por meio de túneis abertos no coração da rocha, pontes que parecem flutuar no vazio e curvas sobre penhascos que desafiam os espíritos mais corajosos.

Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil


Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Foto Lucarelli
Fotografia - Cartão Postal

Monumento do IV Centenário da Fundação de São Vicente, São Vicente, São Paulo, Brasil






Monumento do IV Centenário da Fundação de São Vicente, São Vicente, São Paulo, Brasil
São Vicente - SP
Fotografia - Cartão Postal


São Vicente, Cellula Mater da Nacionalidade, comemorou 450 anos de fundação oficial em 1982 (hoje, 2024, tem 492 anos). 
Nas pesquisas que fizemos, não encontramos qualquer documento que nos revelasse como teriam sido as festividades de 22 de janeiro de 1832. Todavia, farta e copiosa documentação possuímos, em nosso arquivo particular, referente às solenidades por ocasião do IV Centenário da Fundação de São Vicente. Foi nesse ano de 1932 que se lançou a pedra fundamental do monumento (Coluna-Padrão), erguido sobre um ilhéu chamado Pedras do Mato, porque outrora estava ligado ao sopé do Morro dos Barbosas, mas as águas das marés o separaram, avançando pela terra dentro e formando afloramentos rochosos naquele recanto de praia de São Vicente.
Esse montículo de rochedos constituía baliza interna de pilotagem ou desembarque, enfrentando a barra em linha abrigada ao nascente pela Ilha do Mudo (atual Ilha Porchat) e no poente pelos morros do Paranapoãn ou Paranapuan - linha reta Noroeste-Sudeste que tangenciando a ponta da Ilha Porchat, poderia ter sido a divisória interior da donataria de Pero Lopes, encravada nas 100 léguas de Martim Afonso de Souza.
O 22 de janeiro de 1932 - Seria por demais extenso relatar as solenidades desse dia memorável. Contudo, deve-se ressaltar que a alvorada desse dia anunciou-se com alertadora salva de vinte e um tiros. Toda a população, vicentina e santista, despertou bem cedo e acorreu à Biquinha de Anchieta. Defronte à praça 22 de Janeiro e à direita da tradicional Biquinha, erguiam-se majestosos painéis alusivos ao desembarque de Martim Afonso de Souza em 1532, ladeando o altar pousado no sopé do Morro dos Barbosas.
Às dez horas chegou o bispo de Santos, dom José Maria Parreira Lara. Vinha pontificar a missa campal que se celebrou, ouvindo-se, nessa ocasião, o coro de Santa Cecília, da capital paulista. Depois, a comitiva dos governos estadual e federal, as autoridades locais, os representantes consulares, clericais, associativos e jornalísticos entraram no recinto da Exposição-Feira, que ocupava meia quadra de frente para a Praça 22 de Janeiro. Nela estavam armadas várias barracas de diversões e restaurantes, em volta do Pavilhão do Centenário, onde foram reunidas relíquias históricas e ricos mostruários de industriais e comerciantes.
A cerimônia nesse recinto iniciou-se com o lançamento simbólico da pedra fundamental da Coluna-Padrão, com que a colônia portuguesa de Santos prestava homenagem aos vicentinos pela comemoração do quadricentenário da fundação jurídica do primeiro povoado no Brasil. A pedra em forma de paralelepípedo foi destampada, mostrando a cavidade quadrilátera, onde colocaram depois a ata, moedas e jornais, selando-a, e amarrando-a com larga fita verde-amarela.
Então, o notável escritor e historiador dr. Ricardo Severo proferiu admirável oração. Em nome dos portugueses ofertava o padrão comemorativo da fundação da primigênia cidade de São Vicente. O monumento a ser erigido na ilhota, tão conhecido hoje pelos nossos cartões postais, deveria igualar-se aos modestos padrões quinhentistas que os colonizadores e navegantes plantaram nas terras descobertas.
Mais de um ano se passara do lançamento simbólico da pedra fundamental do monumento. Finalmente, na manhã de 19 de março de 1933, após a missa campal celebrada no Largo da Biquinha, foi inaugurada a placa de bronze com a inscrição: "1553 - Biquinha de Anchieta - 1578. Retive neste recanto, como luzeiro de suas tradições, Joseph de Anchieta, reitor do Colégio de São Vicente (1569-1576), Evangelizador da capitania de Martim Afonso, herói da fé e taumaturgo do Brasil".
Essa placa foi oferecida pelo Sr. Antônio Zuffo e descerrada pela sua própria filha. O padre Genésio Nogueira Lopes, vigário geral da Diocese e celebrante da missa no altar debaixo da pérgula ao lado da Biquinha, em nome do bispo de Santos, Dom Lara, agradeceu a homenagem póstuma a José de Anchieta, no dia de seu onomástico.
O povo ocupava todo o largo; e, à frente, viam-se as autoridades, os prefeitos municipais de Santos (Aristides Bastos Machado) e de São Vicente (José Monteiro), o escritor Carlos Malheiro Dias, o historiador Afonso de Taunay, o engenheiro Ricardo Severo e os membros da comissão portuguesa do quarto centenário vicentino.
Na Câmara Municipal, para onde todos se dirigiram, depois da missa, realizou-se a entrega da Coluna-Padrão erigida nas Pedras do Mato, pela Comissão, ao prefeito. Em seguida ao agradecimento do Dr. José Monteiro, leu o capitão Luiz Antônio Pimenta longo discurso sobre o significado da cerimônia da oferta do monumento pelos portugueses de Santos e São Vicente, como prova de amizade dos dois povos irmãos e como reminiscência da fulgurante colonização lusa no Brasil.
Em seguida, todos voltaram à Biquinha, em cujas proximidades ficam as Pedras do Mato, rentes à praia. No princípio da estrada que circunda o Morro dos Barbosas e leva à Ponte Pênsil (atual avenida Getúlio Vargas), armaram uma ponte (passarela) de madeira até a ilhota chamada "Pedras do Mato", onde se erguia o monumento, coberto com a bandeira do Brasil. Os convidados atravessaram a ponte, acercaram-se do padrão comemorativo, do qual descerraram a bandeira, sob revoada de palmas e ao som do Hino Nacional Brasileiro. Todos, como que extasiados, ficaram admirando a bela e alta coluna de pedra.
Com a inauguração dessa obra de arte, ideada pelo engenheiro e ilustre historiador Ricardo Severo, a Comissão Portuguesa do IV Centenário de São Vicente ofereceu a convidados e jornalistas, às autoridades e aos eminentes intelectuais, substancioso almoço no Restaurante da Ilha Porchat.
"A singela coluna de granito, ereta nas escarpas Pedras do Mato, assumirá monumentais proporções como símbolo", disse o eminente escritor Carlos Malheiro Dias, aduzindo: "Estas ilhas, estas praias, o remanso destas águas, se converterão em um santuário cívico, em um lugar de peregrinação". Lembrou ainda que o Brasil tem a suprema felicidade de saber que "aqui se iniciou a construção da Pátria, que aqui se improvisaram os rendimentos da sua organização social e política".
As pedras do singelo monumento compõem um alto fuste completamente liso, de forma cilíndrica, com seção circular que é símbolo da imortalidade, sem princípio nem fim; com geratrizes retas, paralelas, que sobem verticalmente para as alturas siderais, na estrada infinita do pensamento.
Tem por capitel um prisma quadrilátero, com os quatro escudos:
do Portugal quinhentista, como o trouxeram os navegantes d'além-mar;
de Martim Afonso de Souza, que foi o primeiro capitão-mor, donatário e fundador de São Vicente;
da Ordem de Cristo, signo augusto que marcou os feitos heróicos dos primeiros cruzados e os arquejantes seios das primeiras caravelas;
da atual Pátria brasileira, que estabelece triunfantemente a data atual e o epílogo glorioso de todo aquele passado, que não se fecha no ciclo quadricentenário destas datas, mas se prolonga na trajetória milenária de um povo que marcou na história da humanidade a mais brilhante das suas eras e das suas epopeias.
A cada um destes escudos correspondem verticalmente, no soco do primeiro pedestal, os seguintes lemas:
"Pola ley y pola grey";
"S. Vicente - 1532-1932";
"Talant de bien faire";
"Brasiliae cellula-mater".
Suporta esta coluna uma grande esfera armilar, que foi real e áurea divisa manoelina, figurando nas bandeiras desses primeiros navegadores, donde passou como distintivo heráldico para o Brasil-Colônia, depois para o Reino Unido, e por fim para os Estados Unidos do Brasil.
Encima-a a cruz de Cristo, que foi o espírito, o verbo, a visão, a estrela-guia daqueles heróicos cavaleiros do mar, e assenta nessa imagem geocêntrica do mundo solar, como símbolo sacrossanto do divino crucificado, no espaço celestial das ressurreições, com a sua auréola infinita de firmamentos, dominando o universo terrestre, como o vasto calvário da sublime doutrina cristã, e o reino temporal do Espírito onipotente criador de todos os universos.
Que os vicentinos de hoje olhem para aquele monumento das Pedras do Mato - e aquela arvorezinha (Guapé, da família das Pontederiáceas), que já estava ali antes da inauguração - com todo respeito e carinho, procurando, de todas as formas, preservá-lo do vandalismo. Enfim, foi um presente que ganhamos. Texto de Jaime Mesquita Caldas.
Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Rio de Janeiro, Brasil


Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

A Igreja de Nossa Senhora da Candelária é um templo católico localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É um dos principais monumentos religiosos da cidade, palco tradicional de casamentos da sociedade carioca.

Praça João Pessoa, São José dos Campos, São Paulo, Brasil


Praça João Pessoa, São José dos Campos, São Paulo, Brasil
São José dos Campos - SP
Foto Postal Colombo N. 15
Fotografia - Cartão Postal

Selo "100 Anos do Museu de Arte da Bahia 1918-2018", 2018, Brasil


Selo "100 Anos do Museu de Arte da Bahia 1918-2018", 2018, Brasil
Série Museus Brasileiros
Quadro "República" de Manoel Lopes Rodrigues
Selo

Sobre fundo azul em degradê, na técnica aquarela, destaca- -se o quadro República (1896), óleo sobre tela, autoria de Manoel Lopes Rodrigues, uma das peças importantes da coleção pertencente ao acervo do MAB. A portada do prédio, em cantaria, que abriga o Museu encima a composição como se ela, emoldurando o quadro, tivesse a dupla função de ornar e destacar. A proposta é mostrar o acervo abrigado pela arquitetura. À direita na parte inferior a logomarca desenvolvida para a comemoração dos 100 anos, com estética baseada em volutas. A arte do selo foi desenvolvida a partir de fotos do quadro e desenho a traço no elemento portada.
100 Anos do Museu de Arte da Bahia O Museu do Estado foi criado em 23 de julho de 1918, conforme a Lei n.1255, como uma seção anexa ao Arquivo Público, sendo considerado o primeiro museu da Bahia. Após sair do Arquivo, passou por duas sedes: Solar Pacífico Pereira, no Campo Grande, local onde foi construído o Teatro Castro Alves; e Solar Góes Calmon, em Nazaré, atual sede da Academia de Letras da Bahia. Em 1982 o museu foi transferido para o “Palácio da Vitória”, onde se encontra até os dias atuais.
Na primeira metade do século XIX, existiu na atual sede o palacete onde residiu o conhecido comerciante de escravos José de Cerqueira Lima. Em 1858 o professor Francisco Pereira de Almeida Sebrão adquiriu o imóvel, instalando no local o Colégio São João. Em 1879 foi adquirido pelo governo, a fim de funcionar como residência dos Presidentes da Província e, com o advento da República, a partir de 1889 passou a ser Palácio dos Governadores.
No governo de Francisco Marques de Góes Calmon (1924-1927), o palácio, em ruínas, foi demolido e construído no mesmo local um prédio de cimento armado, seguindo os novos padrões da arquitetura, para sediar a Secretaria de Educação e Saúde. A importante edificação, conhecida também como “Palácio da Vitória”, foi enriquecida com vários elementos arquitetônicos oriundos de demolições de outros solares baianos, a exemplo da portada em cantaria e madeira entalhada com vários mascarões, datada de 1674, proveniente do Solar João Mattos de Aguiar, demolido para o alargamento da Ladeira da Praça, no Centro Histórico de Salvador. Posteriormente, o imóvel da Vitória foi totalmente recuperado e adaptado às necessidades de um moderno museu para os padrões da época.
O acervo do MAB foi constituído pela reunião de coleções organizadas na Bahia a partir do século XIX, destacando- se a coleção Jonathas Abbott, enriquecida com pinturas de mestres baianos do século XX. Outra valiosa coleção foi a do ex-governador Góes Calmon, adquirida pelo Estado em 1943, reunindo peças de arte decorativa, como móveis setecentistas e oitocentistas, lustres, porcelanas orientais e europeias, louças das Índias, joias, pratas, cristais, esculturas religiosas, pinturas e estampas de autores conhecidos ou seguidores de escolas europeias do início do século XIX. Na década de 1980, também foi incorporada ao acervo, como doação póstuma, a coleção do ex-diretor, José Pedreira, com cerca de 50 peças, entre mobiliário, objetos europeus e orientais.
O MAB tem, também, um acervo documental, composto por mapas, fotografias, cartas, postais e convites. Ao longo dos anos, seu acervo foi sendo gradualmente enriquecido com novos itens, com a finalidade de preencher lacunas existentes nas coleções de pintura, escultura e artes decorativas. Atualmente, conta com um vasto acervo, composto por 14.505 peças, além de abrigar uma biblioteca especializada, com periódicos, catálogos de exposições e livros direcionados aos temas de história da arte, estética, museologia e história da Bahia.
O MAB se constitui hoje no museu público mais visitado do Estado, alcançando um número de 41.695 visitantes no primeiro semestre de 2018. Estamos desenhando um conceito de museu que vai além do acervo, preservando o seu estilo histórico, aliando-se a práticas que possam contribuir com a construção de um museu enquanto lugar das inquietações. Assim, estabelecemos parcerias com entidades educacionais, culturais e artísticas dentro e fora do país, colocando no eixo de nossa ação a questão social, compreendendo que a reflexão sobre a desigualdade social deve orientar o pensar e o fazer contemporâneo.
O Museu tem primordialmente uma ação cultural e educativa, tendo como referência o seu vasto acervo e as atividades culturais que desenvolve. Assim, é perceptível a função socioeducativa, cultural e lúdica que a instituição vem desempenhando ao longo da sua trajetória.
A fim de representar o centenário do Museu de Arte da Bahia, foi selecionada a obra A República - óleo sobre tela, 228 x 118,5 cm - do artista baiano Manoel Lopes Rodrigues (1859 -1917), para a execução do selo comemorativo dos Correios. Em fins de 1895, Lopes Rodrigues, que estava em Roma, recebeu da Assembleia Geral da Bahia a encomenda de uma monumental composição alegórica à República, destinada ao novo Palácio do Governo. A encomenda, no valor de 3.000 francos, não poderia ter chegado em melhor hora, já que acabara de ser suspensa a pensão que o Governo Federal lhe concedia desde 1889.
Inspirada no imaginário republicano francês, essa construção simbólica traz como figura artística central uma alegoria feminina como imagem nacional, símbolo da República. A figura feminina é representada com barrete frígio, com a mão direita segurando uma espada e sentada em uma cadeira encimada a um pedestal, transmitindo a impressão de tranquilidade e confiabilidade. Nesse aspecto, a mulher representa o bem-estar da sociedade e se transpõe como símbolo da humanidade. Compreende-se o uso da alegoria feminina no imaginário artístico em oposição ao antigo regime e a uma mudança de mentalidade, representando os ideais do novo regime político: igualdade, liberdade e progresso.
Link: http://www.selosefilatelia.com/PastaLancamentos2018/Editais/13a.pdf

Retrato da Terceira Baronesa de São Francisco, Maria José Moniz Viana Aragão Bulcão (Retrato da Terceira Baronesa de São Francisco, Maria José Moniz Viana Aragão Bulcão) - Miguel Navarro Y Cañizares


Retrato da Terceira Baronesa de São Francisco, Maria José Moniz Viana Aragão Bulcão (Retrato da Terceira Baronesa de São Francisco, Maria José Moniz Viana Aragão Bulcão) - Miguel Navarro Y Cañizares
Museu de Arte da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil
OST - 1879

Retrato do Terceiro Barão de São Francisco, Antônio de Araújo de Aragão Bulcão (Retrato do Terceiro Barão de São Francisco, Antônio de Araújo de Aragão Bulcão) - Miguel Navarro Y Cañizares


Retrato do Terceiro Barão de São Francisco, Antônio de Araújo de Aragão Bulcão (Retrato do Terceiro Barão de São Francisco, Antônio de Araújo de Aragão Bulcão) - Miguel Navarro Y Cañizares
Museu de Arte da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil
OST - 1879

Aeroporto dos Guararapes / Aeroporto Internacional do Recife Guararapes Gilberto Freyre, Recife, Pernambuco, Brasil


Aeroporto dos Guararapes / Aeroporto Internacional do Recife Guararapes Gilberto Freyre, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Fotografia - Cartão Postal


O Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes / Gilberto Freyre (IATA: REC, ICAO: SBRF) é um aeroporto internacional localizado no município do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco. É o principal aeroporto do estado de Pernambuco e é um dos três do estado que possuem operações regulares de transporte de passageiros, juntamente com o Aeroporto Internacional de Petrolina e com o Aeroporto de Fernando de Noronha. Terminal aeroportuário mais movimentado do Norte-Nordeste do Brasil e o oitavo aeroporto brasileiro em movimento, foi concedido em 2019 para a empresa espanhola Aena Internacional juntamente com outros cinco aeroportos da região por 30 anos.
Situado a 12 km do centro do Recife, o aeroporto atende a movimentações de passageiros domésticos e internacionais. Opera 24 horas por dia e seu nome é uma alusão ao fato histórico das Batalhas dos Guararapes, ocorridas no período colonial brasileiro sobre o Morro dos Guararapes, situado em sua lateral oeste.
Sua construção antecede a II Guerra Mundial, sendo que o conflito serviu para melhorar a estrutura da Base Aérea do Recife e, consequentemente, do próprio aeroporto. No final da década de 1940, o Recife passou a ter grande importância no tráfego aéreo, em meio às aerovias do Atlântico Sul - Europa, pela sua posição geográfica estratégica. Seu nome oficial foi dado em 2 de julho de 1948, quando o então presidente Eurico Gaspar Dutra assinou o decreto 25.170-A, transformando o Aeroporto do Recife, localizado no Campo do Ibura, em Aeroporto Guararapes. A nomenclatura do aeroporto foi novamente alterada em 27 de dezembro de 2001, pela Lei nº 10.361, que instituiu a denominação de Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre. O terminal de passageiros atual conta com capacidade para receber 16,5 milhões de passageiros por ano, o que faz do Aeroporto dos Guararapes o maior, em capacidade anual, do Norte-Nordeste do Brasil. Além disso, conta com um pátio de 21 posições de aeronaves dotadas de jetways (conectores climatizados); 64 balcões de check-in e 2120 vagas de estacionamento. De acordo com a Infraero, sua pista tem 3007 metros de extensão.