Castelo do Barão de Itaipava, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
Petrópolis - RJ
R. Haack
Fotografia - Cartão Postal
Foi construído
na primeira metade do século XX, por volta de 1922-24, por um aristocrata anglo-brasileiro: Rodolfo Smith de Vasconcellos, o segundo Barão
de Vasconcellos, no bairro de Itaipava, na cidade de
Petrópolis. É uma reprodução de um castelo europeu. Foi projetado pelo
arquiteto Fernando Valentim (Lúcio Costa creditava a responsabilidade pelo
projeto totalmente ao seu antigo sócio).
A construção
foi realizada por vinte famílias trazidas da Europa, com material
totalmente europeu: de Portugal,
vieram os blocos de pedras que foram talhadas por artesãos portugueses;
da França, o telhado de
ardósia; da Itália,
o mármore de Carrara,
que compõe o piso de vários salões, inclusive o do famoso Salão do Zodíaco. As
portas e janelas são de jacarandá, com
ferragens inglesas;
os vitrais são austríacos e,
finalizando os principais detalhes, cada porta dos quartos de seus filhos tinha
seus nomes gravados em ouro.
Esta
construção levou em torno de cinco anos. São 42 cômodos distribuídos em
dezenove quartos, sete banheiros, diversos salões, bibliotecas, sala de
música, halls, duas torres, diversos terraços, dependências para hóspedes,
ala dos serviçais e galerias que abrigam interessantes histórias que permeiam a
vida dos Smith de Vasconcellos no Brasil. O hall com as escadarias e
o teto de jacarandá é finamente trabalhado. Há vitrais com as armas da família,
biblioteca com estantes esculpidas em relevo, livros raros e um vasto parque
cercando a mansão.
Jaime Smith de
Vasconcellos, o terceiro barão de Vasconcellos, na primeira metade do século
XX, encomendou à fábrica inglesa Rolls Royce uma limusine com onze
lugares onde passou a acomodar seus sete filhos, a baronesa Anna Teresa
Siciliano (filha do conde Alessandro
Siciliano, a babá e o motorista. Esse automóvel tão especial também
tinha, em suas portas, gravado em ouro, o brasão de armas da família. O castelo
mantém, ainda, uma torre onde está uma cópia do batistério da Catedral de São
Pedro.
Personalidades
como Adhemar
de Barros, Getúlio Vargas, Amaral Peixoto e
várias pessoas das sociedades carioca e paulista frequentavam
o local.
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