segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Casa Vanorden, 1922, Rua Borges de Figueiredo, Mooca, São Paulo, Brasil




 

Casa Vanorden, 1922, Rua Borges de Figueiredo, Mooca, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia



Texto 1:
As antigas oficinas da Casa Vanorden fazem parte de um imóvel tombado pelo CONPRESP em 2007, que integram o conjunto dos grandes galpões do bairro da Mooca construídos no início do século XX durante o desenvolvimento industrial da cidade de São Paulo. Originalmente uma tipografia, hoje, parte das antigas oficinas está abandonada e a outra foi transformada em um estacionamento de caminhões.
A Casa Vanorden tem sua origem no pastor presbiteriano Emanoel Vanorden, um judeu de origem holandesa que desembarcou no Brasil em 1872, vindo para São Paulo em 1888. No dia 24 de junho de 1909, sob a presidência de seu filho Henrique Vanorden é fundada a Sociedade Anônima Casa Vanorden com o fim de “explorar o negócio de typografia e de photogravuras”, empresa essa que viria a ser fornecedora das principais repartições estaduais, municipais e federais e das estradas de ferro em São Paulo.
Nesse mesmo ano de 1909 foi iniciada a construção das antigas oficinas da Casa Vanorden, localizadas no bairro da Mooca, próximas à estação Mooca da CPTM Seu projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo arquiteto Jorge Krug e de início era composto apenas pelos escritórios localizados na esquina da rua Borges Figueiredo com a rua Monsenhor João Felippo (rua da Estação Mooca CPTM) – já com dois andares – e dez galpões. O uso de tijolos cozidos nas paredes se deu pela resistência do material ao calor.
A estrutura arquitetônica das antigas oficinas, característica do período em que foram construídas, está preservada até hoje, porém partes da construção foram pintadas pelo atual dono, Dumar Park Estacionamentos.
A primeira reforma aos edifícios ocorreu em 1911, quando ganhou mais sete galpões e teve a parte dos escritórios ampliada.
Não se sabe com precisão a data em que a Casa Vanorden foi desativada como tipografia, no entanto, na região, as fábricas e oficinas em geral começaram a ser desativadas por volta da década de 1950.
As antigas oficinas chegaram a ser propriedade da RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), funcionando como uma gráfica e à qual pertenciam quando teve início o processo de tombamento, em 2007 — apesar de estarem em vias de liquidação na época.
Texto 2:
A imagem mostra um trecho da rua Borges de Figueiredo que permanece, neste ângulo, praticamente inalterado. A Borges de Figueiredo é a rua que tem os trilhos de bonde na imagem, enquanto onde está a carroça é a rua Monsenhor João Felipo, uma travessa sem saída que dá para uma das entradas da Estação Mooca da CPTM.
À direita vemos uma chaminé da extinta Cia. Antarctica, do outro lado da via férrea, na avenida Presidente Wilson.
Nota do blog: A imagem n. 2 do post mostra o estado atual do referido imóvel.


domingo, 29 de outubro de 2023

Jardim do Museu do Ipiranga, Atual Museu Paulista, São Paulo, Brasil


 

Jardim do Museu do Ipiranga, Atual Museu Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 103
Fotografia - Cartão Postal

Parque Sólon de Lucena, João Pessoa, Paraíba, Brasil


 

Parque Sólon de Lucena, João Pessoa, Paraíba, Brasil
João Pessoa - PB
Foto Pintura
Fotografia - Cartão Postal

Vista Parcial, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 

Vista Parcial, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
JT N. 333
Fotografia - Cartão Postal

Palácio das Indústrias, São Paulo, Brasil


 

Palácio das Indústrias, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Monumento Riachuelo, Salvador, Bahia, Brasil


 

Monumento Riachuelo, Salvador, Bahia, Brasil
Salvador - BA
Fotografia 

Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil


 



Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
AH N. 60
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Vemos ao fundo, à direita, prédio da Universidade do Paraná.

Obras de Construção do Shopping Santa Úrsula, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Obras de Construção do Shopping Santa Úrsula, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: Após o término da demolição do Colégio Santa Úrsula, a imagem mostra o início da escavação dos quatro níveis do subsolo do futuro Shopping Santa Úrsula.


Farol do Saber "Machado de Assis", Vista Alegre, Curitiba, Paraná, Brasil





Farol do Saber "Machado de Assis", Vista Alegre, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia 


 

Instituto Eletrotécnico de Engenharia de Porto Alegre, Circa 1910, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil



Instituto Eletrotécnico de Engenharia de Porto Alegre, Circa 1910, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


A Escola de Engenharia é uma das unidades de ensino mais antigas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo sido fundada em 10 de agosto de 1896. Foi idealizada por cinco engenheiros militares: João Simplício Alves de Carvalho, João Vespúcio de Abreu e Silva, Juvenal Miller, Lino Carneiro da Fontoura e Gregório de Paiva Meira, todos engenheiros militares e professores da Escola Militar do Rio Grande do Sul, mais o engenheiro civil Álvaro Nunes Pereira. Foram prontamente apoiados pelo presidente da província, Júlio de Castilhos, devoto do positivismo e do lema "saber fazer". Foi a segunda instituição de ensino superior da cidade, pois já existia a Escola de Farmácia, que deu origem à atual Faculdade de Medicina e Faculdade de Farmácia. Ana de Ávila Chagas, baronesa de Candiota, doou o patrimônio inicial necessário para a fundação da escola e a contratação de 50 professores estrangeiros, principalmente alemães.
A Escola iniciou nos seus primeiros anos, um forte movimento de expansão de cursos técnicos e preparatórios que terá imediato impacto sobre suas atividades. Em 1900, foi criado um curso preparatório para candidatos à Escola e a outras faculdades, curso que depois deu origem ao Colégio Júlio de Castilhos, oferecendo cursos primário e ginasial, com três e seis anos, respectivamente, e incluía em seu currículo artes manuais e instrução militar.
Em 1906, era criado o Instituto Técnico Profissional – nomeado inicialmente Escola Benjamin Constant, mais tarde Instituto Parobé, em 1917, destinado à formação de meninos de famílias pobres com ensino de construções mecânicas, marcenaria e carpintaria, artes gráficas e artes do edifício.
Em 1908, criava-se o Instituto de Eletrotécnica, em 1922 chamado de Instituto José Montaury, que ministrava um curso de engenheiro mecânico-eletricista e um curso técnico de montadores mecânicos-eletricistas. No mesmo ano foi instalado o Instituto Astronômico e Meteorológico, voltado ao estudo do clima e estabeleceria uma vasta rede de estações meteorológicas.
Recursos públicos em abundância financiaram a construção de instalações e a expansão da Escola. Uma taxa equivalente a 2% da arrecadação do estado seria criada ainda em 1908, durante o governo Carlos Barbosa. Já no ano seguinte, a Assembleia legislativa elevaria essa taxa a 4%, garantindo importantes recursos para a Escola.
A antiga edificação passou por um longo processo de restauro para abrigar a direção da Escola de Engenharia e faz parte do conjunto de Prédios Históricos da UFRGS.