Encontro das Águas, Rio Negro e Solimões, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia
O Encontro das
Águas é, talvez, a maior referência de patrimônio imaterial de
Manaus. Tudo que se fala deste fenômeno hidrológico, que une os rios Negro e
Solimões, não é exagero. A experiência de avistar este “encontro” encanta os
olhos, tanto de perto quanto de longe.
Quem chega a
Manaus de avião, durante o dia, deve torcer para estar do lado da janela cuja
vista é direcionada ao Encontro das Águas. Mas quem quer observar da terra, sem
precisar pegar um barco, pode se dirigir até uma falésia conhecida como Mirante
da Embratel, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus. O local
não é de fácil acesso e é recomendável estar acompanhado por um guia que
conheça o itinerário.
Mas não há
nada mais especial do que ver o Encontro das Águas de perto. Não há muito o que
descrever. Basta contemplar. O preto é quente, o marrom frio. Para ter a
experiência sensorial dessas duas temperaturas, peça para o barqueiro reduzir a
velocidade e coloque as mãos nas águas. Um mergulho é tentador, mas arriscado.
As águas são profundas e revoltosas nesse local.
A viagem, cuja
duração varia conforme o local de saída do barco, ainda tem outros bônus: você
estará navegando na maior bacia fluvial do mundo e pode avistar, mesmo que
de longe, pequenas comunidades rurais.
Antes de
chegar ao encontro de gigantes, o Solimões e o Negro têm muita história
para contar. A nascente do rio Negro é na Colômbia. Ele desce pelo Norte do
Amazonas, passando pelos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa
Isabel do Rio Negro, Barcelos e Novo Airão, até desembocar em Manaus.
O rio Solimões nasce no Peru, atravessa a fronteira com o Brasil, entre
os municípios de Tabatinga e Benjamim Constant, e continua seguindo até Manaus.
Quando se
encontram, suas águas (negra e barrenta) não se misturam devido as diferenças
de densidade e de velocidade. Enquanto a foz do Negro é em Manaus, o Solimões
continua sua jornada, já com o nome de Amazonas, até desembocar no oceano
Atlântico.
A extensão dos
dois rios varia conforme o regime hidrográfico. O período em que ambos estão
mais elevados e, portanto, mais bonitos, é entre os meses de junho e julho. Mas
já a partir de janeiro é possível identificar a subida dos rios.
O passeio do
Encontro das Águas é obrigatório para quem vem a Manaus. Há inúmeros roteiros.
É parte de todo pacote de agências de turismo da cidade, entre as quais a
Fontur e a Amazon Tours Brazil.
Algumas das
saídas podem ocorrer no Píer do Tropical Hotel, no bairro da Ponta Negra, área
com um dos metros quadrados mais caros de Manaus, ou nos portos do Roadway
ou da Manaus Moderna, no Centro da Cidade. O ponto mais próximo do
Encontro das Águas, porém, é conhecido como Porto da Ceasa, onde funciona um
boxe de atendimento ao turista. No local há também associações de
barqueiros que atendem especialmente em viagens até o Encontro das Águas, em
grupos. A visita para outras áreas próximas (comunidades ribeirinhas, passeio
em áreas de floresta alagada, observar animais, especialmente aves) varia de
preço conforme o combinado com os donos dos barcos.
No Porto da
Ceasa, localizado no Mauazinho, no Distrito Industrial, estão disponíveis 24
lanchas de uma cooperativa legalizada no órgão estadual, a Solinegro. Os
pilotos são moradores de comunidades ribeirinhas autorizados pelo Ministério do
Turismo. Há passeios que variam de 30 minutos a 3 horas. Cobram R$ 100
para um grupo de quatro pessoas por um passeio de 30 minutos ao Encontro das
Águas. Passeios mais demorados, que incluem outras atividades como pesca de
pirarucu, visita à comunidades e caminhada na selva, visita ao Lago de
Janauary, custam de R$ 200 a R$ 300 para grupos de quatro pessoas. Há
“voadeiras”, lanchas rápidas cuja capacidade vai de oito a 25 pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário