Escultura "A Caçadora", São Paulo, Brasil - Lélio Coluccini
São Paulo - SP
Fotografia
“A Caçadora”, de Lélio Coluccini fica entre o Jardim de
Esculturas do MAM e o Pavilhão da Bienal. Trata-se de uma figura feminina
consideravelmente estilizada, que descansa sobre o dorso de um animal – um
cervo –, também delineado nas suas formas geométricas essenciais.
Realizada em 1944 a pedido do então prefeito de São Paulo,
Francisco Prestes Maia, a escultura foi colocada, originariamente, no Largo Ana
Rosa, ao longo da Rua Vergueiro, no bairro de Vila Mariana. Quando, nos anos 70,
o Metrô de São Paulo foi construído – e, com ele, a Estação Ana Rosa, que
transformou completamente a fisionomia do antigo largo – a escultura foi
transferida para o Parque Ibirapuera.
A escultura em granito, que, sem o pedestal, mede 1,50 m de
altura, por 2,50 m de comprimento e 0.60 m de largura, se refere à deusa grega
Artêmis (Diana para os latinos), irmã gêmea de Apolo. Na epopeia Ilíada,
Homero a descreve como “Artêmis do mundo silvestre, senhora dos animais”. Assim
como Atena, Artêmis tinha decidido permanecer virgem, o que lhe daria juventude
eterna. Era, porém, uma deusa vingativa e, como nos conta Ovídio no seu
livro Metamorfoses, era capaz de atos extremamente cruéis. Um deles ocorreu
em detrimento do caçador e herói Acteão, o qual, involuntariamente, a
surpreendeu nuda enquanto se banhava em uma fonte em companhia das suas ninfas.
Furiosa, Artêmide, jogando água no rosto do infeliz, provocou a sua
transformação em um cervo. Assim, os cães de Acteão não o reconhecem mais e o
atacam e provocam a sua morte.
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