Ponte Getúlio Vargas / Ponte do Guaíba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Edicard
Fotografia - Cartão Postal
A Ponte do Guaíba, cujo nome oficial é Ponte Getúlio
Vargas, é uma ponte móvel, sendo a primeira de quatro pontes da Travessia
Régis Bittencourt, com extensão total de 7,7 km, localizada sobre o Lago
Guaíba na cidade de Porto
Alegre, capital do estado brasileiro do Rio
Grande do Sul. Considerada um dos principais cartões-postais de Porto
Alegre, ela liga a capital ao sul do estado, na intersecção das rodovias BR-116 e BR-290. Seu
trajeto é praticamente o mesmo da rota de aproximação para a cabeceira 11 do Aeroporto Internacional Salgado
Filho, então, às vezes, é possível ver aviões preparando-se para pousar no aeroporto.
Até a década
de 1950, a travessia sobre o lago, de Porto Alegre até a cidade de Guaíba, na Grande Porto Alegre, era feita por balsas, que saíam
da Vila Assunção, na Zona Sul de Porto
Alegre. Com a saturação do sistema de travessias por balsa, a partir de 1953, começou-se a
discutir alternativas. Foram apresentados doze projetos de cinco empresas. Foram
propostas a construção de uma ponte na Vila Assunção ou uma ponte ou túnel
saindo da região central de Porto Alegre. A proposta vencedora foi a de uma
ponte que aproveitasse as ilhas sobre o lago. O projeto da ponte foi elaborado
na Alemanha,
em 1954, e analisado no Laboratoire Dauphinois d'Hidraulique, em Grenoble, na França. O
contrato foi assinado em 26 de
outubro de 1954 pelo governador Ernesto
Dornelles e a obra iniciou quase um ano depois, em 20 de
outubro de 1955. A construção teve cerca de 3,5 mil operários envolvidos na
obra. A ponte foi inaugurada em 28
de dezembro de 1958, durante o governo de Ildo
Meneghetti no estado do Rio Grande do Sul, com apenas um trevo de
acesso, voltado para o centro da cidade. Foi no governo de Leonel Brizola que
os outros acessos foram concluídos.
A ponte é conhecida por possuir um vão móvel que eleva um
trecho de pista de 58m de extensão e 400 toneladas de peso a uma altura de 24m
(cada torre tem 43 metros até a base, sob a água). Este vão é içado para
possibilitar a passagem de navios de grande porte — o que ocorreu em média 43 vezes
por mês no ano de 2006.
O vão começa a ser erguido quando o navio está a cerca de 1 km de distância,
porque, caso ocorra algum problema na ponte, o navio terá tempo de evitar uma colisão.
A duração em que o vão fica erguido dura em média 20 a 25 minutos.
Na época em que foi construída (década
de 1950), era considerada a maior obra de engenharia do país, porém, com o
passar o tempo, o crescimento do movimento de navios que abastecem o Polo petroquímico de Triunfo, na Grande Porto Alegre, fez
aumentar a frequência com que o vão móvel é içado. O tempo em que a ponte é
interditada se tornou motivo de protesto de empresários e motoristas que
utilizam a ponte, que possui um fluxo médio de 30 mil carros ao dia. De 1999
até 2011, a ponte chegou a ser interditada 14 vezes por problemas técnicos e
panes, provocando congestionamentos no trânsito e dificultando o escoamento da
produção.
A ponte foi administrada pela concessionária Triunfo
Concepa até 2018. Atualmente, a ponte é administrada pelo Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes. 
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