Milburn Electric Model 27 Brougham 1917, Estados Unidos
Fotografia
Texto 1:
The Milburn of Toledo, Ohio, was similar in design to many other electric automobiles of its era, often being built with a phone booth-shaped body, and steered using a tiller bar. However, its design – by Karl Probst, the industrial designer who would go on to create the legendary Jeep – was unusually lightweight, enabling the Milburn to reach a top speed of 19 mph and cover 60 miles between charges.
With production of 4,000 cars between 1915 and 1923, the Milburn proved one of the most popular electric cars of its era. Survivors are tracked by an enthusiastic club and are always much admired whenever they are seen, either on a show field or drifting silently down a city street.
The Model 27 brougham offered here has been part of the Richard L. Burdick Collection since the early 1980s, and was restored by the collection’s own mechanics some years ago in carmine and dove grey, with a conversion to operate on modern 12-volt batteries. Much of the restoration is older and thoroughly patinaed, but would still present use for occasional driving or local cruise-ins, with the eyepopping mauve interior sure to be the object of much admiration. Importantly, the brougham retains its original diamond tube bumpers and is the only known surviving Milburn with limousine-style carriage lamps, on the sides of the body; its painted wire wheels and whitewall tires are both authentic factory options.
Texto 2:
Na mídia especializada não se fala em outra coisa. Quase que diariamente as gigantes da indústria automobilística apresentam novos modelos elétricos ou híbridos, ao mesmo tempo em que anunciam prazos para o fim da produção de carros com motores a combustão.
No entanto, carros elétricos não são nenhuma novidade. Nos primórdios da história do automóvel, eles disputavam mercado com modelos com motores a combustão e movidos a vapor (que logo sucumbiram). Na virada do século XIX para o XX, os veículos movidos a eletricidade eram extremamente populares chegando até a dominar o mercado por um determinado período. Mas então os motores a combustão se desenvolveram e os carros elétricos acabaram entrando em extinção.
Mas como era um carro elétrico fabricado há mais de 100 anos? Esse das fotos é um Milburn Electric Model 27 Brougham fabricado em 1917. Nesse ano, alguns modelos mais populares como Columbia Eletric e Baker Eletric já não eram mais fabricados. Mas permanecia em linha o mais vendido de todos: o Detroit Eletric, que chegou a ter produção mensal de 2.000 unidades, em uma época em que poucos podiam comprar um automóvel.
O Milburn não era dos modelos mais baratos. Custava US$ 1.585, uma quantia muito considerável. Era muito leve, com carroceria alta, estilo “cabine telefônica” (não lembra o carro da Vovó Donalda?). O interior parecia mais uma pequena sala de estar. Não havia volante, nem painel de instrumentos. Era guiado por meio de duas alavancas na lateral esquerda. Em frente ao “sofá” dos ocupantes ficavam dois instrumentos simples. Um que informava a milhagem e a velocidade e o outro com informações sobre a carga elétrica e a amperagem. Ao lado deles, dois bancos extras rebatíveis, de costas — que se ocupados, deviam atrapalhar bastante a visão do motorista. Os pedais ficaram meio “perdidos” no meio do assoalho. Tudo bem estranho!
Uma curiosidade: ele foi projetado por Karl Probst, o engenheiro responsável pelo projeto do primeiro Jeep, aquele protótipo apresentado pela Bantam, mas que acabou perdendo a concorrência para o consórcio Willys/Ford, para a produção de Jeeps para o Exército Americano durante a II Guerra Mundial.
O motor elétrico era traseiro e extremamente simples. Possuía 12 baterias comuns interligadas, de 6 volts (que no caso deste exemplar, foram substituídas por de 12 volts), sendo oito na dianteira e 4 na traseira. A velocidade máxima era de apenas 25 milhas por hora e a autonomia 60 milhas com uma carga completa.
A Milburn foi fundada em 1869, mas teve vida curta como fabricante de automóveis, já que começou a produzir seus carros elétricos em 1915, quando esse segmento já havia perdido a força. Fabricou também pequenos caminhões elétricos.
Em 1919 sua fábrica em Toledo, Ohio (mesma cidade-sede da Willys) sofreu um incêndio de grandes proporções. Para ajudar em sua recuperação financeira, passou fabricar também carrocerias de Oldsmobile e em 1923 acabou sendo comprada pela General Motors, que começou a fabricar ali o Buick.
Ao longo desses apenas 8 anos, a Milburn produziu cerca de 4 mil unidades. Este exemplar restaurado que serviu de modelo para nossa matéria foi vendido em um leilão promovido pela RM Sotheby’s em outubro de 2018 e foi arrematado por US$ 63.250.
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