Escultura "As Três Graças", Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia
Nos anos 60, a Guanabara e os bons governos promoveram inúmeras reformas urbanas na cidade, muitas de infra-estrutura, porém a parte urbanística não foi esquecida.
Carlos Lacerda ao assumir o governo da cidade-estado como primeiro governador eleito, além de implementar seu ambicioso plano de obras, mandou restaurar os jardins de todas as praças da cidade, além de colocar para funcionar os chafarizes, que estavam paralizados e secos há um bom tempo.
Além disso, novos jardins e praças que só existiam no papel foram criados, o que proporcionou atrativos a lugares algo perdidos no meio da cidade, como a pequena praça localizada na união dos traçados da Avenida Beira Mar de Passos e de Agache.
Nesse local foi instalada uma bela fonte luminosa, onde um pedestal modernista era encimado por uma escultura de Alfredo Ceschiatti, escultor muito ligado ao modernismo, nomeada “As Três Graças”.
A fonte passou a fazer um interessante contraponto com a Igreja do Outeiro da Glória e com os jardins vizinhos de inspiração francesa, rapidamente virando um dos postais da cidade.
Mas a decadência da Glória, que atingiu os níveis insuportáveis de hoje nos anos 90, vitimou o harmônico cenário: primeiro foram os holofotes, depois as bombas do chafariz, e, posteriormente, a própria escultura que começou a ser vandalizada/mutilada para venda de seus pedaços à peso.
Isso forçou a retirada da escultura do local, que acabou transferida para a Rua Afonso Cavalcanti, na frente do Centro Administrativo São Sebastião, Cidade Nova (onde se encontra atualmente).
Assim, resta aos moradores da Glória torcer para que a civilidade das pessoas volte a ser regra, ao invés de exceção, para que a escultura, um dia, possa voltar a seu local original...
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