terça-feira, 19 de abril de 2022

Propaganda "Esta é a Página Mais Importante na História do Comércio Brasileiro, Desde que Surgiram os Supermercados", 1972, Inauguração do Supermercado Makro, São Paulo, Brasil


 

Propaganda "Esta é a Página Mais Importante na História do Comércio Brasileiro, Desde que Surgiram os Supermercados", 1972, Inauguração do Supermercado Makro, São Paulo, Brasil
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A rede holandesa Makro vai deixar o País após encerrar a venda de todas as suas unidades. A empresa estaria pedindo R$ 3 bilhões por 24 lojas em São Paulo para que as negociações avancem.
A companhia, que chegou no Brasil na década de 1970, já vendeu 28 unidades para o Carrefour, no valor de R$ 1,95 bilhão.
De acordo com informações, o Banco Santander estaria intermediando os diálogos. 
Consta que as lojas do Makro foram oferecidas ao Atacadão, Assaí, Fort Atacadista e Grupo Muffato.
Nota do blog: Conheço o Makro desde os anos 80. A proposta inicial do grupo era vender apenas no atacado e para pessoas jurídicas. Queriam ser o principal fornecedor de restaurantes, bares, hotéis e comércios em geral. Para comprar no Makro você tinha que fazer um cadastro prévio, com CNPJ e demais dados cadastrais, gerando um passaporte (cartão de identificação) que era utilizado no caixa. Caso fosse comprar para você (pessoa física), tinha que fazê-lo em nome da pessoa jurídica cadastrada. Além disso, tinham um sistema de conferência chato (diziam que era para evitar "erros", mas a verdade é que era para evitar furtos e alegações posteriores de falta de produtos) que consistia em um funcionário que fiscalizava sua compra, conferindo os itens com a nota fiscal antes dos produtos sairem da loja (ficavam na porta de saída, se estivesse tudo ok, "furavam" sua nota fiscal com um furador manual de papel, esses furos eram a prova de que a mercadoria foi conferida na sua frente). 
Posteriormente, com o aumento da concorrência, passaram a também vender no varejo e abriram para consumidores pessoas físicas.
Um dos principais meios de propaganda do Makro era a publicação de um jornal de ofertas, enviado via Correios às empresas cadastradas, além de ser distribuido nas lojas, onde divulgavam seus produtos e ofertas (meu pai adorava o jornal, costumava circular os produtos de seu interesse com caneta Bic azul, para comprá-los quando fosse ao mercado).
Também tinham um carrinho de compras diferente, um modelo industrial aberto, fora do padrão dos supermercados comuns. Eu sempre achava que as compras iam cair...rs.
Outro pionerismo do Makro foi lançar sua própria marca, a "Aro". Os fornecedores entregavam os  produtos já em embalagens com a marca do mercado, ao invés da sua própria (o logo da "Aro" era um chefe de cozinha).
Não sei dizer o motivo, mas lojas fora da cidade de São Paulo (não sei se todas) não chamavam "Makro", chamavam "Paiol" (Ribeirão Preto/SP, por exemplo), além de também não terem o grafismo padrão da rede (o grafismo padrão das lojas Makro era laranja e branco, já do Paiol era verde e branco). Posteriormente o grupo acabou com o nome Paiol, passando a utilizar apenas o nome Makro em todas as suas lojas, além de adotar um novo grafismo, nas cores vermelho e branco, padrão que vigora atualmente.
Finalizando a lembrança, tenho recordações muito boas, de infância, com a unidade Makro da foto (na Avenida Morvan Dias de Figueiredo, 3231, Vila Guilherme, São Paulo/SP): no local existia um restaurante do próprio mercado que vendia refeições no sistema de escolher entre diversos pratos já prontos disponíveis em uma vitrine. Eram porções generosas, onde você escolhia a carne e o funcionário montava seu prato com os acompanhamentos. Novidade para a época, você recebia o prato numa bandeja, como é hoje nas áreas de alimentação dos shoppings, além de, também, você mesmo pegar os talheres, refrigerante e sobremesa. Minha escolha, nas vezes que tive a oportunidade de comer por lá (e não foram muitas, o preço era caro para o bolso do meu pai), era o filé a parmegiana, acompanhando de arroz e fritas, uma delícia...rs.

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