Propaganda "Este é um Computador de Bordo, e Estes são os Dois Únicos Lugares no Brasil Onde Você Pode Encontrá-lo", Fiat Uno e Fiat Prêmio, Fiat, Brasil
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Podíamos começar este texto falando que os carros dos anos 2020 “só faltam falar”, mas até isso alguns deles já fazem. São cada vez mais tecnologias presentes em termos de multimídia, conforto e segurança dos automóveis.
Um dos itens com os quais estamos cada vez mais acostumados é o computador de bordo. Hoje, tão simples quanto girar a chave e dar a partida é olhar para o quadro de instrumentos e observar as informações básicas de viagem, como quilometragem de cada percurso, autonomia do tanque e pressão dos pneus.
Mas é claro que toda tecnologia tem um ponto de partida. No caso do computador de bordo, os embriões do item, ainda analógicos, surgiram nos anos 1950 na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, porém, o pioneiro foi o Fiat Prêmio, no longínquo ano de 1985.
O sedan derivado do Uno, e que portanto chegava para substituir o Oggi, foi lançado naquele ano em duas versões: a S 1300 possuía um motor 1.3 a gasolina ou a álcool, com 59,7 cv de potência e 10 kgfm de torque e câmbio manual de quatro marchas, com opcional de cinco.
Já a versão CS 1500 era 1.5 a gasolina ou a álcool, com 71,4 cv de potência e 12,3 kgfm de torque. Esta opção já vinha de fábrica com caixa manual de cinco marchas. Até 1994, quando a Fiat decretou o fim da produção do Prêmio no Brasil, foram mais sete versões surgidas.
Ao todo, a Fiat comercializou mais de 180.000 unidades do três-volumes do Uno no Brasil, o que sugere uma trajetória de sucesso, mas a verdade é que o Prêmio não chegou a fazer o mesmo sucesso nem a ter a mesma reputação do irmão hatch.
Ainda assim, teve uma contribuição importante para o mercado brasileiro: foi o primeiro automóvel nacional com computador de bordo, novidade que chegou em 1985 e nunca antes havia sido vista nos carros nacionais.
Uma curiosidade é que o computador de bordo chegou ao país antes mesmo da injeção eletrônica, essa que esteve presente pela primeira vez em terras brasileiras só em 1989, com o lançamento do VW Gol GTi.
Bom, mas o que tinha esse primeiro computador de bordo entre os carros nacionais?
Surpreendentemente, quase tudo que temos nos carros atuais: consumo em km/l instantâneo e médio, litros de combustível já consumidos do tanque, quilometragem percorrida, autonomia até o fim do combustível, velocidade média e cronômetro.
Havia até um alarme: quando a autonomia baixava da faixa de 90, 50 e 30 km, respectivamente, o motorista recebia um aviso no painel. Quando ela baixava dos 30 km, especificamente, esse alerta aparecia de minuto em minuto.
O quadro de instrumentos do Fiat Prêmio com o computador de bordo não possuía conta-giros, tal qual o novo Citroën C3 lançado agora em 2022. Ali, havia somente o velocímetro na região esquerda.
Na parte de baixo do quadro, em escala menor, constavam os marcadores de combustível, temperatura de água e de óleo. Havia, ainda, no centro da peça, sinalizador de combustível, pisca-alerta, informações sobre bateria, faróis, entre outros elementos.
À direita é onde ficavam as informações relacionadas ao computador de bordo. Através de uma alavanca, o condutor revezava qual informação gostaria que aparecesse em um mini-visor analógico.
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