História do Serviço de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Fotografia
A história do saneamento básico em Ribeirão Preto teve início no final do século XIX. Em 1898/1899, a Câmara Municipal aprovou a concessão do serviço de água para Rufino de Almeida e a de esgoto para Manuel Tapajós.
Em 1903, o engenheiro Flávio Uchoa teve a concessão dos serviços de água e esgoto e criou a Empresa de Água e Esgotos de Ribeirão Preto. No final de 1903, entrou em funcionamento o reservatório Cel. Quinzinho Junqueira, inaugurado oficialmente em 1904, com capacidade para 1,2 milhão de litros.
Em 1904, ocorreu a inauguração do reservatório Francisco Schmidt, com capacidade para um milhão de litros. Atualmente, na área junto ao reservatório, funciona outro reservatório apoiado com capacidade para um milhão de litros e um poço com capacidade de 170 mil litros/hora.
Em 1955, a empresa devolveu a concessão ao município alegando prejuízos financeiros na operação. Foi, então, criado o SAE – Serviço de Água e Esgoto e, em 1960, a Prefeitura criou o Daet – Departamento de Água, Esgoto e Telefones.
Em 1969, o então prefeito Duarte Nogueira criou através da lei 2236, de 07/071969, o Daerp – Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto.
A referida lei separou os serviços de água e esgoto dos de telefonia, realizados pelo Daet (Departamento de Água, Esgoto e Telefones), e deu origem ao Daerp e à extinta Ceterp.
A lei que originou o Daerp fez uma grande reforma administrativa com a criação também do Dursarp, Dermurp, Sassom, Cohab, Coderp. Na época, a cidade tinha cerca de 190 mil habitantes, 32 mil ligações de água e 28 mil ligações de esgoto.
O Daerp, enquanto existiu, era responsável pelo abastecimento diário de mais de 700 mil habitantes.
Posteriormente, em 2021, o Daerp foi extinto pelo atual prefeito, paradoxalmente, filho do antigo prefeito Duarte Nogueira (criador do Daerp), surgindo daí uma nova empresa, a Saerp, atual responsável pelo serviço.
Dito isso, segundo a Saerp, 100% da população da cidade é servida de água encanada. Toda a água consumida e distribuída vem de um imenso reservatório de águas subterrâneas, chamado aquífero Guarani, que se estende por sete estados brasileiros, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Para retirá-la de profundidades de mais de 200 metros, são perfurados poços tubulares profundos, conhecidos como poços artesianos. A extração é feita por bombas submersas.
Ribeirão Preto tem 118 poços tubulares profundos em funcionamento. Eles são responsáveis pela captação de 14,84 mil metros cúbicos (14,84 milhões de litros) de água por hora. A cidade tem 117 reservatórios, com capacidade para reservar 146 mil metros cúbicos de água. Além disso, mais reservatórios estão sendo construídos para aumentar a capacidade do sistema.
Devido à sua origem de poços profundos, a água de Ribeirão Preto requer somente a adição de cloro, que é realizada logo após a sua retirada dos poços. A fluoretação (adição de flúor) também é feita nesta fase. O flúor na água de abastecimento reduz em cerca de 60% a incidência de cáries dentárias, sendo o meio mais eficiente e econômico para a sua prevenção.
Parte da água clorada e fluoretada é conduzida por tubulações aos reservatórios, de onde é distribuída para as redes de abastecimento, até chegar às residências.
Devido à sua origem de poços profundos, a água de Ribeirão Preto requer somente a adição de cloro, que é realizada logo após a sua retirada dos poços. A fluoretação (adição de flúor) também é feita nesta fase. O flúor na água de abastecimento reduz em cerca de 60% a incidência de cáries dentárias, sendo o meio mais eficiente e econômico para a sua prevenção.
Parte da água clorada e fluoretada é conduzida por tubulações aos reservatórios, de onde é distribuída para as redes de abastecimento, até chegar às residências.
Outra parte é distribuída diretamente dos poços para a rede, em marcha.
A Saerp vem implantando um projeto de setorização, para que toda a água produzida vá para os reservatórios, para ser distribuída por gravidade. Assim, no segundo semestre de 2020 começou a implantação de 65 quilômetros de adutoras e de 250 válvulas de fechamento de setor.
Já quanto ao esgoto, a Saerp atende a 98% dos moradores de Ribeirão Preto, índice que está sendo ampliado (todo o esgoto coletado é tratado em duas estações de tratamento, a ETE Ribeirão Preto e a ETE Caiçara).
A Saerp vem implantando um projeto de setorização, para que toda a água produzida vá para os reservatórios, para ser distribuída por gravidade. Assim, no segundo semestre de 2020 começou a implantação de 65 quilômetros de adutoras e de 250 válvulas de fechamento de setor.
Já quanto ao esgoto, a Saerp atende a 98% dos moradores de Ribeirão Preto, índice que está sendo ampliado (todo o esgoto coletado é tratado em duas estações de tratamento, a ETE Ribeirão Preto e a ETE Caiçara).
No momento está sendo ampliada em 97,2 quilômetros a rede de interceptores e coletores de esgotos na cidade.
Com a conclusão das obras, Ribeirão Preto alcançará a marca de 100% de esgoto coletado e afastado, e 100% de esgoto tratado, que vai se juntar aos 100% de água tratada oferecida à população.
Mas nem sempre foi assim, até o final da década de 1990, a situação era muito diferente, quase todo o esgoto da cidade era jogado/despejado in natura no Rio Pardo. Apenas 2% do esgoto do município era tratado nas duas lagoas de tratamento em Bonfim Paulista.
Foi aberta em 1995 uma licitação para a concessão do tratamento de esgotos, resultando em parceria com a iniciativa privada para a construção de duas estações de tratamento de esgotos e implantação, à época, de 25 quilômetros de interceptores.
Em outubro de 2000, entrou em funcionamento a ETE Caiçara, atendendo cerca de 14% da população urbana. A ETE Ribeirão Preto foi inaugurada dois anos depois, para complementar o tratamento.
Ao chegar à estação, o esgoto passa por um tratamento preliminar, em que os materiais grosseiros, areias e gorduras são retirados. A partir daí é conduzido ao decantador primário, onde ocorre a separação de sólidos sedimentáveis. Após essa fase, o esgoto segue para o reator biológico, etapa em que se processa a depuração do esgoto por meio de tratamento biológico, sintetizando a matéria orgânica remanescente.
Em seguida, o esgoto segue para o decantador secundário, onde ocorre a separação da massa de microorganismos. Uma parcela do lodo gerado retorna ao reator biológico para manter o controle e o equilíbrio do processo biológico do tratamento. A outra parcela é encaminhada aos digestores anaeróbios, onde é homogeneizada e estabilizada.
Após esta etapa, o lodo é desidratado e encaminhado para o aterro sanitário. O esgoto tratado, no final do processo, é lançado no curso de água receptor.
Com a conclusão das obras, Ribeirão Preto alcançará a marca de 100% de esgoto coletado e afastado, e 100% de esgoto tratado, que vai se juntar aos 100% de água tratada oferecida à população.
Mas nem sempre foi assim, até o final da década de 1990, a situação era muito diferente, quase todo o esgoto da cidade era jogado/despejado in natura no Rio Pardo. Apenas 2% do esgoto do município era tratado nas duas lagoas de tratamento em Bonfim Paulista.
Foi aberta em 1995 uma licitação para a concessão do tratamento de esgotos, resultando em parceria com a iniciativa privada para a construção de duas estações de tratamento de esgotos e implantação, à época, de 25 quilômetros de interceptores.
Em outubro de 2000, entrou em funcionamento a ETE Caiçara, atendendo cerca de 14% da população urbana. A ETE Ribeirão Preto foi inaugurada dois anos depois, para complementar o tratamento.
Ao chegar à estação, o esgoto passa por um tratamento preliminar, em que os materiais grosseiros, areias e gorduras são retirados. A partir daí é conduzido ao decantador primário, onde ocorre a separação de sólidos sedimentáveis. Após essa fase, o esgoto segue para o reator biológico, etapa em que se processa a depuração do esgoto por meio de tratamento biológico, sintetizando a matéria orgânica remanescente.
Em seguida, o esgoto segue para o decantador secundário, onde ocorre a separação da massa de microorganismos. Uma parcela do lodo gerado retorna ao reator biológico para manter o controle e o equilíbrio do processo biológico do tratamento. A outra parcela é encaminhada aos digestores anaeróbios, onde é homogeneizada e estabilizada.
Após esta etapa, o lodo é desidratado e encaminhado para o aterro sanitário. O esgoto tratado, no final do processo, é lançado no curso de água receptor.
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