sexta-feira, 26 de julho de 2024

Largo São Bento, São Paulo, Brasil


 

Largo São Bento, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal
Fotografia - Cartão Postal


O Largo São Bento é considerado um dos espaços públicos mais antigos de São Paulo. 
O logradouro foi oficializado através do Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916. 
Sua ocupação ocorreu logo após a fundação de São Paulo em 1554. 
O espaço abriga a Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção, o Colégio de São Bento e a Faculdade de São Bento, locais que, em conjunto, designam o Mosteiro de São Bento, um dos principais pontos turísticos de São Paulo.
Era no Largo São Bento que estava instalada a taba do cacique Tibiriçá, pai da índia Bartira que se casou com o pioneiro João Ramalho. A aldeia permaneceu nesse local até o ano do falecimento do cacique, em 1562. Tibiriçá foi importante na história paulistana, ajudando, junto com outros índios, a defender a futura São Paulo do ataque de tribos inimigas. O Largo São Bento era um local estratégico para a defesa da cidade, pois estava localizado no topo de uma colina. Isso proporcionava uma visão ampla da área ao redor da Vila.
Em 1598, o beneditino Frei Mauro Teixeira escolheu o Largo São Bento para a fundação de uma pequena capela sob a invocação de São Bento. A construção ficaria entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, abrangendo de um lado o Vale do Anhangabaú e, do outro, até a atual rua 25 de Março. Por volta de 1600 vieram para São Paulo outros três beneditinos: frei Mateus de Ascensão, frei Antônio de Assunção e frei Bento da Purificação. Eles transformam a igreja em um mosteiro.
Cinquenta anos depois, Fernão Dias Pais Leme, conhecido como “o caçador de esmeraldas” doou uma grande quantia de dinheiro para que se edificasse uma nova igreja. Como agradecimento, seus restos mortais, assim como os de sua mulher Maria Garcia, foram guardados no mosteiro. Junto ao altar de Fernão Dias e sua mulher, uma placa no chão, além da data de nascimento e morte, diz o seguinte: “Grandes benfeitores desta abadia / Para este jazigo lhes trasladou os restos mortais / A gratidão beneditina”. Fernão Dias, no entanto, costeou a antiga igreja e mosteiro de São Bento que foram demolidos nos primeiros anos do século XX.
Em 1854, o largo passou por uma reurbanização seguindo modelos europeus da época. 
O motivo foi o intenso movimento graças a dois grandes hotéis instalados em suas redondezas. 
Os costumes continuaram mudando, com a ideia de banho sendo veiculada à saúde, e em 23 de dezembro de 1866, foi inaugurada a mais antiga casa de banhos da cidade, a Sereia Paulista, no Largo São Bento, número 01, com oito banheiras em mármore, torneiras e encanamentos de chumbo.
D. Miguel Kruse, em julho de 1900, assume a direção do Mosteiro. Na tentativa de criar um bom colégio secundário, surge, em 1903, o Colégio de São Bento, que ainda permanece sob a administração da Ordem. Em 1908, é fundada a Faculdade de Filosofia, que seria a primeira do Brasil e que, atualmente, encontra-se ligada à PUC de São Paulo. Em 1911, é instalada a primeira abadia de monjas beneditinas da América do Sul, o Mosteiro de Santa Maria.
Também em 1900, a primeira linha de elétricos da cidade partiu do Largo São Bento e, 10 anos depois, iniciou-se a construção do novo mosteiro, segundo o projeto do arquiteto Richard Berndl, da cidade de Munique, Alemanha. As obras foram finalizadas em 1921 e, no ano seguinte, deu-se a cerimônia de sua sagração, dando origem ao conjunto beneditino que se conhece.
A última grande transformação veio com o metrô, durante a década de 1970. O Largo São Bento ganhou bancos, calçadão, jardins e um movimento mais intenso. Em comemoração aos 400 anos do Mosteiro de São Bento, em 1998, a iluminação e a fachada do prédio foram recuperadas, o Largo São Bento reconfigurado e restauraram o grande órgão Walcker, instrumento com mais de seis mil tubos, inaugurado em 1954. Texto da Wikipédia.
Nota do blog: Data não obtida.

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