Salão Restaurante do Grande Hotel Gallucci, Edifício Diederichsen, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
Texto 1:
Vinda de Nápoles, sul da Itália, a família de Giuliano Gallucci foi a primeira a ocupar o Grande Hotel Diederichsen em 1937. Decidido a investir no segmento hoteleiro no interior de São Paulo, algo inédito até então, Giuliano se mudou com a família para Ribeirão Preto.
Bruno Gallucci, 87, filho único de Giuliano, tinha 12 anos e passou a morar na torre do hotel com a mãe.
"Quando chegamos, o prédio estava vazio. Fomos os primeiros a dormir lá, logo depois da inauguração."
Em pouco tempo, lembra Bruno, o hotel passou a ser considerado um dos mais importantes e inovadores do interior paulista.
"Fomos os primeiros a ter água quente encanada nos banheiros. Meu pai oferecia banquetes para políticos importantes. Os cardápios eram especiais e foram traduzidos para até seis línguas."
Uma das imagens que mais marcaram a infância de Bruno foi a hospedagem no hotel do então presidente da República, Getúlio Vargas.
"Lembro claramente dele saindo do elevador e indo até o quarto. Em seguida, teve o banquete, tudo muito bonito e organizado."
Depois de 13 anos, Giuliano decidiu vender o negócio e voltar para a Itália. Motivo: queria descanso e, à frente de um negócio tão grandioso, era impossível relaxar.
Os anos se passaram, Bruno voltou ao Brasil - primeiro São Paulo e depois Rio, se casou e teve dois filhos. Em 2004 decidiu voltar para Ribeirão. "Minha filha morava aqui e precisava de mim para olhar meus netos."
Depois de alguns meses morando com a filha, Bruno decidiu procurar um apartamento e logo se lembrou do velho Diederichsen.
"Perguntei na portaria, mas não tinha nenhum apartamento vago. Depois de uns três meses, o porteiro me ligou e disse que tinha um lugar para mim. Gosto muito daqui, apesar da decadência do prédio hoje." Texto da Folha de S. Paulo / 11/07/2010.
Texto 2:
O primeiro hotel instalado no edifício Diederichsen foi o Hotel Gallucci, no 6º pavimento do prédio. Ainda que, no projeto aprovado, esse andar tenha sido indicado com planta idêntica aos demais pavimentos de habitação, sabe-se que, desde a construção, o hotel teve configuração distinta dos demais, contando com ambientes exclusivos, como um luxuoso restaurante, localizado no setor da fachada da rua General Osório, com vista para o Quarteirão Paulista e a Praça XV de Novembro. Mesmo com as diversas mudanças de gestão ocorridas ao longo do século XX, o salão de refeições do antigo Hotel Gallucci conservou grande parte de suas características originais, como a planta livre, deixando evidenciada a modulação estrutural do edifício Diederichsen, as esquadrias e o piso de madeira, e os ornatos decorativos nos pilares e no roda teto. Trecho de texto de Tatiana Gaspar.Nota do blog 1: Consta que Bruno Gallucci, falecido em 2020, morou pela segunda vez no edifício Diederichsen de 2005 até 2018, quando os administradores do prédio pediram a desocupação do seu apartamento e dos demais para reformar o prédio (reforma essa que até hoje não aconteceu).
Nota do blog 2: Data desconhecida / Autoria desconhecida (acredito que sejam da família Gallucci).
Nota do blog 2: Data desconhecida / Autoria desconhecida (acredito que sejam da família Gallucci).
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