sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Esmeralda Bahia, Brasil - Artigo

 









Esmeralda Bahia, Brasil - Artigo
Artigo

Texto 1:
Os Estados Unidos formalizaram a repatriação de uma esmeralda encontrada em 2001 na cidade de Pindobaçu, no norte da Bahia. A Justiça americana já tinha acatado, em novembro de 2024, um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse devolvida ao Brasil. Ela pesa aproximadamente 380 kg, é considerada um tesouro nacional e tem valor estimado em 1 bilhão de dólares - mais de R$ 6 bilhões.
Na época em que atendeu ao pedido do TRF3, o juiz responsável pelo caso, Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, determinou que o Departamento de Justiça dos EUA protocolasse a decisão final de repatriação até 6 de dezembro de 2024. A formalização, portanto, acontece quatro dias antes do prazo.
Ainda não há detalhes de quando a pedra preciosa chegará ao Brasil. A Advocacia-Geral da União afirmou que a pedra ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
A pedra preciosa foi levada do Brasil sem autorização. Posteriormente, foi enviada aos EUA em 2005 com a utilização de documentos falsificados, afirmou a AGU.
Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra a devolvesse ao Brasil.
Os empresários Elson Alves Ribeiro e Ruy Saraiva Filho foram condenados pelos crimes de receptação, uso de documento falso e contrabando.
A AGU atua há quase uma década no caso, desde que fez um pedido de cooperação jurídica à Justiça dos EUA por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A decisão pela repatriação atendeu a um pedido feito também pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, em maio de 2022, acolheu decisão da Justiça brasileira determinando a devolução da pedra.
Para uma reportagem do Fantástico, o garimpeiro Alderaci de Carvalho contou que comprou a esmeralda e depois a vendeu por R$ 45 mil.
Ao longo dos tempos, surgiram várias lendas em relação à esmeralda. Uma delas diz que a pedra é amaldiçoada. Outra conta que os contrabandistas foram mortos por animais selvagens nas florestas brasileiras, mas a versão mais provável é a divulgada pela imprensa americana:
Depois de ser retirada de Serra da Carnaíba, na cidade de Pindobaçu, a pedra foi levada para São Paulo e transferida para Nova Orleans, nos Estados Unidos. Ela ficou guardada em um depósito até 2005, que foi inundado pelo furacão Catrina. A pedra foi recuperada por mergulhadores locais.
Em 2008, depois de ser roubada, a pedra foi recuperada em Las Vegas pela polícia de Los Angeles, que, desde então, está com a esmeralda sob custódia. Texto do G1.
Texto 2:
Há anos que se contam histórias sobre a famosa esmeralda de 380kg, cujo valor está estimado em até um bilhão de dólares (cerca de R$ 6 bilhões). A pedra resistiu a um ataque de pantera e sobreviveu à inundação do furacão Katrina. Agora, após anos de litígio, os Estados Unidos formalizaram a repatriação da esmeralda, encontrada em 2001, na cidade de Pindobaçu, no norte da Bahia. Mas como ela foi parar nos Estados Unidos?
A propriedade da esmeralda, descoberta no Brasil há mais de 20 anos, tem sido durante décadas o centro de uma ampla disputa internacional, que incluiu uma batalha civil na Califórnia e condenações criminais no Brasil. Vários colecionadores de pedras preciosas baseados nos Estados Unidos também afirmam ser os legítimos proprietários da esmeralda.
As autoridades brasileiras afirmam que a Esmeralda Bahia, como é conhecida a pedra, é um tesouro nacional e foi contrabandeada ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos. A joia, uma das maiores esmeraldas já descobertas, está guardada no Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles desde 2015, enquanto processos criminais e civis decorriam no tribunal.
Segundo Mayer Brown, escritório de advocacia de Nadolenco, a pedra foi descoberta em uma mina no Brasil em 2001 e foi extraída ilegalmente antes de ser contrabandeada para os Estados Unidos em 2005. Em uma entrevista ao Fantástico, o garimpeiro Alderaci de Carvalho revelou que comprou a esmeralda e depois vendeu por R$ 45 mil.
Segundo a imprensa americana, depois de ser retirada de Serra da Carnaíba, na cidade de Pindobaçu, a pedra foi levada para São Paulo e transferida para Nova Orleans, nos Estados Unidos. Ela ficou guardada em um depósito até 2005, que foi inundado pelo furacão Catrina. A pedra teria sido recuperada por mergulhadores locais.
No mesmo ano do Katrina, a pedra foi leiloada no eBay por US$ 19 milhões, de acordo com a Wired, mas a transação nunca foi concluída. Ao logno dos anos, a pedra preciosa virou protagonista de uma novela: a esmeralda teria sido vendida por preços variados, passado por um falso sequestro e até usada como garantia em uma venda de diamantes.
Foi só em 2008, graças a uma denúncia, que a polícia americana confiscou a esmeralda em uma operação em Las Vegas. A pedra esmeralda acabou nas mãos de um investidor, que relatou seu desaparecimento de um cofre em South El Monte alguns anos depois, conforme reportagens anteriores do Los Angeles Times. Investigadores do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles rastrearam a pedra preciosa até um cofre em Las Vegas. Em uma grande operação com helicóteros e forças especiais, finalmente, a esmeralda foi recuperada.
Somente em 2011 o Ministério da Justiça do Brasil disse que tomou conhecimento do roubo da gema e de sua localização através da Imigração e Alfândega dos EUA e abriu uma investigação criminal, de acordo com documentos judiciais.
As batalhas jurídicas estavam apenas começando. Enquanto o processo criminal estava em andamento no Brasil, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ordem de restrição em 2015 para manter a gema segura. A essa altura, já estava na Califórnia e foi apreendido pelo Gabinete do Xerife do Condado de Los Angeles.
Em 2015, a esmeralda foi objeto de litígio em curso na Califórnia entre vários entusiastas e entidades americanas de gemas, todos os quais alegaram ser o seu legítimo proprietário. No Brasil, o julgamento terminou com duas condenações criminais mantidas por um longo processo de recurso e que acabaram por conduzir a uma ordem de confisco da esmeralda.
Em abril de 2022, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com uma ação no Tribunal do Distrito Federal solicitando a devolução da gema ao Brasil. Segundo Law.com, o Brasil planeja expor a pedra preciosa em um museu. Texto do O Globo.
Texto 3:
One of the largest emeralds to be excavated from a mine in Brazil’s Bahia region at the start of this century, the ‘Bahia Emerald,’ has been under L.A. police protection for the past 10 years. In the photos you can see the crystals, embedded in a blackish stone. They are bright green and you can guess at their hexagonal shape.
The Bahia Emerald is a rare and valuable piece that can be summed up in figures: 380 kilos (837 pounds), 180,000 carats. And it is so exotic that estimates of its worth range from between $370 million and $920 million. The giant gem was taken out of Brazil under false pretenses and eventually confiscated in Las Vegas. It remains in safekeeping while the U.S. justice system resolves the long litigation involving the Brazilian State, individuals and U.S. companies, all of whom claim ownership. At the end of November, a federal judge ruled in favor of Brazil and authorized the gem to be repatriated, but there is room for appeal.
Since its discovery in 2001, the life of the Bahia Emerald has been nothing if not eventful. Excavated from a mine in the Carnaíba mountain range, 400 kilometers (248 miles) inland from Salvador, where five other giant emeralds have been discovered this century, it has earned a reputation for being cursed.
It passed through numerous hands, sometimes in shady transactions, until two Brazilians took it out of the country in 2005. They got it out by claiming it was asphalt stone and natural bitumen. Declared value? $100. Next stop, the United States. That same year the emerald survived Hurricane Katrina, which flooded the warehouse where it was stored.
That year it was sold to the highest bidder on eBay for $19 million, according to Wired magazine. But the transaction never went through. Over the years, the plot thickened: sales at different prices, a fake kidnapping, the use of the emerald as collateral in a diamond sale... In 2008, thanks to a tip-off, the police confiscated the Bahia Emerald in an operation in Las Vegas, complete with special forces and a helicopter. Since then, it has been at the center of a judicial battle.
Innumerable Bahia emeralds have passed through the hands of the gemologist Monica Correa, but not the Bahia Emerald. She has only seen it in photos. The black mineral in which the precious crystals are embedded is called biotite, she explains. She works with polished pieces for jewelry rather than with the rough stones that attract collectors because of their exuberance and size. “If you look at this one, you can even see the hexagon shape that emerald crystals have in their natural state,” says Correa, who works at the Gemological Center of Bahia, in Salvador, where she analyzes the purity of gemstones for certification.
If the Bahia Emerald is returned to Brazil, it would mark a milestone in the country’s battle to recover pieces plundered centuries ago. Last May, Denmark returned an invaluable piece of indigenous art, also from Bahia, to the National Museum of Rio de Janeiro: a very delicate red feather cape sewn by the Tupinambá Indians that had been in the Danish royal collection since 1689. In 2023, Germany’s National Museum of Natural History in Karlsruhe returned the Ubirajara jubatus, the fossil of a dinosaur that lived 110 million years ago in Ceará, which has become the most famous in Brazil thanks to a successful campaign on social media to demand its return from Germany.
The case of the Bahia Emerald is as convoluted as a Brazilian soap opera with any number of protagonists, entanglements, betrayals and a plot that is hard to follow. For years, a number of individuals and companies claiming ownership have been fighting it out in the U.S. courts, represented by a large army of law firms. The courts have recognized that some of them acted in good faith and were deceived, but none of them have been recognized as having the right to ownership.
On November 21, U.S. federal judge Reggie Walton ruled in favor of the Brazilian state, which has also been immersed in a legal battle to recover what it considers a national treasure. Lawyers for the Brazilian Public Prosecutor’s Office adopted a novel strategy, according to Reuters: they called on their U.S. colleagues to comply with the bilateral agreement committing them to enforce Brazilian rulings. The Brazilian magistrate who convicted those who removed the stone from Brazil in 2017 also demanded that it be repatriated. Now Judge Walton has ruled that this be complied with.
The Carnaíba mountain range is considered the Brazilian capital of emeralds. It was 1963 when a farmer who was clearing stubble from his field came across some shiny green stones. He handed them over to the authorities. In no time, the news that there were emeralds in the interior of Bahia spread far and wide. An army of garimpeiros (artisanal miners) promptly appeared to mine the earth, according to Jornal Correio. It was full steam ahead until the end of the 1970s, when the miners came up against an impassable quartz plate.
It was in the 1980s when news of a new emerald deposit in Goiás, 1,500 kilometers (932 miles) to the west, reached Pindobaçu and other cities in the highlands, and off the miners went. Some perhaps even became rich, but the most valuable thing for the Bahian garimpeiros was to learn about technological advances from their colleagues in Goiás. They learned to dig beyond the quartz plate. And, of course, they went back home immediately with this knowledge to extract the precious stones from the interior of Bahia.
Organized into a cooperative since 2006, some 600 miners work in the municipality’s 81 deposits. Last year, they extracted 400 tons of the stone in which the precious green gems are embedded. But the biggest prize is the Bahia Emerald ‘sisters.’ Six have been discovered in 25 years. The last one, just recently, in September.
It is not unreasonable to think that if Brazil manages to recover the Bahia Emerald, one option would be to hand it over to the Geological Museum of Bahia, in Salvador. But the museologist Elizandra Pinheiro says that no one has contacted them to discuss this possibility. Beyond its multi-million-dollar price tag, the emerald has an enormous patrimonial value.
“It represents a historical context: the garimpeira community, an economic activity that passes from generation to generation,” explains Pinheiro, who points out that Bahia has already had its diamond, gold and emerald rushes. The museum, which exhibits the rich geological heritage of the state in the form of meteorites and fossils, is also a research center. In 2025, it will be half a century old. Who knows if, in a new unexpected twist in this long saga, it will become home to the cursed Bahia Emerald. Texto de Naiara G. Gortázar / El País.
Nota do blog: Data e autoria das imagens não obtidas.

Poste de Iluminação Antigo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, Brasil










Poste de Iluminação Antigo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Este antigo poste de iluminação fica quase que escondido, tomado por mato e entre árvores, próximo à grade que cerca o Parque do Ibirapuera. Acredito que deveria ser um poste de iluminação da avenida que acabou ficando dentro da área do parque quando de sua inauguração. É quase "um crime" que não esteja operacional e embelezando o parque.
Localizado próximo do portão 7, na avenida República do Líbano.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

 

EMEI Profª Amélia Sofia Rodrigues da Costa, Jardim Castelo Branco, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 
















EMEI Profª Amélia Sofia Rodrigues da Costa, Jardim Castelo Branco, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


A EMEI (escola municipal de ensino infantil) foi inaugurada no governo João Gilberto Sampaio, no dia 10/12/1988, com o nome "Pré-Escola do Conjunto Habitacional Castelo Branco (Novo).
Em 14/04/1989, com o projeto de lei nº 43, passou a chamar-se EMEI Profª Amélia Sofia Rodrigues da Costa.
A escola está bem cuidada e bonita, parabéns aos responsáveis.
Localizada na rua Ermelinda Corrado, 35, Jardim Castelo Branco (Novo).
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Palacete Paulo de Arruda Corrêa da Silva / Palacete das Rosas, Secretaria Municipal de Cultura, Praça Antônio Corrêa da Silva / Esplanada das Rosas, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil

 



























Palacete Paulo de Arruda Corrêa da Silva / Palacete das Rosas, Secretaria Municipal da Cultura, Praça Antônio Corrêa da Silva / Esplanada das Rosas, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil
Araraquara - SP
Fotografia


Texto 1:
O Palacete "Paulo de Arruda Corrêa da Silva", mais conhecido como "Palacete das Rosas", já nasceu com vocação cultural. Projetado por Alexandre Ribeiro Marcondes Machado que, além de engenheiro e arquiteto, era também poeta, foi construído para ser a sede do Clube Araraquarense. 
Inaugurado em 1925, o Clube, com o Teatro Municipal de um lado e o Hotel Municipal de outro, compunha o boulevard da Esplanada "Antônio Corrêa da Silva", a "Esplanada das Rosas", símbolo da modernização de inspiração francesa de uma Araraquara que queria se sofisticar e deixar para trás o final do século XIX, marcado pela epidemia de febre amarela e pelo linchamento dos Britos.
Além de promover eventos sociais, o Clube tinha um relevante papel cultural pela sua biblioteca, chamada, na época, "gabinete de leitura", formada por doações dos sócios.
O prédio, com dois pavimentos e um subsolo, apresenta características de arquitetura eclética, com colunas que remetem ao neoclássico e janelas e portas de linhas longas, ondulantes e assimétricas, muitas vezes apresentando elementos que lembram formas da natureza, estilo art noveau, mas com desenhos geométricos.
Em 2006, passou a integrar os bens municipais, abrigando a sede da Secretaria Municipal de Cultura. O antigo cenário de bailes e eventos sociais luxuosos tornou-se palco de apresentações de saraus, lançamentos de livros, sessões solenes, musicais, recitais, exposições e intervenções artísticas, democratizando a cultura. Texto da Câmara Municipal de Araraquara.
Texto 2:
Conforme se observa nas imagens, o Palacete Paulo de Arruda Corrêa da Silva / Palacete das Rosas não se encontra em boas condições de conservação. O prédio, sede da Secretaria Municipal de Cultura, precisa de manutenção, limpeza, segurança e revitalização. Texto do Blog.
Localizado na rua São Bento, número 794, entre as avenidas Duque de Caxias e Portugal.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Monumento a Antônio Corrêa da Silva, Praça Antônio Corrêa da Silva, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil

 







Monumento a Antônio Corrêa da Silva, Praça Antônio Corrêa da Silva, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil
Araraquara - SP
Fotografia


Um dos mais importantes órgãos de imprensa em atividade, o jornal "O Imparcial" de Araraquara é um sobrevivente. Resistindo a tudo e a todos, "O Imparcial" permaneceu firme diante de todas as atribulações e tempestades que se abateram sobre os brasileiros nos últimos quase 90 anos, atravessando ditaduras e resistindo a diversas crises econômicas que surgiram. 
Agora, um novo desafio se apresenta, e o jornal se reinventa, se adaptando ao um novo mundo que surge na área da Comunicação, onde a tecnologia da informação revoluciona os costumes e o planeta que conhecemos. 
Fundado pelo jornalista Antônio Corrêa da Silva em 31 de janeiro de 1931, quando o Brasil ainda era varrido pelos ventos da Revolução Tenentista de 1930 que levou Getúlio Vargas e seu Governo Provisório ao poder, a saga do "O Imparcial" não nasceu naquele dia. O jornal, na verdade, substituía o matutino "O Popular", primeiro órgão de imprensa dirigido pelo jornalista, mas que foi empastelado logo após o movimento de 30. Importante destacar, no entanto, que ao contrário de 99% dos tradicionais jornais ainda existentes no país, "O Imparcial" nunca saiu das mãos da família Silva, e se considerarmos o fato de que o primeiro órgao de imprensa ligado à família ("O Popular") foi fundado no final do século 19 (teria hoje quase 120 anos!), isso já dá uma ideia da importância que a família tem na área da comunicação regional e brasileira.
A saga de Antônio Corrêa da Silva começou ainda no século 19, conheceu as dificuldades para a consolidação da República no país, cobriu tentativas de revolução por parte dos monarquistas na região, acompanhou o fortalecimento da Velha República, o nascimento e a construção da nova Araraquara entre as décadas de 10 a 30, enfrentou as agressões dos simpatizantes da Revolução de 30, que invadiram sua redação e incendiaram suas máquinas e toda a coleção de jornais que contavam a história da Araraquara do período. Dias depois, Antônio recebia pedidos de desculpas de muitos dos que invadiram seu jornal, mas o mal já estava feito e boa parte da memória daquela Araraquara do primeiro terço do século 20 já tinha se transformado em cinzas. Falecido em 1955, Antônio foi sucedido na administração do jornal por seu filho, o também jornalista Paulo de Arruda Corrêa da Silva, homem de grande capacidade intelectual e administrativa. Competente e bem relacionado, Paulo teve grande influência na imprensa do Estado, presidiu a associação de classe da categoria e revolucionou "O Imparcial". Com pulso firme e visão, o jornalista também não teve vida fácil. Atravessou os turbulentos anos 50 e 60, viu o fortalecimento da ditadura militar, o surgimento de uma nova era na política local em meados dos anos 70, quando De Santi chegou ao poder, e participou ativamente da vida social e política da cidade até 1994, quando um infarto o surpreendeu em casa, privando a cidade de um de seus homens mais ilustres. Terminava ali uma era na história do matutino.
Com mãos fortes e determinação férrea, a matriarca da família, Dona Cecília, esposa de Paulo, assumiu o controle do jornal e o administrou com rara competência, mantendo o matutino como o principal órgão de imprensa escrita da cidade. No final de 2008, Cecília entendeu ter chegado a hora de se recolher, passando a administração do tradicional jornal para seu filho, o jornalista José de Arruda Corrêa da Silva, responsável por manter pulsando o coração do "O Imparcial", continuando a saga da família Silva em informar e influenciar à sociedade, ajudando a formar opiniões, como há mais de 100 anos seu avô Antônio Corrêa fazia. Agora, em 2017, Paulo A. Corrêa da Silva Neto e Daniela C. da Silva se preparam para assumir o controle do jornal. Será a quarta geração da família à frente da empresa. A saga dos Silva, na verdade, confunde-se com a história da Araraquara do final dos século 19, de todo o século 20 e caminha agora para atravessar o século 21, fazendo aquilo que sempre fizeram: jornalismo e história. Texto da revista Cidade Araraquara e Região.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Praça Antônio Corrêa da Silva, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil

 



























































Praça Antônio Corrêa da Silva, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil
Araraquara - SP
Fotografia


Essa praça, anteriormente conhecida como "Esplanada das Rosas", foi nomeada "Praça Antônio Corrêa da Silva" através da Lei Nº 471 de 01/06/1956.
A praça abriga o edifício sede da Prefeitura Municipal de Araraquara e o Palacete das Rosas (Palacete Paulo de Arruda Corrêa da Silva).
Embora a praça não esteja ruim, ainda assim precisa de manutenção, limpeza, segurança e revitalização. Os prédios da Prefeitura e o Palacete das Rosas também precisam de melhorias similares.
Localizada na rua São Bento, entre as avenidas Duque de Caxias e Portugal.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.