segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Casa da Marquesa de Santos, 1970, Rio de Janeiro, Brasil

 


Casa da Marquesa de Santos, 1970, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia


A Casa da Marquesa de Santos, ou Solar da Marquesa de Santos, é um palacete localizado no Bairro Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A casa foi dada como presente por d. Pedro I a Domitila de Castro Canto e Melo, Marquesa de Santos, com quem o imperador mantinha um romance.
O prédio existente no local passou por uma ampla reforma efetuada pelo arquiteto francês Pierre Joseph Pézerat, em 1826, que resultou em um dos mais belos exemplares da arquitetura neoclássica da cidade.
A Marquesa de Santos residiu no local entre 1827 e 1829 e no interior da edificação há um túnel, que, segundo uma lenda popular, era uma passagem secreta ligando o solar ao Paço da Quinta da Boa Vista. O palacete abrigou o Museu do Primeiro Reinado e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.

A "Velha Surda" - Artigo


 

A "Velha Surda" - Artigo
Artigo


Uma personagem de grande sucesso dos programas humorísticos está imortalizada na memória de gerações: a Velha surda. O que talvez alguns não saibam é que a personagem foi uma criação do ator Roni Rios. Este era o nome artístico de Ronald Leite Rios, natural de Campos dos Goytacazes - RJ, nascido em 9 de setembro de 1936.
Outra curiosidade sobre Roni Rios (1936-2001) é que antes de ser humorista, o ator formou-se em Medicina Veterinária. Em sua atuação além do meio artístico, Roni ocupou o cargo de presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários e foi, inclusive, diretor do Sindicato dos Artistas.
A experiência artística de Roni Rios transitou entre o rádio e a televisão. Ainda no fim dos anos de 1950 e início dos 1960 fez parte do elenco da “A praça da alegria”, dirigida por Manuel da Nóbrega. Na década de 1970, transferiu-se para a TV Tupi, onde participou dos programas “Balança mas não cai” e “Apertura”.
Além da Velha surda, ficaram famosas outras personagens criadas por Roni Rios, como a Tia Nonoca, “aquela que não gosta de fofoca”, o Philadelpho e o Explicadinho, que tinha por bordão “eu gosto das coisas muito bem explicadinhas, nos seus mínimos detalhes”.
Roni Rios e a Velha surda encerraram a carreira de sucesso no programa “A Praça é Nossa”, no ano de 2001.

Chacrinha - Artigo


 

Chacrinha - Artigo
Artigo


No dia 30 de setembro de 1917 nasceu em Surubim (PE) José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha. O comunicador iniciou sua carreira no rádio em 1943 com um programa chamado Rei Momo na Chacrinha, transmitido do estúdio de gravação da Rádio Niterói, situado em uma pequena chácara. É nesse momento que resolve adotar o apelido que o eternizou.
Já como Chacrinha, estreou na TV Tupi em 1956, chegando a apresentar quatro programas na emissora. Em 1967 foi contratado pela TV Globo, onde passou a comandar dois programas, Buzina do Chacrinha e Discoteca do Chacrinha. Mesmo com o sucesso dos programas, saiu da emissora em 1972 para voltar à TV Tupi, período seguido por uma passagem rápida pela TV Record e a contratação pela TV Bandeirantes.
Retornou à Globo em 1982, no programa de sábado à tarde Cassino do Chacrinha, seu maior sucesso na televisão. A enorme popularidade do programa de auditório era garantida por suas roupas engraçadas e espalhafatosas, misturados a um humor debochado pontuado pelos famosos bordões como o “Alô, Alô Terezinha!" ou “Vocês querem bacalhau?”. Além de apresentador consagrado, Chacrinha foi também compositor de diversas marchinhas de carnaval, sambas, forrós e jingles publicitários.
O “Velho Guerreiro” permaneceu no ar até seu falecimento, em 30 de junho de 1988, aos 70 anos. Seu último programa gravado foi ao ar no dia 2 de julho de 1988, dois dias após sua morte.

Lei do Ventre Livre - Artigo


 

Lei do Ventre Livre - Artigo
Artigo


Há 151 anos, no dia 28 de setembro de 1871, foi aprovada a “Lei do Ventre Livre”. Essa regra jurídica determinava que, a partir daquela data, seriam livres os filhos de mulher escravizada nascidos no Brasil. Promulgada como Lei nº 2.040, a regra significava, na prática, a abolição gradual da escravidão, tendo em vista que a geração seguinte nascida no Brasil seria livre.
A Lei do Ventre Livre pode ser interpretada no contexto de outras normas editadas na segunda metade do século XIX que tinham por objetivo atenuar a condição das pessoas escravizadas no Brasil, diante da pressão dos abolicionistas no país e no exterior, tais como, a Lei Eusébio de Queirós (1850) e a Lei dos Sexagenários (1885). Essas leis, no entanto, não amenizaram as críticas dos abolicionistas, que demandavam a extinção imediata e completa da escravidão no Brasil, o que viria a ocorrer somente em 13 de maio de 1888.
Na imagem, capa da Lei nº 2.040, de 28 de setembro de 1871, conhecida como Lei do Ventre Livre.

Vista, 1964, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil


 

Vista, 1964, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil
Ouro Preto - MG
Fotografia

Catedral Nossa Senhora do Rosário e Pico do Cauê, Itabira, Minas Gerais, Brasil

 


Catedral Nossa Senhora do Rosário e Pico do Cauê, Itabira, Minas Gerais, Brasil
Itabira - MG
Fotografia


Na imagem vemos a Catedral Nossa Senhora do Rosário e o Pico do Cauê ao fundo. Nenhum dos dois existe mais. A igreja foi demolida na década de 1970 e substituída por um novo templo. Já o Pico do Cauê desapareceu após anos de extração de minério de ferro. Hoje, resta apenas uma cratera no local, que muitos chamam de “Buraco do Cauê”.

domingo, 16 de outubro de 2022

A História do Telefone em São Paulo, Brasil - Artigo

 

















A História do Telefone em São Paulo, Brasil - Artigo
Artigo


Hoje temos a comodidade dos telefones celulares que nos permite falar com quem queremos (ou não queremos) a qualquer momento. Seja pela linha convencional, por aplicativos de troca de mensagens, redes sociais, tudo está na palma da mão. Entretanto como acontece com qualquer tecnologia, seu começo não foi fácil.
O primeiro "alô":
A telefonia deu as caras na cidade de São Paulo no ano de 1878, apenas um ano depois de sua chegada oficial no Brasil, em 1877, quando foi instalada aquela que seria a primeira linha do país, no então Palácio Imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, atual Museu Nacional no Rio de Janeiro.
O acontecimento na capital paulista, como qualquer grande novidade que chegava por essas bandas, foi bastante comentado e divulgado pela imprensa da época, como mostra uma nota publicada no extinto jornal Diário de S.Paulo em 18/08/1878 (vide imagem N. 2).
A nota até parece um tanto fantástica, afinal Leon Rodde era anunciado como agente do “Grande Mágico da Corte”, algo que hoje soa surreal. No dia do experimento ele e seu amigo Morris Kohn fizeram as demonstrações e a primeira ligação telefônica da cidade, ainda que experimental, fato que causou grande burburinho na então pequena São Paulo.
Entretanto o telefone não estreou aqui em São Paulo imediatamente após o teste. A cidade ainda não possuía uma série de coisas necessárias para o serviço a ser inaugurado, tanto da parte técnica quanto da jurídica. A telefonia ainda não tinha central, postes, cabeamentos e o principal: a concessão pública.
Como o Brasil não é um país onde se vence fácil a burocracia, a partir de 1878 houve uma verdadeira batalha de empresas interessadas em ganhar a concessão de exploração do serviço de telefonia não só na capital paulista como em diversas regiões do Brasil, o serviço acabou chegando em São Paulo somente em 07/01/1884. Os primeiros assinantes do serviço podem ser vistos na imagem N. 3 do post.
Desta forma, conforme já citado acima, ocorreu uma verdadeira corrida pelas concessões de exploração do serviço de telefonia pelo Brasil afora (inclusive em São Paulo), sendo o resultado uma grande confusão. Uma empresa anunciava que era a concessionária, outra contestava, e assim a coisa seguia. E no caso da lista da Companhia de Telegraphos Urbanos não foi diferente.
Imediatamente após a publicação da lista de assinantes (vide imagem N. 3), outro concessionário surgiu e protestou, alegando que era dele o direito de instalar telefones na capital e que já haviam ligado pouco mais de uma dezena de linhas. Era a empresa Álvares, Pereira & Cia.
Estava aberto o cenário para uma longa batalha nos tribunais, entretanto o desfecho foi concluído em apenas três dias. Foi o tempo que as duas empresas precisaram para se reunir e verificar quem de fato tinha direito de explorar a concessão e a vencedora foi a Companhia de Telegraphos Urbanos. Com isso assumiu as linhas já instaladas pelo ex-concorrente e, em comum acordo, divulgaram duas notas no jornal Correio Paulistano, em 10/01/1884, explicando como seria a operação das mesmas na cidade (vide imagens N. 4 e 5).
Inclusive, neste mesmo jornal, foi publicada a lista definitiva dos primeiros assinantes de São Paulo, com os 22 clientes da primeira companhia e os clientes da empresa absorvida. A lista pode ser vista na imagem N. 6.
Com esse problema resolvido davam-se os primeiros passos para que o serviço de telefonia em São Paulo pudesse ser adotado em larga escala, livre das amarras burocráticas e de brigas judiciais. Isso permitiu que novos interessados contratassem o serviço, que já no mês seguinte, fevereiro, dobrou para 70 assinantes, número esse que não mais parou de crescer.
Sobre os custos, a assinatura de telefone não era barata, custava 120$000 (cento e vinte mil réis) e inicialmente o serviço só operava durante o dia. Porém, apesar de inicialmente ser algo de elite, tratou-se de uma revolução nos costumes da cidade.
A primeira central telefônica da cidade:
A primeira central telefônica era bem pequena, quase rudimentar, e funcionava no próprio escritório da Companhia de Telegraphos Urbanos instalada à Rua Direita, no Largo da Sé (vide imagem N. 7). Alguns anos depois, em 1890, a empresa precisou de um escritório maior e mudou-se para poucos metros à frente, na Rua Santa Tereza.
Entretanto, com a popularização do serviço de telefonia, logo precisaram de um endereço ainda mais amplo, que acomodasse adequadamente a central telefônica, os escritórios, as oficinas de manutenção e, claro, as telefonistas. Foi quando a empresa mudou-se para a Rua Benjamin Constant N. 44 (atual N. 174), onde foi instalada a primeira grande central telefônica de São Paulo.
Na imagem N. 8 do post, do ano de 1919, vemos a torre de distribuição da central telefônica. É possível ver os fios saindo da central e irradiando para todos lados em direção aos postes. Nessa época a empresa já utilizava seu nome definitivo: Companhia Telephonica do Estado de S. Paulo (futura Telesp).
A referida fotografia foi tirada de um terreno vizinho e mostra a sede da companhia telefônica de lado. A construção mostrada à direita na foto é a frente do edifício, onde funcionavam todos os serviços da empresa já citados acima.
A fiação aérea, aos olhos de hoje, parece estranha e tem aspecto de ser frágil, pois os próprios terminais e pares telefônicos ficavam “no tempo”, lá no alto da torre. O sistema assim permaneceu até o final da década de 20, quando a central foi modificada e o sistema “enterrado”, passando a operar por baixo das calçadas da região central da cidade.
Durante o século XX, o local sofreu várias mudanças e é completamente diferente das fotografias objeto das imagens N. 9 e 10. Atualmente a Rua Benjamin Constant é repleta de edifícios, agitada e até um tanto caótica. A própria companhia telefônica cresceu e transferiu sua sede para o centro novo, na Rua 7 de Abril, onde passaram a operar a grande maioria de seus serviços.
Após essa mudança, o prédio da Rua Benjamin Constant sempre funcionou como central telefônica, atividade que exerce até os dias atuais.
A central atualmente:
A imagem N. 11 mostra o estado atual do edifício (que aparenta necessidade de cuidados).
Apesar da ausência de identificação, seja no portão ou mesmo na fachada, olhares mais atentos podem logo perceber que trata-se de edifício ligado à telefonia por duas razões:
A primeira é que durante o dia há grande movimento de técnicos da operadora Vivo, que se dirigem ao edifício para resolver problemas ligados à telefonia fixa da região central. A segunda são as formas alusivas à telefônia presentes no portão de entrada do imóvel (vide imagem N. 12).
Trata-se, portanto, de importante endereço histórico de São Paulo, que existe e funciona com a mesma função por mais de um século. Precisa ser melhor identificado e cuidado, até como forma de preservar sua relevância para a história das comunicações, não só da cidade, como do Brasil.
Texto de Douglas Nascimento, adaptado por mim para o blog.

Chevrolet Cameo Pickup 1957, Estados Unidos

 














Chevrolet Cameo Pickup 1957, Estados Unidos
Fotografia


Ford Mustang Boss 429 Fastback 1970, Estados Unidos

 














Ford Mustang Boss 429 Fastback 1970, Estados Unidos
Fotografia


Chevrolet Corvette Pace Car Edition 1998, Estados Unidos

 










Chevrolet Corvette Pace Car Edition 1998, Estados Unidos
Fotografia