sábado, 16 de setembro de 2023

Filosofia de Internet - Humor


 

Filosofia de Internet - Humor
Humor

Praça Pinto Ferreira / Atual Praça Osvaldo Cruz, Circa 1917-1932, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil







Praça Pinto Ferreira / Atual Praça Osvaldo Cruz, Circa 1917-1932, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia

No século passado, não passava de um largo às margens do Guaíba que servia de depósito de madeira e de lixo, ponto de lavadeiras e barqueiros. Em 1880, foram gastas 620 carroçadas de terra “na praça em frente à desembocadura da Rua Pinto Bandeira”, para cobrir o lixo ali depositado. Em 1889, foi ordenada a limpeza rigorosa da área “no ponto fronteiro à Rua Pinto Bandeira”, na margem do rio.
Em 1898, surgiam sinais de melhoria na área com a inauguração do “chalet de recreio público, construído à Praça Pinto Bandeira pelo Senhor Pedro Bergmann”, coincidindo com a urbanização da Rua Triunfo (hoje, Comendador Manoel Pereira). Nessa época, a prolongada questão entre o município e os herdeiros do Coronel Vicente Ferrer da Silva Freire, pelo domínio dos terrenos de beira-rio entre a Rua Pinto Bandeira e a Rua Conceição tem seu desfecho.
Em 1927 a praça recebeu o nome de Osvaldo Cruz e o ajardinamento é executado - apenas um canteiro com formato elíptico e um busto em homenagem a Osvaldo Cruz, doado pelos doutores Manoel José Pereira Filho e Oscar Bernardo Pereira, em nome do Instituto Pereira Filho de pesquisas clínicas.
Nota do blog: É delimitada pelas ruas Voluntários da Pátria, Pinto Bandeira, Chaves Barcelos e Comendador Manoel Pereira.

Praça XV de Novembro, Circa 1920, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Praça XV de Novembro, Circa 1920, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


O primeiro projeto do logradouro surgiu no início do século XIX. Chamado informalmente de Praça do Paraíso, teve a primeira referência oficial no Atas da Câmara Municipal de seis de abril de 1811 tornou-se, com o tempo, ponto de comércio ambulante. A construção do primeiro Mercado Público de Porto Alegre, inaugurado em 1844, marca a ocupação formal da praça, sendo que o lado da antiga Rua de Bragança (atual Marechal Floriano) foi aterrado ainda em 1843, e os demais em 1844. Seu nome foi alterado de Praça do Paraíso para Praça Conde D’Eu, após 1869, quando o primeiro Mercado foi demolido e transferido para o local atual, possibilitando sua urbanização. Em 1870 o vereador José Antônio Rodrigues Ferreira apresentou uma proposta de ajardinamento e calçamento incluindo a construção de um chalé para venda de refrescos e um coreto para apresentações da Banda Municipal. Em 13 de junho de 1879 a Câmara aprovou orçamento para construção de um jardim arborizado, cercado com um gradil de ferro com quatro portões. Em 1880, os carreteiros são deslocados para a atual Praça Rui Barbosa e as árvores são plantadas. Em 1882 são instalados lampiões a gás e a Praça é inaugurada em 2 de dezembro. Dois anos após, foi colocado um "elegante chafariz" de ferro bronzeado, que atualmente encontrasse no Parque Farroupilha. Em 1885 foi erguido o primeiro chalé para venda de sorvetes e, em 11 de dezembro de 1889, sua denominação foi alterada para Praça XV de Novembro. O antigo chalé foi substituído em 1911 pelo tradicional Chalé da Praça XV. A praça sofreu redução de tamanho em 1928, para possibilitar a ampliação das ruas laterais. Em 1929 foi construído o primeiro abrigo coberto para bondes, no lado da rua Dr. José Montaury. Ampliado em 1935 devido à mudança no tráfego das linhas e a qualificação do atendimento à população, atualmente possui uso comercial.

Jogo de Inauguração do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 21/04/1927, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil


 



Jogo da Inauguração do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 21/04/1927, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia


Iniciada as obras, o processo de erguimento do "Gigante de concreto" entrou em ritmo acelerado. Em pouco mais de 10 meses depois do lançamento da pedra fundamental, o Vasco da Gama dava ao Brasil o maior estádio da América do Sul. A área construída foi de 11 mil m², com capacidade inicial de 30 mil pessoas (apenas a Social e a Arquibancada que é oposta). A obra custou 1 mil e 200 contos de réis, sem o fornecimento de cimento e armação, que ficaram por conta do Vasco. O Clube forneceu 252 toneladas de ferro e 6.600 barris de cimento, para erguer uma estrutura excepcional de concreto (uma parte de cimento, duas e meia de areia e três e meia de pedra britada). De um refinado estilo neocolonial, a imponente fachada, do colossal stadium, obra do arquiteto português Ricardo Severo, chamava a atenção do público carioca. Uma multidão foi assistir a partida inaugural, um Vasco x Santos, no dia 21 de abril de 1927. O major português Manoel Joaquim Sarmento de Beires, comandante do avião Argos, cortou a fita inaugural ao lado do presidente do Vasco, Raul da Silva Campos, e do presidente da CBD, Oscar Rodrigues da Costa. Também estava presente o presidente da República, Washington Luís, que assistiu aos eventos da Tribuna de Honra. Na preliminar do jogo principal, houve um embate entre a equipe vascaína de basquete contra o time da Associação Cristã, saindo vencedor o Cruzmaltino. Além disso, também foi disputada uma partida de tênis com duplas mistas. No grande encontro do dia, Vasco e Santos apresentaram um grande espetáculo. O primeiro gol vascaíno no estádio foi de Negrito, aos 44 do 1º tempo, empatando a partida. O Santos havia saído na frente, com o gol de Evangelista, aos 19 da primeira etapa. Inaugurado São Januário, o estádio era então o maior palco de esporte da América do Sul, posto que somente viria a perder em 1930, quando o governo uruguaio construiu o Estádio Centenário, em Montevidéu, para sediar a primeira Copa do Mundo. O estádio vascaíno continuou sendo o maior estádio do Brasil, até a inauguração do Pacaembu, em 1940, construído com recursos públicos do estado de São Paulo. São Januário permaneceu como maior palco do futebol no Rio de Janeiro até 1950, quando foi inaugurado o Maracanã, construído com impostos recolhidos pela Prefeitura do Distrito Federal (Rio de Janeiro) para sediar a Copa do Mundo. São Januário, ao contrário dos demais estádios citados, foi erguido graças à união de sua torcida em prol da demonstração da grandeza do Vasco e uma resposta aos rivais e às elites da época, que objetivavam um futebol apenas para jogadores brancos de boa condição social.

Inauguração do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 21/04/1927, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil







Inauguração do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 21/04/1927, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

"O Caso do Cimento Belga", 1926, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil - Artigo

 


"O Caso do Cimento Belga", 1926, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil 
Rio de Janeiro - RJ
Artigo


Em 1926, no contexto de construção do estádio, o Vasco solicitou a isenção de impostos da importação do cimento belga do tipo Portland. O Ministério da Fazenda não autorizou, impondo a dificuldade de utilizar o cimento nacional, à época de qualidade inferior, que exigiria mais pedra e areia para compor a liga de concreto. O Estádio de São Januário foi construído exclusivamente com o dinheiro e o suor dos vascaínos, sem qualquer ajuda financeira pelo Estado e, mesmo a importação do melhor cimento, permitida em outras construções, foi negada ao Clube.
Nota do blog: Eram outros tempos, dá para imaginar tal pedido nos dias atuais?

Obras do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 31/10/1926, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil


 

Obras do Estádio Vasco da Gama / Estádio São Januário, 31/10/1926, Vasco da Gama, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia

Vaso Overlay com Flores do Campo Sobre a Mesa (Vaso Overlay com Flores do Campo Sobre a Mesa) - Anônimo


 

Vaso Overlay com Flores do Campo Sobre a Mesa (Vaso Overlay com Flores do Campo Sobre a Mesa) - Anônimo
Coleção Privada
Óleo sobre madeira - 46x40

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli


 

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli
Coleção privada
OST - 77x85

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli


 

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli
Coleção privada
OST - 38x46

Nota do blog: Alguidar (do em árabe: al-giḍār) é um recipiente redondo, feito de barro, madeira, metal ou plástico em que o diâmetro da boca é superior ao do fundo e que serve para, entre outras funções, lavar e amassar. No português antigo, "escudilha grande". Escudilha é do espanhol "escudilla", que identifica uma tigela grande. Tem geralmente forma circular e cônica e o bordo é virado.
Recipiente muito comum nas casas, era utilizado para fazer pão, lavar louça, repousar carne para produção de morcelas, e até mesmo para banhar as crianças. Em Portugal, é tão comum que empresta seu nome até mesmo para as receitas, como é o caso da "Carne de Alguidar", prato feito com carne de porco, e o "Licor de Alguidar", produzido no Aveiro, ambos tradicionalmente preparados em um recipiente desse tipo.Os tempos modernos trouxeram novos materiais e objetos para a cozinha brasileira, e os alguidares foram sendo substituídos por tigelas, potes, bacias. Porém, em Portugal, o termo ainda é utilizado para identificar um vaso, bacia ou pote grande, podendo ser de qualquer material, até mesmo metal e plástico, e nem sempre com a característica cônica.
No Brasil, é muito presente no Nordeste, em sua versão tradicional feita de barro (argila), sem alças e sem acabamentos. Porém, encontramos uma variedade de recipientes com o mesmo nome, produzidos em diversos materiais, até mesmo o latão, e com acabamentos diversos, com ou sem alças, pintados e envernizados, e alguns produzidos no artesanato marajoara. Uma das principais regiões produtoras de alguidares é o Nordeste, especialmente o Recôncavo Baiano, com destaque para cidades como Maragojipinho, que chega a ter uma centena de olarias, algumas delas dedicadas ao fabrico desses objetos. É facilmente encontrado na cozinha baiana, e é objeto indispensável nos rituais das religiões afro-brasileiras.Nesse caso, utiliza-se o de barro, envernizado ou não, dependendo do caso, e serve de recipiente em determinados rituais espirituais. Também é chamado de oberó ou de igba-ebo.