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sábado, 29 de fevereiro de 2020
Grand Hotel La Plage e Praia, Guarujá, São Paulo, Brasil
Grand Hotel La Plage e Praia, Guarujá, São Paulo, Brasil
Guarujá - SP
N. 444
Fotografia - Cartão Postal
Estação Tramway do Guarujá, Guarujá, São Paulo, Brasil
Estação Tramway do Guarujá, Guarujá, São Paulo, Brasil
Guarujá - SP
Fotografia - Cartão Postal
O Tramway do Guarujá foi uma ferrovia construída em 1892 pela
Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, empreendimento de diversos
profissionais envolvidos no comércio do café na Baixada Santista com o objetivo
de desenvolver o turismo na região. A estância turística que estava sendo
erguida na praia das Pitangueiras era composta por dezenas de casas construídas
ao estilo das casas de veraneio europeias e norte-americanas, além do Grande
Hotel de La Plage, a maior atração do local. A linha de tramway de bitola
métrica, que tinha como objetivo principal o transporte dos turistas para a
estância, tornou-se um dos meios de transporte da região para a população da
cidade que se desenvolveu com o passar do tempo, até a sua desativação, em
1956. Na época, para se acessar o Balneário, era necessário atravessar o canal
de acesso dos navios ao Porto de Santos, seguir até a localidade de Itapema, na
Ilha de Santo Amaro, e percorrer uma distância de cerca de 9Km até a praia das
Pitangueiras, onde o Hotel estava sendo construído. O transporte dos turistas
era efetuado com duas lanchas, nomeadas Cidade de São Paulo e Cidade de Santos,
que realizavam o percurso entre Itapema e o cais em frente à Alfândega de
Santos; e por trem o trajeto entre Itapema e o Hotel, em uma estação de madeira
localizada em frente ao prédio.
Em meio ao desenvolvimento da Baixada Santista durante o Século
XIX, as obras foram iniciadas em 1892, quando a Companhia Balneária de Santos
iniciou a construção da linha férrea entre o Porto de Itapema e a Praia das
Pitangueiras, com cerca de 9Km de extensão. A ferrovia foi inaugurada no dia
02/09/1893, em um evento com diversas autoridades locais, dentre elas o então
presidente da província de São Paulo Bernardino de Campos. Ao longo do tempo, a
ferrovia recebeu diversas denominações, dentre elas Companhia Balneária,
Companhia do Guarujá, Serviços Públicos do Guarujá, Estância Balneária do
Guarujá, e o nome pelo qual tornou-se mais conhecida, Tramway do Guarujá.
A ferrovia foi eletrificada em 1924, quando foram adquiridos os
bondes nº3 e nº9, e a locomotiva Siemens E69 identificada como nº1; e em 1930
chegaram os bondes nº5 e nº7. O restante do material rodante consistia em duas
locomotivas a vapor nº1 e nº2 e alguns carros de passageiros (mais de cinco,
não se sabe o número exato). As locomotivas eram de segunda mão (anteriormente
pertencentes ao Engenho Central Paulista), adquiridas em um leilão, e pelo
menos um carro oriundo da E.F. Sorocabana (provavelmente adquiridos da mesma
forma que as locomotivas).
O Tramway possuía oficialmente dois ramais, sendo um para o
Ferryboat e o outro para a Cachoeira. O primeiro foi aberto em 1903, ano em que
teve início a travessia de balsas entre a ilha e o continente, e fechado em
1933, substituído por uma estrada de rodagem. O segundo (ramal) provavelmente é
mais antigo, visto que havia no local uma represa que abastecia a cidade, e era
comum na época construir-se ferrovias para atender represas, como a Cantareira,
atendida pelo Tramway da Cantareira. Provavelmente havia outros ramais, como a
Linha da Costeira, sobre o qual não existem muitas informações.
Todavia, a modernização da companhia não atenuou o seu
endividamento, e a companhia foi estadualizada em 1926, quando a cidade do
Guarujá tornou-se um município separado de Santos. No mesmo ano, a antiga
estação de carga do TG foi demolida e uma nova linha de 3 quilômetros foi
construída até o Sítio Cachoeira. Em 1918 foi inaugurado o serviço de balsas
entre Santos e Guarujá, permitindo o tráfego de automóveis entre as duas
cidades. Segundo Antonio Augusto Gorni, “estava plantada a semente que
destruiria, quase quarenta anos depois, o Tramway do Guarujá.” As últimas
reformas de melhoria no sistema de bondes foram realizadas em 1952. No dia
13/07/1956 o serviço de bondes foi suprimido e substituído pelos ônibus, e o
material rodante remanescente foi enviado para a EFCJ, onde foi completamente
modificado com o passar do tempo.
A frota do TG consistia em 4 bondes de fabricação MAN/Siemens,
numerados #3, #5, #7 e #9, uma locomotiva Siemens modelo E69, numerada #1, duas
locomotivas a vapor de fabricação Baldwin, numeradas #1 e #2, alguns carros de
passageiros (mais de 5, não se sabe ao certo o número exato). Com o passar do
tempo, o bonde nº9 foi baixado em decorrência de um acidente nos anos 1930, e
os bondes nº3, nº5 e nº7 foram enviados para a EFCJ, onde foram renumerados A6,
A5 e A7, respectivamente. Junto com os bondes também foram enviados alguns
carros e equipamentos para oficinas.
A linha possuía duas estações: Guarujá e Itapema, e algumas paradas ao longo de
sua extensão, dentre elas Bento Pedro, construída durante a eletrificação da
ferrovia. Os ramais de Santa Rosa e do Sítio Cachoeira eram atendidos
diretamente, sem o uso de estações ou paradas. A estação Guarujá, que
localizava-se na praia das Pitangueiras, foi demolida em 1935, e o ponto final
da linha passou a ser duas quadras para trás, junto à oficinas do Tramway. A
ferrovia provavelmente contava com outras estações, sobre as quais não há
registros. Em sua máxima extensão, a rede teve uma linha tronco de 9Km e dois
ramais de 3Km cada, totalizando 15 quilômetros de extensão. O ramal do Sítio
seria desativado nos anos 1930, muito provavelmente por corte de gastos, e o de
Santa Rosa em 1930, para dar lugar à Avenida Adhemar de Barros. Décadas após o
seu fim, sobrevivem na cidade apenas a estação Itapema e a locomotiva a vapor
nº2 em preservação estática. Em 2015 o transporte de passageiros sobre trilhos
na cidade retornou pelo VLT de Santos, cujas linhas inteiramente novas e
veículos modernos percorrem a Avenida Santos Dumont, trecho que correspondia do
Km1 ao Km5 da antiga linha do Tramway.
Grand Hotel La Plage I, Guarujá, São Paulo, Brasil
Grand Hotel La Plage I, Guarujá, São Paulo, Brasil
Guarujá - SP
Fotografia - Cartão Postal
Tudo teve início quando três paulistas endinheirados tiveram a ideia de construir um balneário chique e europeizado adquirindo a Companhia Balneária de Santo Amaro do quatrocentão Antônio da Silva Prado.
Elias Pacheco e Chaves, Elias Fausto Pacheco Jordão e Valêncio Teixeira Leomil foram os pioneiros por trás do projeto e, em 1892, chegaram ao porto de Santos os bangalôs pré-fabricados de madeira que eles importaram de Rhode Island (EUA).
Anos depois, a companhia do balneário (então chamada Prado, Chaves & Cia.), que não ia tão bem assim, foi comprada pelo norte-americano Percival Farquhar, tido então pelo maior investidor privado no Brasil.
Foi ele o empreendedor que edificou o cassino e as estruturas no Grand Hôtel La Plage -projetado pelo escritório Ramos de Azevedo e aberto em 1912 para tomar do lugar do anterior, que havia se incendiado.
Nascido em York, na Inglaterra, Farquhar foi um titã internacional que morreu em Nova York, nos EUA. Na primeira metade do século 20, seu nome esteve ligado a ferrovias como a Madeira-Mamoré, a geradoras de eletricidade, companhias mineradoras, portos e frigoríficos.
À época, ele tinha interesses em locais diversos como EUA, Cuba, Brasil, Guatemala e Rússia, onde se diz, ele negociava direto com Lênin.
Aristrocrata que estudou direito em Nova York e engenharia em Yale, pioneiro da indústria turística e adepto da boa mesa, ele dizia que "nenhum país pode se desenvolver sem bons hotéis e cozinheiros refinados". Ele abriu, em São Paulo, a Rotisserrie Sporstman, trazendo de Paris o chef Henri Galon.
Renomeada Companhia Guarujá, a empresa do balneária de Farquhar edificou o Grand Hôtel La Plage no local onde funciona o shopping homônimo. A piscina do hotel, vista em fotos, foi a mesma do extinto clube da Orla.
Construído de madeira, o hotel tinha quatro prédios de três e quatro andares, elevadores, apartamentos com banheiras duplas e telefones.
O pavilhão para banhistas contava com uma centena de cabinas, canteiros ajardinados e um minizoo.
Mas a fortuna de Farquhar, ligada a investidores estrangeiros e dependente de concessões governamentais, fez água em 1913, com a Guerra dos Balcãs, e quase foi a pique na eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Uma nota triste na história do Grand Hôtel, que foi demolido no início dos anos 1960, a morte do inventor Alberto Santos-Dumont, ocorrida em 1932, é misteriosa.
Seu atestado de óbito, assinado pelo legista Roberto Catunda e por Ângelo Esmolari, registrou a morte como colapso cardíaco. Já o relato de camareiras que acharam o corpo, reza que ele havia se enforcado com a gravata.
Inaugurada no início dos anos 1970, a rodovia Piaçaguera-Guarujá virou uma alternativa à balsa, até então a única ligação entre Guarujá e Santos. Com o fim do gargalo, mais e mais turistas vieram. E então, para o bem e para o mal, o balneário entrou na modernidade.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Construção da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, 15/08/1933, São Paulo, Brasil
Construção da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, 15/08/1933, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Monumento a Ramos de Azevedo, São Paulo, Brasil
Monumento a Ramos de Azevedo, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal N. 35
Fotografia - Cartão Postal
Edifício Peixoto Gomide, Esquina das Ruas Oscar Freire e Peixoto Gomide, Um Caso Surreal na Cidade de São Paulo, Brasil - Artigo
Edifício Peixoto Gomide, Esquina das Ruas Oscar Freire e Peixoto Gomide, Um Caso Surreal na Cidade de São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Artigo
Com quase R$ 9.000 atribuídos ao metro quadrado de suas edificações, a cidade de São Paulo frequenta posições elevadas em rankings de preços de propriedades –e tem na Oscar Freire, nos Jardins (zona oeste), um símbolo da valorização imobiliária, com grifes como Calvin Klein, Mont Blanc e H.Stern.
Em um antigo prédio nessa via, na esquina com a rua Peixoto Gomide, vivem mais de 40 famílias de sem-teto desde fevereiro de 2016. São como "estrangeiros" no reduto da elite, com costumes e estilo que se chocam com os de moradores, comerciantes e frequentadores da área.
"Há problemas com ratos, insetos e mau cheiro. Somos uma loja de gestantes. Temos clientes que chegam e vão embora. Outras ligam para saber como está o mau cheiro, que é insuportável e piora com o calor. Já apareceram baratas em cima de roupas", diz Gisele Alves, 40, funcionária de uma loja vizinha.
"Temos medo. Já parou um carro de polícia e havia um fugitivo morando no prédio, que então foi levado", completa, queixando-se também de que eles ouvem músicas em alto volume e com palavrões.
"Precisamos ter preparo psicológico para morar aqui, porque a discriminação é maior do que em qualquer outro lugar. Os vizinhos passam xingando, jogam pedras", diz Armando Lira, 58, designer gráfico que está no prédio desde a invasão do ano passado.
"Não temos o padrão aristocrático dos Jardins, e por isso não gostam da gente. Não gostam da minha aparência de sofrimento e da minha roupa surrada. Passam do outro lado da rua", completa.
A arquitetura art déco de 1952 hoje tem a fachada recoberta de grafites coloridos e de cartazes variados –alguns artísticos, outros de propaganda. Um garoto de 5 anos que passou a viver lá com os pais nos últimos dias diz à reportagem não gostar do local por causa dos "pixos", mas que a Pantera Cor-de-Rosa estampada ao lado do portão de entrada não é de todo ruim.
Com tamanhos entre 52 e 88 metros quadrados de área útil, os apartamentos distribuídos pelos quatro andares abrigam por volta de 200 pessoas. Famílias inteiras ocupam pequenos espaços dos apartamentos, como cozinhas, salas e quartos.
"Fazia limpeza de hotéis, lavava louças, ajudava na cozinha. De um ano e meio para cá, com a crise, nunca mais me chamaram", afirma Janaina Garcia, 59, que estava em outra invasão e chegou à Oscar Freire há uma semana.
Quando atendeu a Folha, seus cabelos brancos estavam cobertos de fiapos –"estou vendendo panos de prato, porque recebo uma pensão de R$ 400 apenas". "Evito morar na favela porque lá é tristeza, morte, violência. Tenho medo de o meu filho se envolver com o crime. Em um ambiente melhor, ele vai conviver com gente melhor", afirma.
O odor de que reclamam os vizinhos advém do vazamento de esgoto que desemboca na Oscar Freire. "Podemos perder o prédio a qualquer momento. Não temos dinheiro para consertar o esgoto. Por causa disso, ninguém que mora aqui quer cuidar do prédio", afirma Lira.
De fato, a ocupação está com os dias contados. Na terça-feira (11), um mandado de reintegração de posse foi expedido pela Justiça em favor da Santa Alice Hotelaria e Construções, empresa que desde 2004 tem sete das nove moradias do prédio.
O edifício Peixoto Gomide convive com invasões de sem-teto há dez anos.
Em 2004, a Santa Alice comprou os apartamentos visando a construção de um grande condomínio. A taxa condominial foi elevada para R$ 6.900, o que foi visto pelos proprietários dos dois apartamentos restantes como uma tentativa de forçá-los a negociar as propriedades.
Três anos depois, um grupo de sem-teto passou a habitar os apartamentos da Santa Alice. Para os proprietários minoritários, eles teriam sido convidados pela própria empresa a entrar no local.
"O auge da escaramuça foi forjar a invasão. Moradores de rua foram arregimentados pela Santa Alice e alocados nos apartamentos, o que inviabilizou o uso dos outros dois apartamentos, que então foram deixados pelos meus clientes e também invadidos. O prédio virou um pardieiro", afirma Pedro Giberti, advogado que representa os proprietários minoritários. A Santa Alice não retornou aos contatos feitos pela reportagem desde a semana passada.
No final de 2007, a Prefeitura de São Paulo interditou o prédio e as pessoas que lá estavam foram removidas.
Em 2015, membros do grupo chamado União dos Sem-Teto (UST) invadiram o local, que então passou a ser habitado majoritariamente por haitianos. Meses depois, tiveram que sair, após reintegração de posse. Os atuais moradores dizem não ter vínculos com movimentos organizados; no processo, a Santa Alice argumenta que eles fazem parte do Movimento Moradia Trabalhadores (MMT).
Alguns dos que trabalham na região há anos dizem que os atuais ocupantes do prédio são os mais discretos.
"Comercialmente não é legal. Os clientes reclamam muito, dizem que deveríamos tomar alguma atitude na Justiça. De todas as ocupações, esse pessoal é o que menos dá trabalho. Estão sempre com as portas e janelas fechadas, quase não aparecem, não estendem faixas nem fazem barulho. Parece ser um lugar abandonado", conta Deyvson Gomes, gerente da Frutaria São Paulo, restaurante que dá de frente para o imóvel.
A iminente saída dos sem-teto não significa que o imbróglio terá resolução simples.
"Não há condições de moradia. Acredito que os apartamentos serão selados até que se possa decidir o que fazer. Mas a relação com a Santa Alice hoje é uma interrogação", diz Giberti, acrescentando que o futuro do local está em aberto. Assim como o de seus atuais residentes.
"Não tenho outro lugar para ir. Se eu pudesse pagar aluguel e escolher, estaria em outro lugar", afirma Janaina.
Na porta de entrada de um prédio na Rua Oscar Freire com a Rua Peixoto Gomide, área nobre da Zona Oeste de São Paulo, há colagens de páginas de revistas de moda. Modelos e manequins enfeitam a entrada da ocupação de sem-teto que completou um ano em fevereiro e está prestes a acabar.
“Estava tudo muito feio, quis fazer um lambe-lambe com personalidades de moda. A ideia é fazer com que esses moradores com padrão aristocrático olhem com menos energia negativa pra gente”, disse o designer Armando de Souza, 56, o primeiro morador a integrar a ocupação. Cerca de 120 pessoas moram no prédio, com nove apartamentos, e dizem não ser representadas por nenhum movimento de moradia. O metro quadrado na Rua Oscar Freire custa em média R$ 11 mil.
A arte tenta servir como uma espécie de para-raio do preconceito que, segundo Armando, a vizinhança emana. “Os moradores dos Jardins têm um padrão social sofisticado, aristocrático e eles olham a gente como se fôssemos uma atração circense. Não cumprimentam a gente. Olham com desprezo”, disse.
Descarga negativa ou juízo de valor(es), donos e gerentes de loja não acham “certo eles morarem ali”. “Eu pago IPTU de quase R$ 1.000 e vem uma pessoa que mora de graça, deixar lixo? Não por eles, é um problema social do Brasil que eu não vou resolver, mas eles não têm uma postura para morar aqui”, disse a dona de uma loja vizinha que não quis se identificar.
“A gente tem medo. Sempre tocam um funk altíssimo. Também não dá para abrir a porta porque é um cheiro terrível”, disse outro vizinho.
“Não é certo as pessoas invadirem e morarem dessa forma, que nem na periferia, quase uma favela. Não é coerente o jeito que eles moram, o lixo que eles deixam, com a região. Eu pago o IPTU caríssimo para manter tudo certo e ter uma vizinhança desse tipo? Desculpa, eles não estão coerentes com o bairro. Se há problema de moradia na cidade, não sou eu quem vou resolver, mas aqui eles não podem ficar porque não é certo”, disse dona de loja da Oscar Freire.
Os moradores não acham nem certo e nem errado estarem ali: "É por questão de necessidade", disse Paulo, morador da ocupação e monitor de empresa de segurança.
O grupo que hoje ocupa o prédio saiu de uma ocupação no Hospital Panamericano, em Alto de Pinheiros no final de 2015. "Fomos jogados na rua. Ficamos quase duas semanas na calçada. Não podíamos escovar os dentes, não podíamos fazer comida, trocar de roupa, ir trabalhar. Era um caos muito grande", conta Armando.
Depois, encontrou um imóvel na hípica paulista, na região do Butantã, mas não havia condições de moradia. Logo foram avisados sobre o prédio nos Jardins e partiram para a área nobre. "Umas 23h entramos por essa porta aqui [a da entrada]. A porta estava aberta. Entramos sem fazer nenhuma ação de agressividade com ninguém, não havia ninguém", disse.
Desde 2004, não há ninguém morando em paz no edifício. Naquele ano, a Santa Alice Empreendimentos Imobiliários queria comprar todo o prédio para fazer um imóvel de luxo, mas só conseguiu adquirir sete dos nove apartamentos. Os apartamentos 21 e 31 optaram por não vender e, como consequência dessa recusa, começou a "escaramuça", segundo Pedro Giberti, advogado de um dos proprietários minoritários. Procurada, a Santa Alice não quis se pronunciar.
Como era proprietária de quase todos os apartamentos e tinha a maioria dos votos nas assembleias do condomínio, a Santa Alice conseguiu aprovar a cobrança de cerca de R$ 7 mil de taxa condominial para a contratação de uma empresa de segurança, valor considerado exorbitante pelos proprietários minoritários, explica Giberti.
Dois proprietários seguiram resistindo. A imobiliária arregimentou moradores de rua e em 2007 o primeiro grupo entrou no prédio, segundo o advogado. "Eles usaram os moradores como massa de manobra, entraram no prédio e virou um pardieiro. Vizinhos começaram a reclamar que estava se formando um ponto de venda de drogas. Também degradaram as instalações elétricas e fizeram 'gato'. Alguém acionou a Prefeitura, o prédio foi interditado e removeram todas as pessoas que estavam lá. O prédio voltou a ficar desocupado, ficou completamente destruído e se tornou inabitável", conta Giberti.
Os proprietários minoritários ficaram impedidos de usar o apartamento e entraram com uma ação para anular a assembleia que garantiu a cobrança de R$ 7 mil para o condomínio. Depois, os dois entraram com uma ação indenizatória contra a Santa Alice para colocar o edifício como estava antes da ocupação. A Justiça acatou, mas a empresa demorou a garantir a habitabilidade do prédio. "A Santa Alice consertou a parte elétrica, mas os apartamentos estavam destruídos. Eles precisariam fazer uma mega reforma", disse Gibert.
Após cinco anos interditado, de 2008 a 2013, a Prefeitura liberou o prédio. Em fevereiro de 2015, a União dos Sem Teto ocupou o imóvel e, meses depois, deixou o local após determinação de reintegração de posse.
Um ano mais tarde, os atuais moradores entraram no edifício. No início de 2017, o juiz marcou uma audiência de conciliação e houve acordo. O grupo tem que deixar o prédio até 1º de maio, data limite para o cumprimento da reintegração de posse.
Para o advogado, os sem-teto já sabem que vão ter que deixar o imóvel pouco tempo depois. "Fiz uma pesquisa de várias ações. Eles já invadem sabendo que vão conseguir a reintegração de posse. Então, eles sabem que vão morar só um tempo. Tem um ativo circulante, tem uma gama de imóveis para ocupar. Eles ficam seis meses, um ano, e depois saem", disse.
O futuro do prédio segue incerto. Os apartamentos podem ser alugados ou os minoritários podem decidir vender.
"Mas não vão vender por um preço vil. O metro quadrado está relacionado com o que você pode fazer no imóvel. Se você pode construir um prédio de 3 andares, o valor é um, se for de 10 andares, o valor é outro", afirma Gibert.
O predinho com influência art déco de apenas três andares e nove apartamentos, construído em 1952 na esquina das ruas Oscar Freire e Peixoto Gomide, nos Jardins, renderia uma série baseada em episódios reais. Os personagens da trama seriam divididos em três “núcleos”: o das duas centenas de invasores que vivem em situação precária e pagam aluguel ao “dono” informal do pedaço; o da vizinhança endinheirada que reclama das algazarras sem hora para acabar; e o dos três proprietários que nunca se entenderam e não param de brigar na Justiça — um deles foi condenado por incentivar a invasão do edifício como forma de pressionar os demais a vender suas unidades.
Quem entra atualmente no Edifício Peixoto Gomide depara com o mau cheiro proveniente da falta de ventilação e dos banheiros. Os poucos que restaram são coletivos, e a maioria deles não tem nem porta. A água é só fria, apesar do “gato” na instalação elétrica dos andares, todos pichados. Os extintores estão vazios e não há nenhum tipo de plano para o caso de incêndio. Na entrada no térreo, sempre alagada, um cartaz dá o seguinte recado: “A partir de hoje a portaria ficará fechada e quem quiser uma cópia da chave precisa falar com Ivan”. Mesmo sem residir ali, Ivan cobra aluguel das famílias que habitam o prédio, a título de contribuição (compulsória) para a limpeza e manutenção (que praticamente não existem). Só mora lá quem recebe seu aval. Cada apartamento foi subdividido em vários cômodos, que custam a partir de 150 reais mensais e podem chegar a 800 reais.
“Semana que vem eu preciso pagar o aluguel e até hoje não consegui juntar nada. Já me falaram que vou ser expulso pelo Ivan”, afirma o ambulante Silas Donizete, 34, casado e pai de três filhos (2, 4 e 6 anos). Com um aparelho incompleto nos dentes, fruto de um trabalho inacabado no dentista, o homem, nascido em Guaianases, na Zona Leste, ficou desempregado há três anos. Passou a morar na rua até se instalar com a família no prédio invadido. Todos os dias tem de contar as moedas para comprar leite e pão para os filhos. “Se me expulsarem, vamos voltar para a rua.” Procurado, Ivan, que se negou a revelar o sobrenome, diz que reside no prédio e contesta a existência de aluguel. “Ninguém paga nada, só contribui para o custeio do condomínio.” Apesar disso, estima-se que a cobrança gere para ele uma renda de 10 000 reais por mês.
Outra questão que chama a atenção no edifício é a grande quantidade de crianças. Nos fins de semana, diversas famílias deixam sua casa na periferia e alugam espaços (100 reais, de sexta a domingo) para fazer os menores de idade vender panos de prato em bares e restaurantes badalados do pedaço. “Há uma verdadeira exploração infantil no meio da Oscar Freire. Enquanto as crianças de 4, 5 anos trabalham sozinhas até alta madrugada, muitos pais bebem e usam drogas dentro do prédio”, conta uma vizinha. “Cadê o Conselho Tutelar nessas horas?”. A advogada Célia Marcondes, da Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do Bairro Cerqueira César (Samorcc), recebe relatos diários. “É uma situação crítica. À noite, os vizinhos acordam com os gritos. São diversas brigas, homens batendo em mulheres. É uma área de conflito e sem nenhuma presença do poder público.” Procurada, a prefeitura não se manifestou.
A triste história do Edifício Peixoto Gomide começou a ser contada em 2004, quando os donos de duas unidades se negaram a vendê-las a uma empresa que havia comprado os outros sete apartamentos do prédio. A ideia da Santa Alice Hotelaria Ltda. era erguer um condomínio maior, mas com as duas recusas o negócio ficou inviabilizado. Condômina majoritária, a firma passou então a impor regras e a tomar medidas que ultrapassaram o limite da razoabilidade, a fim de tornar inviável a permanência dos vizinhos, como a suspeita permissão a moradores de rua para que adentrassem nos imóveis e pudessem viver ali. “Uma senhora morava na calçada da Rua Henrique Schaumann, e eu a convidei para habitar um dos meus apartamentos. Ela era uma coitada e vivia nas ruas com três ou quatro filhos”, diz o empresário Álvaro Moreira Filho, dono da Santa Alice. “Ela é que deve ter facilitado depois a entrada dos demais invasores.”
O “convite” rendeu à empresa uma condenação na Justiça de 30 000 reais por abuso de direito e comportamentos maliciosos contra um dos proprietários prejudicados. “Foi uma pena. O meu apartamento estava emprestado a minha sobrinha, que é psicóloga. Ali tinha mesa, sofá, poltronas, armários, estantes com livros. Tudo foi destruído, quebraram até o chão”, afirma a mulher que se negou a vender o imóvel à Santa Alice e que pede anonimato. Com 96 anos, ela não aguarda um desfecho para breve. “Desisti daquilo do ponto de vista afetivo, não espero mais nada dali.”
Após o primeiro episódio dos moradores de rua, a prefeitura chegou a interditar o edifício por falta de segurança e novamente a Santa Alice, com maioria de votos, se impôs para conseguir persuadir seus vizinhos a fechar negócio. A jogada foi elevar de 200 reais (em torno de 438 reais em valores atuais) para mais de 7 000 reais (14 000 reais hoje) a cota condominial de cada unidade. “Aumentaram o condomínio de propósito para nos forçar a vender”, diz o outro proprietário, que também pede anonimato. “Eu até poderia vender, mas pelo preço justo, o que nunca nos foi ofertado.” Reformado, cada imóvel de até 100 metros quadrados custa cerca de 1,5 milhão de reais, segundo cálculos de Maria Valentina Caran, que atua no mercado imobiliário da região.
No momento, há duas ações de reintegração de posse em curso na Justiça, uma da Santa Alice e a outra dos demais proprietários. Os processos correm em varas separadas. Defensor da parte que é dona dos dois apartamentos, o advogado Pedro Giberti vê duas saídas possíveis para o imbróglio de quase duas décadas. “A venda do prédio inteiro a um terceiro, que tivesse um projeto de retomada da sua utilização, e o ajuizamento de uma ação de extinção de condomínio”, afirma. “O prédio, no estado em que se encontra, não cumpre função alguma, pois os proprietários não usam nem alugam suas unidades.”. Moreira Filho, dono da Santa Alice, diz ter menos pressa. “Tenho muitas propriedades, mais de 400, e agora não quero mais comprar os dois imóveis nem vender os meus sete. Vou deixar para os meus netos, que são crianças, decidirem o que farão no futuro. Já gastei mais de 1 milhão de reais nesses anos com esse prédio, mas não me importo mais.”
Especialistas, no entanto, reforçam a necessidade de um entendimento entre os moradores antes de qualquer coisa. “A falta de consenso prejudica todos eles. Se agissem conjuntamente, a posse seria reintegrada a todos de uma vez só”, afirma o advogado Marc Stalder, expert em direito registral, sócio do escritório Demarest Advogados.
Parque da Independência, Museu do Ipiranga, 1965, São Paulo, Brasil
Parque da Independência, Museu do Ipiranga, 1965, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Acervo IMS
Fotografia
45 Anos de Operação do caça F-5 na Força Aérea Brasileira, Brasil
45 Anos de Operação do caça F-5 na Força Aérea Brasileira, Brasil
Artigo
Principal avião de defesa aérea do Brasil, o caça supersônico
Northrop F-5 completa nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, 45 anos de operações
com a Força Aérea Brasileira (FAB). Foi nessa data em 1975 que a FAB recebeu as
três primeiras aeronaves em Palmdale, nos Estados Unidos, onde foram
fabricadas.
Os primeiros jatos chegaram efetivamente ao País em 6 de março
de 1975 na Base Aérea de Belém (PA). Eram modelos bipostos F-5B, destinados ao
treinamento de pilotos. As três primeiras aeronaves faziam parte de um pedido
inicial do governo federal, que em 1975 oficializou a compra de 42 caças F-5
para equipar a FAB, sendo 36 modelos F-5E (monoposto) e seus F-5B.
O traslado das aeronaves dos EUA para o Brasil foi efetuado por
pilotos da FAB, em viagens com múltiplas paradas que duravam até seis dias.
Durante esse processo, em 12 de junho de 1975 um F-5E foi perdido quando
acidentou-se ao pousar na Base Aérea do Galeão (RJ), causando a morte do piloto
que o conduzia, o Capitão Aviador Bosco.
No intuito de reforçar a frota, um segundo lote de caças F-5
foi adquirido pela FAB em 1988. A nova encomenda compreendia 22 aeronaves,
sendo 18 modelos F-5E e quatro F-5F, versão mais avançada do jato para dois
pilotos.
Ao contrário da primeira encomenda, composta por aviões novos
de fábrica, os F-5E/F do segundo lote eram caças de segunda mão. Esses jatos
foram operados pela força aérea dos EUA (USAF) em esquadrões “Agressor”,
unidades que simulam aeronaves inimigas em treinamentos.
A FAB ainda comprou um terceiro lote de F-5 em 2008. Eram 11
caças usados, comprados da força aérea da Jordânia, sendo oito F-5E e três
F-5F.
Com a desativação dos caças Dassault
Mirage 2000, em 2013, os jatos produzidos pela
Northrop assumiram o posto de principal aeronave de defesa do espaço aéreo
brasileiro. Em meio a essa mudança de tarefas, os F-5 foram modernizados pela
Embraer e receberam equipamentos de voo e armamentos mais avançados. O processo
foi efetuado em 43 células, hoje designadas como F-5EM.
Os F-5 hoje são operados por cinco esquadrões da FAB: Pampa,
sediado em Canoas (RS), Pacau, em Manaus (AM); Jambock e Pif Paf, em Santa Cruz
(RJ); e o Jaguar, baseado em Anápolis (GO). Por questões estratégicas, a força
aérea não divulga quantos caças estão em condições operacionais.
A carreira do F-5 no Brasil ainda deve se estender por mais uma
década. O plano da FAB é substituir as aeronaves (e também os jatos de ataque
A-1) pelo Saab Gripen NG, cujas
primeiras unidades serão entregues a partir de 2021 – a FAB encomendou 36
exemplares do Gripen E/F.
Baseados em experiências de combate contra os caças soviéticos MiG-15
na Guerra da Coreia, os pilotos da força aérea dos EUA chegaram a um consenso
de que aviões mais leves e manobráveis eram mais adequados para enfrentar os
interceptadores fabricados na URSS, em vez de modelos mais pesados como o
McDonnell Douglas F-4 Phantom II, projetado no final dos anos 1950.
Com esses requisitos, a Northrop, liderada pelo projetista
Welco Gesish, iniciou em 1955 o desenvolvimento do projeto “Tally-Ho”, que mais
tarde originou a primeira versão do F-5, um caça bimotor e de pequenas
dimensões.
O voo inaugural do F-5 foi realizado no dia 30 de julho de 1959
e o primeiro exemplar de série, denominado F-5 Freedom Fighter, decolou em
outubro de 1963.
Em 1965, a USAF enviou 16 caças F-5A para serem avaliados em
ação na Guerra do Vietnã. Apesar da capacidade tática limitada da aeronave, de
curto alcance e pequena capacidade de carga bélica, os pilotos e equipes de
solo elogiaram seu desempenho em combate real. A experiência do F-5 no conflito
na Ásia durou 21 meses.
Embora tenha sido projetado seguindo especificações da USAF, as
versões de combate do F-5 acabaram se tornando um dos principais aviões
militares de exportação dos EUA durante o período da Guerra Fria. Entre 1959 e
1987, foram produzidas 2.246 unidades do caça leve, incluindo versões
fabricadas sob licença na Suíça, Coreia do Sul e Taiwan.
Com o baixo custo de aquisição e manutenção relativamente
simplificada, o pequeno caça da Northrop foi operado em 35 países (36 se
incluir unidades obtidas ilegalmente no passado pela URSS). Além do Brasil,
outras nações que ainda operam o antigo caça da Northrop são o México, Irã,
Chile, Suíça e EUA, que utilizam o T-38 Talon, avião de treinamento avançado
baseado no F-5.
Monumento "A Epopeia de 1932", Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Monumento "A Epopeia de 1932", Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal
Fotografia - Cartão Postal
Nota do blog: Fotografia de Theodor Preising.
Rua Visconde de Ouro Preto, Vista do Reservatório da Consolação, 1949, São Paulo, Brasil
Rua Visconde de Ouro Preto, Vista do Reservatório da Consolação, 1949, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Entorno da Avenida Nove de Julho Quando de Sua Abertura, 1938, São Paulo, Brasil
Entorno da Avenida Nove de Julho Quando de Sua Abertura, 1938, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Propaganda "Vale a Pena Aguardar os Edifícios Copan", Edíficio Copan, São Paulo, Brasil
Propaganda "Vale a Pena Aguardar os Edifícios Copan", Edíficio Copan, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Propaganda
Nota do blog: "O Rockfeller Center de São Paulo"...rs.
Rua Duque de Caxias, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Rua Duque de Caxias, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Preising
Fotografia - Cartão Postal
Preising
Fotografia - Cartão Postal
Rua Álvares Cabral I, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Rua Álvares Cabral I, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Preising
Fotografia - Cartão Postal
Hipódromo de Cidade Jardim, São Paulo, Brasil
Hipódromo de Cidade Jardim, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotolabor N. 95
Fotografia - Cartão Postal
Hipódromo de
Cidade Jardim é a atual praça de corrida de cavalos do Jockey
Club de São Paulo. Foi inaugurado em 25 de janeiro de 1941.
Bondinho de Monte Serrat / Elevador de Monte Serrat, Santos, São Paulo, Brasil
Bondinho de Monte Serrat / Elevador de Monte Serrat, Santos, São Paulo, Brasil
Santos - SP
Preising N. 445
Fotografia - Cartão Postal
São quatro minutos de pura emoção, subindo de bondinho os 147 metros da encosta do Monte Serrat rumo ao topo, onde estão o antigo cassino e o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de Santos, construído há mais de 400 anos. Para completar, uma escadaria com 402 degraus e 14 nichos reproduzindo cenas da Via Sacra, inaugurados entre 1939 e 1941, e uma vista de 360 graus da cidade, de tirar o fôlego - é possível ver também parte dos municípios de São Vicente, Cubatão e Guarujá.
O Monte Serrat é parte importante da história santista, pois servia de abrigo à população quando a então vila era invadida por piratas. Em um desses ataques, em 1614, os invasores acabaram soterrados e o milagre, atribuído a Nossa Senhora, tornou-a padroeira da cidade em 1955.
Vista Aérea do Centro, Jundiaí, São Paulo, Brasil
Vista Aérea do Centro, Jundiaí, São Paulo, Brasil
Jundiaí - SP
Foto Postal Colombo N. 32
Fotografia - Cartão Postal
Edifício Curti / Hotel e Cine São Paulo, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil
Edifício Curti / Hotel e Cine São Paulo, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil
São José do Rio Preto - SP
Foto Alemã
Fotografia - Cartão Postal
O Edifício Curti começou a ser construído em 1939 pelos irmãos Francisco e Antônio Curti, na confluência das ruas Bernardino de Campos e Silva Jardim. Inaugurado em 25 de janeiro de 1941, o prédio abrigava o Hotel e o Cine São Paulo. O filme de inauguração foi "Correspondente Estrangeiro", mas o maior furor foi a sessão seguinte: "E o Vento Levou", que ficou meses em cartaz, trazendo gente de toda região. Para anunciar o evento, foi estendida uma faixa que atravessou por toda rua Bernardino. Foi ali também que aconteceu a primeira reunião e a elaboração da ata de fundação do América Futebol Clube. Em 1993, funcionando com o nome de Cine Curti, o cinema fez pela última vez a projeção do primeiro filme sobre Jesus Cristo, o histórico "Vida, Paixão e Morte de Cristo", de 1902.
Para a nossa sorte, o escritor e professor Romildo Sant'Anna estava lá e registrou o acontecimento com uma câmera VHS. Inclusive foi até a cabine de projeção, mostrando a película original sendo projetada. A Rio Preto em Foco Filmes produziu em 2012 um documentário percorrendo todo o interior do edifício. Hoje ele está meio escondido entre os "arranha-céus" do centro da cidade, mas continua ali, impávido colosso.
Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, Salvador, Bahia, Brasil
Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, Salvador, Bahia, Brasil
Salvador - BA
Fotografia - Cartão Postal
A Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, ou Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, construída entre 1739 e 1849 no local onde havia uma capela de taipa de pilão erigida em 1549, é uma das paróquias mais antigas da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, no Brasil. Sua primeira igreja foi feita por determinação do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. Sua atual construção, em estilo barroco, foi feita toda em pedra lioz trazida de Portugal. Sua elevação a sacrossanta basílica se deu em 1946. O papa Pio XII declarou Nossa Senhora da Conceição padroeira única e secular da Bahia. Recebeu o título de basílica menor por meio da carta apostólica "Coruscantis sideris", de 7 de outubro de 1946, do papa Pio XII. Se localiza próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, sendo muito visitada pelos turistas.
Ponte Internacional Barão de Mauá, Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil
Ponte Internacional Barão de Mauá, Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil
Jaguarão - RS
Fotografia
A Ponte Internacional Barão de Mauá - tombada pelo Iphan, em 2011 - é o primeiro bem binacional reconhecido pelo Mercosul Cultural e recebeu o Certificado de Patrimônio Cultural das autoridades brasileiras e uruguaias, em maio de 2015, em Jaguarão (RS). O monumento localiza-se na região fronteiriça Brasil - Uruguai e está sob a responsabilidade da Comissão Binacional para Gestão da Ponte Barão de Mauá, na Prefeitura Municipal de Jaguarão, conforme acordo firmado entre o Iphan e a Comissão de Patrimônio Cultural do Uruguai.
Liga as cidades de Jaguarão (Rio Grande do Sul) e Rio Branco (Uruguai) e foi declarada Monumento Histórico Nacional, pelo Uruguai, em 1977. A Ponte possui valor associado a processos históricos vinculados aos movimentos de autodeterminação ou expressão comum da região perante o mundo, e representa os esforços de união regional e está diretamente relacionado às referências culturais compartilhadas pelos dois países.
No início de seu povoamento, a vila Jaguarão era palco de disputas e batalhas entre as coroas de Portugal e Espanha, durante o período conhecido como União Ibérica (1580-1640), o que deu à cidade uma atmosfera militar. Esse também foi o período de descobertas das primeiras minas de prata na região andina e de um grande movimento de viajantes na região.
No entanto, apesar das disputas, a população sempre transitou entre os dois lados do rio Jaguarão. A Ponte foi financiada pelo Uruguai em decorrência de uma dívida de guerra com o Brasil e construída entre 1927 e 1930. Naquela época, era a maior obra de infraestrutura em concreto armado sendo erguida na América do Sul e a primeira deste tipo construída entre os países da região para aproximá-los política, econômica e culturalmente.
Ponte Internacional Barão de Mauá, Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil
Ponte Internacional Barão de Mauá, Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil
Jaguarão - RS
Fotografia - Cartão Postal
A Ponte Internacional Barão de Mauá é uma ponte sobre o rio Jaguarão, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. A ponte liga as cidades de Jaguarão, no lado brasileiro, e Rio Branco, no lado uruguaio.
Foi construída entre 1927 e 1930, depois de um tratado firmado em 1918 entre os dois países para pagamento de dívida de guerra.
É o primeiro bem binacional tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconhecido como primeiro patrimônio cultural do Mercosul.
A ponte mede 2.113 metros de comprimento, sendo 340 metros sobre o rio Jaguarão, tendo 12 metros de largura. Na sua parte central existe uma via férrea com duas bitolas ladeada por duas faixas para veículos de três metros cada uma. As faixas possuem ao longo do comprimento calçada para pedestres. Na construção da ponte trabalharam 6.215 operários de diversas nacionalidades, o lado uruguaio da ponte foi tombado em 1977, enquanto o lado brasileiro da ponte foi tombado em 2011.
Vista Geral da Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil
Vista Geral da Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
N. 52
Fotografia - Cartão Postal
Ponte Ferroviária Sobre o Rio Iapó, 28/09/1947, Castro, Paraná, Brasil
Ponte Ferroviária Sobre o Rio Iapó, 28/09/1947, Castro, Paraná, Brasil
Castro - PR
Fotografia - Cartão Postal
Vista Geral e Escola Barnabé, Santos, São Paulo, Brasil
Vista Geral e Escola Barnabé, Santos, São Paulo, Brasil
Santos - SP
N. 20
Fotografia - Cartão Postal
Estádio Municipal, Pacaembu, São Paulo, Brasil
Estádio Municipal, Pacaembu, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotolabor N. 80
Fotografia - Cartão Postal
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