Vista da Estrutura em Metal e Madeira Para a Cúpula do Telhado do Mercado Municipal, 20/09/1929, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Existiu na região da rua 25 de Março, esquina com a rua General
Carneiro, o Mercado dos Caipiras, que por décadas era o local onde chacareiros
e sitiantes (os caipiras) dos bairros mais afastados e das cidades vizinhas
vendiam seus produtos. Vale lembrar que outro mercado também era responsável
pela distribuição de mercadorias pela cidade, esse ficava na avenida São João e
era conhecido como “Mercadinho da São João”.
Em 1927-1928, com o crescimento da cidade, os velhos e
ultrapassados mercados já não representavam a imponência da capital paulista e
então, por iniciativa do prefeito José Pires do Rio, foi autorizada a
construção de um novo mercado. A construção, que demorou 4 anos para ficar
pronta, foi um dos últimos grandes edifícios erguidos com a intenção de
consolidar São Paulo como a metrópole do café.
Ficou a cargo do renomado arquiteto paulista Francisco de Paula
Ramos de Azevedo a construção do novo mercado. São 12.600 metros quadrados em
estilo eclético, como mandava a moda na Itália, Alemanha e França. O prédio é
inspirado nos mercados, catedrais e estações ferroviárias europeias. Suas
colunas são em estilo grego, dórico e jônico. Já os 72 vitrais são obra
do artista russo Conrado Sorgenicht Filho e ilustram a produção
agrícola e pecuária do interior paulista, especialmente a colheita do café.
A obra foi finalizada em 1932, porém, armas e munições foram os
primeiros produtos estocados em seu interior. Era a Revolução
Constitucionalista. Conta-se que alguns soldados treinavam pontaria mirando as
cabeças das figuras nos vitrais. Após o final do conflito, finalmente em 25 de
janeiro de 1933, foi inaugurado o Mercado Municipal de São Paulo.
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