sexta-feira, 20 de março de 2020

Vista da Estrutura em Metal e Madeira Para a Cúpula do Telhado do Mercado Municipal, 20/09/1929, São Paulo, Brasil


Vista da Estrutura em Metal e Madeira Para a Cúpula do Telhado do Mercado Municipal, 20/09/1929, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Existiu na região da rua 25 de Março, esquina com a rua General Carneiro, o Mercado dos Caipiras, que por décadas era o local onde chacareiros e sitiantes (os caipiras) dos bairros mais afastados e das cidades vizinhas vendiam seus produtos. Vale lembrar que outro mercado também era responsável pela distribuição de mercadorias pela cidade, esse ficava na avenida São João e era conhecido como “Mercadinho da São João”.
Em 1927-1928, com o crescimento da cidade, os velhos e ultrapassados mercados já não representavam a imponência da capital paulista e então, por iniciativa do prefeito José Pires do Rio, foi autorizada a construção de um novo mercado. A construção, que demorou 4 anos para ficar pronta, foi um dos últimos grandes edifícios erguidos com a intenção de consolidar São Paulo como a metrópole do café.
Ficou a cargo do renomado arquiteto paulista Francisco de Paula Ramos de Azevedo a construção do novo mercado. São 12.600 metros quadrados em estilo eclético, como mandava a moda na Itália, Alemanha e França. O prédio é inspirado nos mercados, catedrais e estações ferroviárias europeias. Suas colunas são em estilo grego, dórico e jônico. Já os 72 vitrais são obra do artista russo Conrado Sorgenicht Filho e ilustram a produção agrícola e pecuária do interior paulista, especialmente a colheita do café.
A obra foi finalizada em 1932, porém, armas e munições foram os primeiros produtos estocados em seu interior. Era a Revolução Constitucionalista. Conta-se que alguns soldados treinavam pontaria mirando as cabeças das figuras nos vitrais. Após o final do conflito, finalmente em 25 de janeiro de 1933, foi inaugurado o Mercado Municipal de São Paulo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário