terça-feira, 16 de junho de 2020

Incêndio no Mercado Municipal, 07/10/1942, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Incêndio no Mercado Municipal, 07/10/1942, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


No dia 07 de outubro de 1942, um incêndio destruiu o velho Mercadão. 
Antes de sua construção (o local é o mesmo onde está o atual Mercado Municipal), os alimentos eram comercializados por chacareiros e comerciantes numa feira livre instalada em um prédio, sem a mínima condição de higiene, na rua Visconde do Rio Branco (antiga rua do Sapo), proximidades da rua Visconde de Inhaúma. 
Justificando em suas considerações que Ribeirão Preto era um centro regional e que havia a necessidade de melhorar as condições sanitárias da venda de alimentos, no dia 09 de maio de 1881, o vereador Antônio G. dos Santos Primo apresentou um projeto de lei, que autorizava a construção de um Mercado Municipal. 
Esse projeto transformou-se em lei em 1884. 
Contudo, o projeto arquitetônico só foi votado e aprovado em julho de 1888. É preciso lembrar que, nessa época, existia apenas a Câmara Municipal e eram os seus presidentes que exerciam as funções de administrador da cidade. A cidade estava em sua 5ª. Legislatura (de 23/06/1887 até 07/01/1890) e o presidente da Câmara era o Cel. Dr. Joaquim Estanislau da Silva Gusmão, o qual submeteu à apreciação dos seus pares tão importante melhoramento público, o qual, em sua arquitetura, adotou o Ecletismo, implantado no Brasil ao final do século XIX e perdurou até as primeiras décadas do século XX, sendo, basicamente, a mistura de estilos arquitetônicos que exibiam elementos da arquitetura clássica, gótica, barroca e neoclássica. O Ecletismo se caracterizou, de modo geral, pela simetria, busca da grandiosidade e riqueza decorativa, com fachadas bastante ornamentadas. 
Em meados de 1889, as obras estavam praticamente concluídas. 
Para reformar a praça em frente do novo prédio, foi obtida uma verba junto ao Governo Provincial e, assim, em 29/10/1900, quando era Presidente do Conselho da Intendência, Antônio Leite Penteado, o Mercado começou a funcionar. 
O edifício foi construído pela empresa Folena & Cia, a qual o explorou por um tempo até que a Municipalidade tomou posse do imóvel, indenizando aquela empresa no valor de 120 contos de réis. 
No local vendia-se de tudo: mantimentos, ferramentas, vestuário, relógios, etc. 
Gente de fora chegava de trem, já que a estação da Cia. Mogiana era próxima. 
Em 1927, uma enchente do ribeirão Preto alagou todo o quarteirão, causando aos comerciantes grande prejuízo. 
Quinze anos depois, o edifício foi destruído pelas chamas. 
Não ficou suficientemente apurado o que aconteceu naquela noite. Choveu muito e, provavelmente, um raio teria caído sobre a estrutura superior do prédio, que tinha muita madeira. Cogitou-se igualmente na hipótese de um problema na instalação elétrica. O fogo propagou-se rapidamente atingindo todas as dependências. As fagulhas cobriram boa parte do campo do Olímpico Esporte Clube (Palestra Itália), distante mais de 1000 metros do local. Poucos comerciantes tinham seguro. 
As novas instalações só viriam a ser inauguradas em 28 de setembro de 1958, na gestão de Costábile Romano, com projeto de Jaime Zeiger. Texto da Plataforma Verri.

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