Praça Dom Pedro II, 1928 - Flagrante capturado a partir
da Rua Governador Vitório, defronte à Praça D. Pedro II, revelada em toda a sua
beleza verdejante, com seus artísticos chafariz e coreto trazidos da Inglaterra
e delimitada ao fundo pelo suntuoso edifício do "Paço da Liberdade",
então sede da Prefeitura Municipal de Manaus. À esquerda é possível observar as
obras do futuro Palácio Rio Branco, à época, ainda paralisadas - projetado em
1905 teve a sua construção iniciada em 1907, no auge da "belle
époque" manauara, na gestão estadual Constantino Nery (1904-1908). O
prédio foi erigido no lugar deixado pela primitiva Cadeia Pública dos tempos da
Província. Por razões certamente de ordem financeira ou de má gestão, as obras
foram paralisadas por três décadas, até que, na segunda metade da década de
trinta, na gestão do então Interventor Federal Álvaro Botelho Maia (1937-1945),
foram retomadas e concluídas, em 1938, seguindo estritamente os cânones
arquitetônicos do projeto original de 1905.. À direita tem-se raríssima vista
do prédio do antigo quartel construído no local nos primórdios da era
provincial e demolido em meados dos anos sessenta. Destaques: A Praça Dom Pedro
II é um dos logradouros públicos mais antigos da cidade. sendo palco de eventos
simbólicos da história do Amazonas, como a cerimônia em comemoração à vitória
do Brasil na Guerra do Paraguai, na qual tomaram parte os ex-combatentes do
pelotão amazonense que participou daquele terrível combate, o maior da América
do Sul até os dias atuais. A histórica praça Já foi chamada de Largo do
Quartel, Largo do Pelourinho - por abrigar a coluna de açoites públicos (o
"Pelourinho"), extinto oficialmente pela Justiça em 1855. Também é
uma das poucas praças da Região Norte que homenageiam a Seringueira (Hevea
brasiliensis), árvore que durante o final e início dos séculos XIX e XX,
respectivamente, proporcionou grande desenvolvimento da região, especialmente
das cidades de Belém e Manaus. Nela podem ser encontradas mais de uma dezena de
belos espécimes da "árvore da fortuna", a quem tudo devemos de nosso
passado de fausto e opulência entre os anos de 1890 a 1914.

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