Volkswagen Tiguan, Alemanha
Fotografia
O Tiguan representa com exatidão a crença popular de que a primeira impressão é a que fica: o SUV da VW tornou-se sonho de consumo desde a sua apresentação, em 2009, com virtudes de sobra para encarar concorrentes como Land Rover Freelander e Volvo XC60.
Baseado no VW Golf de quinta geração, o Tiguan tem no motor EA888 uma boa justificativa para seu sucesso: turbo e injeção direta rendem 28,5 kgfm de torque a apenas 1.700 rpm.
Os 200 cv são distribuídos para as quatro rodas através do câmbio automático Tiptronic de seis marchas e do sistema de tração 4Motion. A resposta ao pedal do acelerador é imediata: ele vai de 0 a 100 km/h em 8,5 s e alcança a máxima de 207 km/h.
Sua dirigibilidade é favorecida pela suspensão independente nas quatro rodas e pela presença de controle eletrônico de estabilidade.
Compacto, oferece bom espaço para quatro adultos em razão dos 2,6 metros entre os eixos. Seus 4,42 metros de comprimento facilitam a condução urbana, mas acabam por limitar sua vocação familiar, pois o porta-malas comporta só 360 litros.
Também agrada pelo nível de equipamentos e segurança: seis airbags, computador de bordo, piloto automático, volante multifuncional, limpador de para-brisa automático, sensor de estacionamento, ar-condicionado bizona, sensores de monitoramento da pressão dos pneus e rodas de 17 polegadas com pneus 235/55.
O acabamento interno é de boa qualidade. O teto solar panorâmico é um dos opcionais mais valorizados, bem como ajustes elétricos para o banco do motorista, faróis autodirecionais com lâmpadas de xenônio e rodas de 18 polegadas.
O sistema automático de estacionamento Park Assist chegou em 2010. Reestilizado, o modelo 2012 acrescentou: detector de fadiga e o sistema Kessy de acesso e partida do motor sem chave.
O pacote estético R-Line foi oferecido no modelo 2013 e agregava para-choques exclusivos, aerofólio, bancos e emblemas personalizados.
Fique atento apenas à versão 1.4 TSI, importada somente no modelo 2017: ela perdeu a tração integral, o assistente de estacionamento e faróis de xenônio. O motor é o 1.4 turbo de injeção direta com 150 cv e 25,5 kgfm acoplado a um câmbio DSG, que requer cuidados na hora da compra.
No geral, um dos poucos defeitos do Tiguan é o elevado custo de manutenção praticado na rede autorizada, situação que levou muitos proprietários a procurar oficinas independentes. Sempre considere a procedência e o histórico de manutenções antes de fechar negócio.
Cabeçote – Como em todo automóvel com motor com injeção direta, o Tiguan costuma apresentar carbonização nas válvulas de admissão, provocada pelo alto teor de enxofre da gasolina brasileira. Ruídos metálicos na partida a frio indicam problemas no pistão tensionador da corrente que aciona os comandos.
Tração 4Motion – A tração integral depende do estado geral do sistema Haldex: a substituição do fluido do diferencial traseiro e do seu filtro específico deve ser feito a cada 60.000 km.
Câmbio DSG – Por ser banhada a óleo, a transmissão DQ250 requer a troca do fluido a cada 60.000 km. A substituição custa em torno de R$ 2.000 e é essencial para o funcionamento correto da versão com motor 1.4 TSI.
Adulteração da ECU – Muito comum nos motores 1.4 TSI e 2.0 TSI, o remapeamento da central eletrônica eleva a pressão de trabalho do turbo para aumentar torque, potência e a incidência de problemas. Evite unidades com esse tipo de modificação.
Teto solar – Obstrução nos drenos de escoamento provocam falhas na vedação e infiltrações facilmente detectadas por manchas na persiana e no forro do teto. Sinais de oxidação e estalos na abertura e fechamento indicam que o componente precisa de uma revisão completa.
“Equipado com ESP e a avançada tração integral 4Motion, a estabilidade é seu ponto forte. Ao volante, a impressão é de estar dirigindo um veículo de menor porte. (…) O câmbio Tiptronic de seis marchas também ajuda. (…) crava os 100 km por hora em 8,5 segundos e alcança 207 km por hora segundo a fábrica.”




Nenhum comentário:
Postar um comentário