Avenida Atlântica, 1916, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia
Neste ano a Avenida Atlântica completa 105 anos, não de inauguração mas das obras de urbanização do Prefeito Pereira Passos que recebeu as calçadas, já com as famosas ondas, inspiradas no calçamento de uma praça de Lisboa e feito com pedras portuguesas (originais dos lastros de navios). Outro objetivo de Pereira Passos era criar uma via de comunicação na orla.
Na foto feita pelo meu bisavô, Wiliam Nelson Huggins, em 1916, temos o efeito de uma das várias ressacas que destruíam a avenida.
Por ocasião da foto ela ainda não havia sido duplicada por Paulo de Frontin. Podemos ver os antigos e lindíssimos postes de iluminação pública que ficavam nas calçadas, que depois, com a obra de 1919, foram substituídos por postes com três luminárias que ficavam no meio da pista duplicada. Até 1919 praticamente nada havia sido feito na orla de Copacabana, quando Paulo de Frontin a duplicou, aumentando de 6 para 12 metros, e construindo uma amurada para tentar conter o mar (inútil).
Podemos destacar nessa foto: uma nesga de um dos três morretes do Inhangá. Aí era o marco de divisão entre Copacabana e Leme. Esse morrete já não mais existe e atualmente em seu lugar estão a piscina do Copacabana Palace e o edifício Chopin. Dos três morretes do Inhangá, atualmente só resta um pouco de um deles escondido por prédios na altura do Espaço Cultural Baden Powell (antigo Cinema Ricamar). O palacete que aparece atrás dos três é a casa da familia Duviver. Esse palacete ficava na esquina da rua Duvivier.
Um detalhe interessante foi a anotação no álbum de onde tirei esse registro:
“Foto tirada por papai. Avenida Atlântica arrebentada por uma ressaca na altura do Copacabana Palace, ainda não construído." Texto de R. Tumminelli.
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