Caminhonete Peugeot 504, França
Fotografia
Nota do blog: Verdadeiro tanque de guerra, aguentava o tranco no trabalho. O design não era grande coisa, parecia camionete dos anos 60 (não só parecia, o projeto original era dos anos 60, muito feia mesmo, por outro lado era ignorada por ladrões, não sendo necessário fazer seguro para furto/roubo, ninguém olhava para ela...rs). Equipada com um econômico motor a diesel, rendia um bom desempenho na estrada e cidade (carregada, sofria nas subidas, não adiantando ficar nervoso, reduzir marchas ou ter pressa, nesses momentos, só restava aceitar a realidade...rs). O modelo de entrada era completamente despojado de luxo, vinha apenas com o básico (se bem que comparando com as configurações atuais dos carros de entrada, pode ser considerada "equivalente", seu maior luxo era um emblema prata da Peugeot no porta-luvas) para funcionar. Mesmo na versão luxo era fraca em equipamentos. Tinha uma caçamba comprida com capacidade de transporte de 1,3 tonelada (seu grande diferencial), informação constante na tampa da caçamba (afirmo, com convicção e experiência própria, que aguentava ainda mais que isso). As unidades vendidas no Brasil foram importadas da Argentina pela Peugeot. Como não poderia deixar de ser com carros da Peugeot, seu principal problema era com a manutenção. Os concessionários Peugeot não eram preparados adequadamente para sua manutenção, as oficinas particulares também seguiam o mesmo caminho, além do suprimento de peças de reposição ser sofrível, demorado e insuficiente (faltavam peças de reposição nos concessionários Peugeot, você tinha que recorrer a importadores, Mercado Livre, etc). Infelizmente tais problemas se multiplicaram com o fim da importação oficial da Peugeot do modelo para o Brasil. Aí virou uma luta manter o veículo, inclusive, muitas vezes, acabávamos tendo que recondicionar ou adaptar peças de outros modelos. E mesmo assim, quando necessitávamos de enviar a manutenção, ficava muito tempo parada. Era complicado encontrar um mecânico que soubesse e, mais importante, quisesse pegar o serviço, a maioria "fugia" dessa caminhonete em virtude das dificuldades já elencadas. Na minha opinião, baseado no estado das raras unidades que encontro pelas ruas, posso afirmar que tirando carros de colecionadores (que raramente saem as ruas), acho impossível encontrar unidades integras e originais, a totalidade que vejo tem partes a arrumar que vão ficando assim por falta de peças e mão-de-obra. Assim, diante dessa situação, acabamos por comprar uma Fiat Strada (moderna, bonita e de fácil manutenção, mas que não aguentava metade da carga que a Peugeot transportava), porém, sendo sincero, se a Peugeot não tivesse encerrado as importações e fosse mais competente no fornecimento de peças de reposição e mão-de-obra, teríamos comprado outra, era um bom carro no que tange a sua proposta de uso.
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