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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Paço Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Paço Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal

Vista do Palácio Rio Branco.
Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

domingo, 6 de outubro de 2024

O Novo Paço Municipal da Cidade de Santos, São Paulo, Brasil


 

O Novo Paço Municipal da Cidade de Santos, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Paço Municipal / Paço da Liberdade / SESC Paço da Liberdade, Curitiba, Paraná, Brasil





























Paço Municipal / Paço da Liberdade / SESC Paço da Liberdade, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Em 07 de julho de 2006, a história do prédio do Paço da Liberdade começou a ser reescrita, com a assinatura do decreto de permissão de uso do Paço, que consentiu ao Sistema Fecomércio Sesc Senac PR o uso da antiga sede da Prefeitura Municipal, como centro cultural, por 25 anos. Além de, recuperar a arquitetura do século passado, escavações realizadas no prédio revelaram o piso do antigo Mercado Municipal de Curitiba. No andar térreo do prédio, o visitante da Unidade do Sesc pode visualizar este bem arqueológico por meio de quatro vitrines. Texto do SESC.
Nota do blog: Imagens de 2024.

 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Paço Municipal / Palácio Rio Branco / Prefeitura Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 



Paço Municipal / Palácio Rio Branco / Prefeitura Municipal, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal

O Paço Municipal: Câmara e Prefeitura, foi inaugurado em 26 de maio de 1917, em solenidade com a presença do presidente da Câmara Cel. Francisco Schmidt, o prefeito municipal Joaquim Macedo Bittencourt, entre outras autoridades. No piso térreo foram instaladas a prefeitura, instrução pública, contadoria, repartição de obras, biblioteca, tesouraria e portaria; no piso superior ficavam as salas de sessões da Câmara, das comissões e do presidente e prefeito, além de um salão nobre decorado pelo pintor Torquato Bassi. O projeto do edifício é de autoria do engenheiro Antônio Soares Romeo, auxiliado pelo construtor José Michelletti. Trabalharam no prédio o pintor Carlo Barberi, José Barbosa e Mario Nakamura na carpintaria, e José Pontan na execução da fachada. O mobiliário e a tapeçaria foram adquiridos no Liceu de Artes e Ofícios, na Casa Alemã, no Domingos Innecchi & Filho, entre outros estabelecimentos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Vista Para a Praça Montevidéu e Paço Municipal, Circa 1925, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 


Vista Para a Praça Montevidéu e Paço Municipal, Circa 1925, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia


A Praça Montevidéu está localizada no centro histórico da cidade, entre as ruas Sete de Setembro e Uruguai e o final da Avenida Borges de Medeiros, defronte ao Paço Municipal.
Sua origem é relativamente obscura, sendo nos documentos oficiais frequentemente confundida com a Praça XV de Novembro. Contudo, desde 1810 o local já era citado, ainda sem nome, como sendo uma área de uso público, embora de propriedade particular, e devendo ser ampliado com um fragmento, ficando a antiga Rua dos Ferreiros (a atual Rua Uruguai) no meio. Em 1830 foi ordenada sua demarcação para a construção nela de um mercado de peixes, e é registrado que seu território estava sendo invadido e cercado por terceiros. Mais tarde, o próprio governo da província desejou construir no local um liceu, e de fato iniciou o alinhamento do prédio, mas a Câmara embargou as obras alegando que o espaço já era praça pública.
Sua consolidação como logradouro só se deu em 1855, com a expedição de certificados de desapropriação dos terrenos inclusos, processo encerrado em 1858, mas o espaço permaneceria sem urbanização ainda por sessenta anos. Em 1901, em seu limite norte, foi erguido o Paço Municipal, quando seu nome foi definido como Praça Municipal. O ajardinamento da praça, em 1927, foi obra do intendente Otávio Rocha, que mandou criar um canteiro verde em forma de elipse no centro. Em 1935, no centenário da Revolução Farroupilha, o canteiro recebeu uma fonte doada pela colônia espanhola, sendo o nome do logradouro mudado para Praça Montevidéu.
Na praça Montevidéu encontram-se a Fonte Talavera, a placa de Guilherme Socias Villela (ex-prefeito de Porto Alegre) e o marco zero da cidade.
O Paço Municipal foi construído para ser a sede da Intendência de Porto Alegre, que até então funcionava em diversos espaços alugados no Centro Histórico de Porto Alegre. Eleito pelo Partido Republicano em 1897, o intendente José Montaury comprometeu-se com a construção de uma sede definitiva para o Poder Executivo local. Para tal, foram necessários o aterro da Doca do Carvão e a venda de terrenos municipais a fim de levantar fundos para a obra.
O primeiro projeto para a Intendência foi o do engenheiro Oscar Munis Bittencourt, mas devido a ponderações de ordem política o projeto foi vetado e encomendou-se um novo desenho ao veneziano João Antônio Luís Carrara Colfosco. A pedra fundamental foi lançada em 5 de abril de 1898, e a construção iniciou em 28 de setembro daquele mesmo ano. O prédio foi concluído em abril de 1901, sendo ocupado a partir de 15 de maio pelo Conselho Municipal, pela Secretaria, pela Contabilidade, pela Tesouraria e Arrecadação, além do Arquivo, da Inspetoria de Veículos, da Assistência Pública e do primeiro Posto Policial, com sua respectiva cadeia. O custo final da obra chegou a 500 contos de réis, e a maior parte dos materiais empregados proveio da própria Porto Alegre.
Constitui-se o primeiro prédio de caráter nitidamente positivista da cidade e cujo partido geral da planta, em forma de H, deixou profundas influências na arquitetura oficial do período. O edifício reflete o gosto pela monumentalidade vigente na época, e segue um estilo eclético derivado de padrões neoclássicos, e influenciado por diretrizes Positivistas, como se percebe pela estatuária alegórica na fachada. No grupo à direita, junto à Avenida Borges de Medeiros, a figura central representa a Liberdade e a da direita, a História; o busto de Péricles, a Democracia; já a figura da esquerda representa a Ciência. A figura central do grupo colocado próximo à rua Uruguai representa a Agricultura; a da direita representa o Comércio; e a da esquerda figura a Indústria. Em acréscimo, estátuas isoladas que representam a Justiça e a República. Na fachada frontal existem bustos de José Bonifácio e do Marechal Deodoro da Fonseca. No centro encontra-se o Brasão da República.
O emprego de ordens clássicas não impediu adaptações criativas e simbólicas dos padrões estilísticos tradicionais. Por exemplo, a ordem dórica no térreo representa o Poder, e a coríntia, ao alto, fala da Harmonia e da Justiça. O corpo do prédio tem volumetria movimentada, tripartida, com elementos angulares que se projetam à frente. Todas a quatro fachadas são decoradas com cuidado, embora a estatuária e maior ornamentação se concentrem na fachada principal, onde também se eleva uma pequena torre central. Janelas em edícula com tímpanos, platibandas, balaustradas, embasamento simulando pedra rústica, e grandes leões nas escadarias laterais da frente contribuem para acentuar a beleza e interesse do conjunto.
O edifício foi tombado pelo município em 21 de novembro de 1979 e passou por uma reforma total em 2003, adaptando-se diversos espaços internos para exposições de arte e para guarda do Acervo Artístico da Prefeitura de Porto Alegre.




domingo, 28 de agosto de 2022

Paço da Liberdade, 1916, Curitiba, Paraná, Brasil


 



Paço da Liberdade, 1916, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

À frente está a Casa Edith; no lado direito está a estátua do Barão do Rio Branco (na então Praça Municipal); e atrás da estátua está o Palacete Tigre Royal, existente até hoje.

Paço Municipal / Paço da Liberdade, 1916, Curitiba, Paraná, Brasil





Paço Municipal / Paço da Liberdade, 1916, Curitiba, Paraná, Brasil 
Curitiba - PR
Fotografia

Andar pela Praça Generoso Marques, em Curitiba, é estar diante de construções centenárias que ali floresceram no final do século XIX e até hoje são preservadas. De 1870 em diante, ao redor da praça foram edificados os mais modernos casarios e palacetes, que pertenciam a grandes proprietários de Curitiba. Eles seguiam os padrões da arquitetura neoclássica e, principalmente, da Art Noveau francesa, que foi incorporada pelos arquitetos brasileiros e aplicada nos desenhos das propriedades públicas e das privadas pertencentes à elite.
O estilo da Art Noveau é bem conhecido. Sua arquitetura é de alvenaria, com traços curvos nas estruturas que combinam ferro, vidro e muito concreto. As janelas são grandes; o telhado é ondular; as colunas são proeminentes e o espaço interno é reconhecido não só pela luxuosidade, mas pelos amplos e bem aproveitados ambientes.
Foi esta escola artística, por exemplo, que moldou boa parte do projeto do Paço Municipal de Porto Alegre e outros grandiosos edifícios oficiais, principalmente no início da Primeira República. O motivo da escolha de tal tendência é que nela estavam presentes os ideais de civilização, progresso, industrialização e crescimento, base que fundamentou o regime republicano em seus primeiros anos e representou, principalmente, o modernismo.
A construção do Paço Municipal de Curitiba:
Um outro exemplo de Art Noveau no Brasil foi o edifício que abrigou a prefeitura de Curitiba a partir de 1916: o Paço Municipal. Até essa época, tanto o prefeito como a Câmara de vereadores eram itinerantes pois, apesar de ter algumas sedes, nunca se havia definido um espaço específico para as atividades executivas e legislativas da cidade. A mudança ocorreu após a eleição do governador Carlos Cavalcanti de Albuquerque, que, em 1912, decidiu pela construção definitiva de um Paço para a capital, obra iniciada somente em 1914 e inaugurada 2 anos depois.
Mas o que significa Paço?
Se hoje se utilizam as palavras "Prefeitura" e "Câmara Municipal" ou de Vereadores para fazer referência ao espaço político de um município, naquela época esses âmbitos eram agrupados em um mesmo local, cujo prédio era chamado de Paço Municipal ou simplesmente Paço. Pode-se dizer que Paço era sinônimo de prefeitura, isso pelo menos até a Revolução de 1930.
Entretanto, vale dizer que a palavra Paço não simboliza qualquer prédio de prefeitura. Isso porque Paço vem do latim palatius e significa palácio. Isso evidencia, portanto, que para ser considerado como tal, um Paço deve representar uma construção luxuosa e destacada. É por isso que todos os Paços do Brasil, como o de Porto Alegre, o Imperial, o de Feira de Santana e o de Niterói, seguem esse mesmo estilo de grandiosidade arquitetônica. Com o Paço Municipal de Curitiba, é claro, isso não foi diferente.
E o que havia antes da construção do Paço?
O Paço Municipal foi construído exatamente no mesmo local do antigo Mercado Municipal de Curitiba, que ali permaneceu de 1874 até 1912, quando foi transferido para um barracão de madeira na Praça 19 de Dezembro (então chamada de largo da Nogueira). Da arquitetura original, somente foi mantida a fachada do Mercado, que serviu de tapume até a finalização da obra do Paço, sendo demolida logo na sequência.
Na época, a construção do Mercado foi fundamental para o crescimento de Curitiba. Foi ele que permitiu a essa área, então um descampado considero como um fundo de cadeia (pois logo atrás ficava a Cadeia Pública), atrair comércios e moradores, fato que explica os casarios e palacetes ali existentes desde a década de 1870.
Depois da inauguração desse que foi o maior espaço comercial na época, em sua frente foi mantido um espaço aberto, que servia ao trânsito e sociabilização. Para ele, deu-se o nome de “Praça do Mercado”. Com o tempo, essa região assumiu destaque no cenário curitibano, aspecto que influenciou na mudança do nome para “Praça Municipal”.
O projeto e inauguração do Paço:
Os jornais de época, como o Diário da Tarde, atribuem o projeto arquitetônico do Paço ao então prefeito de Curitiba Cândido de Abreu, escolhido pelo governador Carlos Cavalcanti. Porém, os pesquisadores tendem a concordar que dificilmente ele fez tudo sozinho.
Para a arquiteta Suzelle Rizzi, por exemplo, a obra teve como engenheiro-chefe Adriano Goulin e provavelmente foi construída por Angelo Bottecchia e André Pitrelli. Discute-se, ainda, uma possível influência do arquiteto Roberto Lacombe, bem como de João Guelfi e João Ortolani na confecção das pinturas e ornamentações internas. Seja como for, fato é que o conjunto todo foi assinado por Cândido de Abreu.
Além dessas incertezas quanto à autoria do projeto, a realização dele em si foi muito discutida. Isso porque uma lei de 1912 instituía o terreno na esquina da Rua João Negrão com a Rua Senador Laurindo, ao lado da Praça Santos Andrade, como o local para a futura Prefeitura Municipal. Cândido de Abreu, contudo, ignorou-a e escolheu o centro da Praça Municipal, tendo em vista que a região era mais desenvolvida e reconhecida. Muitos dos jornais da época, então, mostraram-se totalmente contra a construção naquele espaço, pois isso representaria a demolição do Mercado Municipal, ação que logo em seguida se consumou.
Nomeação da Praça e do Paço da Liberdade:
Conforme você, leitor, pode notar, a Praça em que estavam tanto o Mercado Municipal quanto a Paço Municipal ainda não era chamada de Praça Generoso Marques à época. Na verdade, o local só foi receber esse nome em 1928, quando o senador paranaense Generoso Marques faleceu. Antes disso, o espaço era chamado de Praça Municipal (entre 1890 e 1928), Praça do Mercado (1874-1890) e Largo da Cadeia (pelo menos desde o início do século XIX). A escolha desse nome, portanto, foi uma homenagem ao político local, que também havia sido governador e um dos principais jornalistas do estado.
Além dessa mudança, outra significativa ocorreu em 1948. Até então, o Paço era reconhecido como Paço Municipal, justamente por ser a prefeitura. Nessa data, porém, o vereador Roberto Barrozo apresentou um projeto à Câmara que culminou na mudança do nome para Paço da Liberdade, que até hoje é mantido como o oficial.
Uma história que continua:
O ano de 1969 foi o último ano do então Paço da Liberdade como sede da prefeitura de Curitiba. Então, mesmo que tenha servido, em 1970, a políticas educacionais do governo federal, o prédio permaneceu abandonado até 1974, quando foi reformado e escolhido para sediar o Museu Paranaense. Dez anos depois, ele se tornou o primeiro e único edifício história do Paraná a ser tombado em nível nacional, estadual e, daí em diante, nacional, por meio do reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Depois de mais um pequeno restauro em 1994, o Paço da Liberdade deixou de ser sede do Museu Paranaense em 2002, quando este se transferiu para o Palácio São Francisco. Novamente, o prédio ficou abandonado por 4 anos, até ser totalmente reformado entre 2006 e 2009, em parceria com a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio/SESC) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). No meio do restauro, inclusive, foram encontrados resquícios do antigo piso do Mercado Municipal de Curitiba, descoberta fundamental para a arqueologia e para a história do Paraná.
Desde então, o Paço da Liberdade se tornou um centro cultural público, que abriga bibliotecas, livraria, café cultural e musical, além de sala de cinema, de música e de exposições. Por isso, embora transformado no tempo e experimentado diferentes circunstâncias, o prédio centenário de Curitiba mantém viva a chama cultural e história que o preserva e nos faz recordar do desenvolvimento história da capital paranaense. Porque ali existiu de tudo um pouco: o efervescente mercado municipal, as tensões políticas, a preservação de memória e, nos dias atuais, o trânsito de pessoas que veem nele uma possibilidade de descobertas.
Nota do blog: Imagem de Arthur Wischral.