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sábado, 8 de junho de 2024

Imagens do Lustre da Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil



 

Imagens do Lustre da Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Peça com enorme riqueza de detalhes, construída por serralheiros do Liceu de Artes e Ofícios (instituição que ocupava o prédio da Pinacoteca do Estado de São Paulo antes da inauguração do museu) no início do século XX.
O lustre tem mais de 100 anos e 8 metros de altura.
Nota do blog: Autoria não obtida / Crédito para Pinacoteca do Estado de São Paulo.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Aspecto do Prédio, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil


 

Aspecto do Prédio, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Nota do blog: Data circa 2010-2020 / Crédito para Jaf.

Lustre, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil




Lustre, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Nota do blog: Data circa 2010-2020 / Crédito para Jaf.


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Saudade (Saudade) - José Ferraz de Almeida Júnior


 



Saudade (Saudade) - José Ferraz de Almeida Júnior
Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
OST - 197x101 - 1899


Obra executada por Almeida Júnior em seu último ano de vida, Saudade apresenta uma mulher que chora ao olhar uma fotografia.
As cores soturnas do interior da casa contrastam com a força da luz que bate sobre o batente. Da janela não se vê nenhuma paisagem, mas sim um plano cinza, o que reforça a sensação de ausência que a obra evoca e que culmina no drama silencioso da personagem.
Em Saudade, Almeida Júnior deu à seu ciclo de pinturas regionalistas um pendor mais narrativo, representando a parte bucólica e dramática da vida caipira.

sábado, 9 de setembro de 2023

Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol, Brasil (Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol) - François Auguste Biard

 


Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol, Brasil (Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol) - François Auguste Biard
Brasil
Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
OST - 85x112 - 1860-1861

Nota do blog 1: Acervo da Fundação Estudar, em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Pintura "atribuída" a François Auguste Biard.
Nota do blog 2: O francês François Auguste Biard desembarcou no Brasil em 1858 com um objetivo: fazer contato e registrar as populações indígenas brasileiras. Quando chegou por aqui, com 60 anos, já era um artista experiente: estudou na École des Beaux-Arts [Escola de Belas Artes], em Lyon, sua cidade natal. Na década de 1820, transferiu-se para Paris e, atuando como professor de desenho da Marinha, viajou para Espanha, Grécia, Síria e Egito. Ao longo dos anos 1830, alcançou fama como artista, tornando-se retratista oficial da corte francesa. Empreendeu outras viagens pelo continente europeu, registrando povos e costumes e coletando objetos com interesse antropológico.
A viagem mais importante na carreira de Biard foi a que fez entre 1839 e 1840 ao círculo ártico. Partindo de Paris, reuniu-se à expedição científica comandada pelo zoólogo Joseph Paul Gaimard à ilha de Spitsbergen, no norte da Noruega. No retorno, Biard, que não viajava como artista oficial, separou-se da expedição e seguiu para a Lapônia. Com base no material produzido durante essa viagem, realizou várias pinturas de paisagens e costumes dos povos da região, apresentadas no Salão de Paris de 1841.
Com o intuito de encontrar os “habitantes selvagens das florestas”, quando chegou ao Brasil, Biard permaneceu por algum tempo no Rio de Janeiro, o suficiente para organizar uma viagem maior até o Pará e o Amazonas. O artista, inclusive, foi convidado a se tornar professor da Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), mas recusou o convite. Da viagem à região amazônica, resultou no livro de relatos Deux Années au Brèsil [Dois anos no Brasil], publicado em 1862, depois de retornar a Paris. A publicação é ilustrada com gravuras de Edouard Riou com base nos desenhos de Biard.
Além do livro, também resultaram dessa viagem algumas pinturas a óleo, entre elas, "Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol", de 1860, que integra o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e está disponível na Brasiliana Iconográfica. Biard não produziu a pintura pela observação direta, mas por meio de relatos contados por pessoas com as quais se encontrou no Amazonas. Em um trecho de Deux Années au Brèsil, fez o seguinte comentário: “[O índio] João me contou também que índios habitantes acima das cataratas do Madeira dirigem preces ao sol, como faziam os antigos peruanos”.
"Índios da Amazônia Adorando o Deus-Sol" foi uma das seis pinturas de Biard expostas no Salão de Paris de 1861. Na imagem, a forma como o artista representou os personagens traz o senso de civilização exótica perseguido e, neste caso, imaginado por ele. Os indígenas são marcados por uma luz que invade a tela e que traz uma sensação de magia em terras tropicais, ressaltada pelas espécies vegetais do entorno. Essa ênfase no exótico e a negação do que é familiar ao artista – no caso de Biard, do ambiente urbano – são alguns traços que aproximam seus trabalhos do romantismo vigente na época, na Europa e no Brasil. Por aqui, a corrente romântica foi incentivada nas artes e na literatura por d. Pedro II, que financiou esse movimento de exaltação do exótico como símbolo tropical. O imperador, aliás, demonstrou bastante interesse pelo trabalho de Biard: convidou-o a se instalar no Paço da Cidade e encomendou a ele retratos de toda a família imperial.
Esse olhar romântico fica mais evidente quando comparamos a pintura de Biard com a de outros artistas viajantes que vieram ao Brasil com objetivos científicos. É o caso de Maximilian zu Wied-Neuwied, cujas obras também estão disponíveis para consulta na Brasiliana Iconográfica. O príncipe alemão coletou, entre 1815 e 1817, extenso material etnográfico e produziu centenas de desenhos e anotações que demonstram seu especial interesse pelas populações indígenas brasileiras, usados como referência até hoje.
Nas gravuras de Wied-Neuwied e de outros artistas e cientistas viajantes, como Johann Baptiste von Spix e Carl Friederich Phillip von Martius, nota-se uma preocupação em descrever o indígena brasileiro com suas características físicas e comportamentais. “Essas gravuras, pensadas como registros da observação da realidade, revelam as características de diversos povos indígenas com a objetividade que se atribuía na época à imagem científica”, explica Valéria Piccoli no catálogo da exposição François Auguste Biard: o indígena e o olhar romântico, exibida na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2010. Já nas pinturas de Biard, as cenas e rituais imaginados apresentam-se em meio a uma mítica floresta amazônica, sem preocupação com a objetividade científica. Segundo Ana Maria Belluzzo, em O Brasil dos Viajantes, “O indianismo de Biard é resultante da convergência de características dessa personalidade multifacetada, que reúne o perfil de explorador naturalista a imaginação fantasiosa do artista romântico. (...) Biard conjuga a prática de retratista com a observação naturalista, demonstrando certo talento na pintura fisionômica dos índios. Por outro lado, as cenas no interior da floresta não são comandadas pela intenção documental, mas movidas pelo mistério que o homem cansado da cultura europeia encontra nas culturas alienígenas e carrega de imaginação fantástica”.

sábado, 16 de outubro de 2021

Monumento à Independência, São Paulo, Brasil (Monumento à Independência) - Luiz Carlos Peixoto

 


Monumento à Independência, São Paulo, Brasil (Monumento à Independência) - Luiz Carlos Peixoto
São Paulo - SP
Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
OST - 80x112 - 1893




Após decidir ficar no Brasil e desobedecer às ordens da classe política portuguesa, Dom Pedro recebeu o título de “defensor perpétuo e protetor do Brasil”.
Os portugueses insistiram em dar ordens ao príncipe para que retornasse a Portugal e dissolvesse o novo governo, e iniciaram os preparativos bélicos para atacar o Brasil. Dom Pedro declarou seu descontentamento em carta ao pai: “É um impossível físico e moral Portugal governar o Brasil, ou o Brasil ser governado por Portugal”.
Devido aos rumores de rebeliões de separatistas, partiu em velozes viagens a cavalo rumo a cidades relevantes da época. Durante uma delas, no dia 2 de setembro, Dona Leopoldina organizou uma sessão extraordinária, onde os conselheiros analisaram as últimas ações de Portugal contra o Brasil.
Em 7 de setembro de 1822, o príncipe recebeu as mensagens da esposa, que o convencia a separar o Brasil de Portugal, e de José Bonifácio, que o informava que os atos do ministro haviam sido anulados pelos portugueses.
Às margens do Ipiranga, Dom Pedro deu o brado da Independência, desvinculando o Brasil de Portugal e dando início à nossa soberania. Seu discurso foi relatado pelo Padre Belchior da seguinte forma:
“Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguem-nos. De hoje em diante, nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais. Laços fora, soldados! Viva a independência, a liberdade, e a separação do Brasil! Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte!”
Chegou em São Paulo anunciando a Independência, sendo recebido com grande festa e chamado Rei do Brasil.
Logo foi criada a primeira bandeira nacional, e Dom Pedro foi aclamado o Imperador do Brasil.
Escreveu a seu pai:
“Tive a honra de receber de Vossa Majestade uma carta (…) na qual Vossa Majestade me repreende pelo meu modo de escrever e falar da facção luso-espanhola (…); eu não tenho outro modo de escrever, e como o verso era para ser medido pelos infames deputados europeus e brasileiros do partido dessas despóticas cortes executivas, legislativas e judiciárias, cumpria ser assim (…).
“Embora se decrete a minha deserdação, embora se cometam todos os atentados que em clubes carbonários forem forjados, a causa santa não retrogradará, e eu antes de morrer direi aos meus caros brasileiros: ‘Vede o fim de quem se expôs pela pátria, imitai-me’. (…)
“Firme nestes inabaláveis princípios, digo (tomando a Deus por testemunha e ao mundo inteiro), a essa cáfila sanguinária, que eu, como Príncipe Regente do reino do Brasil e seu defensor perpétuo, hei por bem declarar todos os decretos pretéritos dessas facciosas, horrorosas, maquiavélicas, desorganizadoras, hediondas e pestíferas cortes, que ainda não mandei executar, e todos os mais que fizerem para o Brasil, nulos, írritos, inexequíveis, e como tais com um veto absoluto, que é sustentado pelos brasileiros todos, que, unidos a mim, me ajudam a dizer: ‘De Portugal nada, nada; não queremos nada’.
“Jazemos por muito tempo nas trevas; hoje vemos a luz. Se Vossa Majestade cá estivesse seria respeitado, e então veria que o povo brasileiro, sabendo prezar sua liberdade e independência, se empenha em respeitar a autoridade real, pois não é um bando de vis carbonários, e assassinos, como os que têm a Vossa Majestade no mais ignominioso cativeiro.
“Triunfa e triunfará a independência brasílica ou a morte nos há de custar.
“O Brasil será escravizado, mas os brasileiros não; porque enquanto houver sangue em nossas veias há de correr, e primeiramente hão de conhecer melhor o — Rapazinho — e até que ponto chega a sua capacidade, apesar de não ter viajado pelas cortes estrangeiras. (…)
“Sou de Vossa Majestade, com todo o respeito, filho que muito o ama e súdito que muito o venera.
“Pedro.”

sábado, 14 de outubro de 2017

Fim de Romance (Fim de Romance) - Antônio Parreiras





Fim de Romance (Fim de Romance) - Antônio Parreiras
Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
OST - 97x185 - 1912

É uma pintura de paisagem que se assemelha com a pintura acadêmica dos artistas formados pela Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
O estilo desta tela de Antônio Parreiras está vinculado à ideia de retomada dos modelos clássicos de representação da natureza, sobretudo o greco-romano.
A influência acadêmica nota-se tanto no modo de pintar quanto no tema escolhido, uma paisagem de interior.
O espaço da obra nos determina o tipo de ambiente e o local em que se passa a narrativa representada, um meio rural reconhecido pela estrada sem revestimento, a falta de movimentação no local, quase deserto, pela vegetação rasteira e pelas vestimentas típicas do interior.
Uma viagem a cavalo foi interrompida, anúncio de um suicídio.
Um homem caído que sugere ter sofrido alguma decepção amorosa que lhe tira por completa a vontade de viver.
No primeiro plano da pintura, encontra-se um corpo masculino adulto estendido na estrada, como se esse tivesse sido jogado.
O corpo do personagem representado não possui movimentos, o que demonstra ser um corpo morto, em sua mão direita há uma arma de fogo, esse a segura sem nenhuma força com uma expressão facial serena e tranquila, como em um sono profundo.
Há um tímido sangue escorrendo de sua cabeça, que mostra ser esse o lugar onde a bala da arma penetrou ao atirar, já suas vestes estão intactas e sem nenhum vestígio de sangue.
Ao lado do corpo estendido, em um segundo plano, há um cavalo que carrega sobre seu “lombo” uma cela, seu pescoço inclina-se ao corpo, sua boca cheira o corpo.
O terceiro plano é identificado pela representação do céu e um clima um pouco nebuloso.
A sombra dos personagens foi definida pelo pintor através de pincelas suaves para o lado direito e as cores usadas na composição são em sua maioria frias.
O texto a seguir busca apresentar “Fim de romance”, 1912, de Antônio Parreiras.
Fim de romance foi exposta pela primeira vez em São Paulo em 1913, na 2ª Exposição de Belas-Artes, realizada no Liceu de Artes e Ofícios – que, à época, funcionava junto com a Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra ficou então sob a guarda do recém-criado museu e, em 11 de novembro de 1915, foi incorporada ao acervo, transferida do Gabinete do Secretário do Interior, órgão ligado ao Governo. Apesar de profunda pesquisa em periódicos, autobiografia, documentos pessoais sob a guarda do Museu Antônio Parreiras, bem como todos os documentos emitidos pela Secretaria do Interior depositados no Arquivo Público do Estado de São Paulo, nada foi encontrado sobre o tema da obra, forma de aquisição, e onde se havia sido exposta anteriormente.
No período em que esteve na 2ª Exposição Brasileira de Belas-Artes, entre 12 de janeiro e 15 de fevereiro de 1913, foi objeto de duas críticas da imprensa local: a primeira, em 26 de janeiro de 1913, no jornal Correio Paulistano, e a segunda, no dia 12 de fevereiro do mesmo ano, em O Estado de S. Paulo. Os comentários estão relacionados à descrição da obra, sua técnica e indagação a respeito de se a cena refere-se a um suicídio ou assassinato: “[...] Antônio Parreiras, outro nome assaz aplaudido e assaz bafejado pela crítica, exibe apenas uma tela de vulto, Fim de romance, que muitos elogiarão incondicionalmente, mas na qual é preciso notar o céu perpendicular, um dos olhos roxos do suicida (?) a contrastar com o rubro nariz e com o sangue ainda mal coagulado, que escapa da cabeça varada pela bala, o que, não obstante, atrai já um bando de corvos famintos, que se aproximam no espaço.” Ou “[...] para nos postarmos diante da tela Fim de romance. Aí temos o seguinte: em uma vasta planura, de leves ondulações, atapetada por um verde-claro, tocado de amarelo- esbranquiçado um caminho transpassa, areento, em curvas brandas. No primeiro trainel dessa estrada e no plano central, jaz de costas o corpo inanimado de um cavaleiro, os membros em cruz, empenhando ainda uma garrucha, com as pálpebras cerradas e violáceas, o rosto com máculas cadavéricas, e o filete de sangue rubro que, escorrendo de uma das fontes se espalha e empasta sobre o solo do caminho. Ao lado, o cavalo com arreios de montaria, fareja o corpo do cavaleiro. O céu está carregado de nuvens com reflexos amarelentos; uma brisa ligeira agita a cauda e as crinas do animal: surgem ao longe algumas negras aves de rapina. Fim de romance, intitula o autor este quadro de tragédia; ele o teria visto ou inventado. Olhando este corpo morto, ao lado do animal surpreso e inquieto, inquiriremos nós se se trata de um suicídio ou de um assassinato, e qual outro poderia ter sido romance que produziu tétrico epílogo.”
Em 1952, a Pinacoteca implanta um projeto que funcionaria até 1972, denominado Pinacoteca Circulante, que exibia uma seleção de obras significativas do acervo em clubes, salões paroquiais e escolas em cidades do interior paulista. A obra Fim de romance participa em algumas das mostras e, em 1961, o então diretor do museu Túlio Mugnaini faz a seguinte afirmação no catálogo da Exposição circulante de Ribeirão Preto: “Fim de romance, de Antônio Parreiras. Belo quadro, tendo sido inspirado, pelo que parece, num conhecido romance de Taunay”. Mas qual seria o romance? Ao que tudo indica, trata-se de Inocência, pois há semelhanças da pintura com o romance, em seu capítulo XXX, denominado “Desenlace”. A história é narrada a partir das lembranças e impressões do autor com relação à realidade natural e sociocultural do sertão, uma vez que se inscreve fiel e objetivamente na confluência dos estados de Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Goiás; a estrutura do romance analisa e apresenta, por sua vez, os valores e comportamentos de um grupo social definido: o sertanejo pequeno proprietário. Inocência era filha do viúvo Pereira e morava em um sítio. Era noiva de Manecão quando se apaixonou por Cirino, curandeiro ambulante que se fazia passar por médico e andava pela região. O pai de Inocência hospedava este e Meyer, um naturalista alemão também em viagem pela região. No sítio, morava ainda o anão Tico, que, por amar Inocência, se tomava por zeloso vigilante do bem-estar da moça. O romance entre Inocência e Cirino veio à tona; o pai da moça, porém, não admitia que a filha sequer pensasse em romper o noivado. O noivo, por sua vez, ao tomar ciência da situação, buscou vingança ao assassinar Cirino.
Em 1976, a obra foi escolhida para participar do projeto da Pinacoteca Destaque do Mês, no qual uma obra do acervo era exposta no saguão principal, com a biografia do autor e texto técnico do diretor, à época, Aracy Amaral. Na década de 1980, foi realizado na Pinacoteca o Projeto Releitura, que convidava artistas contemporâneos a escolher uma obra do acervo do museu a fim de criarem uma releitura. O artista Waldomiro de Deus (1944) escolheu a pintura de Parreiras, realizando um tríptico denominado: Violência, ontem, hoje e amanhã, também pertencente à coleção do museu. Em 2005, a obra Fim de romance emprestou seu nome à exposição da artista alemã Christine Meisner (1970) e do artista francês Olivier Menanteau (1956), realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães de Recife e no Musée des Beaux-Arts de Nantes, na França.