domingo, 23 de abril de 2023

Cartões de Aviso de Troca de Óleo Lubrificante, Shell Lubrificação, Shell, Brasil







Cartões de Aviso de Troca de Óleo Lubrificante, Shell Lubrificação, Shell, Brasil
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Antigos cartões de aviso de troca de óleo lubrificante marca Shell. Na época a propaganda da empresa utilizava da figura de um personagem fictício chamado "Dr. Shellubrificação".
 

Estação de Bondes, Praça Tiradentes, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Estação de Bondes, Praça Tiradentes, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal

Cartão Postal "Campeones Mundiales México 70", 1970, México





Cartão Postal "Campeones Mundiales México 70", 1970, México
Laper N. 2
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Cartão postal circulado do México para o Brasil, mostrando as bandeiras dos selecionados já campeões do mundo até aquele momento.
 

Filosofia de Internet - Humor


 

Filosofia de Internet - Humor
Humor

Estação Ferroviária de Santa Rita do Passa Quatro, Atual Museu Histórico e Pedagógico Zequinha de Abreu, Praça Poeta Mário Mattoso, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil































Estação Ferroviária de Santa Rita do Passa Quatro, Atual Museu Histórico e Pedagógico Zequinha de Abreu, Praça Poeta Mário Mattoso, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil
Santa Rita do Passa Quatro - SP
Fotografia


Nota do blog: Imagens de 2023.

sábado, 22 de abril de 2023

Qual é a Diferença Entre o Leite Pasteurizado e o UHT? - Artigo

 


Qual é a Diferença Entre o Leite Pasteurizado e o UHT? - Artigo
Artigo


São processos de esterilização diferentes. O pasteurizado, geralmente de saquinho, é aquecido a mais de 70 °C por até 20 segundos, e então resfriado muito rapidamente a -4 °C. Esse método, chamado pasteurização, mata apenas as bactérias que causam doenças – e conserva o leite por até sete dias.
Já o processo UHT (ultra high temperature, em inglês), típico do leite de caixinha, é mais radical: o leite é aquecido a 140 °C por até 8 segundos. Como praticamente nenhuma bactéria sobrevive, ele dura quatro meses em temperatura ambiente.

Por que Salsicha Faz Mal Para a Saúde? Tem uma Porção Segura Para Consumo? - Artigo

 




Por que Salsicha Faz Mal Para a Saúde? Tem uma Porção Segura Para Consumo? - Artigo
Artigo


Ingrediente principal do cachorro-quente, a salsicha é um embutido e seu consumo é bastante controverso. O alimento industrializado contém grandes quantidades de gorduras, conservantes, aditivos, sódio e colesterol. Porém, pelo fato de seu preço estar mais acessível do que a carne vermelha, é comum que ela esteja presente com frequência na dieta de muitos brasileiros.
"A salsicha é um ultraprocessado, mas fornece uma grande quantidade de proteínas. Isso pode contribuir para reduzir a desnutrição calórica. No entanto, é importante lembrar que é preciso consumir com moderação e este alimento deve fazer parte de uma dieta equilibrada para não ser prejudicial ao organismo", destaca Paulo Henkin, nutrólogo e diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
Veja abaixo tabela nutricional da salsicha não aquecida (50 g, equivalente a uma unidade):
Calorias: 109 Kcal
Proteínas: 6,9 g
Gorduras: 7,35 g
Cálcio: 17 mg
Sódio: 597 mg
Magnésio: 9,65 mg
Fósforo: 110,5 mg
Potássio: 95 mg
Selênio: 3 mcg
Do que é feita a salsicha?
Há diversos tipos de salsichas disponíveis no mercado. De forma geral, é possível encontrar as que são produzidas com carne bovina, suína ou de frango. Elas costumam ser feitas daquela carne que sobra e fica presa no osso do animal e também de miúdos moídos.
"O alimento é obtido por meio da emulsão de carne de uma ou mais espécies de animais de açougue e submetido a um processo térmico adequado. Portanto, ocorre uma mistura de carne com a umidade da gordura. Como todos os ultraprocessados, ela apresenta mais calorias, sódio, corantes e conservantes do que o recomendado."Andrea Pereira, nutróloga do Hospital Israelita Albert Einstein e cofundadora da ONG Obesidade Brasil
Os conservantes e aditivos são incorporados na salsicha para garantir seu aspecto, textura, sabor e cor.
Quantidade recomendada:
Não existe uma quantidade recomendada. De acordo com os especialistas consultados, o ideal é que seja uma comida de exceção, ou seja, a salsicha deve ser consumida em pequenas quantidades e, de preferência, uma ou duas vezes por semana, no máximo.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), consumir cerca de 50 g de carne processada diariamente já é arriscado para a saúde. Neste caso, a quantidade seria equivalente a ingerir uma salsicha por dia.
"Vale destacar que um cachorro-quente ou um espaguete com salsicha, em uma dieta equilibrada, não oferece risco à saúde. A hipótese do risco aparece no consumo quase diário de dietas pobres em variedade de nutrientes."Paulo Henkin, nutrólogo e diretor da Abran
Riscos do consumo em excesso:
Consumir salsicha regularmente, com outros ultraprocessados, como mortadela, linguiça, hambúrguer e frango empanado (nuggets), aumenta o risco de diversas doenças e compromete bastante a saúde.
Um dos riscos citados com frequência pelos pesquisadores é o aumento do risco de câncer. De acordo com um estudo divulgado no periódico American Journal of Preventive Medicine, o consumo de ultraprocessados está relacionado à morte prematura de 57 mil pessoas por ano no Brasil.
Os principais problemas de saúde que podem surgir com o consumo excessivo de salsicha são:
Diabetes;
Obesidade;
Doenças cardiovasculares;
Hipertensão;
Depressão e distúrbios do humor;
Síndrome metabólica;
Asma;
AVC.
Esses problemas de saúde acontecem porque as carnes processadas possuem grandes quantidades de compostos químicos que são adicionados na sua produção. Entre eles, destacam-se os nitritos e nitratos. Esses itens podem alterar o DNA do organismo, que fica mais propenso a doenças, como o câncer.
"A salsicha é considerada uma fonte de calorias vazias, ou seja, é um produto alimentício que não possui uma composição capaz de nutrir o indivíduo. Porém, é fonte de aditivos alimentares e excesso de calorias, em contraponto ao baixo valor nutricional."Jamile Tahim, nutricionista mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará)
Dá para tornar a salsicha mais saudável?
As salsichas costumam ter a mesma composição e nutrientes, independentemente do tipo escolhido. No entanto, as de frango e as versões lights são consideradas um pouco mais saudáveis. Há ainda opções que não levam a carne mecanicamente separada.
"A composição da salsicha é considerada desbalanceada e fonte de substâncias pró-inflamatórias. No entanto, pensando no contexto de insegurança alimentar de pessoas induzidas ao consumo pelo baixo preço, o recomendado é ferver o alimento antes do preparo", indica Tahim.
Veja abaixo algumas dicas na hora da compra e preparo da salsicha:
Na hora de escolher a salsicha, é fundamental olhar os rótulos e comparar os ingredientes. É importante lembrar que quanto menos itens tiver, melhor a qualidade do produto.
Cheque o prazo de validade e verifique se há um selo que indique que o alimento foi inspecionado e produzido em um local adequado.
Escolha as salsichas que estão embaladas a vácuo em plástico e sem muita água. Isso garante que o produto esteve em temperatura de refrigeração adequada e evita o risco de contaminação e deterioração.
Evite comprar as salsichas "soltas", que são embaladas nos mercados --o manuseio pode ter sido realizado de forma inadequada.
As opções fervidas, refogadas, assadas no forno são as mais saudáveis. Evite preparar a salsicha frita ou queimar na grelha por muito tempo.
Quem deseja aumentar o teor de proteínas na alimentação sem o consumo de embutidos pode utilizar fontes vegetais de aminoácidos, como o arroz integral com feijão e ovos.
Sempre que possível, opte por refeições caseiras, com legumes, verduras e frutas.

6 Mitos Sobre Comida que Você já Deve ter Acreditado - Artigo

 


6 Mitos Sobre Comida que Você já Deve ter Acreditado - Artigo
Artigo




No mundo da alimentação, as notícias falsas também brotam e se multiplicam. Há de tudo, desde as que instituem os novos alimentos milagrosos, até as que, por exemplo, creditam a adição de cítricos aos refrigerantes a incidências de doenças —já desmentida.
A verdade é que quando se fala em nutrição, não existe ingrediente que possa ser mocinho ou vilão; o alimento industrializado tem o seu papel, assim como as substâncias adicionadas nos processos, e o impacto negativo pode ser consequência da frequência do consumo, assim como as quantidades ingeridas.
"Qualquer substância, mesmo uma simples erva, é suscetível a efeitos colaterais e sempre precisa da orientação de um especialista", diz Durval Ribas Filho, nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
Segundo ele, há uma citação antiga que diz que a versão de um fato científico não pode ser maior que o fato científico. "Assim, os trabalhos científicos elaborados com rigor, junto a instituições de ensino e pesquisa, e publicados em revistas que tenham um bom impacto científico, são os canais adequados para se pesquisar as verdades científicas."
Antes de repassar ou repetir uma informação, é fundamental pesquisar e certificar-se da sua veracidade. A seguir, veja os mitos mais comuns envolvendo alimentos:
1. Fórmulas mágicas, como tomar água com limão em jejum ou comer abacaxi após as refeições para emagrecer:
O presidente da Abran explica que, apesar dos nutrientes vitais que compõem cada um desses alimentos, o limão não tem propriedades de aumentar a quebra de gorduras ou elevar o gasto energético, assim como o abacaxi não tem capacidade de reduzir o peso corporal.
"A cada ano, surgem produtos, alimentos, nutrientes com superpoderes, mas o que as ciências nutricionais demonstram é que a diversidade na alimentação e a ingesta alimentar personalizada favorecem a longevidade com saudabilidade, sem o desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis."
Durval Ribas Filho, nutrólogo e presidente da Abran
2. Culpar certos alimentos e excluí-los da dieta:
Segundo os especialistas, não é raro as pessoas excluírem determinados alimentos da dieta por conta própria, como frutas, por acharem que a frutose presente nelas é a responsável por provocar malefícios ao organismo. Porém, de acordo com Patrícia Anno, nutricionista funcional, comportamental e esportiva, a frutose que pode fazer mal não é da fruta, mas a obtida de maneira artificial e adicionada a alimentos industrializados.
"O carboidrato também foi excluído por muitas pessoas de suas dietas pelo medo de engordar, por não entenderem que é a principal fonte de energia para o corpo", exemplifica a nutricionista.
3. Achar que opções sem glúten são mais saudáveis:
Muitos acreditam que alimentos sem glúten são mais saudáveis. Mas uma pesquisa realizada pela nutricionista Tainá Fernandes Drub, para identificar a percepção dos consumidores frente aos produtos sem glúten, encontrou desinformação, como confundir glúten com carboidrato, sendo na verdade uma proteína; achar que possui menor índice glicêmico —que não depende da presença do glúten.
Há muitos que também acreditam que ao retirar o glúten irão reduzir o risco de doenças da tireoide —algo que não tem comprovação científica. Na verdade, o glúten só faz mal mesmo para quem tem doença celíaca.
4. Acreditar em vilões, como o leite:
O leite figura entre os itens sobre os quais mais circulam notícias falsas, incluindo adição de substâncias, como formol, e a ideia —também mentirosa— de que há escalas coloridas no fundo das caixas de leite UHT para marcar quantas vezes o produto voltou para o reprocessamento.
Na primeira situação, até houve problemas de adulteração do leite em 2013, por empresas do RS, mas somente por um caso não faz sentido que a informação ainda esteja sendo divulgada de forma vaga e alarmista. Quanto ao segundo caso, as barras coloridas se referem à impressão das embalagens.
Fábio Moura, endocrinologista e diretor da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), lembra que também não há comprovação científica sobre a relação entre a ingestão de leite e derivados e o risco de câncer.
5. Aditivos e conservantes são sempre ruins:
Renata Faraco Fantaccini, engenheira de alimentos e vice-presidente da ABEA-SP (Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos do Estado de SP), esclarece que aditivos e conservantes são ingredientes que auxiliam na manutenção da estabilidade do produto processado, garantindo que chegue à mesa do consumidor livre de qualquer alteração que coloque em risco a saúde.
"Todos os aditivos têm suas especificações de uso e quantidades estabelecidas pela Anvisa e, rigidamente, seguidas pelas indústrias, que têm licença de funcionamento, inclusive atrelada às boas práticas de fabricação, obrigatoriedade de realização de análises laboratoriais em estabelecimentos habilitados pela Agência e mais a apresentação de uma infinidade de documentos técnicos que são elaborados, implantados e acompanhados sempre por um profissional responsável técnico pela operação industrial."
Renata Faraco Fantaccini, engenheira de alimentos e vice-presidente da ABEA-SP
A engenheira de alimentos cita que entre os aditivos estão gomas como a carragena, que é um gel extraído de algas marinhas, e a lecitina, extraída da soja. Entre os conservantes: o ácido ascórbico (vitamina C), ácido acético (vinagre), sal, ervas aromáticas.
Na opinião dela, muitas vezes essas informações são apresentadas por meio de nomenclaturas nos rótulos o que pode levar a divulgações equivocadas devido ao desconhecimento. "Existem, sim, os aditivos chamados sintéticos, não encontrados na natureza, mas todos produzidos com ingredientes de graus alimentícios e regulamentados pela Anvisa", enfatiza.
O problema, como qualquer alimento, é exagerar na dose. Diversos estudos em animais mostram associação entre o consumo excessivo com o surgimento de algumas doenças crônicas.
6. Glutamato monossódico é maléfico:
O glutamato monossódico é um aditivo usado pela indústria para realçar o sabor dos alimentos. Apesar de ser relacionado à obesidade constantemente por perfis nas redes sociais, não há resultados conclusivos sobre essa associação. O problema, de novo, é a dose. Isso porque os estudos disponíveis têm resultados inconclusivos quanto à quantidade diária permitida para consumo.
Sabe-se, entretanto, que o excesso a longo prazo pode trazer danos à saúde, como dor de cabeça, alteração na memória, na cognição, além de agitação.
Mas estudos realizados pela FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) da Unicamp sugerem que a substituição do sal de cozinha pelo glutamato traria benefícios à saúde pela redução do sódio.

Primeira Lombada Eletrônica do Mundo, 1992, Rua Mateus Leme, Curitiba, Paraná, Brasil

 





Primeira Lombada Eletrônica do Mundo, 1992, Rua Mateus Leme, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


A primeira lombada eletrônica de Curitiba foi instalada na Rua Francisco Derosso, no bairro Xaxim, certo? Errado! Por muitos anos, até mesmo a prefeitura de Curitiba pensava que a primeira era a do Xaxim. Mas a Tribuna descobriu que, na verdade, a primeira de Curitiba (e do mundo!) foi a da Rua Mateus Leme, no bairro São Lourenço, que recentemente foi retirada de lá por conta da criação do binário com a Rua Nilo Peçanha.
Para explicar o “engano”, nada melhor do que conversar com o arquiteto que inventou e instalou o equipamento: Osvaldo Navarro, 74 anos, que mora a poucas quadras da Rua Mateus Leme. Na época, ele era funcionário do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e expôs a sua ideia para um grande amigo que entendia muito de eletrônica e computação, o Donald Schause. E assim surgiu a primeira lombada.
Na época, conta Osvaldo, os radares já existiam. “Mas eu queria que fosse algo mais preciso, que registrasse com mais precisão a velocidade, a placa, quantos carros passam por ali. Além disto, eu quis criar algo que fizesse parte do mobiliário urbano, que fosse uma marca da cidade. E tinha que ser bonito, que o motorista visse claramente as luzes verde (quando passava em velocidade permitida), vermelho (quando em velocidade acima do permitido) e o amarelo piscando constante (para que todos vissem de longe que ali havia uma lombada), além do visor mostrando a velocidade”, diz o arquiteto, referindo-se ao design do equipamento.
Tudo foi montado em cima da filosofia de Osvaldo, de educação para o trânsito, de que era preciso diminuir a velocidade dos veículos nas cidades. “Na época, o Denatran queria aumentar a velocidade nos centros urbanos. Hoje todo mundo reconhece o que eu já falava lá trás, de quem tem que diminuir. Depois que as lombadas eletrônicas foram instaladas, várias pesquisas foram feitas e constataram que elas conseguiram reduzir os acidentes. Olha quanta gente está viva hoje por causa das lombadas”, afirma Osvaldo, mostrando que o intuito do design criado, com calçada e grama no meio e a luz amarela piscando era justamente para chamar atenção das pessoas e dos motoristas de que ali havia uma travessia segura para pedestres e que deveria ser respeitada por todos.
Conforme a empresa Perkons, que é de propriedade de Donald, amigo de Osvaldo, e desde aquela época fabrica as lombadas, o número de infrações registradas pelos equipamentos diminui em média 70% após o primeiro ano de implantação. E o Detran-PR também verificou que, sete anos após a implantação dos equipamentos, os acidentes reduziram 40% na capital paranaense. Outra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-Rio), diz a Perkons, concluiu que cada lombada evita cerca de três mortes e 34 acidentes por ano. E agora, que os curitibanos estão habituados à filosofia educacional dos equipamentos, o índice de respeito à velocidade nos trechos fiscalizados é de 99,93%.
“No começo era difícil as pessoas entenderem o caráter educativo da lombada eletrônica. Diziam que era a máquina caça níquel da prefeitura, chamavam de Cássio Níquel (em referência ao então prefeito Cássio Taniguchi). Mas depois as pessoas foram entendendo a importância de reduzir a velocidade”, explica o arquiteto.
A lombada eletrônica da Rua Francisco Derosso foi instalada no dia 20 de agosto de 1992 e segue firme e forte fiscalizando a velocidade dos motoristas. Osvaldo não lembra a data exata de quando foi instalada a da Mateus Leme. Mas é categórico em afirmar que foram vários meses antes do que a do Xaxim. “Instalamos e ficamos meses testando, ver se funcionava corretamente, se fazia a contagem dos veículos, se o povo estava aprovando. Só depois é que foi colocada a da Francisco Derosso. E lá na Derosso era engraçado. O povo ficava na calçada vaiando quem passava”, diz Osvaldo.
Mas quando o arquiteto e o amigo Donald apresentaram o projeto ao Detran, foram informados de que a lombada não poderia multar ninguém, porque não havia nada na lei que previsse multas emitidas por equipamentos eletrônicos. “Até então, eram multas no papel, que o guardinha deixava no vidro do carro da pessoa. A lombada ou radar só poderia multar se a lei fosse modificada. Então colocamos o projeto debaixo do braço e fomos para Brasília”, conta o arquiteto, que mostrou o projeto e todos os estudos feitos ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “O Denatran aprovou, o Contran regulamentou e a lei foi modificada, prevendo a multa por equipamentos eletrônicos. Era algo inédito”, orgulha-se Osvaldo.
A invenção de Osvaldo e Donald ainda não existia em lugar nenhum do mundo e, portanto, a lombada eletrônica da Rua Mateus Leme foi a primeira do mundo inteiro. Hoje, o equipamento é usado em larga escala no mundo todo.
Já com a primeira lombada eletrônica de Curitiba instalada na Rua Mateus Leme, que é caminho para os motéis da Rodovia dos Minérios, os homens e mulheres infiéis foram os primeiros a reclamar da novidade. “É porque, na época, o equipamento fazia a foto de toda a frente do veículo e pegava a imagem dos ocupantes dos bancos da frente. Aí chegava a multa na casa da pessoa, a esposa abria a correspondência e via que o marido tinha ido pro motel com outra. Deu cada confusão! Mas por outro lado, lá no interior do Paraná aconteceu um crime e a lombada ajudou na solução do caso. Um ladrão baleou uma pessoa para levar o carro dela em assalto. O marginal passou na lombada em alta velocidade e o equipamento registrou a foto do bandido dirigindo com a vítima no banco do lado. Por causa desta foto, a polícia conseguiu identificar e prender o assaltante”, revela o arquiteto Osvaldo Navarro.
Mas não foi por muito tempo que a lombada “separou” casais. “Alguns dos infiéis entraram com processos em Brasília, alegando invasão de privacidade, e conseguiram modificar a lei. Hoje, o equipamento fotografa só a placa”, ri Osvaldo.
Conforme o arquiteto, a lombada eletrônica tem muitas vantagens em relação à lombada física. “Gasta menos combustível, desgasta menos o carro, melhora o fluxo no trânsito e evita acidentes. Se a lombada não está bem sinalizada, o motorista não enxerga e freia em cima, derrapa, pode causar engavetamentos. Como a eletrônica tem a luz amarela piscando, está sempre bem sinalizada e visível ao motorista”, analisa.

sexta-feira, 21 de abril de 2023