sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Palácio Rio Negro, Sede do Governo, Manaus, Amazonas, Brasil



Palácio Rio Negro, Sede do Governo, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia - Cartão Postal


O Palácio Rio Negro foi sede do governo e residência oficial do governador. Seu nome original era Palacete Scholz, construído pelo alemão Waldemar Scholz, considerado o "Barão da Borracha". Teve o nome alterado para Palácio Rio Negro em 1918 após autorizada a compra pelo governador do Amazonas, Pedro de Alcântara Bacellar.
Construído no início do século XX, em estilo eclético, pelo arquiteto italiano Antonio Jannuzzi (1855-1949), para ser residência particular do comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, que devido à queda do preço da borracha a partir de 1912 e depois à primeira guerra mundial teve que o hipotecar ao coronel Luiz da Silva Gomes, por 400 contos de réis, este seringalista e comerciante, numa primeira fase arrendou o Palácio para residência do governador. E mais tarde,foi adquirido pelo governo em 1917, (compra autorizada pela lei nº892 de 28 julho 1917) , para torna-se sede do Poder Executivo e residência do governador, permanente como palácio de despachos até abril de 1995.
Em 1997, o Governo do Estado, em virtude de sua beleza arquitetônica e valor histórico, transformou-o em Centro Cultural Palácio Rio Negro, com espaços abertos a recitais de música erudita e instrumental, exposições, lançamentos de livros, dança e teatro, além de outras atividades.
Contando com a consultoria especializada de técnicos do Centro Cultural Banco do Brasil (CBBB), a Secretaria de Cultura traçou o novo formato do Palácio Rio Negro, climatizado e adequado a todo tipo de exposição.
A partir de novembro 2000, o Palácio passou a servir de polo para outros espaços culturais, agregando ao seu redor o Museu-Biblioteca da Imagem e do Som do Amazonas/ MISM, o Museu de Numismática Bernardo Ramos, a Pinacoteca do Estado, o Cine-Teatro Guarany e o Espaço de Referência Cultural do Amazonas/ ERCAM, todos funcionando com regularidade e de forma integrada.
O Palácio Rio Negro foi construído no início do século XX, no ano de 1903, para ser a residência de um rico exportador de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz que foi também Presidente da Associação Comercial do Amazonas e Cônsul da Áustria.
Conhecido à época como Palacete Scholz, o prédio é um marco do período em que o Amazonas era um dos estados mais prósperos da União.
O declínio do comércio da borracha no Amazonas devido ao desenvolvimento da produção gomífera no continente asiático, somado a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que interrompeu a linha de navegação entre Manaus e Hamburgo, na Alemanha, prejudicou sobremaneira os negócios do comerciante alemão, que teve de hipotecar o imóvel.
Arrematado em leilão pelo rico seringalista Luiz da Silva Gomes, o prédio foi primeiramente alugado ao Estado do Amazonas, no governo do Dr. Pedro de Alcântara Bacellar.
Em 1918, apesar da crise econômica que se abatia sobre o Amazonas e das críticas de seus opositores, o Governador Pedro Bacellar adquiriu o imóvel, que passou a denominar-se Palácio Rio Negro.
O Palácio Rio Negro serviu de sede do Governo e de residência dos governadores até 1959, encerrando-se este período no governo de Gilberto Mestrinho. A partir desta data, até 1995, foi utilizado apenas como sede de Governo.
Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o Palácio Rio Negro é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Amazonas.
Aberto a visitação pública, também é usado para audiências e recepções do Governador do Estado do Amazonas a Chefes de Estado, Embaixadores e demais personalidades.
Cada uma das salas homenageia um governador do Amazonas ao longo da história da República. Nelas é possível admirar mobiliário em estilo manuelino, português, inglês e império, além de belas peças de estilo oriental e Art Nouveau.
O visitante pode apreciar ainda galeria de fotos dos governadores do Estado do Amazonas e as exposições: “O Poder Executivo nas Constituições do Estado”, que apresenta as constituições criadas e suas consequências no poder executivo do Amazonas, e “Símbolos do Estado do Amazonas”, que destaca bandeiras, hinos e brasões.
Representante de parte da história do período áureo da Belle Epóque, o prédio possui um mirante na torre mais alta, proporcionando uma privilegiada vista da cidade de Manaus, com destaque para o tráfego das embarcações regionais nas águas escuras do Rio Negro.

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