Arco do Teles, Praça XV, Centro, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia
O Arco do Teles localiza-se na Praça XV de Novembro, no Centro da cidade
do Rio de Janeiro, no Brasil.
Marco arquitetônico na história da cidade, é o que resta
da antiga residência da família Telles de Menezes, ela liga a Praça XV à Travessa do Comércio.
Em 1738 a Casa dos
Governadores (depois se tornaria o Paço Imperial)
começa a ser construída a mando do governador Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela.
Em 1743 a construção da nova Casa dos Governadores é terminada e a região do
Largo do Paço ganha uma grande valorização. Vendo o crescimento da área o juiz
português Antônio Telles Barreto de Menezes (que deu origem ao nome do arco)
resolve comprar terrenos na área e construir um casario, ou seja um conjunto de
casas, a fim de alugar para comerciantes e para as classes mais altas do Rio de Janeiro.
No meio das construções das casas o engenheiro
português José Alpoim encontrou um problema, a
construção das casas obstruía a passagem da travessa do Mercado do Peixe (atual
travessa do Comércio), foi então que Alpoim resolveu criar um arco no meio de
um dos prédios, que viria a ser o Senado da Câmara (equivalente a Câmara Municipal), atualmente o arco fica
no número 34, da Praça XV de Novembro.
A sua construção é datada do século XVIII,
para comunicar a antiga praça do Carmo (atual praça 15 de Novembro) e a rua da
Cruz (atual rua do Ouvidor). À época dos governadores e dos vice-reis era
frequentado por toda a sociedade carioca, que ali acorria atraída pela devoção
a uma imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, colocada em um
nicho no interior do arco. O nome pelo qual é conhecido deve a sua origem aos
Telles de Menezes, proprietários de prédios no local. Em 1790 um incêndio que
começou numa loja próxima a rua Direita (atual rua Primeiro de Março) se alastrou e
destruiu a maior parte das casas dos Telles de Menezes, restando apenas a parte
que hoje constitui o Arco do Teles.
Após o incêndio a região se desvalorizou e a então classe
alta que ali residia foi embora e a área passou a ser habitada por pessoas à
margem da sociedade, como ladrões e prostitutas, um episódio interessante que
ocorreu após o incêndio foi a retirada da imagem de Nossa Senhora dos Prazeres pelos
moradores das redondezas, que não aceitavam que a imagem da santa ficasse em um
ambiente tão "depravado", a imagem da santa foi realocado para a
Igreja de Santo Antônio dos Pobres, onde está até hoje.
Somente depois de 1808 a área voltou a ser valorizada com
a vinda da família real portuguesa, que ficava no Paço Imperial.
Com o passar do tempo e a modernização da cidade houve a fuga do eixo de poder
da área do Largo do Paço, a região voltou a ser novamente menos valorizada.
Já no século XXI a área é bastante conhecida por sua vida
noturna e pelo chamado "happy hour", pois possuí diversos bares,
restaurantes e festas, além de ser localizado no centro da cidade facilitando
assim o acesso, na parte diurna é conhecida pelo turismo, graças a sua história
e arquitetura únicas hoje no centro do Rio de Janeiro e pela presença de
diversos movimentos culturais que ocorrem na região.
Constitui-se num arco abatido, com forro de madeira e
ombreiras de cantaria, que forma uma passagem sob o prédio de número 34 da
atual praça XV, que liga a travessa do Mercado.
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