O Rio Carioca é um rio localizado no município do Rio de
Janeiro, no Brasil. Nasce na Floresta da Tijuca, percorre os bairros de Cosme
Velho, Laranjeiras, Catete e Flamengo e deságua na Baía de Guanabara, na altura
da Praia do Flamengo. A maior parte de seu curso é, atualmente, subterrâneo: em
apenas três trechos, suas águas correm a céu aberto. O primeiro, na sua
nascente, na Floresta da Tijuca; o segundo, junto ao Largo do Boticário, no
Cosme Velho e o terceiro, na sua foz na Praia do Flamengo, junto à estação de
tratamento de efluentes. O rio Carioca está intimamente vinculado ao
desenvolvimento urbano da cidade, tendo sido usado como fonte de água doce
desde os inícios da época colonial. Em 1503, na sua foz, onde hoje é a Praia do
Flamengo, foi construída, a mando de Gonçalo Coelho, uma casa que ficaria para
sempre marcada na memória do Rio de Janeiro. Os índios tamoios que viviam na
região passaram a chamá-la de akari oka, que significa "casa de
cascudo". "Cascudo" seria o apelido dado pelos índios aos
portugueses, por causa da semelhança entre as armaduras dos portugueses e as
placas características do corpo desse peixe. Segundo alguns, o termo teria dado
origem não só ao nome do rio mas também ao nome do natural da cidade do Rio de
Janeiro. Outra interpretação, porém, remete o nome do rio a uma aldeia
tupinambá que existia no sopé do outeiro da Glória, numa das duas foz do rio (a
outra era na Praia do Flamengo). Essa aldeia foi mencionada pelo francês Jean
de Léry (1536-1613) em seu relato sobre a França Antártica. O nome da aldeia,
Karîoka, Kariók ou Karióg, significava "casa de carijó". As águas do
rio foram canalizadas e desviadas já nos séculos XVII e XVIII, durante a
construção do Aqueduto da Carioca. Terminado em 1750, o aqueduto alimentava
várias fontes e chafarizes do Rio de Janeiro colonial. Uma das principais
dessas fontes localizava-se num largo no centro da cidade, o que deu origem à
denominação do Largo da Carioca. O rio foi, durante toda a época colonial, a
principal fonte de água doce para a população. Na altura do atual Largo do
Machado, formava a lagoa do Suruí (termo proveniente do tupi siri 'y , que
significa "rio dos siris"), da Carioca ou de Sacopiranha. Da lagoa da
Carioca, uma parte das águas seguia até a foz do rio na Praia do Flamengo e
outra parte se desviava para a esquerda, formando o rio Catete, que desaguava
na Praia do Russell, que é atualmente a Rua do Russell, no bairro da Glória.
Posteriormente, tanto a Lagoa da Carioca quanto o rio Catete foram aterrados.
Desde 1905, após obras do prefeito Pereira Passos, o rio corre subterraneamente
na maior parte de seu curso, visando a prevenir inundações. Em 2003, começou a
entrar em operação uma estação de tratamento de efluentes na foz do rio, na
Praia do Flamengo. O tratamento da água é necessário devido aos esgotos
clandestinos jogados no rio ao longo de seu curso, através da rede pluvial.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Rio Carioca, Rio de Janeiro, Brasil
Rio Carioca, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia
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