Interior do Bar e Restaurante Pinguim / Depois Choperia Pinguim 1, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
No dia 10 de novembro de 1936, foi inaugurado o “Snooker Pinguim".
Com o término da construção nesse ano do prédio "Diederichsen", na rua Álvares Cabral e General Osório, defronte a Praça XV e esplanada do Quarteirão Paulista, passou ali funcionar o "Snooker Pinguim", que se tornou um reduto dos barões do café, boêmios e intelectuais. Dada a denominação, é certo ter havido uma parceria com a Cia. Cervejaria Antarctica. O proprietário tinha o nome de Tino, mas era conhecido por “Alemão”. Com a sua morte, o estabelecimento fechou e foi reaberto com o nome de Bar e Restaurante Pinguim, sob a administração de Nicolacci (Nicolàs) de Miranda Quadrado. Em 1965, Albano Celini comprou a famosa choperia, e já nessa época ressaltava que diariamente se consumiam mais de 2 mil litros de chope, servidos em tulipas de cristal em um processo de congelamento de 800 metros de serpentina até a saída da bomba. Assim era proporcionado à clientela um chope cremoso, com colarinho, na temperatura ideal, rendendo a casa a fama de ter o melhor chope do país, tornando-se um dos cartões de visita de Ribeirão Preto pelo mundo afora.
E a propósito, surgiram algumas lendas com relação ao Pinguim, como a "história da serpentina", que dizia que o chopp chegava ao estabelecimento por meio de uma tubulação subterrânea, uma serpentina gigante ligando a fábrica da Antarctica (distante cerca de 700 metros) ao Pinguim. Em 1977, os novos proprietários (comenta-se que seria um fundo de pensão português, igualmente titular do Grupo Graal) liderado pelo empresário Antônio Alves, abriu o Pinguim II (substituindo o "Lanches Paulista"), defronte àquele I, no complexo arquitetônico do Quarteirão Paulista. Nesta parte, é de ressaltar que a instalação de uma outra unidade do "Pinguim" neste lugar só se tornou possível com a incorporação da "Cia. Cervejaria Paulista" pela "Cia. Antarctica", formando a "Cia. Antarctica Niger". As duas sempre foram rivais e isso jamais teria acontecido se não houvesse a fusão das empresas. Não é difícil imaginar que o empreendedor Dr. João Alves Meira Júnior teria se virado no túmulo ao ver um parceiro da concorrente ter-se instalado justamente no "Edifício Meira Júnior" (parte ocidental do seu "Quarteirão Paulista"). Em 2001, foi reformado o Pinguim II, assumindo ares dos anos 40. Em verdade, é dotado de uma serpentina de 400 metros, sendo o chopp retirado de 1 a 1,5 graus, chegando à mesa no máximo com 4 graus. Além do chopp, apresenta um cardápio variado, com boa comida. Em 2002, o Pinguim I passou por reformas e foi reaberto em 2003 como empório, acabando por encerrar as atividades pouco tempo depois. Outro estabelecimento foi aberto no Ribeirão Shopping e a marca acabou se expandindo para fora de Ribeirão Preto, em Belo Horizonte-MG e, ainda, estampa camisetas, canecas, copos e objetos relacionados com cerveja. Texto da Plataforma Verri adaptado para o blog por mim.
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