sábado, 6 de março de 2021

Construção do Edifício da Companhia Paulista de Seguros, São Paulo, Brasil


Construção do Edifício da Companhia Paulista de Seguros, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Em 1º plano, a Igreja de Santo Antônio tendo à sua esquerda, o prédio da perfumaria Casa Fachada. Ao fundo em construção, o edifício de 26 pavimentos pertencente à Companhia Paulista de Seguros na Rua Líbero Badaró que entre abril a junho de 1940 saiu do prumo. A obra foi erguida a “toque de caixa” com um ritmo acelerado de 4 a 5 dias por pavimento. Pela primeira vez no Brasil, utilizou-se a técnica de congelamento do solo para possibilitar o reforço das fundações e evitar o iminente colapso do prédio. Em alguma publicação esquecida, li que os macacos hidráulicos permanecem no local.
Quando o prédio estava praticamente concluído, ao se aplicar a carga total, começou a tombar por diferenças de recalques. Ao serem retirados os andaimes da fachada, quem passava pelo local percebia a inclinação para a direita. Na realidade: 56 cm para a frente, 55cm para o imóvel ao lado e 96cm em diagonal. Decidiu-se pelo congelamento em trecho do terreno a fim de sustar os recalques do edifício sendo necessária a aquisição do imóvel ao lado para se aplicar a urgente providência.
Ao se iniciarem as fundações com as mesmas estacas Franki para o vizinho Edifício Britannia, os problemas aumentaram. Em dezembro de 1941 o tombamento era inevitável. A explicação: em 1939, à época da execução das sondagens desta obra ainda não se mediam resistências à penetração — medida adotada a partir de 1943. A fundação do edifício foi realizada com estacas tipo Franki (estabelecida no Brasil em 1935) com a base alargada no topo da argila rija. A estrutura de concreto armado ficou sob a responsabilidade da Severo & Villares. 

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