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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
Monumento à Abertura dos Portos às Nações Amigas, Manaus, Amazonas, Brasil
Monumento à Abertura dos Portos às Nações Amigas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia
O monumento que hoje se encontra na praça não é o original. O primeiro levantado era somente um obelisco, inaugurado em 1867, registrando a data do acontecimento histórico. Em 1899, com a riqueza advinda da exploração da borracha, ergue-se outro monumento (o atualmente existente) mais imponente e de maior valor artístico, sob a supervisão e criação do artista italiano Domenico de Angelis, que na época dedicava-se à decoração do salão nobre do Teatro Amazonas, então em construção. Todo material usado no monumento foi importado da Europa, especialmente da Itália.
Inaugurado em 1900, no ano da comemoração do quarto centenário do Brasil, o monumento simboliza os quatro “cantos do mundo”: Ásia, América, África e Europa, cada um é representado por uma embarcação, com um menino sentado.
O monumento registra a data de XV de Novembro — ocasião do golpe de Estado de 1889 que instaurou a República no Brasil — ressaltando o nome de José Cardoso Ramalho Júnior, na época governador do Estado do Amazonas. Em 1995 a praça foi integralmente recuperada pela Prefeitura de Manaus, em convênio de parceria com a empresa Xerox do Brasil.
Construído em mármore, granito e bronze, a obra é uma alegoria ao comércio. O deus Mercúrio, símbolo da Indústria e do Comércio, fica no topo do monumento. A figura principal é composta pela escultura de uma mulher — que representa a Amazônia — com uma tocha na mão direita, enquanto que a esquerda pousa sobre o ombro do deus Mercúrio — divindade romana que simboliza o Comércio —, colocado em plano inferior. Nas faces do pedestal quadrangular, estão retratados quatro continentes do globo terrestre.
No barco da África, sentado em uma cabeça que simboliza o Egito, com símbolos também egípcios, um menino segura duas presas de elefante; o barco da Europa, que exibe uma águia à proa, mostra um menino segurando um globo terrestre; o barco asiático mostra o “croissant”, símbolo dos muçulmanos, caracteres antigos gravados à proa e o menino às costas de um leão; no barco da América encontra-se agrupados elementos decorativos diversos, com um menino à proa e uma serpente enrodilhada na quilha do barco.
O piso — com desenhos sinuosos que posteriormente teriam inspirado as calçadas de Copacabana (carece de confirmação), na cidade do Rio de Janeiro — simbolizam o encontro das águas dos rios Negro e Solimões.
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