sábado, 31 de dezembro de 2022

O Arouche, de "High Life a High Line", São Paulo, Brasil

 











O Arouche, de "High Life a High Line", São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Dias atrás, por meio de uma fotografia de 17 por 23 centímetros que encontrei à venda na Internet, fui apresentado a este estabelecimento paulistano: a Brasserie High Life.
Graças a um carimbo (“Aristides Greco, photographo”) e uma anotação manuscrita no verso (“31 de maio de 1914”), temos informações precisas sobre a autoria e a data da foto. Mas as informações mais interessantes estão na imagem em si, que é repleta de detalhes. Por um deles – duas placas de rua na fachada – sabemos que a brasserie ficava em alguma esquina do Largo do Arouche. Em qual delas exatamente, dependerá da nossa habilidade para decifrar a placa da esquerda, semioculta por um poste e um galho de árvore. Eu matei a charada, mas vou guardar a resposta para o final do post.
Também gostei da variedade de produtos, listada em pequenas tabuletas na fachada. São 7 placas no total, anunciando “sorvetes, refrescos, chops”, “café, leite, coalhada, chocolates”, “manteiga fresca e queijos de Minas”, “acceitam-se encommendas para festas”, “biscoutos e doces finos, fabricação especial”, e “cigarros 34, mistura da moda”.
Um detalhe importante é o homem encarando a câmara, em pé junto a uma das portas da brasserie. É impossível não se sentir estranhamente atraído por essa figura soturna: reparem no olhar lúgubre, nas roupas forçadamente elegantes… Ele deve ser um funcionário à espera de clientes, mas eu confesso que pensaria duas vezes se tivesse que comer um “biscouto fino” ou qualquer coisa servida por alguém que me encara com esse ar.
Há muitos outros detalhes, mas os deixo para a exploração do leitor. O que eu queria mesmo dizer é outra coisa. Até conhecer a foto eu nunca tinha ouvido falar desta Brasserie High Life, mas já sabia de um cinema homônimo, que funcionou também no Arouche nesta mesma época: o High Life Theatre. Fico imaginando que tipo de relação terá havido entre os dois estabelecimentos. Será que a brasserie era uma espécie de café do cinema? O tamanho da loja, as portas para a rua e a extensão do cardápio indicam que não. Talvez ambos pertencessem a um mesmo dono, daí os nomes idênticos, ou quem sabe um deles tenha apenas copiado a denominação do vizinho.
Seja como for, é muito provável que eles compartilhassem a mesma clientela, e isso nos diz algo sobre o imaginário do lazer paulistano daquele início do século 20. Assistir a um filme mudo numa sala de cinema, emendando com um lanche, um chope ou um café com “biscoutos” servido pelo atendente engravatado da brasserie ao lado, era um programa associado à ideia de bem-viver, de high life.
Fiquei curioso para descobrir em qual esquina exata funcionava a brasserie, já que apenas pela foto, como já vimos, não me foi possível saber. Não foi difícil achar a resposta. Em um anúncio publicado no Correio Paulistano, em 28 de fevereiro do mesmo ano de 1914, a “Secção de Licores” da Companhia Antarctica Paulista divulgava os endereços de seus principais distribuidores. Um dos citados é “Brasserie High Life, rua Sebastião Pereira”, matando a charada.
O ponto exato em que portanto ficava a Brasserie High Life – esquina do Largo do Arouche com a rua Sebastião Pereira – está hoje totalmente coberto pelo Minhocão, como se vê na foto N. 5 do post. Sobre o viaduto, há quem esteja querendo implantar um parque ao estilo do novaiorquino High Line Park.
O que nos mostra que, de algum modo, a mudança nestes mais de 100 anos não foi tão grande assim: "de high life para high line", a mudança é de apenas uma letra! Texto de M. Jayo.
Nota do blog: A Prefeitura, aos domingos, implantou um parque ao estilo do novaiorquino High Line Park no Minhocão; eles interditam a via para carros e com isso pedestres e ciclistas podem passear por sua extensão; infelizmente o degrado do entorno não foi objeto de revitalização, continua igual ou pior ao que se vê na foto n. 5 do post, um local infestado de drogados, moradores de rua e criminosos, além de não ter policiamento na quantidade necessária. Não se engane com a propaganda da Prefeitura, há sensação de insegurança e existe grande possibilidade de você ser vítima de algum tipo de violência ao se aproximar dos acessos para o Minhocão. Portanto, uma vez lá, fique esperto! Texto M. Jayo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne




Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Hagar, o Horrível - Dik Browne
Quadrinhos

Praça 13 de Maio, Atual Praça da Bandeira, 1934, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Praça 13 de Maio, Atual Praça da Bandeira, 1934, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

"Os Vários Nomes da Praça da Bandeira", Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil











"Os Vários Nomes da Praça da Bandeira", Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Acredito que, no que tange a chamar um logradouro público de forma errada, nada supere o que acontece em Ribeirão Preto com a Praça da Bandeira.
O nome correto é "Praça da Bandeira", no singular, pois homenageia a bandeira brasileira.
Mas é comum na cidade referirem-se a ela como "Praça das Bandeiras", no plural.
Dá para contar nos dedos as vezes que vi pessoas chamando-a por seu nome correto.
E, como se isso não bastasse, as pessoas não são informadas corretamente nem por quem deveria zelar por tal assunto, pois, diariamente, o erro continua sendo perpetuado nas placas de identificação do local, mandadas fazer e instalar pela Prefeitura de Ribeirão Preto, onde se vê pérolas como "Praça das Bandeiras" e "Praça das Bandeira" (um indício do grau de cuidado dedicado pelo PMRP a identificação correta dos logradouros da cidade).
Além disso, tal erro também é propagado por parte da imprensa e em muitas publicações oficiais.
Superado esse ponto, e aproveitando a oportunidade, há um outro erro, esse menos divulgado, que é a "separação" do logradouro em duas praças: "Praça da Bandeira" e "Praça da Catedral".
Na verdade apenas uma praça ocupa o referido logradouro, e essa é a Praça da Bandeira, cuja denominação foi alterada no ano de 1940, durante o governo de Fábio de Sá Barreto.
De acordo com livros que tratam da história da cidade, o local teve as seguintes denominações:
a) 1893-1899 Largo do Cemitério Velho; b) 1900-1903 Largo 13 de Maio; c) 1904-1939 Praça 13 de Maio; d) 1940 até os dias atuais Praça da Bandeira.
Finalizando, como não há nenhum registro de legislação municipal separando/dividindo/alterando o referido logradouro em duas praças em nenhuma das denominações acima citadas, conclui-se que o Ato 102, de 10/12/1940, publicado pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, é o válido atualmente (ato que nomeou o local como "Praça da Bandeira").
Nota do blog: Imagens de 2022.

Conjunto Habitacional do Pilarzinho / Conjunto Habitacional da URBS, 1965, Curitiba, Paraná, Brasil

 


Conjunto Habitacional do Pilarzinho / Conjunto Habitacional da URBS, 1965, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Situa-se no bairro Pilarzinho, à partir da rua José Morais com acesso através da rua Amauri Lange Silvério (engloba as ruas José Morais, Souza Mello, João Locke). Existem ainda algumas casas na sua concepção original (toda em madeira) e algumas que foram transformadas em alvenaria, mas como ocorre na maioria dos conjuntos de casas populares, a maioria foi modificada ou demolida para construção de uma nova habitação. Também é conhecido como Conjunto da URBS.

BMW 507 Series II Roadster 1958, Alemanha

 



























































































































BMW 507 Series II Roadster 1958, Alemanha
Fotografia


Chassis no. 70110:
3,168cc OHV 90-degree Alloy V-8 Engine
2 Twin-choke Zenith Carburetors
150bhp at 5,000rpm
4-Speed ZF Manual Transmission
Independent Front Suspension – Live Rear Axle
Front Disc - Rear Drum Brakes
The BMW 507:
During the 1950s, car designers on both sides of the Atlantic produced some of the all-time greats of automotive styling, none of them more classically beautiful than the sublime BMW 507. Indeed, a measure of the 507's iconic significance may be discerned from BMW's 're-introduction' of the model, after a gap of 40 years, in the form of the Z8 roadster. In an age when it has become de rigeur for heritage-conscious motor manufacturers to incorporate styling cues from landmark models into their latest offerings, few have ventured as far as BMW in paying homage to a recognized Classic.
Transatlantic in inspiration - aimed at the United States market, styled by a New York-domiciled German ex-patriot and built in Germany - the 507 reflected North American taste yet was unmistakably European in origin. The 507 saga began in 1954, when Austrian-born entrepreneur Max Hoffman, at that time the US importer of various European makes, convinced BMW that if they built a sports car to rival
Mercedes-Benz's successful 300 SL, he could sell sufficient numbers in the United States to make the project viable.
Hoffman knew just the man to style the car too: Count Albrecht von Goertz, an independent industrial designer who had worked for the legendary Raymond Loewy on the latter's trend-setting Studebakers. Designer of everything from fountain pens to furniture, Goertz had never before styled an entire car, and after the 507, would not work for BMW again until the 1980s.
The fundamental elements of BMW's proposed new sports car already existed in the 502 saloon, most notably its 3.2-liter, all-aluminum V8 engine, which was installed in a shortened chassis for the 507. Mechanical design was handled by BMW stalwarts Fritz Fiedler and Alex von Falkenhausen, with Goertz shuttling back and forth between the USA and Germany to oversee production of the full-size clay model. The robust nature of the 502-based chassis necessitated the use of aluminum for the 507's bodywork in the interest of weight saving, the finished car tipping the scales at around 1,280kg. With 150bhp on tap, performance was adequate if not stunning, production cars being capable of around 200km/h (125mph), with 100km/h (62mph) coming up in 11 seconds. For relaxed cruising though, the 507 had few peers, its state-of-the-art V8 engine delivering ample torque over a wide rev range.
Although the prototype displayed at the 1955 Frankfurt Auto Show met with critical acclaim, the 507's reception at its New York debut two months earlier had been disappointing. BMW had missed Hoffman's $5,000 price target by a wide margin, the 507's initial US selling price being set at $9,000, more than double the cost of a Ford Thunderbird or Chevrolet Corvette. In the UK, one could buy two Jaguar XK150s for the price of a single 507. Even Mercedes-Benz's 300 SL Coupé was cheaper, though the Stuttgart firm was sufficiently impressed (worried?) by the 507 to introduce a direct competitor in the form of the 300 SL Roadster.
Production proper of the 507 did not begin until 1956, the first series being built until June 1957 when the design was revised in detail. Improvements were mainly concentrated on the interior, which gained a deeper dashboard, a greater range of fore-and-aft seat adjustment, and a rear parcel shelf. There was, almost inevitably, an increase in price that only served to place the 507 even further beyond the reach of ordinary mortals. For those who could afford style at any price, however, BMW's svelte roadster was the car to be seen in: pop idol Elvis Presley, motorcycling World Champion John Surtees, film stars Alain Delon, David Carradine and Ursula Andress, skiing champion Toni Sailer, Prince Rainer of Monaco, King Constantine II of Greece and the Aga Khan all being owners at one time or another. Nevertheless, such a limited clientele, however exclusive, could not sustain the 507 in production, which ceased in December 1959 after only 253 cars had been sold.
This beautiful Series II example, serial no. 70110, is the 110th of the just 253 BMW 507 examples made. According to the BMW Classic Zertifikat accompanying this car, 70110 was completed on January 14, 1958, and is documented to have been delivered with a factory equipped hardtop. Considering the rarity of any 507, this sultry example is further distinguished by the factory color "Silbergrau" metallic silver, one of just 21 examples finished in this elegant color. Upon completion, this example is believed to have been displayed at the BMW Munich Pavillion before being sold to the first owner in May 1958, when the car was dispatched to Caracas, Venezuela making it one of just 13 examples delivered new to Venezuela. The first owner, Gustavo Zingg, was a German businessman who also served as the official representative for Mercedes-Benz in Venezuela. According to research obtained from the BMW Classic Car Club of America, this 507 is believed to have spent time in South America, eventually returning to Germany around 1960 and remaining in Europe for the next five decades. By the late 1960s, it was owned by Ludwig Hahn who passed the car on to Nicholas Hahn, presumably a relative. In 2005, this 507 was offered for sale by Erich Benz and subsequently restored to a high standard from 2006-2008.
In May of 2014, under the ownership of Hamburg, Germany resident Jan Onne, 507 70110 returned to BMW Classic for an extensive inspection and factory expertise report covering all aspects of originality, quality of finish, and component authenticity, a bound copy of the report accompanies the car. The BMW Classic Expertise book states that 70110 retains its original chassis, suspension, braking system, and bodywork. It further confirms that the car's engine and gearbox are original-type replacement components; the engine is an unstamped, late-production block with improved 11-bolt cylinder heads, while the gearbox is a proper four-speed ZF unit. The 507 was also subjected to a full road test and mechanical inspection, with no significant issues noted. A compression test taken at the time shows consistent readings, with a range of 8.4:1 to 8.7:1 recorded on all eight cylinders. In the final originality evaluation summary, this 507 roadster scored 900 out of 1,000 points, placing it in Category 1, the highest rating, with an overall condition grade of 1.6, between good and immaculate condition.
Under American ownership for the past six years the BMW has only been displayed at The Quail Motorsports Gathering in 2016. Currently finished in its factory-correct Silver Grey, with red leather upholstery and accompanied by a contrasting dark gray hardtop, this 507 is sensational in appearance, highlighted by its ultra-rare sporty factory original, date stamped Rudge wheels and period-correct whitewall tires. Desirably equipped with front disc brakes and a Becker radio, 70110 is accompanied by its BMW Classic Expertise book, as well as a proper under-hood tool kit with Hazet components and rarely seen 507 literature including an owner's manual, repair manual, maintenance charts, and sales literature.
Collected by some of the most distinguished and discerning connoisseurs, the magnificent BMW 507 Series II will forever remain an unrivaled icon of unparalleled automotive beauty and sophisticated elegance. Representing the absolute premier moment of automotive excellence which established the BMW legacy in North America and eventually the world, this beautiful example serves as the ultimate ambassador of elegant performance motoring. Supported by the BMW Classic Expertise "Black Book", with mechanical refurbishment by BMW Classic, and confirmed by BMW Classic Zertifikat, this stunning 507 represents a rare opportunity to acquire a sports car of unprecedented elegance, expert authentic restoration, and unparalleled design.