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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Vistas Diversas, 1960, Roma, Itália


Carretto in Via Nazionale.


Foro di Traiano.


Largo Argentina.


Palazzo delle Poste di Piazza San Silvestro.


Piazza San Pietro.


Scalinata di Trinità dei Monti.




Vistas Diversas, 1960, Roma, Itália
Roma - Itália
Fotografia

Alcune delle fotografie che Charles W. Cushman ha scattato durante il suo viaggio a Roma, nel 1960. Queste diapositive a colori provengono dall'archivio dell'Indiana University, che conserva circa 14 500 opere fotografiche di Cushman. L'intero archivio a suo nome copre gli anni dal 1938 al 1969 e documenta, a colori brillanti, la vita quotidiana di una larga fetta di mondo, dagli Stati Uniti all'Europa.
Nota do blog: Data 1960 / Crédito para Charles W. Cushman. 

domingo, 11 de agosto de 2024

Técnica de Fotografia Pinhole - Artigo

 


Técnica de Fotografia Pinhole - Artigo
Artigo

Capturar imagens com uma câmera artesanal é um dos princípios do pinhole ou fotografia estenoscópica (stenopaic photography). O termo pinhole é derivado do inglês e significa “buraco de alfinete”. A técnica leva esse nome porque nela a captura da imagem se dá pela passagem da luz por um orifício bem pequeno e pela fixação da imagem diretamente num material sensível à luz (papel ou filme fotográfico) posto na parte oposta ao orifício.
Para obter as imagens são utilizados materiais como caixas de charuto, de leite, de biscoito, de chocolate ou de esparadrapo. A técnica é usada, geralmente, com finalidade didática – para explicar o princípio da câmera obscura. Além disso, é empregada também para a obtenção de efeitos especiais impossíveis de serem obtidos com as câmeras convencionais.
Diferenças entre câmera analógica comum e câmera pinhole:
Além de não ter, necessariamente, lentes, uma câmera pinhole também não tem obturador, que é o mecanismo que controla o tempo de exposição do material sensível à luz. Por isso, o orifício da câmera deverá ser destampado no momento exato de fotografar e o tempo de exposição deverá ser contado pelo fotógrafo para que o filme ou papel fotográfico receba a quantidade exata de luz.
Veja como construir uma câmera pinhole:
1. Escolha um recipiente que possa ser completamente fechado e pinte seu interior de preto;
2. Fure um dos lados com uma agulha e tape o orifício com fita preta;
3. Do outro lado, coloque o material sensível à luz. Pode ser filme ou papel fotográfico;
4. A câmera está pronta. Lembre-se de apenas destampar o orifício quando a câmera já estiver posicionada para fotografar.
Texto de Regina Alvarez / Funarte.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Fotos da Família Gramália

 


Tia Maria - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Maria - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Maria e Tio Lúcio - Data não obtida.


Tia Catarina, Tia Dirce, Fabíola e Renata - Provavelmente o evento era o batizado das duas últimas (informação à confirmar) - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Maria, Tio Lúcio, Raquel, Lúcio Mauro e Ricardo - Santa Cruz do Rio Pardo/SP (informação à confirmar) - Data não obtida.


Tia Luiza e pessoa não identificada - São Paulo/SP (informação à confirmar) - Data não obtida.


Tia Tereza trabalhando em bar/choperia - São Paulo/SP - Data não obtida.


Tio Lúcio - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Maria - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tita, Tia Edna, Tia Tereza, Vó Dita, Tia Luiza, Renata, Tia Dirce, Raquel e Tia Maria - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Catarina, Tia Dirce, Tia Edna e Vó Dita - Casa da Vó Dita - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Dirce e minha Mãe - Data não obtida.


Tia Maria e Tia Luiza - São Paulo/SP - Data não obtida.


Meu avô - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - 1939


Tio Lúcio, Tia Maria e Tia Catarina - Data não obtida.


Meu Avô e Tita - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Três pessoas não identificadas, Raquel, Ricardo, meu Avô, minha Mãe e pessoa não identificada - Festa de aniversário - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Meu Avô - Festa de aniversário - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tio Lúcio e Lúcio Mauro - 1989


Lúcio Mauro e Raquel - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Eu, Tia Luiza, Camila, meu Avô, Fabíola e Lúcio Mauro - Festa de aniversário - São Paulo/SP - Data não obtida.


Duas pessoas não identificadas, Raquel, meu Avô, Ricardo e duas pessoas não identificadas - Festa de aniversário - Santa Cruz do Rio Pardo/SP - Data não obtida.


Tia Catarina, minha Mãe e Tia Tereza - São Paulo/SP - Data não obtida.



Fotos da Família Gramália
Fotografia

Nota do blog: Crédito das imagens Maria Sanson.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

O Direito de Fotografar - Artigo


 

O Direito de Fotografar - Artigo
Artigo


Os avanços das tecnologias mudaram drasticamente a produção da fotografia. Atualmente virou febre registrar uma enorme quantidade de imagens, seja no celular, na humilde compacta ou nas DSLRs. Entretanto uma visão policialesca tem produzido indivíduos, muitas vezes exasperados, dizendo que ali não pode fotografar e “convidando” o fotografo a se retirar, não raras vezes com ameaças, dizendo que as fotos devem ser apagadas ou até mesmo querendo confiscar o equipamento.
Afinal pode-se fotografar em local público?
Apesar da democratização da fotografia em face da era digital, e da banalização crescente, uma fotografia é uma criação, uma obra intelectual e artística, e no nosso mundo jurídico é um direito tutelado pela lei nacional. Na nossa lei maior, a Constituição Federal, consta:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Na esfera civil a Lei 9.610/98, lei do Direito Autoral de 19 de fevereiro de 1998 traz importantes determinações.
Art.7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
VII – As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia.
Já o art. 48 nos trás a conceituação sobre local público, “As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e procedimentos audiovisuais”.
Autor é a pessoa física que cria a obra, neste caso o fotógrafo.
E aqui cabe salientar um princípio que o particular não pode fazer apenas o que a lei expressamente lhe proíbe, já o ente publico deve fazer tão somente o que a lei lhe possibilita. A lei sobre direitos autoral é clara ao dizer que no espaço publico não há nenhuma restrição a sua reprodução fotográfica, portanto uma “autoridade publica” vir lhe dizer que é proibido fotografar estará ela cometendo ato ilegal, tanto na esfera civil como penal. Assim na rua, num parque ou praça a lei diz que não se pode proibir ninguém de fotografar. Pode-se até dizer que edifícios públicos, em horário aberto ao público, podem ser fotografados internamente mas a imagem não pode ser negociada ou utilizada em campanha publicitária, sem autorização.
É claro que em alguns lugares, sob alegação de segurança estatal ou resguardo da privacidade de pessoas que ali estejam temporariamente, por exemplo, uma delegacia ou um hospital público, podem impor restrições ao direito de fotografar. Mas a lei não trouxe essa ressalva. Por certo que numa propriedade privada a situação muda de figura e o proprietário pode limitar o acesso, ou impor restrições. De todas as formas é de salientar que tal proibição é para todos, independentemente se estas com uma simples maquina compacta ou com uma volumosa DSLR, proibir um e permitir outro implica em atitude discriminatória, portanto ilegal.
Já imagens de pessoas é outro assunto. Diz o bom senso que grupos de pessoas são considerados manifestação ou evento público, desde que estejam num local igualmente público, e nesse caso não seria necessária autorização individual.
É necessário registro da obra fotográfica? E como provar a autoria.
O artigo 18 da lei dos Direitos Autorais diz que não é necessário registro, “A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro”.
A autoria de uma foto pode ser comprovada de diversas formas, como pelo orçamento do trabalho, correspondência, em especial email com a foto anexa, o pedido da agência ou do cliente, a nota fiscal, as sobras de imagens correlatas, enfim, tudo que ligue a foto ao solicitante e ao fotógrafo. Não é demais lembrar que ao fotografar pessoas, há restrições, todavia não para fins jornalísticos. Montagens da imagem de uma pessoa é problema na certa. Apesar de ser comum em alguns meios, só é permitida com autorização da mesma. Por fim vale analisar a atitude daquele que em espaço público vem importunar, proibir ou mesmo impedir o registro fotográfico. Como já vimos, a lei civil permite que no espaço público, se possa fotografar livremente, desta forma aquela autoridade que vier a constranger tal direito incorre também em crime, tipificado na lei penal vigente.
No caso o crime pode ser de Violência Arbitrária, Art. 322 do Código Penal, que diz “Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:”.
O ato dessa norma refere-se à violência física praticada por funcionário público no exercício de sua profissão, que com o emprego da força física venha resultar ou não lesão corporal. Pode ainda o agente público cometer Constrangimento ilegal, art. 146 do Código Penal quando “mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:”.
Há ainda o crime de Ameaça, art. 147 do Código Penal que diz “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:”.
E por final, o caso do famigerado confisco, onde o agente pode cometer crime de Dano, art. 163 do Código Penal que diz “Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:”.
Então vimos que fotografar não é crime, muito pelo contrario existe lei especifica resguardando o direito de fotografar. Crime é importunar ou impedir o fotografo de exercer seu direito a livre expressão de sua arte, e ainda danificar seu equipamento fotográfico. Assim o que resta é que a lei assegura o direito a fotografia em espaço público e caso seja importunado por isso deve registrar ocorrência policial, visando a posterior punição legal, assim como eventual indenização. 
Texto de Eduardo Valente.
Texto 2:
Em um mundo cada vez mais conectado, o ato de fotografar se tornou parte integrante da vida cotidiana de milhares de pessoas. Seja para registrar momentos especiais, documentar a paisagem urbana ou compartilhar experiências nas redes sociais, todos acabam se tornando fotógrafos em potencial. No entanto, há muitas dúvidas sobre o que é ou não permitido.
Está em tramitação no Brasil o Projeto de Lei 6.171/16, que visa permitir ao cidadão o direito de gravar e filmar imagens em locais públicos sem a necessidade de autorização prévia, desde que se respeite a intimidade, a vida privada e a honra de terceiros. Esta legislação, quando aprovada, trará diretrizes sobre o que pode e o que não pode ao tirar fotos em locais públicos no Brasil.
Enquanto o Projeto de Lei encontra-se em tramitação, é importante saber que a pessoa tem liberdade para fotografar paisagens, edifícios, monumentos e obras de arte expostas. Não é necessário pedir autorização, e as fotos podem ser usadas para fins pessoais ou ainda compartilhadas em redes sociais.
Também não há problema em fotografar pessoas aleatórias que estejam em locais públicos como ruas, parques e praças. Não é preciso pedir autorização prévia nesse caso. Essas são geralmente fotos de multidões ou cenas urbanas que passam por anônimas.
O que pode gerar dúvidas é quando se trata de pessoas específicas em locais públicos. Geralmente fazer imagens desse tipo depende do contexto. Se a pessoa for o assunto principal da foto e for identificável, é recomendável obter consentimento, principalmente no caso de a foto ser usada para fins comerciais.
Também se deve tomar cuidado ao fotografar situações que invadam a privacidade da pessoa. É o caso de fotos, por exemplo, que atravessam a janela de uma casa para revelar a intimidade da pessoa. Além de antiético, pode gerar problemas legais.
Alguns locais possuem regras diferentes, e é preciso ter atenção quanto ao que é válido ali. Por exemplo, um aeroporto em Porto Seguro pode ter um regulamento para fotografia diferente de um em São Paulo, por isso é interessante pesquisar antes de fotografar. O ideal é buscar sempre a informação para não ter problemas no futuro.
É fundamental que sempre se use o bom senso e se respeite a privacidade e o conforto das pessoas. Fotografar em locais públicos é um direito, mas também traz responsabilidades. Vale a pena conhecer melhor também as leis de direitos autorais no Brasil para fins editoriais, educacionais ou de notícias sem a necessidade de autorização. Texto de Amanda Mathias.


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Garotas na Janela, 1960, Nova York, Estados Unidos (Girls in the Window, New York City, 1960) - Ormond Gigli

 
















Garotas na Janela, 1960, Nova York, Estados Unidos (Girls in the Window, New York City, 1960) - Ormond Gigli
Nova York - Estados Unidos
Fotografia


Texto 1:
Em pé em uma escada de incêndio do segundo andar, um fotógrafo chamado Ormond Gigli está gritando instruções através de um megafone. Quarenta modelos estão posando nas janelas das casas de pedra marrom em Manhattan, uma mistura de vestidos coloridos e vestidos de noite. Mais duas mulheres estão na calçada, ao lado de um Rolls-Royce prateado.
É o verão de 1960 e Gigli está com pressa. A demolição das casas já começou e no dia seguinte à sessão de fotos, os prédios serão demolidos. Mas o supervisor da demolição concordou em deixar Gigli tomar conta do local por duas horas durante o intervalo prolongado do almoço, com uma condição: o supervisor quer que sua esposa esteja na foto. (Ela está no terceiro andar, terceira da esquerda.)
Ninguém contratou Gigli, um fotógrafo comercial freelancer de 35 anos, para criar "Garotas nas Janelas". Ele está trabalhando sem uma atribuição porque quer eternizar aqueles prédios, que ficam bem em frente ao seu estúdio em casa. O que ele não sabe é que a imagem se tornará uma das fotografias mais colecionadas na história da fotografia.
Nos últimos 30 anos, aproximadamente 600 cópias assinadas e numeradas foram vendidas, a preços que normalmente variam entre US$ 15.000 e US$ 30.000. A imagem é oferecida em galerias ao redor do mundo.
"Garotas nas Janelas" também é queridinha do mercado de leilões. Mais de 160 cópias foram oferecidas ao longo dos anos na Phillips, Christie's, Sotheby's e outras casas, de acordo com a Artnet. Somente em 2017, incríveis 13 cópias foram leiloadas, e em vez de deprimir os preços, uma delas estabeleceu um recorde para a imagem, em US$ 56.906. Sete foram vendidas em leilões este ano, e na terça-feira outra foi vendida na Phillips em Londres por 30.480 libras esterlinas (aproximadamente US$ 38.000) e bem acima da estimativa alta.
As regras padrão do mercado de arte de oferta e demanda simplesmente não se aplicam a "Garotas nas Janelas". Some todas as cópias já vendidas e multiplique esse número pelo preço de cada cópia e você terá um valor na faixa de US$ 12 milhões.
"Tivemos discussões sobre isso internamente", disse Caroline Deck, especialista sênior em fotografias da Phillips em Nova York. "Deve ser a fotografia com maior arrecadação de todos os tempos."
É difícil saber ao certo se isso é verdade. Algumas fotografias apareceram em leilões mais vezes do que "Garotas", incluindo "Rue Mouffetard", de Henri Cartier-Bresson, uma imagem em preto e branco de 1954 de um jovem orgulhosamente carregando duas garrafas de vinho por uma rua. E várias fotografias individuais alcançaram somas espetaculares, incluindo trabalhos de Man Ray ("Le Violon d'Ingres", que foi vendido por US$ 12,4 milhões) e Edward Steichen ("The Flatiron", US$ 11,8 milhões).
Mas a ideia de que "Garotas" pode muito bem pertencer a uma discussão sobre as fotografias mais valiosas da história levanta uma questão: como um fotógrafo comercial, caso contrário obscuro, que passou grande parte de sua carreira fotografando celebridades e políticos para revistas como Parade e Life, conseguiu entrar em uma festa cheia de alguns dos artistas mais famosos do mundo?
A resposta começa com a imagem, é claro, que é uma combinação brilhante e alegre de glamour e rudeza urbana com um toque de nostalgia da era "Mad Men". O prédio incorpora uma fatia gloriosa da Nova York que está desaparecendo, e aquelas mulheres parecem prontas para começar a cantar.
"Se você vier à galeria, temos muitas coisas penduradas, e é essa que eles sempre param na frente", disse Etheleen Staley, co-fundadora da Staley-Wise, uma galeria em Nova York, a primeira a vender uma cópia de "Garotas". "Eles adoram e estão dispostos a pagar muito dinheiro por ela e ignorar que existem milhões por aí."
"Milhões" exagera um pouco, mas dá uma ideia do outro segredo do sucesso de "Garotas" —um suprimento muito robusto. A partir de 2010, e antes de sua morte em 2019, Gigli produziu, imprimiu e assinou centenas de cópias da fotografia, em uma variedade de tamanhos e em uma variedade de papéis fotográficos. Ele fez isso a pedido de seu filho, Ogden, 63, um fotógrafo que agora administra o espólio de seu pai e que planejou a estratégia de vendas única que transformou a imagem em um fenômeno.
"Fui eu quem fez tudo, dizendo ao meu pai: 'Não importa o que façamos, quais edições façamos, eu posso vendê-las; não se preocupe'", disse o filho Gigli, de seu estúdio em Pittsfield, nos Estados Unidos, sede do que poderia ser chamado de Girls in the Windows Inc. "Eu vi que precisávamos ter estoque para o dia em que meu pai partisse, e eu acreditava que o apelo dessa imagem continuaria para sempre."
Normalmente, fotógrafos de arte vendem cinco ou seis cópias de uma imagem em um ou dois tamanhos. A escassez tem o objetivo de despertar interesse e manter os preços. "Girls" foi impressa em 12 tamanhos diferentes, e em cada tamanho os Giglis criaram dezenas de fotografias. Por exemplo, existem 75 cópias da edição quadrada de 50 polegadas e 44 cópias da edição quadrada de 27 polegadas.
"A razão do seu sucesso é que há um produto para as pessoas possuírem", explicou Ogden Gigli. "E elas não estão preocupadas que existam centenas por aí. Elas estão pensando que U$10.000, U$20.000, U$30.000 não é muito por uma das melhores imagens do mundo."
Ormond Gigli cresceu na cidade de Nova York e começou a fotografar na adolescência. Ele se juntou à Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, servindo como fotógrafo, e mais tarde comprou a casa de pedra marrom —ainda de pé no número 327 da East 58th St., agora sede da missão permanente do Reino do Camboja nas Nações Unidas— onde montou seu estúdio em casa. Ele recebeu trabalhos da The Saturday Evening Post, Time e outras revistas. John F. Kennedy passou pelo estúdio para tirar seu retrato com Gigli em 1961. Boris Karloff chegou com um homem vestido como Frankenstein. Gigli convenceu uma mula a entrar na propriedade para uma foto temática de caipira com a atriz Gina Lollobrigida.
Em algum momento de 1960, Gigli percebeu que um grupo de casas de pedra marrom do outro lado da rua estava prestes a desaparecer. Manhattan estava entrando em sua fase de ocupação máxima, obliterando cortiços e construindo prédios de apartamentos de grande altura. A ideia para "Girls" veio a ele perto do dia da destruição.
Ogden Gigli mantém um controle rigoroso sobre seus muitos vendedores. Se ele descobre que uma galeria está vendendo "Girls" com desconto, essa galeria é cortada. E ele fornece cópias para casas de leilão em um ritmo destinado a manter um preço mínimo. O que nem sempre funciona. Ao longo dos anos, cerca de 30 cópias não conseguiram ser vendidas pelo preço mínimo em leilões, relata a Artnet. (A casa de leilões geralmente encontra um comprador em particular, guarda a imagem para um leilão futuro ou a devolve para Gigli.)
A grande maioria, no entanto, é vendida. Os compradores se encantam com a imagem e não se intimidam com a quantidade de "Girls" no mundo.
"Eu não comprei para ganhar dinheiro", disse Jim Buslik, 73 anos, um dos principais no ramo imobiliário comercial em Nova York, que comprou sua cópia em 2008. "Ela me impactou desde a primeira vez que a vi e todos os dias depois disso."
Gigli diz que ainda tem cerca de 100 cópias de "Girls", incluindo cópias em preto e branco que ele descreve como tão impressionantes que ele está um pouco relutante em se desfazer delas. Mas ele o fará, e uma das corridas mais improváveis da fotografia chegará ao fim quando tudo for vendido.
A menos que não seja assim. Alguns herdeiros de artistas falecidos produzem "gravuras de acervo", que parecem idênticas e simplesmente não possuem a assinatura do artista. (Em vez disso, recebem um carimbo de acervo.) As gravuras de acervo de "Girls" certamente teriam preços mais baixos, mas o quanto mais baixos é incerto. "É um mercado que preciso pesquisar", disse Gigli. "Nunca se sabe."
Texto 2:
Ormond Gigli, longtime photographer for TIME, LIFE, Paris Match and others, snapped everything from farmers to movie stars in his decades long career. But his most famous image, “Girls in the Windows” — taken on New York’s East 58th Street in 1960 – was made on a whim.
Widely considered one of the most famous fashion shots of the 1960s, it captures a slice of long-gone New York (the brownstones pictured were demolished the next day), and the picture’s influence stretches beyond photography. TIME caught up with Gigli before the mid-November release of a new book looking back at his life’s work.
Girls in the Windows wasn’t done on assignment, how did it come about?
No, it wasn’t an assignment. I had a brownstone [studio] that was right across from it on East 58th Street, and I look out the window one day and I see that they are tearing down the brownstones opposite me – they were old and no one was in them. And I’m looking at them and I’m saying: “It’s a shame, you know, what can I do with it?”
I had a great staff there [at my studio], so I’m discussing it with my studio manager – if we could get the frames out of the windows, we could shoot a girl in each window. So I had my studio manager go to talk the head demolition guy, and he said “yes, but you have to put my wife in the shot!”
We had to do it the next day, at 12 o clock when the workers had their lunch hour. We got models, we got friends. They wore their own outfits, nothing was styled – it was a happening.
Nice. So you shot from a window across the street?
I’m actually on the fire escape on the second floor – we had large fire escapes, almost like a balcony or something – I’m set up there with my camera and I’m directing. I had a bullhorn, and I got worried after a while so I said “don’t step out onto the ledges whatever you do!” Because with brownstones, the ledges, without anybody on them can fall down.
What camera did you use? And how many shots did it take to produce the image we know today?
It was shot on a 4×5 Speed Graphic – which I seldom used – with a wide angle lens. And I did about, I’m guessing here, 15 or 18 shots.
I believe not only was the demolition guy’s wife in the shot, yours was too?
Yes! My wife is on the right hand side. If you go up to the second floor she’s two over in a pink outfit.
Texto 3:
In 1960, photojournalist Ormond Gigli assembled 43 women, dressed them in refined, colorful garb, and situated them in 41 windows across the facade of the classic New York City brownstones. Years later, the image ended up being his most famous artwork.
Back in the day, Gigli found himself working out of a studio on East 58th Street in the heart of Manhattan. Across the street stood a series of townhouses, set for demolition.
Intent on capturing the beauty of the buildings before it was gone for good, the artist set to work on crafting the perfect image to memorialize the neighborhood he had come to love so well.
He hadn’t the money to pay for professional models – or an access to a budget for a picture that had no sponsorship.
So, he contacted the foreman of the building and convinced him to clear a 2-hour period of time for him to work – and clear out the window jams.
He reached out to a modeling agency that he had worked for, and asked for models to volunteer to be in his ‘dream’ picture. They were to wear what they wanted and show up over the lunch hour.
Since the building had been gutted of electricity and gas – there was a gaping hole on the sidewalk. So, unafraid to ask a favor, he contacted the city and asked for permission for the Rolls Royce to be parked on the sidewalk for the time necessary to set up the picture.
He then placed the models, including his wife, trying to loosely coordinate their outfits into the 30 windows. Some were bold enough to stand on the window jam and some were framed by the window. With three additional models, two on the street and one on the ground floor the picture was complete.
In the end, Ormond gathered 43 women clad in their best formal wear and no two figures looked exactly alike; the posture and outfit each woman assumed alludes to what her personality might be like outside the confines of the photograph.
Perched from the fire escape of his studio, he was able to capture action happening across five floors. The final product proved to be something surreal, reducing the living, breathing women to brightly colored toys in a doll house.
No two figures looked exactly alike; the posture and outfit each woman assumed alludes to what her personality might be like outside the confines of the photograph.
Perched from the fire escape of his studio, he was able to capture action happening across five floors. The final product proved to be something surreal, reducing the living, breathing women to brightly colored toys in a doll house.
The richness of the photograph stems from the ability to appreciate it in different ways: either as a whole, as a rhythmic composition of color and form, formed by the pattern of windows, human figures, and colorful dresses; or the viewer is drawn to explore its various parts, each woman presenting a different point of the interesting story (Gigli’s wife is on the second floor, far right and the demolition supervisor’s wife is on the third floor, third from left).
This is how Ormond Gigli recalls the story (according to Time magazine): In 1960, while a construction crew dismantled a row of brownstones right across from my own brownstone studio on East 58th Street, I was inspired to, somehow, immortalize those buildings. I had the vision of 43 women in formal dress adorning the windows of the skeletal facade.
We had to work quickly to secure City permissions, arrange for models which included celebrities, the demolition supervisior’s wife (third floor, third from left), my own wife (second floor, far right), and also secure the Rolls Royce to be parked on the sidewalk. Careful planning was a necessity as the photography had to be accomplished during the workers’ lunch time!
The day before the buildings were razed, the 43 women appeared in their finest attire, went into the buildings, climbed the old stairs, and took their places in the windows.
I was set up on my fire escape across the street, directing the scene, with a bullhorn in hand. Of course, I was concerned for the Models’ safety, as some were daring enough to pose out on the crumbling sills.
The photography came off as planned. What had seemed to some as too dangerous or difficult to accomplish, became my fantasy fulfilled, and my most memorable self–assigned photograph. It has been an international award winner ever since.
Most professional photographers dream of having one signature picture they are known for. “Girls in the Windows” is mine.
Decades later, the image has stood the test of time. Immortalizing the time and place, the photograph achieves exactly what Gigli intended and preserves the spirit of the city perfectly in a brief, colorful scene.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






 



Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Photo Sport
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Imagem 1, data de circulação não obtida / Imagens 2 e 3, data de circulação 24/06/1934.

terça-feira, 18 de julho de 2023

sábado, 1 de julho de 2023

Palácio do Governo, Curitiba, Paraná, Brasil


 


Palácio do Governo, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Palácio Weiss / Circa 1912 / Rua Barão do Rio Branco. Já abrigou a sede do Governo Estadual, o MIS, Polícia Civil.

Monumento aos Revolucionários de 1932, Campinas, São Paulo, Brasil


 

Monumento aos Revolucionários de 1932, Campinas, São Paulo, Brasil
Campinas - SP
Foto Postal Colombo N. 11
Fotografia - Cartão Postal

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Fotografias de um Turista Espanhol na Cidade de São Paulo, 1969, São Paulo, Brasil











 

Fotografias de um Turista Espanhol na Cidade de São Paulo, 1969, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


As fotos de hoje mostram a São Paulo que um turista viu.
São fotos de um turista espanhol, tiradas em 1969, que estavam em Valência. 
As fotos têm alguma qualidade técnica, algumas têm enquadramentos bastante incomuns para fotos de turista.
A primeira foto foi tirada “desde la ventana del hotel”, como diz a anotação no verso. Mas nem precisava dizer: essa vista só poderia ser mesmo de uma janela do antigo hotel Othon, que funcionou até 2008 na praça do Patriarca. O que atraiu o olhar do espanhol pode ter sido a surpreendente mistura: o ecletismo do Teatro Municipal, o art déco do viaduto do Chá e a arquitetura moderna das torres de vidro formam um conjunto de evidente (e muito paulistana) desarmonia.
A arquitetura moderna, por sinal, parece ter impressionado bastante o visitante. Andando pela região central, ele fotografou o Copan, o Itália e o Bretagne.
O Copan ainda estava com seu anexo (aquele prédio mais baixo em que funciona o Bradesco) em final de construção. Já o Bretagne aparece retratado a partir de sua área interna, numa época em que, sem grades nem controle de acesso, podia-se entrar à vontade. Todos os ângulos ressaltam a monumentalidade dos edifícios.
Além de andar pela região central fotografando prédios, podemos ver que o visitante fez pelo menos mais dois passeios. Em um deles esteve no Instituto Butantan, que hoje em dia é muito pouco frequentado, mas na época fazia parte do roteiro turístico da cidade.
E no outro foi ao parque do Ibirapuera, onde conheceu o famosíssimo “Monumento a los Cangançeiros”...rs.
Enfim… Prédios, cobras e cangaço, eis o que este espanhol deve ter voltado dizendo que viu em São Paulo. Texto de M. Jayo adaptado para o blog por mim.